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23 setembro 2024

ESCURQUELA

ESCURQUELA

Freguesia do concelho de Sernancelhe, Beira Alta, Portugal.

«O nome da terra parece indicar o seu antigo valor estratégico-militar, pois interpreta-se escurquela como diminutivo de esculca, isto é, sentinela, vigia, guarda avançada.»(1)

«Graças ao seu posicionamento, a aldeia serviu de esculca (vigia) ao Castelo de Sernancelhe, enviando sinais noturnos (facho a arder) sempre que o inimigo se aproximava.»(2)

«Povoação anterior à nacionalidade, deverá ter sido fundada no tempo dos godos, ou, no fim do domínio romano. Fez parte de uma região que teve grande importância militar, como testemunham os seus 7 castelos. Pertenceu ao concelho de Fonte Arcada. Extinto este, em 24 de Outubro de 1855, passou para o concelho de Sernancelhe.»(3)

Esculca: «1. sentinela noturna. 2. guarda avançada. 3. vigia assalariado. Do germânico *skulka, "espião".»(4)

09 setembro 2024

VENTOSA

VENTOSA — Paróquia do concelho de Agolada, Galiza.

VENTOSA — Freguesia do concelho de Vouzela, Beira Alta, Portugal.

VENTOSA — Freguesia do concelho de Alenquer, Estremadura, Portugal.

VENTOSA — Freguesia do concelho de Torres Vedras, Estremadura, Portugal. Na freguesia da Ventosa do concelho de Alenquer situa-se a povoação de Casais Galegos.

«De ventosa, 'terra onde há muito vento'. Tem os derivados Vento, Ventoseira, Ventosela, Ventoselas, Ventoselo, Ventosinha e Ventoso.» (infopedia.pt

03 setembro 2024

SÁTÃO

SÁTÃO

Vila, freguesia e concelho na Beira Alta, Portugal.

«De origem incerta, mas possivelmente arábica; José Pedro Machado propõe a sua derivação de çaratan, 'os dois caminhos'. Um documento de 957 refere-se a Zaaton, e um de 1111 a Zalatan, o que parece reforçar aquela teoria.» (infopedia.pt)


 

25 agosto 2024

ALMEIDA

> ALMEIDA, Riba-Coa, Beira Alta, Portugal.

«Do árabe al maida, 'outeiro'. O topónimo foi a origem do atual apelido. Existem os derivados Almeidas, Almeidinha e Almeidões.» (infopedia.pt)

Almeida é um antropónimo frequente em Portugal. Também significa «varredor de rua», provavelmente com origem no apelido. 

Almeida é igualmente um termo náutico referente a uma parte da popa dos navios.

> Praça de Almeida, Vigo, Galiza, Reino de Espanha.

 

21 agosto 2024

MOÇÂMEDES, Beira Alta

MOÇÂMEDES faz lembrar um topónimo africano, devido à homónima cidade em Angola e a semelhança com o nome de Moçambique

Contudo, a Moçâmedes original é uma aldeia da freguesia de São Miguel do Mato, concelho de Vouzela, Beira Alta, Portugal.

«Muçâmedes, como inicialmente chamado aquele povoado, poderá derivar de Muça – Medina (Cidade de Muça), que se podia facilmente converter em Muçâmedes.» (https://www.f-smdomato.pt/freguesia/historia)

«Do apelido árabe Abul Samad, através do latim tardio Abozamatis, '[ terra ] de Abul Samad'.» (infopedia.pt)

Antigamente também foi usada a grafia Mossâmedes.

Ver também:

- Moçâmedes, Angola.

 

16 agosto 2024

TAROUCA

TAROUCA

Cidade da Beira Alta, Portugal.

«Do topónimo pré-romano Tarauca, vindo do étimo céltico tar-, 'elevação'. Tem o derivado Tarouquela.» (infopedia.pt)

 

BEIRA, Moçambique

BEIRA

Cidade da província de Sofala, Moçambique. É a única grande cidade moçambicana que, após a independência, não mudou o nome de origem colonial portuguesa, talvez porque a própria palavra é também um substantivo.

Foi fundada em 1887 com o nome do rio Chiveve. O nome foi mudado no início do século XX para Beira, em homenagem a D. Luís Filipe, Príncipe da Beira, filho do rei D. Carlos I e de Dª Amélia de Orleães. O príncipe herdeiro do trono de Portugal recebia o título de Príncipe da Beira, província histórica portuguesa.

 ☛ Ver também:

- Províncias de Moçambique.

- Províncias das Beiras, Portugal.

 

15 agosto 2024

ALMOFALA

> ALMOFALA — Freguesia do concelho de Castro Daire, Beira Alta, Portugal.

> ALMOFALA — Freguesia do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo, Beira Alta, Portugal.

> ALMOFALA — Distrito do município de Itarema, estado do Ceará, Brasil.

«Do árabe al mahalla, 'acampamento'. Em Espanha encontra-se sob a forma Almohalla.» (infopedia.pt)

Nas imagens, os brasões das freguesias portuguesas estão trocados.

 

14 agosto 2024

SANTAR

|> VILASANTAR (VILA SANTAR), comarca de Betanços, Galiza.

|> SANTAR, concelho de Arcos de Valdevez, Minho, Portugal; 

|> SANTAR, concelho de Nelas, Beira Alta, Portugal.

Santar: «Do baixo-latim [Villa] Sentarii, 'a quinta de Sentário'. Encontra-se também na Galiza, e tem os derivados Sandeiro e Santarinho.» (infopedia.pt)

 

BEIRA / BEIRAS

BEIRA / BEIRAS

Região histórica do centro-norte de Portugal continental, que foi ao longo dos tempos subdividida em Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral, Beira Interior (Beira Alta + Beira Baixa) e Beira Transmontana ou Beira Serra (distrito da Guarda). 

Na sequência da Constituição de 1933, as províncias foram implementadas em 1936, sendo criadas nesta região as províncias da Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral. A divisão de Portugal em províncias foi extinta em 1976, mas estas continuam sendo uma referência cultural e geográfica. 

A divisão distrital não coincide com a provincial. A maior diferença nas Beiras está no distrito de Leiria, cuja parte norte pertence à Beira Litoral e a parte sul à Estremadura. As Beiras ocupam a maior parte da região estatística (NUTS 2) do Centro

«Como tem sido referido por especialistas desta matéria, a palavra beira significa no português moderno "um rebordo, uma margem ou uma orla", podendo ainda acrescentar-se que estar à beira de qualquer coisa é estar muito próximo dela, o que pode querer dizer que a Beira foi originariamente uma área menor, com um sentido de fronteira. Outras interpretações, no entanto, têm sido sugeridas, como, por exemplo, fazer derivar o nome de berones, antigos habitantes do Norte da Península, ou mesmo barones, denominação germânica que significaria "homens esforçados". Ainda que a controvérsia sobre a origem do topónimo Beira e a sua ligação a uma denominação regional esteja longe de ser resolvida, parece-nos bem mais sensata a tese que identifica a Beira com margem ou rebordo, dando-lhe um sentido geográfico e político. E assim sendo, ganha toda a pertinência a identificação original da palavra com um território de fronteira política entre cristãos e mouros, remetendo a origem do nome para o período da reconquista. Esta identificação do conceito de fronteira com uma denominação regional, como têm referido vários historiadores, nada tem de inédito na Península Ibérica, sobretudo se tivermos em conta o que aconteceu com o topónimo Estremadura. Tudo indica, portanto, que o mesmo se passou com a Beira. Ainda assim, só a partir de 1211 é que é possível, com base em documentos, ligar a palavra Beira a uma região específica. (...) Provavelmente, a Beira desse tempo não iria além da fronteira terrestre, a raia seca, e os referidos lugares eram os castelos onde os diversos governadores podiam residir para assegurarem a sua vigilância, mesmo ficando já um tanto afastados dela, como é o caso de Seia e da Covilhã. Ou seja, mesmo no início do século XIII a Beira não era tanto o território junto da Serra da Estrela (e muito menos o de Viseu e Lamego), "mas o que estava perto da fronteira castelhano-leonesa". (...) Todas as informações chegadas até nós evidenciam, afinal, o mesmo sentido: a província da Beira estendeu-se progressivamente da raia seca ao litoral.» (https://revistas.ucp.pt/.../mathesis/article/view/5109/4989)

O ponto mais alto de Portugal continental, a Serra da Estrela, com 1993 metros, localiza-se entre a Beira Alta e a Beira Baixa.

O herdeiro do trono de Portugal tinha o título de Príncipe da Beira.

☛ Ver também:

Províncias e Distritos de Portugal continental.

NTUS de Portugal.

- Beira, Moçambique.

 

13 agosto 2024

FAMALICÃO

> VILA NOVA DE FAMALICÃO — Cidade e concelho do Minho, Portugal.

> FAMALICÃO DA SERRA — Freguesia do concelho da Guarda, Beira Alta.

> FAMALICÃO — Freguesia do concelho da Nazaré, Estremadura.

Famalicão: «Do baixo-latim [Villa] Famellicani, 'a quinta de Famelicano'.» (infopedia.pt)

«Uma certa tradição pretende, sem fundamento, encontrar a origem (desconhecida) do nome da terra famalicense num pseudo-personagem histórico chamado Famelião, que ao fixar-se aqui, no tempo dos Condes de Barcelos, terá aberto uma taberna conhecida por Venda Nova de Famelião... Ter-se-á que esperar pelo censo de 1527 para aparecer pela primeira vez a referência a Vila Nova da Famalyquam, embora em 1307 já se fale, nas chancelarias de D. Dinis, em Fhamelicam.» (http://www.dct.uminho.pt/jsea/web-contrntpor/escolas/Famalicao/Famalicao.htm)

 

11 agosto 2024

DÃO

DÃO — Rio da Beira Alta, afluente do Mondego, no centro-norte de Portugal.

«(...) Rio Dão, cujo nome é a contração da locução "de Adon", sendo "adon" uma variante dialetal do céltico "avon", 'rio' (assim se explica que os topónimos com o nome deste rio, como Foz Dão ou Maceira Dão [ e Santa Comba Dão ], não levam a preposição "de", que está implícita em Dão). Documentos do século X ao XIII confirmam a evolução de "Adon" para "Aon".» (infopedia.pt)

Outra explicação defende que o rio chamava-se Om, passando "Rio de Om" a "Rio d'Om", "Rio Dom" e finalemente "Rio Dão", num processo idêntico ao Rio Homem no Minho, que seria inicialmente Om, passando a "Ome" e depois "Homem".

Uma outra teoria associa o Dão ao nome de um deus dos rios, Danu ou Don, por sua vez do proto-indo-europeu *dānu, «rio», «corrente» ou «divindade dos rios», que é também a explicação para o Danúbio, o Donets, o Don e vários outros rios europeus.

A Região Demarcada dos vinhos do Dão inclui na Beira Alta os concelhos banhados pelo Rio Dão e concelhos vizinhos e, na Beira Litoral, o concelho de Arganil.

 

ALCOFRA

ALCOFRA — Freguesia do concelho de Vouzela, Beira Alta, Portugal.

Há duas explicações, não muito afastadas, para o significado do topónimo:

1. «O topónimo Alcofra deriva da palavra árabe al-kafr (Alcafra, Alcofra) que significa infiel, nome que foi dado a este povo por ter resistido ao domínio muçulmano.» (https://www.cm-vouzela.pt/municipio/freguesias/alcofra/)

2. «Do árabe al qufra, '[terra] baldia'.» (infopedia.pt)

 

07 agosto 2024

SÁ / SA / SAA

SÁ / SA / SAA

«O topónimo e apelido tem origem na forma sala, «de origem germânica, provavelmente do gótico *sala ( = ant., alto alemão sal, "casa") [...]» (José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa).» 

«Atestam-se também em português Sala e Saa. O apelido (antigo Saa) é originado no topónimo.» (ciberduvidas.iscte-iul.pt)

O mapa está certamente incompleto. Apresenta municípios onde se encontram estes topónimos na Galiza, Portugal e Astúrias.

 

06 agosto 2024

COUÇO / COUSSO

COUÇO — Freguesia do concelho de Coruche, Ribatejo, Portugal.

COUÇO, COUÇO FUNDEIRO, COUÇO DO MEIO, COUÇO CIMEIRO, COUÇO DOS PINHEIROS, FRAGAS DO COUÇO, CABEÇO DO COUÇO, COUÇO DO MONTE FURADO, VALE DE COUÇO, ALDEIA DO COUÇO, RIBEIRA DO COUÇO, RIBEIRO DO COUÇO — Localidades nos concelhos de Ferreira do Zêzere, Melgaço, Vinhais, Braga, Tondela, Arcos de Valdevez, Santa Comba Dão, Vila de Rei, Gondomar, Penafiel, Macedo de Cavaleiros, Vouzela e Vila Nova de Cerveira.

COUSSO — Lugar do concelho de Melgaço, Minho.

COUSO — Localidades da Galiza (na grafia oficial).

«Basicamente seguimos as informacións de Fernando Cabeza Quiles (1992, 2000 e 2008). Couso procedería do latín capsu (caixa) e faría referencia a unha caixa orográfica ou depresión no terreo; tamén podería ser un lugar para encerrar animais.» (https://gl.wikipedia.org/wiki/Couso,_Coristanco)

Não sei se Couso/Cousso e Couço têm a mesma origem mas muitos topónimos portugueses alternaram entre SS e Ç, inclusive para o caso de Cousso/Couço no concelho de Coruche. Na antiga Galécia existiu o deus Cosso.

Em castelhano, coso é a arena tauromáquica, derivado do latim cursus, «caminho».

 

05 agosto 2024

LAFÕES

LAFÕES — Região no vale médio do Vouga, a antiga Terra de Lafões, que constituiu um município até 1836, o qual foi repartido pelos concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela, na Beira Alta.

A área de produção da Vitela de Lafões IGP (Indicação Geográfica Protegida) engloba os concelhos de Oliveira de Frades, São Pedro do Sul e Vouzela e as freguesias de Cedrim e Couto de Esteves do concelho de Sever do Vouga, as freguesias de Bodiosa e Ribafeita do concelho de Viseu, e as freguesias de Alva e Gafanhão do concelho de Castro Daire. 

Segundo António Bica:

«Não havendo documento em que se possa alicerçar a origem do nome Lafões, o mais razoável é que, constituindo o hoje chamado Monte do Castelo, sobranceiro a Vouzela, e o monte Lafão uma unidade orográfica com dois cabeços muito próximos, ela fosse designada pelo povo que habitava a região no tempo anterior à conquista romana por nome que os romanos terão alatinado para Lafo. Quem sabe (muito ou pouco) de latim conhece que nessa língua para se dizer que algo era do (monte) Lafo se dizia Lafonis (o que significa, em português, do Lafão), palavra (Lafonis) que corresponde, segundo a gramática latina, ao genitivo de Lafo.

As palavras portuguesas derivadas do latim, que são a generalidade, correspondem à variação da palavra latina que indica o objecto da acção corresponde ao verbo, variação que é designada no latim por “acusativo”. O acusativo de Lafo é Lafonem.

Por isso o nome Lafo em latim passou em português a Lafão.

(...) No caso desta terra hoje conhecida por Lafões que corresponde ao vale médio do Vouga foi construído castelo no cabeço ocidental da unidade orográfica que se designava Lafo no latim que então se falava e veio a evoluir para Lafão na língua que hoje falamos.

Porque esse castelo se situava no monte Lafo (em latim) passou a ser designado por Castellum Lafonis que corresponde em português a castelo do Lafão. Porque era o centro militar e então consequentemente administrativo da terra do vale médio do Vouga, passou a dar o seu nome à região que assim, em latim, se passou a chamar terra do Castellum Lafonis e com o tempo apenas terra Lafonis, que veio a evoluir para terra de Lafões em português. Assim o nome da terra de Lafões veio a derivar do “genitivo” de Lafo e não do “acusativo” como derivou, segundo a regra, o nome do monte Lafão.»

Mais pormenores em: «A mais plausível origem do nome Lafões», http://caisdopensamento-inquiridor.blogspot.com/2010/12/mais-plausivel-origem-do-nome-lafoes.html

 

03 agosto 2024

UCANHA

UCANHA — Vila e freguesia do concelho de Tarouca, Beira Alta, Portugal.

«De um étimo pré-romano, antiquíssimo, que também se encontra em Espanha (Oca e Ocaña), em França (Cocagne) e em Itália (Occa, Ocana e Ocagnano). Cucanha é a forma antiga do topónimo Ucanha, que assim era geralmente escrito pelo menos até ao século XIV. Ainda existe como topónimo, mas apenas no Sul do País. Note-se, contudo, a sobrevivência corrente do vocábulo dialetal cucanha, 'casebre', na Beira Alta. 

A ponte-torre de Ucanha, localizada nas proximidades de Tarouca, é um monumento que une as duas margens do rio Varosa e que está construído numa das antigas vias romanas do interior beirão. Até ao século XVI, a sua história está ligada aos monges cistercienses do Mosteiro de Salzedas, já que se localizava nos seus coutos monásticos, situação que mudou através do foral concedido a esta terra pelo rei D. Manuel I. A sua função consistia no cobrar de portagem às pessoas e veículos que cruzassem esta via de comunicação, pois esta estrutura localizava-se na mais importante via de acesso à cidade de Lamego. Também servia de defesa da entrada das antigas terras dos coutos de Salzedas. A ponte de Ucanha é uma construção sólida em granito, provavelmente edificada no século XIII. 

Em Ucanha nasceu o célebre filólogo e etnólogo José Leite de Vasconcelos (1858-1941).» (infopedia.pt)

 

INHUMA e INHUMAS

> INHUMA — Município do estado do Piauí , Brasil. «Deram o nome de Inhuma, em virtude do grande número de pássaros chamados inhaúma exis...