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09 setembro 2024

CARRAZEDA / CARRAZEDO / CARRAIG FHEARGHAIS

Em Portugal e na Galiza há muitos topónimos com o elemento CARR-, tais como CARRAZEDA ou CARRAZEDO.

A vila mais conhecida em Portugal é talvez CARRAZEDA DE ANSIÃES, em Trás-os-Montes.

Creio que é consensual a identificação de CARR- ou CAR- com o celta para «rocha» ou «pedra». Este elemento também é comum noutros países europeus.

Na imagem estão Carrazeda e Carrazedo em Portugal e Carraig Fhearghais na Irlanda (Carrickfergus, em inglês; a «Rocha de Fergus»).

02 setembro 2024

MILHÃO

MILHÃO

Freguesia no concelho de Bragança, Trás-os-Montes, Portugal. 

Tem o brasão errado (com o milho, Zea mays) ou etimologia errada (milho-miúdo, Panicum miliaceum)?

«A origem etimológica de “Milhão” remete-nos ao ancestral cultivo do milho-miúdo, espécime autóctone que até á Idade Moderna terá desempenhado  papel importante no fabrico do pão, à mistura com o centeio. Em época medieval, a nomenclatura Milhão advém do “Milhom” ou “Milham”. A povoação que hoje conhecemos  terá origem em época pré-histórica num Outeiro Castrejo localizado junto à extrema com Babe, localizado a nordeste de Milhão. Abade de Baçal, descreve o local como muito inacessível e a presença da civilização é confirmada por terem sido encontradas moedas  romanas naquela zona. Constata-se ainda que há indícios de uma outra pequena povoação designada Castro de Vilar.» 

(http://www.uf-riofriomilhao.pt/historia.html)

Em português, milhão é também 1000000.

 

29 agosto 2024

BOI MORTO, Portugal

BOI MORTO é um topónimo que se encontra em Portugal e na Galiza.

Neste mapa está a localização de lugares com este nome e os brasões das freguesias, nos concelhos de Vila Verde (Minho), Maia e Marco de Canaveses (Douro Litoral) e Santa Marta de Penaguião (Alto Douro).

O topónimo Boi Morto na Galiza pode ter origem em bado, uma passagem que deixou de ser usada, ou em boi referindo-se a penhascos ou pedras; morto pode derivar da raiz celta ou indoeuropeo mor, «pedra», também usado em sítios pedregosos. Assim, Boi Morto pode ser uma tautologia: «lugar pedregoso de pedras». 

(https://boimorto.org/es/toponimia.html, https://www.lavozdegalicia.es/noticia/galicia/2017/09/22/boimorto-llama-boimorto/0003_201709G22P12993.htm)  

☛ Ver também:

- Boi Morto, na Galiza e no Brasil.

27 agosto 2024

ALVAÇÕES DO CORGO

ALVAÇÕES DO CORGO

Freguesia no concelho de Santa Marta de Penaguião, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

Alvações, Alva: «Do latim alvea, 'cavidade', ou de alba, 'branca', embora, nalguns casos, possa vir do antropónimo germânico Alvila ou do étimo pré-romano alb-. Encontra-se quase sempre em compostos como Barca de Alva, Seixos Alvos, etc., e tem os derivados Alvação, Alvações, Alvadia, Alvadio, Alvados, Alvo, Alvoco e Alvoco das Várzeas.»

Corgo: «Forma abreviada de córrego, 'curso de água'. Encontra-se também na Galiza. Tem as variantes Córgão e Côrrego e os derivados Corga, Corgaçal, Corgadeira, Corgadeiros, Corgas, Corgos, Corguinha, Corguinhas, Corguinho e Corguinhos.» Também: «caminho apertado entre montes, córrego. Do latim currugu-, "canal de água".» (infopedia.pt)

 

22 agosto 2024

BARROSO

BARROSO

Região portuguesa da província de Trás-os-Montes, na raia da Galiza. «De barrosa, 'abundante em barro', 'formada em barro'. Tem as variantes Barosa e Bairrosa e os derivados Baroso, Barroja, Barrojela, Barrosão, Barrosas, Barroseiras, Barroseiro, Barrosela, Barroselas, Barroselo, Barrosinha, Barrosinho e Barroso.» (infopedia.pt)

Ver também:

- Trás-os-Montes e Alto Douro

TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

Província histórica do noroeste de Portugal, originalmente chamada Trás-os-Montes. Foi constituída em 1936 pelo agrupamento das regiões naturais de Trás-os-Montes e do Alto Douro. Tal como as outras províncias, deixou de ter significado legal em 1976.

A região ou província tem tido diversas divisões naturais e administrativas. Atualmente estão em vigor os distritos de Vila Real, a oeste, e Bragança a este; alguns concelhos a sul do Rio Douro fazem parte dos distritos de Viseu e Guarda. Também existem em Trás-os-Montes e do Alto Douro três Comunidades Intermunicipais, coincidentes com NUTS 3: 

- Alto Tâmega e Barroso, a noroeste; 

- Terras de Trás-os-Montes, a nordeste; 

- Douro, a sul. Esta Comunidade Intermunicipal do Douro inclui quatro concelhos da Beira Alta, do distrito de Viseu. 

O concelho de Mondim de Basto, na antiga Terra de Basto, pertence à Comunidade Intermunicipal do Ave, cujos restantes concelhos encontram-se na província do Minho.

A Serra do Marão é a principal divisória entre o Douro Litoral e Trás-os-Montes e Alto Douro. Tal deu origem ao provérbio identitário transmontano "Para cá do Marão, mandam os que cá estão".

☛ Ver também:

- Rio Douro.

- Terras de Basto.

- Barroso.

Províncias e Distritos de Portugal continental.

NTUS de Portugal.

21 agosto 2024

ALIJÓ

ALIJÓ

Vila e concelho de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

Algumas explicações para o nome:

«Derivando, segundo alguns historiadores, de Ligoó (laje de grandes dimensões), Alijó é uma terra de lajes e granitos. Aparece pela primeira vez referenciado no Foral Concedido pelo rei D. Sancho II ao Distrito de Panoias, o que prova o seu povoamento perdido no tempo, assim como os seus vestígios pré-históricos que se encontram espalhados por todo o concelho.

Alguns geógrafos defendem que Alijó deve o seu nome ao termo hebraico Azob ao qual os árabes chamaram Azof, que significa no nosso idioma Hysopo. Os mouros adicionaram-lhe o artigo Al e então era cognominado de Alzof ou Alzob, que depois facilmente derivou em vários termos, variando entre Alinzo, Alijoó e por fim Alijó. Também há defensores da teoria de que as terras de Alijó, depois das conquistas mouras, forma propriedade de Ali-Job, de quem deriva o nome.» (http://www.cm-alijo.pt/pagina/67)

«A designação Alijó provirá da palavra Ligioo — terá, depois, sugerido Lijó e, finalmente o nome actual —, que pretende significar a natureza então pedregosa do local. Há, todavia, quem entenda que a etimologia do topónimo se relaciona com a histórica Legio Septima Gemina.» (João Fonseca, "Dicionário do Nome das Terras")

«Do latim lageniola, 'pequena laje', através da forma sincopada lageola.» (infopedia.pt)

 

20 agosto 2024

RIO DOURO — RÍO DUERO

RIO DOURO — RÍO DUERO

Principal rio do noroeste da Península Ibérica e o de maior bacia hidrográfica na península. Nasce na Serra de Urbión, em Castela, Reino de Espanha, e desagua no Porto, Douro Litoral, Portugal. Constitui a fronteira internacional no trecho entre Paradela* (Miranda do Douro) e Barca de Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), em Trás-os-Montes e Alto Douro. Em Portugal o rio percorre a Região Vinhateira do Alto Douro (Património Mundial da UNESCO), que integra a Região Demarcada do Douro, que é a zona vinícola demarcada mais antiga do Mundo, onde são produzidos o Vinho do Porto e os vinhos do Douro.

O nome do Douro (Duero em castelhano) deriva provavelmente do céltico *dubr- ou *dur, «água, curso de água», cognato do galês dwr, «água», inglês Dover e francês Adour, entre outros. O nome do rio também é associado à sua personificação, o deus celta Durius ou Durio. O nome do rio Douro em latim era Durius flumen. As hipóteses do latim duris, «duro», ou de "rio de Ouro", são etimologias populares, portanto infundadas.

* - Paradela, onde o rio Douro inicia o seu percurso internacional, é o ponto mais oriental de Portugal, a 2125 km do ponto mais ocidental, que é o Ilhéu de Monchique, junto à Ilha das Flores, nos Açores.

 

12 agosto 2024

SAMOS / SAMÃO / SAMÕES

> SAMOS — Concelho da comarca de Sarria, Galiza.

> SAMÃO — Lugar do concelho de Cabeceiras de Basto, Minho, Portugal.

> SAMÕES — Freguesia do concelho de Vila Flor, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

Samo, como substantivo, é a «parte periférica do lenho do caule das árvores, a mais clara e menos rija, que circunda o cerne; borne, sâmago; entrecasca das árvores». 

Samo é também peixe. 

Samão, como topónimo: «do antropónimo Salomon, 'Salomão'. Tem o derivado Samões.» (infopedia.pt)

 

11 agosto 2024

NANTES / NAONED

> VILAR DE NANTES — Freguesia do concelho de Chaves, Trás-os-Montes, Portugal; inclui a povoação de NANTES. «Do baixo-latim [Villa] Nantis, 'a quinta de Nanto'; não tem, portanto, nada a ver com a cidade francesa deste nome.» (infopedia.pt)

> SANTA BAIA DE NANTES — Paróquia do concelho de São Genjo, Galiza, Reino de Espanha. 

> NANTES DE REIS — Lugar da paróquia de Lores, concelho de Meanho, Galiza, Reino de Espanha.

> NANTES — Município do estado de São Paulo, Brasil; o seu antigo nome era Coroados. O nome foi mudado em 1953 para homenagear o fazendeiro Messias Nantes.

> NANTES — Nome francês da capital da região do Pays de la Loire, França. Historicamente faz parte da Bretanha. O seu nome em bretão é NAONED e em galo Naunnt, Nauntt, Nantt, ou Nante. Deriva do latim Portus Namnetum, «Porto dos Namnetes». O antigo nome galo-romano era Condevincum.

08 agosto 2024

TERRAS DE BASTO

TERRAS DE BASTO

Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto (antiga Vila Nova do Freixieiro), Mondim de Basto e Ribeira de Pena.

Região de quatro concelhos divididos por províncias, distritos e NUTS diferentes, no norte de Portugal, entre o Minho e Trás-os-Montes, no vale do Tâmega. «De basto, 'espesso', 'denso', referente a arvoredo. Tem o derivado Bastos.» (infopedia.pt

«Embora controversa, julga-se que a origem do topónimo se deve aos Bastos (Bástulos ou Bastianos), povos que, oriundos da Galiza, fundaram aqui uma cidade [ em Cabeceiras de Basto ].» (João Fonseca, "Dicionário do Nome das Terras")

 

AMEDO

AMEDO, freguesia do concelho de Carrazeda de Ansiães, Trás-os-Montes, Portugal.

«Do árabe ahmad, 'o mais digno de louvor'. Também se encontra na Galiza, e tem a variante Amede.» (infopedia.pt)

«Casa apalaçada da Carranca onde se pode observar, na grande chaminé da moradia, uma carantonha grotesca que o povo denominou de "Amedo".» (https://www.cm-carrazedadeansiaes.pt/pages/176)

 

07 agosto 2024

SÁ / SA / SAA

SÁ / SA / SAA

«O topónimo e apelido tem origem na forma sala, «de origem germânica, provavelmente do gótico *sala ( = ant., alto alemão sal, "casa") [...]» (José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa).» 

«Atestam-se também em português Sala e Saa. O apelido (antigo Saa) é originado no topónimo.» (ciberduvidas.iscte-iul.pt)

O mapa está certamente incompleto. Apresenta municípios onde se encontram estes topónimos na Galiza, Portugal e Astúrias.

 

BELVER, Alto Douro

BELVER — Freguesia do concelho de Carrazeda de Ansiães, Alto Douro, Portugal.

«Contração de belo ver (confrontar o italiano belvedere).» (infopedia.pt)

Também existe a vila de Belver no concelho de Gavião, Alto Alentejo: «Belver, cuja interpretação é Bela Vista.» 

Ver também:

- Belver, Alentejo, Portugal.

- Belver de Cinca, Aragão, Espanha.

 

06 agosto 2024

COUÇO / COUSSO

COUÇO — Freguesia do concelho de Coruche, Ribatejo, Portugal.

COUÇO, COUÇO FUNDEIRO, COUÇO DO MEIO, COUÇO CIMEIRO, COUÇO DOS PINHEIROS, FRAGAS DO COUÇO, CABEÇO DO COUÇO, COUÇO DO MONTE FURADO, VALE DE COUÇO, ALDEIA DO COUÇO, RIBEIRA DO COUÇO, RIBEIRO DO COUÇO — Localidades nos concelhos de Ferreira do Zêzere, Melgaço, Vinhais, Braga, Tondela, Arcos de Valdevez, Santa Comba Dão, Vila de Rei, Gondomar, Penafiel, Macedo de Cavaleiros, Vouzela e Vila Nova de Cerveira.

COUSSO — Lugar do concelho de Melgaço, Minho.

COUSO — Localidades da Galiza (na grafia oficial).

«Basicamente seguimos as informacións de Fernando Cabeza Quiles (1992, 2000 e 2008). Couso procedería do latín capsu (caixa) e faría referencia a unha caixa orográfica ou depresión no terreo; tamén podería ser un lugar para encerrar animais.» (https://gl.wikipedia.org/wiki/Couso,_Coristanco)

Não sei se Couso/Cousso e Couço têm a mesma origem mas muitos topónimos portugueses alternaram entre SS e Ç, inclusive para o caso de Cousso/Couço no concelho de Coruche. Na antiga Galécia existiu o deus Cosso.

Em castelhano, coso é a arena tauromáquica, derivado do latim cursus, «caminho».

 

PAREDE

PAREDE(s). «De parede, no sentido de 'muro a cercar um terreno' e depois de 'terreno cercado', o que é confirmado pela existência do composto Paredes Secas. Também existe na Galiza. Tem os derivados Paredão, Paredes, Paredinha e Paredinhas.» Do latim pariete. (infopedia.pt)
 

05 agosto 2024

ABAMBRES

ABAMBRES — Freguesia do concelho de Mirandela, Trás-os-Montes, Portugal. É também o nome dum lugar da freguesia de São Martinho de Mateus, concelho de Vila Real.

«O nome Abambres é de origem e significado obscuro, o que já é indício nada equívoco de antiguidade, aparentando na terminação um patronímico (es+ici). E, de facto, não há dúvida de que se trata do nome pessoal Abámor (Avámor), documentado no século X, pois que a forma antiga do topónimo, que também existe na freguesia de Mateus (Vila Real) é Avámores.» (https://www.cm-mirandela.pt/pages/317)

«Do árabe Abu Amr, 'filho de Omar', através do baixo-latim Abamoricis e do português arcaico Avamores, atestado por um documento de 1101.» (infopedia.pt)

 

03 agosto 2024

VINHAIS

VINHAIS — Vila e concelho de Trás-os-Montes, Portugal.

«Do português arcaico vinhal, 'terreno onde há vinhas', embora, em certos casos, talvez seja mais correto derivar o topónimo do radical ibérico ven, 'monte', através de uma forma latinizada, talvez Veniatia, também encontrada na França. É bastante comum e tem os derivados Vinhago e Vinhal.» (infopedia.pt)

 

VILA REAL

VILA REAL — Principal cidade da região do Douro, capital da antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro, no norte de Portugal.
Em 1289 D. Dinis outorgou um foral para povoamento da Vila Real de Panóias, que originou a cidade atual: «faço carta de foro para todo o sempre a vós povoadores de Vila Real de Panóias. (…) E esta Vila Real seja cabeça de todo Panóias».
Em 1823 a Câmara e um grupo de habitantes de «Vila Real de Trás-os-Montes» enviaram ao rei D. João VI uma petição a solicitar a elevação de Vila Real a Cidade Real. No entanto só em 1925 a vila foi elevada a cidade, mas mantendo o nome de Vila Real.
 

02 agosto 2024

VILA REAL

VILA REAL — Principal cidade da região do Douro, capital da antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro, no norte de Portugal.

Em 1289 D. Dinis outorgou um foral para povoamento da Vila Real de Panóias, que originou a cidade atual: «faço carta de foro para todo o sempre a vós povoadores de Vila Real de Panóias. (…) E esta Vila Real seja cabeça de todo Panóias».

Em 1823 a Câmara e um grupo de habitantes de «Vila Real de Trás-os-Montes» enviaram ao rei D. João VI uma petição a solicitar a elevação de Vila Real a Cidade Real. No entanto só em 1925 a vila foi elevada a cidade, mas mantendo o nome de Vila Real.

 

INHUMA e INHUMAS

> INHUMA — Município do estado do Piauí , Brasil. «Deram o nome de Inhuma, em virtude do grande número de pássaros chamados inhaúma exis...