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19 novembro 2024

ORCA

ORCA

Freguesia do concelho do Fundão, Beira Baixa, Portugal.

«Do latim vulgar orca, 'sepulcro', aparentado com Orcus, a morada dos mortos na crença dos Romanos. Dá-se também o nome de orca a um dólmen, construção megalítica que, como é sabido, servia também de sepultura.»

Orca: mamífero cetáceo; pequena ânfora de barro; copo para dados; dólmen, anta. (infopedia.pt)

«(Beira) Monumento megalítico funerário, datado da Idade Neolítica e da Idade do Bronze, caracterizado por duas ou mais grandes pedras verticais a sustentar uma grande pedra horizontal, formando uma câmara sepulcral. = anta, dólmen.» (dicionario.priberam.org)

13 novembro 2024

BELMONTE

BELMONTE

Vila e concelho da Beira Baixa, Portugal.

«Contração de belo monte. Encontra-se também em Espanha (Belmonte), França (Beaumont), Alemanha (Schönberg) e outros países.» (infopedia.pt)

«Tudo indica que o nome Belmonte tem a ver com monte e, julga-se igualmente, com belo. (...) Há quem lhe atribua a origem de belli monte (monte de guerra).» (João Fonseca, Dicionário do Nome das Terras)

Belmonte é a vila onde nasceu Pedro Álvares Cabral. É também famosa pela sua população judaica.

 

27 outubro 2024

FATELA

FATELA

Freguesia do concelho do Fundão, Beira Baixa, Portugal.

«Do árabe Fathallah, um dos atributos de Alá.»

«Fatela»: que é considerado de mau gosto; que é considerado de má qualidade. (infopedia.pt)

 

18 outubro 2024

SALVATERRA DO EXTREMO

SALVATERRA DO EXTREMO 

Vila e freguesia do concelho de Idanha-a-Nova, Beira Baixa, Portugal. Localiza-se junto ao Rio Erges, que é a fronteira com o município de Zarza la Mayor, na Extremadura, Reino de Espanha.

A vila chamava-se originalmente Salvaterra da Beira. Após o Tratado de Alcanizes de 1297, que definiu a fronteira entre o Reino de Portugal e os domínios da Coroa de Castela, o nome de Salvaterra da Beira foi mudado para Salvaterra do Extremo. O castelo de Salvaterra e a torre da Atalaia, junto ao rio, vigiavam a fronteira, tendo do outro lado da raia o castelo de Peñafiel ou de Racha Rachel. A vila foi sede de concelho até 1855.

Salvaterra: «Do português arcaico salva terra, 'terra salva de certas obrigações pela concessão de privilégios'. Também se encontra na Galiza (…). É mais comum aparecer em compostos como Salvaterra de Magos (alusão ao Paul de Magos) ou Salvaterra do Extremo (junto da fronteira).»

Extremo: «De extremo, no sentido de 'fronteira'. É mais usado em compostos.»

 

28 agosto 2024

CAMO / CAMÕES

CAMO e CAMÕES

O apelido do poeta português Luís Vaz de Camões tem origem toponímica, como denota a proposição "de" antes do nome. O solar dos Camões situa-se na paróquia de Camos (Santa Baia de Camos), concelho de Nigrám, comarca do Vale de Minhor, Galiza. O seu trisavô, Vasco Pires de Camões, era um trovador e fidalgo galego que se mudou para Portugal no tempo de D. Fernando I, o qual lhe atribuiu várias terras.

Há registos de Santa Baia de Camos como Sancte Eolalie de Caamones, Sancta Vaya de Camones, Camoes, etc. O étimo pode ser *calamones, tal como para Caamanho (em Porto de Oçom / Porto do Som), evoluindo por diversas fases até Camos. Na origem, pré-latina, de *calamones pode-se identificar o elemento cal-, «pedra», eventualmente também presente em Cale (Portus Cale, Portucale).

Outra hipótese para a origem do topónimo Camos é a ave chamada camão ou caimão (Porphyrio porphyrio). O próprio poeta Camões usou esta palavra camão. Há ainda a possibilidade de Camos derivar do latim calamu, «cana».

Quanto a Luís de Camões, já foi descartada a suposição de na genealogia de Camões haver dois ramos da mesma família galega, Camoens e Camanhos, estes com origem no castelo de Cadmo ou Camom (no cabo Finisterra). Este castro ou castelo estaria ligado ao herói Cadmo (Κάδμος) da mitologia grega, fundador de Tebas. Esta relação explicaria a serpe (serpente ou dragão), que Cadmo matou e na qual foi transformado, que se encontra no brasão dos Camões portugueses.

O topónimo Camões encontra-se em pequenas povoações das freguesias de Maranhão, concelho de Avis, no Alentejo, e Juncal do Campo, concelho de Castelo Branco, na Beira Baixa.

Camões é também uma cratera em Mercúrio. O nome foi aprovado pela União Astronómica Internacional em 1976, em homenagem a Luís de Camões.

Camoês e camoesa são variedades de peros e maçãs. Provavelmente têm origem no gentílico de Camos.


"Fortuna, Caso, Tempo e Sorte", Isabel Rio Novo, 2024.

https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/o-apelido-camoes-e-o-nome-comum-maca-camoesa/35948#

https://www.adiantegalicia.es/reportaxes/2017/11/17/castrominan-de-castro-celta-a-torre-augusta-y-castillo-de-camoes.html

https://www.infopedia.pt/

https://estraviz.org/

 

20 agosto 2024

PENAMACOR

PENAMACOR

Vila e concelhos da Beira Baixa, Portugal.

«De origem obscura. José Pedro Machado propõe a sua derivação do céltico Penmaencor, 'a ponta da pedra da aranha'.»
(infopedia.pt)

 

CAMBAS

Há muitos topónimos CAMBA(s), e variações, em Portugal, na Galiza e noutros países. A das fotos é no concelho de Oleiros, na Beira Baixa, Portugal.

CAMBA (topónimo) — «Parece vir do português antigo camba, 'mó manual', do étimo céltico cam, 'arqueado', 'curvado'. Encontra-se também na Galiza. Tem os derivados Cambada, Cambadiça, Cambado, Cambães, Cambão, Cambas, Cambedo, Cambeiro, Cambelas, Cambelhe, Cambelho, Cambeses, Cambesinhos, Camboa e Cambões.»

«Camba: 1. cada uma das peças curvas que formam as rodas dos carros de bois. 2. peça do freio em que entra o tornel da rédea. 3. pedaço de tecido com que se aumenta a roda do vestido. 4. pequena cambota. Do radical céltico camb-, "arquear; curvar".»

(infopedia.pt)

«A origem desta palavra parece estar na língua celta, com a raiz em kamb, cujo significado era "serpente", "serpentear" e também "curvas" - quando fossem muitas.»

«Camba: 'arco da roda' do protocelta *kambo-, relacionado com o irlandês antigo camm 'torto', com o occitano cambeta 'parte do arado'.» (pt.wikipedia.org)

«Camba: 'arco da roda' do protocelta *kambo-, relacionado co irlandés antigo camm 'torto', co occitano cambeta 'parte do arado'.» (gl.wikipedia.org)

Ver também:

- Cambados (Galiza e Portugal).

 

16 agosto 2024

BEIRA, Moçambique

BEIRA

Cidade da província de Sofala, Moçambique. É a única grande cidade moçambicana que, após a independência, não mudou o nome de origem colonial portuguesa, talvez porque a própria palavra é também um substantivo.

Foi fundada em 1887 com o nome do rio Chiveve. O nome foi mudado no início do século XX para Beira, em homenagem a D. Luís Filipe, Príncipe da Beira, filho do rei D. Carlos I e de Dª Amélia de Orleães. O príncipe herdeiro do trono de Portugal recebia o título de Príncipe da Beira, província histórica portuguesa.

 ☛ Ver também:

- Províncias de Moçambique.

- Províncias das Beiras, Portugal.

 

14 agosto 2024

BEIRA / BEIRAS

BEIRA / BEIRAS

Região histórica do centro-norte de Portugal continental, que foi ao longo dos tempos subdividida em Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral, Beira Interior (Beira Alta + Beira Baixa) e Beira Transmontana ou Beira Serra (distrito da Guarda). 

Na sequência da Constituição de 1933, as províncias foram implementadas em 1936, sendo criadas nesta região as províncias da Beira Alta, Beira Baixa e Beira Litoral. A divisão de Portugal em províncias foi extinta em 1976, mas estas continuam sendo uma referência cultural e geográfica. 

A divisão distrital não coincide com a provincial. A maior diferença nas Beiras está no distrito de Leiria, cuja parte norte pertence à Beira Litoral e a parte sul à Estremadura. As Beiras ocupam a maior parte da região estatística (NUTS 2) do Centro

«Como tem sido referido por especialistas desta matéria, a palavra beira significa no português moderno "um rebordo, uma margem ou uma orla", podendo ainda acrescentar-se que estar à beira de qualquer coisa é estar muito próximo dela, o que pode querer dizer que a Beira foi originariamente uma área menor, com um sentido de fronteira. Outras interpretações, no entanto, têm sido sugeridas, como, por exemplo, fazer derivar o nome de berones, antigos habitantes do Norte da Península, ou mesmo barones, denominação germânica que significaria "homens esforçados". Ainda que a controvérsia sobre a origem do topónimo Beira e a sua ligação a uma denominação regional esteja longe de ser resolvida, parece-nos bem mais sensata a tese que identifica a Beira com margem ou rebordo, dando-lhe um sentido geográfico e político. E assim sendo, ganha toda a pertinência a identificação original da palavra com um território de fronteira política entre cristãos e mouros, remetendo a origem do nome para o período da reconquista. Esta identificação do conceito de fronteira com uma denominação regional, como têm referido vários historiadores, nada tem de inédito na Península Ibérica, sobretudo se tivermos em conta o que aconteceu com o topónimo Estremadura. Tudo indica, portanto, que o mesmo se passou com a Beira. Ainda assim, só a partir de 1211 é que é possível, com base em documentos, ligar a palavra Beira a uma região específica. (...) Provavelmente, a Beira desse tempo não iria além da fronteira terrestre, a raia seca, e os referidos lugares eram os castelos onde os diversos governadores podiam residir para assegurarem a sua vigilância, mesmo ficando já um tanto afastados dela, como é o caso de Seia e da Covilhã. Ou seja, mesmo no início do século XIII a Beira não era tanto o território junto da Serra da Estrela (e muito menos o de Viseu e Lamego), "mas o que estava perto da fronteira castelhano-leonesa". (...) Todas as informações chegadas até nós evidenciam, afinal, o mesmo sentido: a província da Beira estendeu-se progressivamente da raia seca ao litoral.» (https://revistas.ucp.pt/.../mathesis/article/view/5109/4989)

O ponto mais alto de Portugal continental, a Serra da Estrela, com 1993 metros, localiza-se entre a Beira Alta e a Beira Baixa.

O herdeiro do trono de Portugal tinha o título de Príncipe da Beira.

☛ Ver também:

Províncias e Distritos de Portugal continental.

NTUS de Portugal.

- Beira, Moçambique.

 

08 agosto 2024

GALEGA

GALEGA — Aldeia e serra na freguesia de Carvoeiro, concelho de Mação, Beira Baixa, Portugal.

Esta é uma das muitas povoações em Portugal com referência a galegos ou à Galiza.

 

PENHASCOSO

PENHASCOSO — Aldeia do concelho de Mação, Beira Baixa, Portugal.
O topónimo — antes Panascoso — sofreu uma alteração em 1941, que na altura originou «grande discussão».
«A freguesia nem sempre teve o nome de Penhascoso, sendo que até ao ano de 1941 era chamada de Panascoso. A origem deste topónimo filiar-se-ia no nome de uma planta gramínea panasco, abundante nesta região a utilizada como pasto pelos gados. No entanto, a 10 de Abril de 1941 o decreto lei n.º 31212 determinou que o topónimo fosse alterado para Penhascoso, argumentando que o nome da povoação derivava da palavra antiga [ penha ], cujo significado estaria de harmonia com as características rochosas ou penhascosas do terreno onde a localidade se situava. Existiu grande discussão em tal ocasião sendo estas duas as teorias as existentes e comunicadas.» (http://www.cm-macao.pt/index.php/pt/concelho/freguesias?jjj=1709108697584)
Penhascoso: «Forma eufemística de panascoso, 'terreno onde crescem panascos', oficialmente adotada em abril de 1941.»
Panasco: «1. designação comum, extensiva a diferentes plantas herbáceas, da família das Gramíneas, que inclui espécies utilizadas como forragem. (...)
4. (regionalismo) terreno pantanoso onde cresce erva.»
Penhascoso: «em que há penhascos; alcantilado.»
Penhasco: «penha grande e elevada; grande rochedo.»
Penha: «rocha; penhasco; fraguedo. Do latim pinna-, "merlão de muralha; rochedo", pelo castelhano peña, "rocha; rochedo".» (infopedia.pt)
 

06 agosto 2024

COUÇO / COUSSO

COUÇO — Freguesia do concelho de Coruche, Ribatejo, Portugal.

COUÇO, COUÇO FUNDEIRO, COUÇO DO MEIO, COUÇO CIMEIRO, COUÇO DOS PINHEIROS, FRAGAS DO COUÇO, CABEÇO DO COUÇO, COUÇO DO MONTE FURADO, VALE DE COUÇO, ALDEIA DO COUÇO, RIBEIRA DO COUÇO, RIBEIRO DO COUÇO — Localidades nos concelhos de Ferreira do Zêzere, Melgaço, Vinhais, Braga, Tondela, Arcos de Valdevez, Santa Comba Dão, Vila de Rei, Gondomar, Penafiel, Macedo de Cavaleiros, Vouzela e Vila Nova de Cerveira.

COUSSO — Lugar do concelho de Melgaço, Minho.

COUSO — Localidades da Galiza (na grafia oficial).

«Basicamente seguimos as informacións de Fernando Cabeza Quiles (1992, 2000 e 2008). Couso procedería do latín capsu (caixa) e faría referencia a unha caixa orográfica ou depresión no terreo; tamén podería ser un lugar para encerrar animais.» (https://gl.wikipedia.org/wiki/Couso,_Coristanco)

Não sei se Couso/Cousso e Couço têm a mesma origem mas muitos topónimos portugueses alternaram entre SS e Ç, inclusive para o caso de Cousso/Couço no concelho de Coruche. Na antiga Galécia existiu o deus Cosso.

Em castelhano, coso é a arena tauromáquica, derivado do latim cursus, «caminho».

 

SOUTO DO BREJO

SOUTO DO BREJO — Aldeia da freguesia de Janeiro de Baixo, concelho da Pampilhosa da Serra, Beira Baixa, Portugal.

- Topónimo Souto: «Do latim vulgar saltus, 'souto'. É muito comum e também se encontra na Galiza. Existe em várias formas compostas, como Souto da Casa, Souto Maior, Souto Redondo, Souto da Velha, etc., e tem a variante Soito e os derivados Soutaria, Soutinho, Soutinhos e Soutosa.»

Souto: «1. plantação de castanheiros-mansos; castanhal. 2. mata espessa. 3. local arborizado ideal para passeio. Do latim saltu-, "bosque"». (infopedia.pt)

Souto: «1. Bosque denso. = salto. 2. Área arborizada para passeio. = alameda. 3. Mata de castanheiros. = castanhal, castanhedo. Origem etimológica: latim saltus, -us, passagem estreita, floresta, prado». (dicionario.priberam.org)

Souto ou soito: «1. conjunto espesso de árvores. 2. terreno plantado de castanheiros. 3. conjunto de castanheiros. Do latim saltus ‘terreno usado para pasto’». (dicionario.acad-ciencias.pt)

- Topónimo Brejo: «De brejo, 'terreno pantanoso'. É bastante comum em Portugal e na Galiza. Tem a variante Breijo e os derivados Bregiais, Bregieira, Bregieiros, Bregio, Breja, Brejão, Brejeira, Brejenjas, Brejinho, Brejioso, Brejoeira, Brejões e Brejos.»

Brejo: «1. pântano; lamaçal; 2. terreno inculto que só produz urzes; matagal. 3. lugar frio e húmido. Do céltico *bracum, "lama; lodo"». (infopedia.pt)

Brejo: «1. O mesmo que urze. 2. Terra que só produz urzes. = urzal. 3. Terreno onde cresce mato. = matagal. 4. Terreno pantanoso. = pantanal. 5. Lugar frio e húmido.» (dicionario.priberam.org)

Brejo: «1. terreno que apenas produz urzes e outros matos. 2. o mesmo que urze. 3. terreno alagadiço, pantanoso. 4. lugar frio e húmido. Talvez do latim *bracum, de origem celta». (dicionario.acad-ciencias.pt

03 agosto 2024

ALCOBIA

ALCOBIA — Aldeia da freguesia de Cernache do Bonjardim, concelho da Sertã, Beira Baixa, Portugal.

«José Pedro Machado (in Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa) aventa a possibilidade de Alcobia derivar do árabe al-qubbâ, remetendo ainda para a variante Alcoba, que era designação árabe da serra do Caramulo. Usado como apelido (Alcovia é outra variante conhecida) e como topónimo, JPM aventa também a origem pré-romana.» (Carlos Rocha, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/)

 

SARAJEVO — САРАЈЕВО

SARAJEVO — САРАЈЕВО — SARAIEVO Capital e maior cidade da Bósnia e Herzegovina . É também a capital das duas entidades territoriais bósnias: ...