28 novembro 2024

GULBENE

GULBENE

Cidade e município (Gulbenes novads) da região de Vidzeme / Vidūmō, Letónia.

O nome deriva de gulbis, «cisne». O seu nome alemão Schwanenburg também se refere a cisne (Schwan).

 

BORBA / BORBÉM

> BORBA, Alentejo, Portugal. «De origem discutida, mas talvez do termo céltico borba, 'nascente de águas termais'.» (infopedia.pt)

> BORBA DE MONTANHA, freguesia do concelho de Celorico de Basto, Minho, Portugal.

> BORBA DE GODIM, freguesia do concelho de Felgueiras, Douro Litoral, Portugal. «Borba é a designação primitiva do local: Godim a do seu possuidor, godo. Segundo Martins Sarmento, Leite de Vasconcelos e Joseph Piei, o termo Borba é uma curiosa reminiscência toponímica do antigo deus romano, “cujo culto testemunham duas inscrições conservadas hoje em Guimarães e procedentes ambas das termas sulfurosas de Vizela”, o termo é celta e significa “nascente”. Godim tem origem em Gondint, do nome germânico Godinos que aparece no OM, já em 951. O termo indica possuidor duma vila rústica medieval; a raiz god significa bom. Portanto, temos que Godim foi um bom proprietário de Borba.» (http://vilacovadalixaeborbadegodim.pt/site/toponimia-de-borba-de-godim/). «O seu nome deriva dos nomes do deus celta das águas, Borba, e do nome do seu proprietário suevo, Goodwin.» (pt.wikipedia.org)

> PAÇOS DE BORBÉM, concelho da comarca de Vigo, Galiza.

 

ALCÂNTARA, Maranhão

ALCÂNTARA

Município da região metropolitana de São Luís, estado do Maranhão, Brasil.

A povoação colonial foi criada na antiga aldeia tupinambá de Tapuitapera. Em 1648 o povoado foi elevado à categoria de vila, com o nome de Santo António de Alcântara. Em 1836 Alcântara foi elevada a cidade.

O Centro Espacial de Alcântara, da Agência Espacial Brasileira, localiza-se neste município.

O nome da cidade, que significa «ponte» em árabe, está provavelmente ligado à freguesia de Alcântara em Lisboa, Portugal.

☛ Ver também:

- Alcântara, Lisboa, Portugal.


https://docomomobrasil.com/wp-content/uploads/2022/06/MODERNIDADES-EM-ALCANTARA-MA.pdf

REPUBLIKA SRPSKA — РЕПУБЛИКА СРПСКА

РЕПУБЛИКА СРПСКА — REPUBLIKA SRPSKA — REPÚBLICA SÉRVIA

Entidade de maioria étnica sérvia na Bósnia e Herzegovina. A outra entidade é a Federação da Bósnia e Herzegovina (Federacija Bosne i Hercegovine), de etnia bosníaca (muçulmana) e croata. As duas entidades resultaram do fim da guerra em 1995, após a desagregação da Jugoslávia.

Em língua sérvia, Srpska é um substantivo derivado do etnónimo do povo sérvio, os Срби / Srbi na sua língua. Rigorosamente, em línguas estrangeiras o nome deveria ser ou só Srpska (ou equivalente, como Serpska) ou República de Srpska. Contudo é comum a forma Republika Srpska ou República Srpska.

O nome da Republika Srpska / Република Српска não deve ser confundido com o vizinho estado soberano da Republika Srbija / Република Србија, em português República da Sérvia.

Antes da escolha do nome Republika Srpska, a entidade teve os nomes de República do Povo Sérvio da Bósnia e Herzegovina e depois República Sérvia da Bósnia e Herzegovina. O nome da Republika Srpska foi criado pelo escritor e ministro da cultura Ljubomir Zuković (1937-2019).

Durante a guerra de independência da Croácia existiu neste país, entre 1991 e 1995, a República Sérvia de Krajina (Republika Srpska Krajina / Република Српска Крајина).

☛ Ver também:

- O nome da Sérvia e dos sérvios.

Povos eslavos.

 

ALCÂNTARA, Lisboa

ALCÂNTARA

Freguesia da zona ocidental de Lisboa, Portugal.

Do árabe al-qantara, «ponte». A palavra alcântara designava especificamente uma ponte de pedra.

A zona de Alcântara chamava-se Horta Navia no tempo dos romanos. Tinha uma ponte sobre a ribeira, no agora chamado Vale de Alcântara. Durante o domínio mouro a zona foi chamada Alcântara, ou seja a designação árabe da referida ponte.

A freguesia foi criada em 1770, com o nome de São Pedro em Alcântara por se transferir para esta zona aquela que era até então a freguesia de São Pedro em Alfama. Durante algum tempo, parte da freguesia pertenceu ao extinto concelho de Belém.

A Ermida ou Igreja de Santo Amaro, no centro da foto superior, foi iniciada no século XVI. A sua construção é atribuída aos galegos de uma barca que naufragou à entrada da barra. Outra hipótese é um grupo de frades da Ordem de Cristo. Santo Amaro é o padroeiro dos galegos que vivem em Portugal.

A Ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966, na margem norte amarra em Alcântara e é prolongada por um viaduto sobre os edifícios.

☛ Ver também:

- Alcântara, Maranhão, Brasil.

26 novembro 2024

VIA DOLOROSA, Jerusalém

VIA DOLOROSA

Nome latino do caminho percorrido por Jesus Cristo em Jerusalém carregando a cruz, conforme os relatos dos Evangelhos canónicos. Também é chamada Via Sacra, Via Crucis («Caminho da Cruz», em latim) ou Caminho do Calvário. O trajeto é marcada por 14 etapas chamadas Estações da Cruz ou estações da Paixão de Cristo. A peregrinação ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém é uma tradição dos cristãos em romagem na Terra Santa (Palestina / Israel).
 

VALADAS OCCITANAS

VALADAS OCCITANAS — Vales Occitanos

Território de língua occitana, parte da região cultural da Occitânia ou Païses Occitans, situado nos vales alpinos do oeste do Piemonte e pequena parte da Ligúria, na República Italiana.

As minorias linguísticas, occitanas e outras, estão protegidas por lei nestes vales.

 

OCCITÀNIA — OCCITANIE

OCCITÀNIA — OCCITANIE — OCCITÂNIA

Região histórica e cultural, também considerada nação, localizada nas regiões tradicionais de língua occitana, principalmente no sul da República Francesa, na zona geográfica também chamada Midi em francês, Miègjorn em occitano, mas inclui o Val d'Aran (na Catalunha, Espanha), o Principat de Mónegue (Mónaco) e as Valadas Occitanas (parte do Piemonte e da Ligúria, na República Italiana). Por vezes a comuna de La Gàrdia, na Calábria, é igualmente incluída.

O nome da Occitània (Occitânia) foi registado em latim Occitania desde o século XIII. Occ- deriva de òc, que significava "sim", palavra usada na expressão lenga d'òc (língua de oc), em oposição à língua francesa a norte, que era chamada langue d'oïl, com o mesmo significado de "língua de sim". A terminação -itània deriva provavelmente do nome da Aquitània, uma das regiões occitanas. 

As províncias tradicionais da Occitânia — também chamada Païses Occitans ou País d'Òc — são as seguintes, com os nomes em occitano, francês e português:

- Auvèrnhe — Auvergne — Auvérnia.

- Daufinat — Dauphiné — Delfinado.

- Gasconha — Gascogne — Gasconha.

- Guiana (ou Aquitània) — Guyenne (Aquitaine) — Guiena (Aquitânia).

- Lemosin — Limousin — Limusino.

- Lengadòc — Languedoc — Languedoque.

- Provença — Provence — Provença.

- Principat de Mónegue — Principauté de Monaco — Principado do Mónaco (estado independente, na costa da Provença).

- Valadas Occitanas — Vales Occitanos (República Italiana).

- Val d'Aran — Vale de Arão (Reino de Espanha), considerado culturalmente parte da Gasconha.

As maiores cidades occitanas são Marselha (Marseille), Tolosa (Toulouse), Niça (Nice), Montpelhièr (Montpellier), Bordèu (Bordeaux), Tolon (Toulon), Nimes (Nîmes), Clarmont (Clermont-Ferrand), Ais de Provença (Aix-en-Provence) e Limòtges (Limoges).

Na República Francesa, a Occitânia não inclui o norte do País Basco (Euskal Herria em basco; Bascoat em occitano; Pays basque em francês), ou seja a parte ocidental do departamento dos Pirenèus Atlantics (Pyrénées-Atlantiques). Também não inclui a maior parte do departamento dos Pirenèus Orientals (Pyrénées-Orientales), a qual culturalmente faz parte da Catalunha do Norte (Catalunya del Nord em catalão; Catalonha del Nòrd em occitano; Catalogne du Nord em francês), dentro dos Países Catalães (Països Catalans).

Desde 2016 a região administrativa francesa chamada Occitânia (Occitanie) agregou as anteriores regiões de Lengadòc-Rosselhon (Languedoc-Roussillon) e Miègjorn-Pirenèus (Midi-Pyrénées). No entanto, esta região administrativa abrange só a parte central da Occitânia histórica. 

A língua occitana também é conhecida como provençal e outras designações, conforme as regiões. Tem semelhanças com o catalão e usa as letras Ç, LH e NH como em português.

 

CAERDYDD — CARDIFF

CAERDYDD — CARDIFF

Capital de Cymru / Wales / País de Gales, Reino Unido.

O nome deriva do galês Caer + -dyf, «Forte do Rio Taf».

 

PRAÇA MARTIM MONIZ, Lisboa

PRAÇA MARTIM MONIZ, freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, Portugal.

«MARTIM MONIZ. Fidalgo e capitão do exército de Afonso Henriques, autor de feitos notáveis na Batalha de Ourique, teve acção preponderante na conquista de Lisboa em 1147. Segundo a lenda, ter-se-á atravessado numa das portas e, com a ajuda do machado, terá permitido aos companheiros a entrada no castelo. Trespassado pelas lanças mouriscas, morreu por Lisboa cristã.» 

(Texto na placa do monumento na praça.)

 

24 novembro 2024

RUA ELIAS GARCIA, Cacilhas, Almada

RUA ELIAS GARCIA  — Político e jornalista, 1830-1891  — Antiga Calçada da Pedreira. Cacilhas, Almada, Estremadura, Portugal. Textos originais nas inscrições: 

«Justiça ao civismo. Os conterraneos e admiradores de José Elias Garcia fixam n'esta lapide á memoria eterna do illustre cidadão. N'esta casa nasceu o grande educador do povo em 30 de dezembro de 1830. Collocada em 8-5-910.»

«Em 30 de Dezembro de 1976 por vontade expressa dos democratas de Cacilhas e com o apoio da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Almada foi descerrada esta lápide que assinala o local da velha casa, já demolida, onde nasceu José Elias Garcia.»

«A José Elias Garcia (1830-1891). Homenagem da J.F. Cacilhas. 24-6-92.»


RUA GENERAL TABORDA, Lisboa

RUA GENERAL TABORDA, freguesia de Campolide, Lisboa, Portugal.

Não tenho muitas informações sobre quem foi este general, mas creio que estava entre os Bravos do Mindelo, que é o nome dado ao desembarque das tropas liberais no Mindelo, a norte do Porto, em 8 de Julho de 1832, durante as Guerras Liberais.

RUA DAS PRETAS, Lisboa

RUA DAS PRETAS, antiga freguesia de São José, freguesia de Santo António, Lisboa, Portugal. 

É «uma transversal à Avenida da Liberdade. Pouco se sabe sobre a origem [ deste topónimo ]. Contudo, no que toca à Rua das Pretas, "conhecem-se referências já do século XVII" (nº6, 2001, p.211), possivelmente relacionadas com um grupo de mulheres negras que geriam alojamentos para forasteiros naquele local.» (https://maislisboa.fcsh.unl.pt/africa-no-feminino-ruas-lisboa/)

 

RUA DA MATA DA BICHA, Ovar

Rua da Mata da Bicha, Furadouro, concelho de Ovar, Beira Litoral, Portugal.

RUA DO POÇO DOS NEGROS, Lisboa

RUA DO POÇO DOS NEGROS

Rua da antiga freguesia de Santa Catarina, freguesia da Misericórdia, Lisboa, Portugal.

Um topónimo com duas explicações.

«A Rua do Poço dos Negros interliga a Calçada do Combro com o bairro da Madragoa. As explicações históricas sobre o topónimo foram investigadas, principalmente, por Isabel Castro Henriques, especialista em História da África, e pelo olisipógrafo José Sarmento de Matos, que chegaram a duas divergentes conclusões. De um lado, o nome é justificado pela ordem dada por D. Manuel I, em 1515, de escavar um poço onde colocar os corpos dos escravizados falecidos, recém-chegados a Portugal, visando travar a prática de os atirarem pelas encostas de Santa Catarina e evitar, desta forma, miasmas e pestilências. Do outro lado, o topónimo é explicado pela presença de um poço de água pertencente aos Beneditinos, chamados ‘padres Negros’ por causa do traje, ao qual o povo de Lisboa tinha livre acesso. Nas interpretações dos dois autores emerge a evidência do tema sensível, que toca cordas ligadas à maneira de reconhecer e elaborar o passado colonial português, em particular, no que diz respeito ao tráfego negreiro atlântico.

Na última década, a toponímia das cidades europeias tem vindo a ser questionada.(...)»

(https://echoes.ces.uc.pt/expo-lisboa/rua-do-poco-dos-negros/)

«A Rua do Poço dos Negros tem origem do seu topónimo possivelmente ligado à existência de uma carta régia de D. Manuel I, datada de 13 de Novembro de 1515, escrita em Almeirim e dirigida à cidade de Lisboa, sobre a necessidade de se construir um poço para depositar os corpos dos escravos mortos, sobretudo aquando de surtos epidémicos.

Diz a carta que os escravos eram mal sepultados e muitos seriam mesmo lançados "na lixeira que está junto da Cruz da Pedra a Santa Catarina (actual Rua Marechal Saldanha) que está no caminho que vai da porta de Santa Catarina para Santos", ou para a praia onde ficavam à mercê da voracidade dos cães.

Para evitar as deletérias consequências de tantos cadáveres não sepultados, achava o Rei "que o melhor remédio será fazer-se um poço, o mais fundo que pudesse ser, no lugar que fosse mais conveniente, no qual se lançassem os ditos escravos" e para ajudar a decomposição dos corpos dizia ainda que se deitasse "alguma quantidade de cal virgem" de quando em quando.

Tal medida seria cumprida pela Câmara, que o teria mandado fazer no referido caminho para Santos (descendo a actual Calçada do Combro, conhecido por Horta Navia - nome de uma divindade indígena após a ocupação Romana).

A actual localização perdeu-se, mas a aproximação geográfica do antigo Largo do Poço Novo (actual Largo Dr. António de Sousa de Macedo) ao fundo da Calçada do Combro, nome que já nos aparece na segunda metade de Quinhentos em substituição da designação primeva, comodamente parece ajudar na sua localização.»

(https://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.com/2010/06/rua-do-poco-dos-negros-i.html)

«Antes de se esmiuçar a origem do topónimo, convirá lembrar que a primeira preocupação com os escravos era baptizá-los, percebessem ou não o significado, e só depois eram trazidos para servir em Lisboa. Portanto, os escravos eram membros da comunidade cristã. Ora, como é sabido, todo o cristão tinha de ser sepultado em terreno sagrado, ou seja, então dentro das igrejas, quando havia posses para tal, ou nos adros respectivos, para os mais carenciados. Logo atirar corpos de cristãos para poços não era prática legitimada, pelo que tal ideia não tem qualquer fundamento.

No entanto, no século XVI, por exemplo, quando Lisboa era assolada por epidemias de peste, sabe-se que o rei D. Manuel mandou abrir valas comuns para recolher cadáveres pestíferos, quer por as igrejas estarem sobrelotadas, quer para evitar contágios. Sabe-se mesmo que uma dessas valas foi aberta não longe desta zona do actual Poço dos Negros, então área erma na periferia da cidade.

Após o concílio de Trento, os dois ramos dos beneditinos, ordens até então cingidas ao mundo rural, instalaram conventos dentro das cidades. Os cistercienses, ditos os Brancos dada a cor da capa, abrem no convento do Desterro uma "sucursal" da casa-mãe de Alcobaça. Quanto aos cluniacenses, chamados os Negros, por ser dessa cor a sua larga capa, vieram de Tibães e Santo Tirso para a capital. Adquiriram uma enorme propriedade na encosta que hoje chamamos a Estrela, limitada em baixo pelo vale que rapidamente se chamou de São Bento. (...)

Acontece que os padres Negros, como todos lhes chamavam, dispunham, no limite sul da propriedade, de um poço farto que rapidamente - talvez até para ganhar simpatias - puseram à disposição da vizinhança. Daí, agradecidos, os beneficiários usufruíam a água preciosa que os padres lhes ofereciam, chamando-lhe por isso o Poço dos Padres Negros, ou, para encurtar, o Poço dos Negros.

É esta, simplesmente, a origem do topónimo que tanta indignação tem gerado em espíritos por certo pesarosos pelas práticas menos humanas dos seus antepassados. Só que neste caso não há razão para tal, pois os Negros são meros padres disponíveis a ajudar o próximo.»

(https://www.publico.pt/2012/09/16/jornal/o-poco-dos-negros-25249089)

SARAJEVO — САРАЈЕВО

SARAJEVO — САРАЈЕВО — SARAIEVO Capital e maior cidade da Bósnia e Herzegovina . É também a capital das duas entidades territoriais bósnias: ...