SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Vila, freguesia e concelho do Algarve, Portugal.
«Alportel. Do latim portellus, 'pequeno porto', acrescentado do artigo al-.» (infopedia.pt)
SÃO BRÁS DE ALPORTEL
Vila, freguesia e concelho do Algarve, Portugal.
«Alportel. Do latim portellus, 'pequeno porto', acrescentado do artigo al-.» (infopedia.pt)
FERRAGUDO
Vila e freguesia do concelho de Lagoa, Algarve, Portugal.
«(...) Desde a herdade de Ferragudo em Castro Verde, ao forte de Ferragudo em Vila Viçosa, a Johane Anes Ferro Agudo de Espanha, o lugar de Ferragudo, suscita diversas análises quanto à sua origem, até existe a possibilidade de designar uma antiga jazida de ferro, onde a povoação se encontra implantada conforme um autor defende. (...)
Pela ligação do local ao mar, com origem no século XIV, prende-se com a existência de um engenho de ferro (um ferro agudo) que teria havido numa vertente da praia da Angrinha. Este ferro teria como finalidade elevar o pescado e as mercadorias das embarcações que ali acostavam.» (https://www.f-ferragudo.pt/toponimo.php)
Ferro, no meio náutico, é sinónimo de âncora ou fateixa.
«Contração de ferro agudo, certamente uma alcunha que passou a topónimo. Tem o derivado Ferraguda.» (infopedia.pt)
LAGOS
Cidade do Algarve, Portugal.
Lacóbriga (Lacobrica em latim) é considerada a origem do nome da cidade de Lagos.
«Por aqui passaram fenícios, gregos e cartagineses. Por ela lutaram romanos, mouros e portugueses. Lacóbriga é a denominação romana do povoado. Posteriormente, os árabes chamam-lhe Zawiya (Zawaia) [ Halaq Al-Zawaia ]. Em 1249 é definitivamente integrada em território português por de D. Afonso III. (...)
"Fundou-a El Rei Brigo, impondo-lhe o nome de Lacóbriga, que significa lago, 1897 anos antes de Cristo; outros dizem que tomou o nome de uns lagos que antigamente aqui havia, o que é mais o provável." - Padre Carvalho da Costa.» (https://www.cm-lagos.pt/)
«Do latim lacus, 'lago'. Encontra-se também na Galiza, assim como o seu derivado Lago.» (infopedia.pt)
➤ PONTA DE SAGRES e VILA DE SAGRES, concelho de Vila do Bispo, Algarve, Portugal.
«Do baixo-latim [Promontorius] Sacrus, 'promontório sagrado', o que indica ter ali havido um templo pagão.» (infopedia.pt)
➤ SAGRES, município no estado de São Paulo, Brasil.
«A origem do nome Sagres deu-se em homenagem a Escola Naval de Sagres, em Portugal.» (https://site.sagres.sp.gov.br/historia-de-sagres/)
➤ ILHAS SAGRES, concelho de Ribeira, Galiza.
VILA DO BISPO
Vila, freguesia e concelho no extremo sudoeste do Algarve, Portugal, onde se localiza o Cabo de São Vicente e a Ponta de Sagres.
«Antigamente Aldeia de Santa Maria do Cabo, foi assim chamada por o rei a ter doado ao bispo do Algarve. Foi Aldeia do Bispo até Dom Pedro II a elevar à categoria de vila.» (infopedia.pt)
«Nos inícios do Séc. XVI a área correspondente ao Cabo de São Vicente pertencia a um Bispo de Silves, D. Fernando Coutinho. Aí manteve uma residência e uma tapada de caça. Durante uma visita do Rei D. Manuel I a esta zona do Algarve, o Prelado colocou à disposição do Soberano as suas terras. Como forma de agradecimento, D. Manuel fez doação da aldeia de Santa Maria do Cabo (cujas origens remontam, provavelmente, à medievalidade) a D. Fernando Coutinho, a título pessoal. A partir desse momento, esta antiga aldeia passou a ser conhecida pela designação de Aldeia do Bispo.
D. Fernando Coutinho, apesar do seu elevado estatuto na hierarquia da Igreja, teve um envolvimento amoroso, do qual nasceu uma filha, D. Isabel da Silva, para quem adquiriu algumas propriedades e que foi a sua descendente, depois de falecer em 1538, na localidade de Ferragudo. Depois do movimento da Restauração da Independência Portuguesa, liderado pelo Duque de Bragança, a 1 de Dezembro de 1640, um dos seus apoiantes, o 2.º Conde de São Lourenço, Martim Afonso de Melo, pediu ao Rei D. Afonso VI, corria o ano de 1662, que lhe fosse concedida, tendo em consideração os seus feitos militares e cargos de governação exercidos, a Aldeia do Bispo. Importa referir que Martim Afonso de Melo era senhor de Sagres e casado com D. Madalena da Silva, descendente do Bispo Coutinho.
Após um processo que envolveu uma disputa legal com o Concelho de Lagos (a cuja jurisdição pertencia a localidade), o Monarca foi sensível ao pedido do fidalgo e concedeu-lhe a localidade, com a condição de que aquele a elevasse a Vila, com jurisdição própria. Assim nasceu, por alvará régio de 26 de Agosto de 1662, o Concelho de Vila do Bispo. Contudo, a localidade deixou de ser um domínio senhorial dez anos depois, devido a abusos por parte do fidalgo, passando para a posse da Coroa.
O Concelho de Vila do Bispo veio a ser, séculos mais tarde, durante a 2.ª metade do Séc. XIX, extinto nos reinados de D. Pedro V e de D. Carlos I (durante curtos períodos de tempo), por razões que se prenderam com reformas administrativas e pareceres de comissões governamentais. Saliente-se que, neste processo, em 1861, a freguesia da Bordeira deixou de pertencer a Vila do Bispo (a que pertencia) e foi integrada, definitivamente, no Concelho de Aljezur.»
https://www.cm-viladobispo.pt/pt/default.aspx
CASTRO MARIM
Vila e concelho do Algarve, Portugal.
«Do baixo-latim Castrum Marini, 'a fortificação de Marino'.»
Castro: «lugar fortificado das épocas pré-romana e romana, na Península Ibérica, que era um povoado permanente ou apenas refúgio das populações circunvizinhas em caso de perigo, também designado crasto, castelo, citânia, cividade, cristelo, etc. Do latim castru-, "fortaleza"». (infopedia.pt)
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Cidade no extremo sudeste do Algarve, Portugal, na foz do rio Guadiana.
Em 1513 já existia neste sítio a vila chamada Santo António da Arenilha. Em 1773 o Marquês de Pombal promoveu neste local a criação duma nova cidade, que veio a chamar-se Vila Real de Santo António. Vila Real refere-se à criação por Carta Régia. A cidade tem algumas características semelhantes à Baixa Pombalina em Lisboa.
Apesar da conservação de Santo António no nome da nova Vila Real, a padroeira da cidade é Nossa Senhora da Encarnação e o feriado municipal é a 13 de maio, um mês antes do dia de Santo António noutras povoações, como Lisboa.
➤ A BRENHA, no concelho de Vigo, Galiza.
➤ O BRENHAL, no concelho de Riós, Galiza. (toponimia.xunta.es).
Brenhas em Portugal:
➤ BRENHA é o nome de localidades nos concelhos de Penafiel, Figueira da Foz e Leiria;
➤ RIO BRENHAS, no concelho de Moura;
➤ PEDRA BRENHA, no concelho de Monchique;
➤ PICO DAS BRENHAS, nos concelhos da Calheta e das Velas, Ilha de São Jorge, Açores.
Brenha significa o mesmo que fraga ou também mata ou matagal espesso, matagal em terreno quebrado. Do céltico *brigna, derivação de briga, «monte; outeiro». (infopedia.pt, estraviz.org)
BURGAU
Povoação e praia na freguesia de Burdens, concelho de Vila do Bispo, Algarve, Portugal.
«Deve o seu nome ao molusco gastrópode marinho, um caracol do mar também conhecido como caramujo ou burrié».
A palavra também significa seixo ou cascalho.
(https://www.cm-viladobispo.pt/pt/menu/211/burgau.aspx)
BARRANCO DO VELHO
Aldeia da freguesia de Salir, concelho de Loulé, Algarve, Portugal.
Barranco: «1. sulco feito no solo pelas enxurradas; barroca. 2. ravina; precipício. De origem pré-romana».
«De barranco, 'cova alta'. Tem os derivados Barracosa, Barranca, Barrancas, Barrancais, Barrancão, Barranco, Barrancões e Barrancosas.» (infopedia.pt)
Barranco: «Do baixo latim barrancus. Barranco: lugar cavado por enxurradas ou por outra causa; escavação natural; escavação provocada pelo Homem; quebrada de terreno alta e de forte pendente; precipício; obstáculo.» (https://www.dosalgarves.com/revistas/N17/8rev17.pdf)
Barranco: «origem controvertida; tido como proveniente de radicais múltiplos convergentes; provavelmente de uma base pré-romana de latinização tardia barrancus (1094, citada por Du Cange), ocorre em várias línguas românicas, cf. espanhol barranco (1285) 'local de depósito' (Houaiss, ed. eletrônica, 2003)». (https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/linguistica_lingua_portuguesa/945.pdf)
Barrancos: «algar; baianca; barroca; barroco; batoco; biboca; carcavão; carva; córrego; dano; despenhadeiro; embaraço; erro; esbarroudeiro; estorvo; forjoco; fosso; impedimento; infortúnio; miséria; mururé; obstáculo; precipício; quebrada; ravina; ribeiro; runa; sepultura; sulco feito no solo pelas enxurradas.» (https://www.terrasquentes.pt/?page_id=299)
☛ Ver também:
- Vila de Barrancos, Alentejo.
ALTURA
Freguesia do concelho de Castro Marim, Algarve, Portugal.
Apesar do nome, situa-se junto ao mar.
ALMANCIL
Vila e freguesia do concelho de Loulé, Algarve, Portugal.
«Do árabe al mansil, 'curso de água'.» (infopedia.pt)
«Dizem os antigos que efectivamente nos princípios da Monarquia Portuguesa ali existia apenas uma pequena casa de venda ou hospedaria, de origem árabe, e portanto chamada Almançal, que significa hospedaria.»
(Monografia do Concelho de Loulé - Francisco Athaíde de Oliveira 1905, https://almancilfreguesia.pt/historia)
ALJEZUR
Vila e concelho do Algarve, Portugal.
«Do árabe al jazair, plural de al jazira, 'ilha' [ou 'península']. Tem em Espanha o equivalente Algeciras.» (infopedia.pt).
Aljezur situa-se na península que forma o sudoeste do Algarve. O nome de Aljezur tem a mesma origem que o de Argel / Argélia e o da Península Arábica (em árabe). É também comum com o nome do canal de televisão Al Jazeera, com sede na península do Qatar.
☛ Ver também:
- Algeciras.
ALGARVE
Província histórica do extremo sul de Portugal continental, separado do Alentejo por um conjunto de serras.
O nome provem do árabe الغرب (al-Gharb), «o Oeste, Ocidente ou Poente», forma reduzida de غرب الأندلس, (Gharb al-'Andalus), o «Oeste de Al-Andalus».
O Algarve é uma região com características bem marcadas e a única onde há consenso sobre uma eventual regionalização. Os seus 16 municípios estão agrupados na Comunidade Intermunicipal do Algarve, coincidente com o Distrito de Faro e com as sub-regiões NUTS II e III do Algarve. A capital é Faro. Durante o período muçulmano a capital foi Silves.
De 1471 até 1910 os monarcas portugueses usaram o título de Rei de Portugal e dos Algarves d'Aquém e d'Além-Mar em África. O Algarve d'Aquém-Mar era o Algarve em Portugal. O Algarve d'Além-Mar eram as possessões portuguesas em Marrocos e, por extensão, também mais além. Entre 1815 e 1822 o estado português foi denominado Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em todas as épocas o Reino do Algarve foi um título nominal, não tendo instituições nem autonomia, sendo uma província como as outras.
Geograficamente distinguem-se três zonas: a Serra, o Barrocal e o Litoral. Por outro lado, a região a oeste é chamada Barlavento e a região a este é o Sotavento.
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O escudo na imagem representa um hipotético escudo do Algarve. As cabeças de supostos reis mouros e cristãos estão representadas em 13 dos 16 brasões municipais algarvios.
☛ Ver também:
- Províncias e Distritos de Portugal continental.
- Barrocal.
- Marrocos.
ALMADA DE OURO
Aldeia da freguesia de Azinhal, concelho de Castro Marim, junto ao Rio Guadiana, no Algarve.
Almada é um nome derivado do árabe المعدن (al ma'adan), «a mina». Juntando com ouro, de origem latina, o topónimo etimologicamente híbrido Almada de Ouro significa «A Mina de Ouro».
A Almada mais conhecida localiza-se na margem esquerda do Tejo, em frente a Lisboa.
BARROCAL — Sub-região natural do interior do Algarve, sul de Portugal, localizada entre as sub-regiões da Serra e do Litoral. O território apresenta relevo ondulado. As maiores cidades do Barrocal são Loulé e Silves, esta a principal cidade algarvia durante o domínio muçulmano.
Barrocal é um lugar onde há barrocas ou barrocos: monte de barro ou piçarra; cova feita por enxurradas; barranco; escavação natural resultante da erosão causada por chuvas; penedo pequeno e irregular. Derivado de barro, o qual é de origem obscura.
Barranco: sulco feito no solo pelas enxurradas; barroca; ravina; precipício; obstáculo. De origem pré-romana.
Na freguesia de São Bartolomeu de Messines, concelho de Silves, nesta região, há uma aldeia também com o nome Barrocal.
O Cão do Barrocal Algarvio é uma raça canina desta região.
☛ Ver também:
- Algarve.
O topónimo ALGARVE, a província mais meridional de Portugal continental, tem origem no árabe الغرب (al-Gharb), «o oeste», forma reduzida de غرب الأندلس, (Gharb al-'Andalus, o «Oeste de Al-Andalus»).
O nome árabe de Marrocos é المغرب (al-Maghrib), «o Oeste» ou «o Poente». O nome completo do Reino de Marrocos é المملكة المغربية (al-Mamlaka al-Maghribiyya), «o Reino Ocidental».
A região do MAGREBE, المغرب (al-Maghrib), é também o nome dado ao noroeste de África, desde a Líbia até ao Atlântico.
De 1471 até 1910 os monarcas portugueses usaram o título de Rei de Portugal e dos Algarves d'Aquém e d'Além-Mar em África. O Algarve d'Aquém-Mar era o Algarve em Portugal. O Algarve d'Além-Mar eram as possessões portuguesas em Marrocos e, por extensão, também mais além.
☛ Ver também:
- Algarve, Portugal.
- Províncias e Distritos de Portugal continental.
- Marrocos.
FARO
Capital do Algarve, Portugal.
«O nome da capital do Algarve vem do antropónimo arábico Harun, 'Aarão', através do português arcaico Fárão; foi o nome dado à antiga cidade de Santa Maria pelos conquistadores árabes em 1052, e mantido após a Reconquista. O mesmo topónimo, aplicado a várias localidades do Norte de Portugal e da Galiza, vem do latim pharus, 'farol', e da sua forma medieval Farum.»
«O primitivo nome OSSÓNOBA deriva da expressão fenícia OSSON ÊBÁ, armazém no sapal, e reporta-se ao período em que é estabelecido um entreposto comercial no morro da Sé, ou seja, por volta do séc. VIII aC.
Durante o período romano desenvolveu-se na cidade uma importante comunidade cristã ligada ao culto de Santa Maria. A designação SANTA MARIA DE OSSÓNOBA surge no séc. V com a conquista visigoda e como resultado da cristianização da cidade. O nome OSSÓNOBA prevaleceu no início da ocupação árabe, referindo-se tanto à cidade como à região, podendo transcrever-se de três formas distintas: UKXUNBA, UKXUNUBA e UKXUNYA.
Durante as revoltas moçárabes do séc. IX, o termo OSSÓNOBA desaparece prevalecendo o de SANTA MARIA ou SANTA MARIA DO OCIDENTE, em oposição a Santa Maria do Oriente, junto a Valência.
Após o governo de Said Ibn Harun na taifa de Santa Maria, no séc. XI, a cidade passa a designar-se SANTA MARIA IBN HARUN. Ainda antes da conquista da cidade por D. Afonso III, várias designações lhe são atribuídas por Cruzados que se dirigiam à Palestina – SANCTA MARIA DE HAYRUN, SACTAM MARIAM DE PHARUN, SANCTA MARIA DE FARUN, HAIRIN, HAIRUN, PHARUM, FARUN.
No séc. XIII os portugueses designam a cidade por SANCTA MARIA DE FAARON ou SANCTA MARIA DE FAARAM. Nos séculos XIV a XVII o nome evoluiu para, FAROO e FARÃO.
Finalmente no séc. XVIII a cidade adquire o seu nome actual – FARO. (in “FARO - Evolução Urbana e Património”, Rui M. Paula e Frederico Paula, Edição da Câmara Municipal de Faro, 1993)»
(http://www.civil.ist.utl.pt/~luisg/faro.htm)
«Diz uma lenda que, no século XI, a cidade de Ukxûnuba (Ossónoba) foi assolada por uma fome terrível devido à escassez de pescado. Os moçárabes pediram fervorosamente a intervenção de Santa Maria, colocando uma imagem sua virada para o mar e, como resultado da sua fé, o peixe regressou em abundância. Governava o pequeno reino Mohamed ibn Said ibn Harun, que (se diz) ficou muito impressionado com o milagre e, desde então, permitiu que a sua cidade tomasse o nome de Santa Maria. Seria Santa Maria de Harum que, naturalmente, viria a ser Santa Maria de Faro. Há muitas dúvidas sobre a origem da lenda, mas é certa a devoção da população moçárabe e a relação entre o nome de Faro e o rei ibn Harum.» (Revista da Armada, N.º 574, Junho 2022)
CETE Vila e freguesia do concelho de Paredes , Douro Litoral , Portugal. «Entre 1112 e o início do século XIX foi constituído o Couto de C...