15 agosto 2024

ARPETAN / FRANCO-PROVENÇAL

Topónimos em arpitano (franco-provençal) na França, Suíça e Itália.

Arpetan | arpitan | francoprovençâl | romand (Suisse) | patouès.

Carte de la zone de diffusion de la langue arpitane (ou francoprovençale) avec indications géographiques en arpitan (orthographe codifiée ORB).

Carte: Savoyerli. Domaine public.

 

AMÉRICA — AMÉRICAS

AMÉRICA — AMÉRICAS

Continente do hemisfério ocidental, por vezes considerado como dois: América do Sul, por um lado, e América do Norte e Central, por outro.

O florentino Amerigo Vespucci, ao chegar ao Brasil em 1501, ao serviço de Portugal, verificando que não era a Ásia como acreditava Colombo, chamou-lhe Novo Mundo (Mundus Novus, em latim). O nome da América aparece pela primeira vez em 1507 num mapa de Martin Waldseemüller, sendo uma latinização do nome de Amerigo Vespucci. Waldseemüller supunha que Vespucci tinha sido o descobridor do Novo Mundo, na região do Brasil. Posteriormente o nome América foi sendo usado também para a América do Norte.

Na linguagem informal, as palavras América e americano são usadas para designar a terra e o povo dos Estados Unidos da América.

 

MINHO

> MINHO — Principal rio da Galiza. Nasce no Pedregal de Irimia, na encosta da Serra de Meira. Nos últimos 78 km faz a fronteira entre a Galiza (Reino de Espanha) e a província do Minho (República Portuguesa). Desagua entre a Guarda (Galiza) e Caminha (Portugal).

A explicação mais frequente para o nome do Rio Minho refere o documentado na antiguidade como Minius ou Mineus (também Baenis), de origem celta, da raiz indoeuropeia *mei-, «caminhar; fluir». Há também quem defenda a teoria de derivar do latim minium, «mínio, vermelho».

> Província do MINHOProvíncia histórica do noroeste de Portugal, entre o Rio Minho e a província do Douro Litoral. Constitui a parte norte da anterior província de Entre-Douro-e-Minho. A subregião do Alto Minho corresponde ao distrito de Viana do Castelo; o Baixo Minho corresponde ao distrito de Braga.

☛ Ver também:

Províncias e Distritos de Portugal continental.

NTUS de Portugal

14 agosto 2024

SANTAR

|> VILASANTAR (VILA SANTAR), comarca de Betanços, Galiza.

|> SANTAR, concelho de Arcos de Valdevez, Minho, Portugal; 

|> SANTAR, concelho de Nelas, Beira Alta, Portugal.

Santar: «Do baixo-latim [Villa] Sentarii, 'a quinta de Sentário'. Encontra-se também na Galiza, e tem os derivados Sandeiro e Santarinho.» (infopedia.pt)

 

PAMPA

PAMPA

Região natural de planícies da América do Sul localizada à volta do Rio da Prata. Abrange grande parte do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, o Uruguai e as províncias argentinas de Buenos Aires, La Pampa, Santa Fe, Córdoba, Entre Ríos e Corrientes. 

Não há unanimidade quanto aos limites naturais da região. No mapa inferior na imagem a zona para norte do centro do Rio Grande do Sul não pertence ao bioma pampa.

A origem de Pampa é a mesma palavra aimará e quéchua, que significa «planície». Em língua castelhana e em português em Portugal a Pampa é um nome feminino. Em português no Brasil o Pampa é masculino. O pampa no Brasil também é chamado campanha gaúcha.

Pampa é também uma raça de cavalos originária do Brasil.

 

CAYENNE — CAIENA

CAYENNE — CAIENA

Capital do território francês denominado Coletividade Territorial da Guiana (Collectivité territoriale de Guyane) ou Guiana Francesa (Guyane française / Lagwiyann) localizado entre o Suriname e o estado brasileiro do Amapá. A cidade encontra-se junto ao rio Caiena.

A pimenta da Caiena (Cayena ou Cayenne) é um condimento produzido com o fruto da planta Capsicum annuum longum. Entre as teorias sobre estes nomes, uma é que o da cidade deriva da planta, outra é que o da planta deriva da cidade. Provavelmente o nome da planta vem do tupi kyinha, «pimento, malagueta». Por outro lado, o nome do Rio Caiena / Cayenne pode derivar de Kalani ou Caiane na língua wayana, comum à origem do nome Guiana. Outra explicação para o nome da cidade é o francês caïenne ou cayenne, que era o fogão para cozinhar nos navios. Na gíria dos marinheiros, a caïenne era também um lugar onde se podia descansar. Por extensão, os depósitos de víveres nos portos foram chamados cayenne.

«La caïenne était ce réchaud sur lequel se faisait la cuisine pendant le voyage. Lorsqu’après plusieurs mois de mer, le capitaine trouvait un havre accueillant où il décidait de séjourner, son premier souci était de faire « débarquer la caïenne ». Grâce à la chasse et à la pêche, l’équipage pouvait alors améliorer son menu. Dans l’argot des marins, Caïenne a bientôt signifié un lieu où l’on pouvait se reposer des rigueurs de la mer. Par extension, les dépôts de vivre dans les ports se sont appelés Cayenne. Brest, Rochefort ont eu leur cayenne. Aujourd’hui encore dans le compagnonnage les lieux ou sont accueillis et nourris les compagnons du tour de France s’appellent des cayennes.»

(http://www.ville-cayenne.fr/les-origines-du-fort-ceperou-et-de-la-ville-de-cayenne/)

 

BEIRA / BEIRAS

BEIRA / BEIRAS

Região histórica do centro-norte de Portugal continental, que foi ao longo dos tempos subdividida em Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral, Beira Interior (Beira Alta + Beira Baixa) e Beira Transmontana ou Beira Serra (distrito da Guarda). 

Na sequência da Constituição de 1933, as províncias foram implementadas em 1936, sendo criadas nesta região as províncias da Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral. A divisão de Portugal em províncias foi extinta em 1976, mas estas continuam sendo uma referência cultural e geográfica. 

A divisão distrital não coincide com a provincial. A maior diferença nas Beiras está no distrito de Leiria, cuja parte norte pertence à Beira Litoral e a parte sul à Estremadura. As Beiras ocupam a maior parte da região estatística (NUTS 2) do Centro

«Como tem sido referido por especialistas desta matéria, a palavra beira significa no português moderno "um rebordo, uma margem ou uma orla", podendo ainda acrescentar-se que estar à beira de qualquer coisa é estar muito próximo dela, o que pode querer dizer que a Beira foi originariamente uma área menor, com um sentido de fronteira. Outras interpretações, no entanto, têm sido sugeridas, como, por exemplo, fazer derivar o nome de berones, antigos habitantes do Norte da Península, ou mesmo barones, denominação germânica que significaria "homens esforçados". Ainda que a controvérsia sobre a origem do topónimo Beira e a sua ligação a uma denominação regional esteja longe de ser resolvida, parece-nos bem mais sensata a tese que identifica a Beira com margem ou rebordo, dando-lhe um sentido geográfico e político. E assim sendo, ganha toda a pertinência a identificação original da palavra com um território de fronteira política entre cristãos e mouros, remetendo a origem do nome para o período da reconquista. Esta identificação do conceito de fronteira com uma denominação regional, como têm referido vários historiadores, nada tem de inédito na Península Ibérica, sobretudo se tivermos em conta o que aconteceu com o topónimo Estremadura. Tudo indica, portanto, que o mesmo se passou com a Beira. Ainda assim, só a partir de 1211 é que é possível, com base em documentos, ligar a palavra Beira a uma região específica. (...) Provavelmente, a Beira desse tempo não iria além da fronteira terrestre, a raia seca, e os referidos lugares eram os castelos onde os diversos governadores podiam residir para assegurarem a sua vigilância, mesmo ficando já um tanto afastados dela, como é o caso de Seia e da Covilhã. Ou seja, mesmo no início do século XIII a Beira não era tanto o território junto da Serra da Estrela (e muito menos o de Viseu e Lamego), "mas o que estava perto da fronteira castelhano-leonesa". (...) Todas as informações chegadas até nós evidenciam, afinal, o mesmo sentido: a província da Beira estendeu-se progressivamente da raia seca ao litoral.» (https://revistas.ucp.pt/.../mathesis/article/view/5109/4989)

O ponto mais alto de Portugal continental, a Serra da Estrela, com 1993 metros, localiza-se entre a Beira Alta e a Beira Baixa.

O herdeiro do trono de Portugal tinha o título de Príncipe da Beira.

☛ Ver também:

Províncias e Distritos de Portugal continental.

NTUS de Portugal.

- Beira, Moçambique.

 

DEMERARA

DEMERARA

Rio da Guiana. Deu nome à colónia neerlandesa de Demerary, posteriormente a colónia britânica de Demerara-Essequibo. Em 1831 foi junta com Berbice formando a colónia da Guiana Britânica, atual República Cooperativa da Guiana. Três das regiões da Guiana têm Demerara no nome.

O nome Demerara deriva duma variante da palavra arauaque Immenary ou Dumaruni, que significa «rio da muirapinima" (uma árvore denominada Brosimum guianense em latim). O açúcar de tipo demerara tem este nome porque originalmente era produzido nos canaviais da colónia de Demerara.

 

ALBA IULIA

ALBA IULIA — GYULAFEHÉRVÁR — KARLSBURG — Cidade e município do distrito de Alba, na região histórica da Transilvânia, Roménia. 

Alba Iulia (Gyulafehérvár) foi a capital do Principado da Transilvânia (Erdélyi Fejedelemség). Em 1918 Alba Iulia foi declarada a capital da Grande União romena (Marea Unire), que incluía a Transilvânia, Moldávia e outros territórios.

O forte na Dácia pré-romana chamava-se Apulon ou Apula, que se tornou na Apulum em latim, na província romana da Dácia. O antigo nome romeno era Bălgrad, originado num nome eslavo que significa Castelo Branco ou Cidade Branca. Em húngaro o nome é a tradução do eslavo acrescentando-lhe Gyula: Gyulafehérvár, Castelo Branco de Gyula ou Cidade Branca de Júlio. O nome romeno, Alba Iulia, é a tradução do húngaro, através do uso medieval em latim.

Os alemães (saxões da Transilvânia) chamaram-lhe Weyssenburg ou Weißenburg, Castelo Branco, e depois Karlsburg, Castelo de Carlos, em honra do Imperador Romano-Germânico Carlos VI (Karl VI, 1685-1740).

 

ZAMORA — ÇAMORA — SAMORA

ZAMORA — ÇAMORA — SAMORA
Cidade e província da comunidade espanhola de Castela e Leão (Castiella y Llión / Castilla y León), na região e antigo reino de Leão, junto ao rio Douro.
A origem do nome de Samora tem várias hipóteses, incluindo palavras hebraicas, gregas, celtas, latinas, árabes ou berberes. A forma mais antiga registada é Semure, em 569. Em língua berbere, azemur é oliveira silvestre. Em árabe, samurah é turquesa. A hipótese celta liga Semure aos topónimos Semur em França (embora esses locais sejam indicados como derivando do latim sine muro).
Em português costuma escrever-se Samora; em mirandês (ramo da língua astur-leonesa) Çamora.
Em Portugal existe a cidade de Samora Correia, no Ribatejo, cuja primeira referência escrita foi Çamora Correya.



 

ËLWEN / TROISVIERGES / ULFLINGEN

ËLWEN / TROISVIERGES / ULFLINGEN. Comuna no cantão de Klierf / Clervaux / Clerf, no extremo norte do Luxemburgo. Os nomes são nas línguas oficiais do Luxemburgo: luxemburguês, francês e alemão. 

«O nome francês de Troisvierges data do século XVII, quando os peregrinos valões começaram a usá-lo em peregrinação ao local dedicado às três virgens Fides, Spes e Charitas. Este culto foi divulgado pela ordem franciscana estabelecida na localidade desde 1641.» 

(https://www.troisvierges.lu/commune/)

 

SANTOS-O-VELHO, Lisboa

SANTOS-O-VELHO, ou simplesmente SANTOS, é um bairro e antiga freguesia de Lisboa, Portugal. Aqui o topónimo de Santos refere-se aos Santos Mártires de Lisboa: Veríssimo, Máximo e Júlia. Eram filhos de um senador romano e foram martirizados em 305, por recusarem sacrificar animais aos deuses pagãos. Lançados ao Tejo, com pesos amarrados aos pés, os corpos deram à praia antes de aí voltarem as embarcações que os tinham levado. Foi-lhes aqui edificada uma ermida, transformada em igreja por D. Afonso Henriques, e um mosteiro que ficou à guarda das Comendadeiras da Ordem de Santiago. Ao passarem as religiosas para um novo convento em Xabregas, no final do século XV, este de Santos passou a chamar-se Santos-O-Velho

Na foto, a igreja paroquial de Santos-O-Velho e detalhe do Políptico dos Santos Mártires, uma pintura de Garcia Fernandes, século XVI.

Desde a reorganização de 2012, o território de Santos integra a nova freguesia da Estrela.
 

ATIBAIA

ATIBAIA — Cidade e município do estado de São Paulo, Brasil.

«A região que formou o município de Atibaia era considerada de extrema beleza, sendo de domínio dos índios caetês, caquazados e maracanãs. Dominavam a serra e seus vales profundos, com seus rios límpidos e frescos, que desciam das montanhas para engrossar um rio, que então era chamado de Tubaia.

Da origem tupi, temos Tybaia, sendo Ty – baia (ou aia), que significa rio manso, de águas tranquilas, abundantes, agradáveis ao paladar.

Até chegar ao nome Atibaia, o vocábulo passou por várias modificaçõs: Thibaia, Atubaia, Thibaya, mas o significado continuou o mesmo, "manancial de água saudável".» (https://www.atibaiasp.com.br/historia/origem-do-nome/)

A explicação do nome na Wikipédia está mais completa ou complexa: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atibaia#Etimologia

 

FIJI — VITI — फ़िजी

FIJI — VITI — फ़िजी

País arquipelágico da Melanésia, Oceânia. A sua capital e maior cidade é Suva.

O nome deriva da maior ilha, Viti Levu, a «Grande Viti» em língua fijiana (iTaukei). O significado de Viti é desconhecido. Os habitantes das vizinhas ilhas Tonga pronunciavam Viti como Fisi, que foi anglicizado como Feejee ou Fiji. Em português também é usada a grafia Fidji, que é mais próxima da pronúncia inglesa.

No brasão está o lema nacional "Rerevaka na kalou ka doka na Tui", que é em fijiano "temei a Deus, honrai o rei" (da 1ª Epistola de S. Pedro, 2:17).

 

TORRÃO, Douro Litoral

TORRÃO — Vila e freguesia do concelho do Marco de Canaveses, Douro Litoral, Portugal.

Torrão pertenceu ao território medieval de Anégia, foi concelho com o nome de Entre-Ambos-os Rios (entre o Tâmega e o Douro), integrou o concelho de Bem Viver e depois o do Marco de Canaveses.

O topónimo Torrão é uma variante de terrão, sendo este último um aumentativo de terra. 

(https://www.jf-alpendorada.pt/viver/historia/torrao/).

Ver também:

- Torrão do Alentejo.

 

INHUMA e INHUMAS

> INHUMA — Município do estado do Piauí , Brasil. «Deram o nome de Inhuma, em virtude do grande número de pássaros chamados inhaúma exis...