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08 agosto 2025

OUR-

OUR-

OUR- : Ouro, água, outra origem?

⬧ Galiza:

Ourol, concelho de Guntim; Oural, concelho de Carinho; Ourada, concelho de Ponteceso; Oural, concelho de Boqueijom; Ourís, concelho de Arzua; Ourantes, concelho de Punjim; Ourense.

Ourol, Marinha Ocidental: «Os vichelocregos simbolizan o topónimo Ourol, derivado do latín aureolus (dourado).» (gl.wikipedia.org/)

Ourantes: «O topónimo Ourantes é un hidrónimo de orixe prerromana, da raíz *awer- co significado de 'mollar, humedecer, fluír'. Outros autores defenden que é un orónimo a partir da raíz preindoeuropea *or-r/ur-r "outeiro, algura, monte ou val entre montes".» (gl.wikipedia.org/)

Ourense: «Bautizada polos romanos como "A cidade de ouro" (Auriense).» (gl.wikipedia.org/)

Portugal:

Serra do Oural, concelhos de Ponte da Barca, Ponte de Lima e Vila Verde; Barragem de Oural, Cabeceiras de Basto; Oural, concelho de Paredes; Rio Douro; Ourentã e Ourentela, concelho de Cantanhede; Ourém; Abrantes.

➤ Rio Douro: «Versões populares para a origem do seu nome são várias. A mais provável aponta para o antigo celta dur ou dubr (água, rio)». (pt.wikipedia.org/)

Ourentã: «Freguesia de solo ubérrimo, farta de água». / «De “aura” = tontura, vertigem?» / «com boa dose de probabilidade, uma origem etimológica em raiz latina “auru” (ouro)».(http://www.freguesiadeourenta.eu/)

Ourém: «No documento de doação do eclesiástico em 1183 por D. Teresa, afirma-se que o local onde foi construído o castelo anteriormente se chamava Abdegas: "Aprouve-me fazer testamento do eclesiástico de Ourém, que antes se chamava Abdegas". No entanto, no foral de Leiria de 1142 a palavra Ourém (Portus de Auren) já era referida, pela primeira vez, como limite territorial do termo de Leiria, e parece indicar um curso de água (...) A palavra Portus significava uma travessia de um rio ou ribeiro. A comparação dos documentos leva a concluir que o "Porto de Ourém" se situava entre a Sabacheira e Seiça. Por isso, é de crer que inicialmente a palavra Auren designasse apenas a ribeira com os seus terrenos adjacentes.» (pt.wikipedia.org/)

➤ Abrantes: «Poderá vir de um hipotético Aurantes, derivado de aurum, 'ouro', através de Aulantes, forma que aparece num documento de 1176.» (infopedia.pt/)

CASAL

CASAL

Casal, e variantes, é um topónimo comum para pequenas povoações.

«Pequeno povoado; lugarejo; propriedade rústica; conjunto de propriedades aforadas e descritas numa escritura de emprazamento; casal agrícola: unidade constituída por casa de habitação com dependências adequadas à exploração rural e por terrenos de área suficiente para a manutenção de uma família de cultivadores. Do latim casale-, "quinta; fazenda"». (infopedia.pt)

«Casa solarega; casa rústica com as propriedades; pequeno povoado numa aldeia; lugar». (estraviz.org)

Ver também:
- Bairro / Bárrio.
- Foros.

05 agosto 2025

SARRIA e SABROSA

SARRIA — Vila, concelho e comarca da Galiza, Reino de Espanha. 

SABROSA — Vila e concelho de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

Lugares onde há sarro / sárrio / saibro / sábrego / xabre / salavedro / saavedro / xabredo / sagredo / saburra / cebre.

Sabrosa: «de saibrosa, 'terra onde abunda o saibro'. Tem os derivados Sabroso, Sebrosa, Sebrosas, Sebrosinho e Sobroso.» (infopedia.pt)

SARREAUS — Concelho da comarca da Límia, Galiza

«O nome de Sarreaus procede do latim Sarrianus, "os que vêm de Sarria", devido a que no seu momento se repovoou com habitantes desta vila luguesa.» (adptado de gl.wikipedia.org)

Ver também:

- Sabrosa, Portugal.

10 julho 2025

TRIACASTELA

TRIACASTELA

Concelho da comarca de SarriaGaliza.

«O topónimo que dá nome ao concelho de Triacastela e uma das suas paróquias procede do latim tria castella, que significa ‘tres castelos’. Tria é o plural neutro do numeral três e castella é o plural neutro de castellum < castrum, ‘castro’. Portanto, faz referência à existência de ‘três castrinhos’ neste território. Quanto à origem, é possivelmente altomedieval, já que se regista pela primeira vez num documento do mosteiro de Samos do ano 922.»(1)

«Triacastela é o nome dum lugar e da paróquia à que pertence, Santiago de Triacastela, e mais o do concelho do mesmo nome da província de Lugo.
A origem do topónimo não está clara ainda que no escudo municipal apareçam três castelos dos que não há notícia que houvesse pelos arredores. Alguns interpretam que Triacastela pode derivar de três castros (castellum) que formam uma espécie de triângulo e que são o de Triacastela, o de Trás do Castro (ou de Santo Adrião) e o de Lagares.»(2)

17 maio 2025

GONDOMAR / GONDAR / etc

GONDOMAR, GONDARÁM, GONDARÉM, GONDAREI, GONDARIZ, GONDORIZ, GONDARISCO, GONDAR, GONDA, GUNDAR

Nomes de várias povoações da Galiza e Norte de Portugal.

Gondomar, Galiza: «A origem de Gondomar estaria relacionada com a presença dum assentamento germânico ao mando dum chefe chamado Gundemaro.»(1)

Gondomar, Douro Litoral, Portugal: «Entre outras versões, a denominação Gondomar é atribuída ao rei visigodo Gundemaro que, em 610, teria aqui fundado um couto, apesar de não haver vestígios dos cavaleiros visigóticos.»(2)
«A origem do topónimo é, em regra, atribuída ao rei visigodo Gundimaro (610-612), nome próprio germânico, que, segundo Leite de Vasconcelos, deriva de gundjia (batalha) e meer (destreza), que, latinizado, terá sugerido Gundimarus e, depois, Gondomar. Há, porém, quem defenda que a designação da cidade (...) resulta de Gunthimirus, embora não se conheça qualquer notícia sobre a passagem deste rei visigodo por estas terras.»(3)
«Do baixo-latim [Villa] Gundemari, 'a quinta de Gundemaro'.»(4)

GondarémVila Nova de Cerveira: «fundada em 970 por Gundaredo, um chefe normando».(3)

GondarAmarante: «Gondar deve a sua toponímia a Dom Mem Gundar que, no século XII, ali fundou o mosteiro beneditino que deu origem à povoação.»(5)

Gondariz / Gondoriz / Gondar: «Do baixo-latim [Villa] Gundarici, 'a quinta de Gundarico'. Encontra-se também na Galiza (...).»(6)

Santa Eulália de GondarVila Nova de Cerveira: «Em 1258 (...) denomina-se Gundar».(4)

Ver também:
Gondar — nome duma cidade da Etiópia.



 

01 maio 2025

CELA NOVA — CELANOVA

CELA NOVA — CELANOVA

Concelho da comarca da Terra de CelanovaGaliza, Reino de Espanha.

«Trata-se dum composto do substantivo cela, que alude a um edifício monacal, e do adjetivo nova. O substantivo cela passou de denominar a habitação dum anacoreta para denominar um mosteiro pequeno (Santamarina_2008). Navaza_TopHisp_Galicia_2011 indica que cela era como se chamavam os mosteiros galegos antes da adoção da regra beneditina.»(1)

Cela: «Do latim cellam, ‘quarto’, ‘santuário’, ‘despensa’. Era inicialmente a morada dum anacoreta, e logo passou a designar um mosteiro ou convento de categoria menor.»(1)

«É capital da comarca da Terra de Celanova. Como se pode comprovar na documentação histórica disponibilizada, esta vila recebeu o genérico nome de Vilar até à sua doação à Igreja; a partir desse momento passou a chamarse Celanova. No século XX, o concelho de Celanova absorveu os antigos concelhos de Acevedo do Rio (1968) e Vilanova dos Infantes (1927).»(1)

Cela: 1. aposento de um religioso, no convento. 2. quarto individual nas penitenciárias. 3. cubículo. 4. câmara. 5. alvéolo do favo. Do latim cella-, "cela; pequeno aposento".»(2)

Celas (topónimo): «Do latim coela, 'cavidades', tomado no sentido de 'celas de religiosos'. Encontra-se na Galiza, sob forma idêntica, e na França, sob a forma Celles.»(2)

A forma do topónimo usada pelas autoridades administrativas galegas é Celanova. A forma reintegracionista (galego-portuguesa) é Cela Nova.(3)

 

18 março 2025

POMBEIRO

POMBEIRO

«Nos dicionários gerais e especializados a que temos acesso, não se regista pombeiro como sinónimo de pombal. No entanto, em galego, regista-se pombeiro como uma variante de pombal (que tem o mesmo sentido que a palavra portuguesa correspondente) ou como designação de um subtipo de pombal. Note ainda que, na toponímia, se acha a forma Pombeiro, tanto em Portugal como na Galiza, a qual é plausivelmente o mesmo que «lugar onde existem pombos». Seja como for, não sendo de excluir que pombeiro, na aceção de «pombal», ocorra dialetalmente em Portugal, a verdade é que não se atesta tal uso nas fontes que consultámos.» (https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/pombeiro-e-pombal/33569)

Galiza:

Pombeiro, concelho de Pantom.

Pombeiro, concelho de Cervantes.

O Pombeiro, concelho de Arbo.

O Pombeiro, concelho de Vilalba.

A Pombeira, concelho de Cerdedo-Cotobade.

Ilha de Pombeiro, concelho do Grove.

Portugal:

Pombeiro da Beira, concelho de Arganil.

Pombeiro de Ribavizela, concelho de Felgueiras.

 

23 fevereiro 2025

NUGALHÁS

NUGALHÁS

Aldeia da paróquia de Arcos, concelho de Antas de UlhaGaliza.

Este lugar é o centro geográfico da Galiza, nas coordenadas 42° 45′ 25″ N, 7° 54′ 39″ W. Na ortografia das autoridades, estes topónimos são escritos Nugallás e Antas de Ulla. A povoação situa-se junto ao lugar homónimo na paróquia vizinha de San Fiz de Amarante.

«Do ponto de vista etimológico, o topónimo alude provavelmente ao abundancial nucaciales, do latim nucalia ‘nogueira’ baseado em nace ‘noz’ (DCECH). Porém, convém ter en conta que nugallás é a forma plural do adjetivo nugallán “que se deixa levar pola nugalla” (DRAG). Neste sentido, tratar-se-ia dum topónimo galego de natureza jocoso-depreciativa que provém do latín nugae ‘bobadas, bagatelas’, nugali, -ale ‘home frívolo, syrneas’ (Ares Vázquez 2009:101). Contudo, o certo é que os dous lugares Nugalhás estão fortemente povoados pela árvore da nogueira.»

(Adaptação ortográfica do texto de Andrea Santiso Arias, https://minerva.usc.es/xmlui/bitstream/handle/10347/27468/1/GLLG_-_Santiso_Arias%2C_Andrea%5B1%5D.pdf)

 

22 fevereiro 2025

PADERNE

PADERNE

Paderne é o nome de várias povoações na Galiza e Portugal.

Por exemplo: concelho na comarca de Betanços e Paderne de Alhariz, na Galiza; freguesia no concelho de Melgaço e freguesia no concelho de Albufeira, Portugal. 

«Do baixo-latim [ Villa ] Paterni, 'a quinta de Paterno'. Encontra-se sob diversas formas em Espanha, sobretudo na Galiza. Tem o derivado Paderna.» (infopedia.pt)

https://www.facebook.com/groups/1687756998191500

 

CÚNTIS

CÚNTIS

Concelho da comarca de Caldas, Galiza, Reino de Espanha.

Entre a Galiza do mar e a Galiza do interior, encontramos uma terra cheia de vida; estamos a falar de uma terra de água, uma terra de pedra, estamos a falar de Cúntis. A Vila Termal de Cúntis é uma bonita povoação rural galega situada na Comarca de Caldas. É composta por 8 freguesias: Arcos de Furcos, Cequeril, Couselo, Banhos de Cúntis, Estacas, Pinheiro, Portela e Troáns. Faz fronteira com os concelhos da Estrada, Campo Lameiro, Moranha, Caldas de Reis e Valga.

Aqui existiu um importante centro termal, com uma vila romana de certa importância e que alguns historiadores consideram ser o antigo solar denominado Aquae Calidae, do povo proto-histórico dos Cilenos (Cileni) que, com capital em Cúntis, terá abrangido os atuais municípios de Cuntis, Moranha e Caldas de Reis.

Cuntis parece ter sido uma importante estância termal na época romana, com templos dedicados aos deuses protetores das águas e instalações terapêuticas.(1)

A origem do nome de Cúntis é pré-latina, de kune-tisa, «lugar feliz».(2)

Há referência a um San Salvador de Cuntís, que deveria ser Guntís.(3) (Guntís é um lugar da paróquia de Neiras, concelho  de Sober, comarca de Terra de Lemos.)

 

21 fevereiro 2025

SENDIM

SENDIM — Lugares dos concelhos de Antas de Ulha e da Arnoia, na Galiza.

SENDIM — Povoações dos concelhos de Felgueiras, Tabuaço, Alfândega da Fé e Miranda do Douro (Sendin, em mirandês), em Portugal.

Sendim / Sendin, Terra de MirandaTrás-os-Montes: «Os estudos toponímicos mais recentes estabelecem duas etimologias prováveis para o topónimo Sendim: uma tem origem antroponímica do nome próprio medieval "Sendinus" e a outra tem origem na palavra goda "sinth-s" que significa caminho. Neste caso Sendim assume o seu topónimo enquanto localidade que nasceu junto ao caminho que bifurcava da estrada romana ou "Carril Mourisco" e o ligava ao Sul de Espanha. (...) A 1ª referência escrita de Sendim é de 1258 nas Inquirições de D. Afonso III. Nova referência em 1291, em acordo feito entre D. Dinis e D. Fernão Peres, a propósito da comenda de Algoso em que o rei pedira à Ordem de Malta aldeias da ordem, entre as quais Sindym.» (https://www.cm-mdouro.pt/pages/111)

Sendim da Ribeira, Alfândega da FéTrás-os-Montes: «o toponímico Sendim tem origem germânica e bastante comum na região transmontana. A origem do seu nome provém do germânico "Sandini", nos sécs. V e VI, no tempo em que ocorreram as invasões bárbaras, coincidindo com o fim do Império Romano e o aparecimento do Cristianismo. "Sandini" era um indivíduo muito poderoso da época, por ser detentor de todas aquelas terras. Daí a razão de lhe terem posto o mesmo nome à freguesia.» (http://www.terralusa.net/?site=183&sec=part4)

Sendim, FelgueirasDouro Litoral: «Nesta freguesia viveram povos pré-históricos romanizados e depois subjugados por aguerridos invasores, dos quais deve descender Sendino, que lhe deu o nome. Em 1112 a designação já figurava como nome da região.» (https://cm-felgueiras.pt/municipio/freguesias/sendim/)

⇨ «Do baixo-latim [Villa] Sindini, 'a quinta de Sindino'. Tem os derivados Sendinha e Sendinho. O topónimo Sendieira poderá estar-lhe relacionado, e, sendo assim, indicaria povoamento por colonos idos de Sendim.» (infopedia.pt)

 

19 fevereiro 2025

LALIM

LALIM

Concelho na Galiza e freguesia do concelho de Lamego, Alto Douro, Portugal.

➤ Em Portugal: «Lalim, nome que advém do latim de Villa Lallini (Lalim da proto-história), começou por ser um tracto agrário-populacional, sendo uma vila organizada por Lallinus (nome pessoal tirado de Lallus, divindade ou génio tutelar das armas). Esta designação remonta aos séculos III/IV, quando a reforma agrária de Diocleciano obrigou à adjectivação do nome do possessor, numa época sensivelmente tardia da romanização, podendo admitir-se que este nome lhe foi dado por um suevo romanizado.» (Projecto de Lei N.º 516/VI, Elevação de Lalim à categoria de vila. Diário da Assembleia da República, II Série-A - Número 27. 16 de Março de 1995.)

➤ Na Galiza: «Terra inçada de castros, os seus nomes perderam-se como o nome tribal. É natural em terra rica, cobiçada dos conquistadores. Os castros detetados seriam cativos na época soberana. Os hoje centrais são 'nomina possessoris', como Lalim (< *Lallini “de Lallinus”).» (http://www.adigal.org.ar/TRIBOSUNIFICADOparaREDE.pdf)

«O coengo Buenaventura Cañizares deixou probado con documentos demostrativos que o topónimo Lalín ven de "Lalino", un colono do Conde de Deza que tivo ó seu cargo as terras nas que, anos máis tarde (980), se erixiu o mosteiro de San Martiño de Lalín de Arriba.» (http://lalin.gal/concello/historia)

➤ Outra explicação: «Lalim. Aldêa na Provincia da Beira, Bispado de Lamego, fundação de Zeidan Ben huin, Regulo daquella Cidade. Significa Irreprehensivel.» (Vestigios da lingoa arabica em Portugal, Fr. João de Sousa, 1830)

https://www.facebook.com/groups/1687756998191500

 

15 fevereiro 2025

GALEGOS e O FRANCÊS

No concelho de Vedra, na Galiza, a povoação do FRANCÊS está rodeada pelas povoações dos GALEGOS, a norte e a sul.

Galegos são duas das muitas povoações na Galiza, em Portugal e em Espanha, com referência a galegos.

 

08 fevereiro 2025

MACEDA e MACEDO DE CAVALEIROS

MACEDA — Concelho do sudeste da Galiza.

MACEDO DE CAVALEIROS — Concelho de Trás-os-Montes e Alto DouroPortugal.

Macedo: «Do latim vulgar mattianetum, 'terreno onde há macieiras'. Existe também na Galiza. Aparece em alguns compostos, como Macedo de Cavaleiros e Macedo do Peso. Tem os derivados Maceda e Macedinho.» (infopedia.pt)

«Maceda está relacionada com maçã, do latim Mattiāna [mala] '[maçãs] de Matio', derivado de Caius Matius, tratadista de agricultura do século I a. C. Outras fontes citam a palavra latina MATTIANETA (lat. vulgar MATTIANA, maceira). Um fitotopónimo abundante em maceiras, (Manzaneda é a forma castelanizante).» (Adaptação ortográfica de gl.wikipedia.org)

«Macedo de Cavaleiros é uma terra antiga. O seu nome primitivo relaciona-se com o de uma terra farta na produção de maçãs. Com efeito, masaedo, maçaedo, macedo, são termos arcaicos que querem dizer maçãs. E os documentos medievais que se lhe referem são inequívocas a este respeito: vilar de masaedo, aldeya de maçaedo e quinta de Macedo. Há uma lenda em que dois cavaleiros armados de maças teriam aparecido numa batalha entre mouros e cristãos e teriam, com as suas armas, decidido a sorte da lide, assistida por el-rei que exclamava “Maça, Macedo, Maça, Macedo!”. Esta lenda tem o seu fundamento no facto de que um fidalgo macedense, Martim Gonçalves de Macedo, salvou a vida de D.João I na Batalha de Aljubarrota ao matar um castelhano, Álvaro de Sandoval, que por pouco não tirou a vida ao rei. D.João I ficou reconhecido ao acto valoroso do cavaleiro Martim Gonçalves de Macedo e, desde então, século XIV, a terra passou a chamar-se Macedo dos Cavaleiros. Martim Gonçalves teve a distinção de ser sepultado no Mosteiro da Batalha, perto do túmulo do rei. O paço ou torre de honra da família de Martim Gonçalves de Macedo deveria ser cerca do local onde hoje é a casa conhecida como “do Serra dos cavalos” à entrada do Prado de Cavaleiros e este bairro deve o seu nome ao designativo desses fidalgos. Tal como a rua da Fonte do Paço, contígua à da Fonte do Cipreste e cuja mãe de água está ainda hoje sob o seu pavimento, perpetua no seu nome aquele recuado significado.» (https://www.macedodecavaleiros.jfreguesia.com/historia.php)

Ver também:

- Maceda, concelho de Ovar, Beira Litoral.

06 fevereiro 2025

NINE

NINE — Lugar do concelho de Boiro, Galiza.

NINE — Freguesia do concelho de Vila Nova de FamalicãoMinho, Portugal.
«Segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico, o topónimo Nine terá evoluído a partir de um nome próprio, ‘Ninnus’?, talvez ligado ao nome latino ‘Ninna’, que surge em algumas lápides romanas. Outra hipótese levantada por J. P. Machado é a de que Nine deriva do céltico, dada a sua semelhança com a palavra galesa "nen", que significa «céu», «tecto». Esta origem supõe que o topónimo designasse inicialmente elevações do terreno.» (Carlos Rocha, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/)
«Parece vir do baixo-latim [ Villa ] Nini, 'a quinta de Nino'. Tem o derivado Nines.» (infopedia.pt)
 

31 janeiro 2025

BAIRRO / BÁRRIO / BARRO

BAIRRO / BÁRRIO / BARRO

BARRIO: topónimo muito frequente na Galiza. Exemplo, entre muitos: Vilar de Barrio

BÁRRIO: topónimo raro em Portugal. Exemplos: Bárrio, freguesia do concelho de Ponte de Lima; Bárrio, freguesia do concelho de Alcobaça.

BAIRRO: topónimo muito frequente em Portugal. Exemplos: Bairro, freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão; ➤ BAIRROS, freguesia do concelho de Castelo de Paiva; concelho de Oliveira do Bairro.

BAIRRO: topónimo inexistente na Galiza, nos registos administrativos oficiais.

Outros topónimos:

BAIRRADA: «É vulgar afirmar-se que tem a sua origem na palavra barro, e, de facto, é admissível a evolução de barro para bairro. Outros autores sugerem uma derivação do árabe barri, 'lugar inculto'. Mas parece que é mais seguro dizer-se que Bairrada vem do baixo-latim barrium, 'quinta, casal'; e, sendo assim, Bairrada significaria um conjunto de bairros ou povoações. De facto, encontramos ali povoações como Óis do Bairro, Oliveira do Bairro, Paredes do Bairro, São Lourenço do Bairro, Ventosa do Bairro e Vilarinho do Bairro. Conhecem-se outras seis Bairradas ou Barradas no território nacional (duas no concelho de Abrantes, duas no de Ferreira do Zêzere, uma no de Ansião e uma no de Proença-a-Nova), mas a mais conhecida de todos é, de longe, aquela a que nos referimos acima. Tem os derivados Bairradinha, Bairrão, Bairrinho, Bairro e Bairros.»(1)

BARROSO: «De barrosa, 'abundante em barro', 'formada em barro'. Tem as variantes Barosa e Bairrosa e os derivados Baroso, Barroja, Barrojela, Barrosão, Barrosas, Barroseiras, Barroseiro, Barrosela, Barroselas, Barroselo, Barrosinha, Barrosinho e Barroso.»(1)

BARRAL: «De barral, 'terreno de barro'. Tem a variante Bairral e os derivados Bairrais, Barrais, Barraldes, Barralhos, Barralhoso, Barredo, Barredos, Barrenhas, Barrenho, Barrenta, Barrentes, Barrento, Barreses, Berredo, Berredos e Berrenha.»(1)

BARRÔ: «Do baixo-latim barriolo, 'bairrozinho'. Tem os derivados Barrinho, Barrins, Bárrio, Bárrios, Barro, Barroja, Barrojela, Barronhas, Barronhos, Barros, Barrucho e Barruncho.»(1)

 Barro: «De origem obscura.»(1) «Latim baru(2) «Ibero-romano *barrum(3) «De origem possivelmente pré-romana.» «Talvez do latim Barrum(4) «Talvez do latim hispânico *barrum(5)

 Bairro: «Do árabe barrî, "exterior".»(1) «Árabe barri(2)(3) «Latim Barrium, ou do árabe Barri (de fora, exterior).»(4) «Do árabe barrî ‘exterior’, ‘arrabal’.»(5)

Ver também:
- Bairrada, Beira Litoral, Portugal.
- Barroso, Trás-os-Montes, Portugal.
Foros.

 

25 janeiro 2025

PÓVOA DA GALEGA

 

PÓVOA DA GALEGA

Localidade da freguesia do Milharado, concelho de MafraEstremadura, Portugal.

Cerca de 4 km para norte situa-se a localidade de Galegos, no concelho do Sobral de Monte Agraço. Cerca de 2 km para este encontra-se a povoação de Calvos, que é um topónimo também existente na Galiza. Junto à Póvoa da Galega há um monte com o nome de Galega

«Lenda da Póvoa da Galega. Nos princípios do séc. XVI estabeleceu-se na Póvoa uma senhora originária da Galiza, que vivia na quinta hoje chamada do Bom Sucesso, a qual ocupava, então, todo o centro da localidade.

Esta, além de muito rica, era dotada de grande formosura, pelo que os moços dos arredores vinham à Póvoa ver a galega. Daí, derivou o nome da Póvoa da Galega, originalmente denominada São Gião (https://eb1hc1b0809.blogspot.com/2011/05/lendas-do-concelho-de-mafra.html)

Esta é uma das muitas povoações em Portugal com referência a galegos ou à Galiza.

PARADA / PARADELA / PARADINHA

PARADA / PARADELA / PARADINHA / PARADES

 Parada e variantes, na Galiza, Portugal e Astúrias.

«De parada, no sentido de 'local de descanso num percurso íngreme ou acidentado'. (...) Tem os derivados Paradas, Paradela, Paradelas, Paradinha, Paradinhas e Paraduça.» (infopedia.pt)

Parada era também um tributo ou um foro e ainda mantém, entre outros, o significado de dinheiro que se arrisca no jogo. Paradela, além de parada ou paragem, também significa exposição ao vento.

O mapa com os concelhos onde existem estes topónimos está provavelmente incompleto e existem outros derivados ou semelhantes.

https://www.facebook.com/groups/1687756998191500

 

GUERAL

GUERAL — Localidades dos concelhos da Peroja, Coles, Cela Nova e Cartelhe, na Galiza.

GUERAL — Freguesia do concelho de BarcelosMinho, Portugal.

«Nas inquisições de 1220, no tempo de Afonso II, esta freguesia foi anexada à Comenda de Cristo e, provavelmente pertencia à Comenda dos Templários de Santa Eulália de Rio Covo, aparece designada por: De Santo Pelagio de Carvalial, junto à freguesia de Santa Leocádia. No entanto, é natural que esta Carvalial seja a mesma Gueral, até porque não se encontra outra freguesia em que Santa Eulália tenha mais terras do que nesta. Carvalial será, portanto, corrupção ou engano de cópia de Gueral.

No censo de 1527, (século XVI) a freguesia de Generall — que se julga ser Gueral — aparece com 27 moradores, mais uma vez [ com o nome ] deturpado, pelo que se supõe igualmente de mais um erro, já que se suprimimos a segunda letra, a última e mudarmos o n para u, ficamos com o nome Gueral.» (https://ufcgcpfg.pt/historia.php?hi=6)

«Nome germânico ou baixo latim: Gaderii». (https://pt.wikipedia.org/wiki/Topónimos_germânicos_em_Portugal, https://gl.wikipedia.org/wiki/Topónimos_xermánicos_en_Galicia)

 

24 janeiro 2025

GUILHEIRO

GUILHEIRO

Freguesia do concelho de TrancosoBeira Alta, Portugal.

«A freguesia de Guilheiro constitui um enclave do município de Trancoso, tornando este um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos. A situação geográfica de Guilheiro é, porém, única no contexto português, pois constitui-se como um enclave do distrito da Guarda dentro do distrito de Viseu, criando uma descontinuidade territorial no distrito a que pertence. De facto, a freguesia de Guilheiro está separada do corpo principal do município de Trancoso por uma estreita e comprida faixa de território pertencente à freguesia de Arnas (concelho de Sernancelhe), com poucas dezenas de metros na sua zona mais estreita, coloquialmente designada "Manga" pela população local. (...)

Guilheiro foi vila e cabeça de concelho com uma só freguesia, tendo recebido foral de D.ª Sancha Vermuiz em 1251. Regia-se com juiz ordinário, um vereador, um procurador do concelho e escrivão da câmara, estando no criminal sujeita à vila de Sernancelhe. Como símbolo de uma autonomia perdida, conserva o pelourinho, do tipo gaiola e fuste monolítico, datado de 1559.

Guilheiro tinha uma comenda da Ordem de Malta que pertenceu a D. António Manuel, irmão do 2º Conde de Vila Flor. Foi cabeça de um viscondado que D. Pedro II deu a Pedro Jacques de Magalhães, o vencedor da batalha de Castelo Rodrigo.» (https://jf-guilheiro.pt/historia-da-freguesia/)

O topónimo pertence ao «alargado grupo daqueles nomes de lugar que, à partida, ter-se-ão filiado num tema germânico *will(j)- ‘desejo’, ‘prazer’. (...) Willarius (> gal. Guillar, Guilleiro)». (https://entreominhoeaserra.blogspot.com/2019/10/)


O GUILHEIRO é um lugar da paróquia de Cespom, concelho de BoiroGaliza.

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