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27 setembro 2024

ABRANTES

ABRANTES

Cidade do Ribatejo, Portugal.

Este topónimo «poderá vir de um hipotético Aurantes, derivado de aurum, 'ouro' [em latim], através de Aulantes, forma que aparece num documento de 1176. Será aparentado com o português arcaico brança, 'palha de milho', ou branza, 'caruma de pinheiro'. A existência de três lugares, no concelho de Abrantes, chamados Abrançalha (talvez de Abrantialia, 'molho de branças') parece apoiar a segunda conjetura.» (infopedia.pt)

O nome, «afirmam diversos autores, é corrupção de Aurantes, denominação justificada pelo ouro que o rio Tejo deixava, noutros tempos, nas suas praias e ribeiras». (João Fonseca, Dicionário do Nome das Terras).

Mas o ouro seria assim tanto que justificasse o nome? Compare-se com as hipóteses sobre Ourense, na Galiza, por Katuro Barbosa:

https://www.academiagalega.org/component/k2/item/1938-boletim-da-aglp-n%C2%BA-9-2016.html

 

09 setembro 2024

FOROS

 

FOROS, nos topónimos portugueses principalmente do Ribatejo, Alentejo e Estremadura, refere-se aos lotes de terreno de zonas não cultivadas, entregues a povoadores em regime de foro, também denominado aforamento, enfiteuse ou emprazamento. Muitos antigos foros desenvolveram-se como aldeias, chegando alguns a formar freguesias. No mapa, provavelmente de modo incompleto, estão assinalados os concelhos que têm povoações com o nome de Foros. A lista ao lado é certamente incompleta. O topónimo Foro, no singular, é muito raro.

31 agosto 2024

BISCAINHO

BISCAINHO

Freguesia do concelho de Coruche, Ribatejo, Portugal.

«No século XVI o Livro do Tombo da Misericórdia de Coruche já refere o Casal de Biscainho e, nos dois séculos seguintes, no Livro das Rendas e no Traslado do Livro do Tombo das Confrarias é mencionada a Herdade do Biscainho. Os seus foros são do final do século XIX e em alguns pontos da atual freguesia há poucas dezenas de anos predominava o beirão nortenho. A origem do topónimo tem sido explicada através de duas versões: uma, popular, fala de abelhas biscainhas, a outra, de acordo com os dicionários da língua portuguesa, diz-nos que aqui se estabeleceu outrora um espanhol natural da Biscaia, ou seja, um biscainho

«Freguesia de criação recente [ com lugares desanexados da freguesia de Coruche ], a sua instituição data de 31 de Dezembro de 1984. A sua população de 1021 habitantes dedica-se essencialmente à agricultura e à exploração florestal. Também tem relevância a criação de gado bovino e cavalar e a apicultura. É terra de grandes tradições nas artes de cavalgar e de tourear, tendo daqui saído uma destacada figura da tauromaquia portuguesa [ David Ribeiro Telles, e seus filhos, João e António Palha Ribeiro Telles, criados na Herdade da Torrinha ].»

(http://visitcoruche.com/freguesias.php)

☛ Ver também:

- Coruche.

- Ribatejo.

26 agosto 2024

ALMEIRIM

ALMEIRIM

Cidade e concelho no Ribatejo, Portugal. Três explicações para o nome:

«Existem notícias de que já no tempo dos mouros, havia no local uma povoação com o nome que hoje tem: Al-Meirim, que poderá ser nome de homem ou (segundo o Dr. Jorge Custódio) meirim pode ter o significado de paul, em árabe. De facto os pauis caracterizavam os solos desta região.» (1)

«Em Portugal, Almeirim é uma vila do distrito de Santarém e um lugar do concelho de Serpa, no distrito de Beja. Há também uma cidade com este nome no estado do Pará, no Brasil. A sua origem é obscura, talvez derivando de um nome próprio em árabe, Al Meirim (ver José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa).» (2)

«Do baixo-latim maiorinus, que deu meirinho, com o prefixo al-. Existem os derivados Almeirinho e Almeirinhos.» (3)

1. http://www.ae-almeirim.pt/sitio/files/menu%20apresentacao/meio%20envolvente/Hist_Alm.pdf

2. https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-etimologia-de-almeirim/21358

3. https://www.infopedia.pt/dicionarios/toponimia/Almeirim 

 

13 agosto 2024

ALDEIA GALEGA DO RIBATEJO

ALDEIA GALEGA DO RIBATEJO — Nome original da atual cidade do Montijo, na margem sul do estuário do Tejo, na Estremadura, Portugal.

Apesar de haver referências medievais a uma herdade de Fernão Galego, o nome da Aldeia Galega deve-se aos diversos povoadores galegos da zona. As primeiras referências datam de 1186, quando os coutos e herdades doados a D. Paio Peres Correia começaram a ser habitados. 

A Aldeia Galega — também grafada Aldea Galega, Aldeia Gallega, Aldegallega ou Aldegalega — pertenceu do século XII até final do século XIV a um concelho chamado Ribatejo ou Riba Tejo, daí o nome completo Aldeia Galega do Ribatejo, com a freguesia do Espírito Santo de Aldeia Galega do Ribatejo. O concelho do Ribatejo, que englobava também Sabonha (na atual freguesia de São Francisco, concelho de Alcochete) e Alhos Vedros, foi extinto no século XV com a criação dos concelhos de Alhos Vedros e de Santa Maria da Sabonha, ficando a Aldeia Galega integrada neste até ao início do século XVI. A Aldeia Galega tornou-se depois concelho, separado da Sabonha. Em 1838 o concelho da Aldeia Galega do Ribatejo expandiu-se com a criação e anexão da freguesia de Canha, antigo concelho, territorialmente separada pelos concelhos de Alcochete e Palmela. Em 1930 a vila e concelho da Aldeia Galega do Ribatejo passou a denominar-se Montijo. Este nome teve origem num lugar da freguesia do Espírito Santo, a quinta da Póvoa do Montijo. A vila foi elevada a cidade em 1985.

O vocábulo montijo alude a um pequeno monte ou montículo de forma cónica.

A Aldeia Galega do Ribatejo foi uma das muitas povoações em Portugal com referência a galegos ou à Galiza.

 

10 agosto 2024

SANTARÉM (Portugal e Brasil)

|> SANTARÉM, Ribatejo, Portugal.

|> SANTARÉM, Pará, Brasil.

«Dividem-se as opiniões dos estudiosos, mas este topónimo parece vir do latim Sancta Eirene, 'Santa Iria', talvez referente a uma igreja cristã fundada na cidade romana de Scallabis, ali existente. Há topónimos idênticos nos concelhos de Castro Daire e Guimarães, e até em Espanha, na província de Zamora, o que indica uma ocupação por colonos idos de Santarém.» (?) (infopedia.pt)

Existem várias povoações com o nome Santa Iria, nomeadamente Santa Iria de Azóia, a jusante, também junto ao Tejo.

 

08 agosto 2024

RIBATEJO

RIBATEJO

Região natural e antiga província portuguesa, criada em 1936 a partir de concelhos separados da Estremadura, maioritariamente coincidente, não totalmente, com o Distrito de Santarém. Deixou de ter a precária existência administrativa após a Constituição de 1976.

Riba deriva do latim vulgar ripa, «margem»; Tejo é o maior rio da Península Ibérica. O Ribatejo é o território nas margens do Tejo, entre a Estremadura a oeste, as Beiras a norte e o Alentejo a sul. 

Há também quem interprete Ribatejo com riba ou arriba no sentido de acima, para cima, do ponto vista do Estuário para montante. Na Idade Média houve, contudo, um concelho de Ribatejo ou Riba Tejo, apesar de fora da província delimitada pelo Estado Novo, correspondente aos atuais concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete, na margem esquerda do Estuário do Tejo. Por isso a Moita ainda é conhecida por Moita do Ribatejo e o Montijo chamou-se Aldeia Galega do Ribatejo até 1930. 

Na foto está o Rio Sorraia, afluente do Tejo, e Coruche, que se situa na zona entre a lezíria do Tejo e a charneca que confina com o Alentejo. 

https://mediotejo.net/este-nome-ribatejo-por-antonio-matias-coelho/ 

https://mediotejo.net/ribatejo-regiao-migrante-por-antonio-matias-coelho/

☛ Ver também:

Províncias e Distritos de Portugal continental.

NTUS de Portugal

ADVAGAR

ADVAGAR é uma aldeia da freguesia de Achete, concelho de Santarém, Ribatejo, Portugal.

Não sei de onde surgiu o nome.

 

ÁGUA DE TODO O ANO

ÁGUA DE TODO O ANO — Povoação da freguesia de Tramaga, concelho de Ponte de Sor, Ribatejo, Portugal.

Literal translation: "water of the whole year" or "water of every year".

 

06 agosto 2024

COUÇO / COUSSO

COUÇO — Freguesia do concelho de Coruche, Ribatejo, Portugal.

COUÇO, COUÇO FUNDEIRO, COUÇO DO MEIO, COUÇO CIMEIRO, COUÇO DOS PINHEIROS, FRAGAS DO COUÇO, CABEÇO DO COUÇO, COUÇO DO MONTE FURADO, VALE DE COUÇO, ALDEIA DO COUÇO, RIBEIRA DO COUÇO, RIBEIRO DO COUÇO — Localidades nos concelhos de Ferreira do Zêzere, Melgaço, Vinhais, Braga, Tondela, Arcos de Valdevez, Santa Comba Dão, Vila de Rei, Gondomar, Penafiel, Macedo de Cavaleiros, Vouzela e Vila Nova de Cerveira.

COUSSO — Lugar do concelho de Melgaço, Minho.

COUSO — Localidades da Galiza (na grafia oficial).

«Basicamente seguimos as informacións de Fernando Cabeza Quiles (1992, 2000 e 2008). Couso procedería do latín capsu (caixa) e faría referencia a unha caixa orográfica ou depresión no terreo; tamén podería ser un lugar para encerrar animais.» (https://gl.wikipedia.org/wiki/Couso,_Coristanco)

Não sei se Couso/Cousso e Couço têm a mesma origem mas muitos topónimos portugueses alternaram entre SS e Ç, inclusive para o caso de Cousso/Couço no concelho de Coruche. Na antiga Galécia existiu o deus Cosso.

Em castelhano, coso é a arena tauromáquica, derivado do latim cursus, «caminho».

 

05 agosto 2024

SARDOAL

SARDOAL — Vila e concelho do Ribatejo, Portugal.

«A ideia de que o nome SARDOAL resulta da abundância de sardões (lagartos [Timon lepidus]) na zona, cimentada com a figuração de um desses répteis no brasão do concelho, o que já acontecia no selo antigo que tem inscrita a data de 1500, pode resultar de uma confusão com o significado medieval da palavra "sardão", que entre outros podia ser o de azinheira ou carrasqueiro, existindo diversas localidades com este nome, cuja etimologia é a de terreno agreste com carrasqueiros ou sardões.

Se nos recordarmos que o povoamento vegetal com pinheiro bravo é recente (não terá ainda cem anos) e que a flora dominante anteriormente era a do sobreiro, em primeiro lugar ou equiparada à da oliveira, seguindo-se o castanheiro e a figueira, o que pode ser confirmado consultando as antigas matrizes prediais rústicas do concelho e se tivermos em conta a tradição toponímica portuguesa com uma profusão de povoações cujo topónimo resultou da flora dominante, bastando para isso recordar como exemplos: Carvalhal, Carrascal ou Carrascais, Sarzedas, Cercadas, Souto, etc., não será muito difícil de aceitar que o topónimo SARDOAL possa resultar da influência na zona do povoamento vegetal e da predominância de espécies como o sobreiro, a azinheira e o carrasqueiro.» (1)

Sardoal: «1. local onde abundam ou se acoitam sardões (lagartos).

2. terreno plantado com sardões ou azinheiras; azinhal, azinheiral.» (2)

Também existe o Cabo Sardão, no concelho de Odemira.

1 - https://www.sardoalmemoria.net/home/patrimonio-cultural/das-origens-do-nome-sardoal

2 - infopedia.pt.

 

02 agosto 2024

CORUCHE

CORUCHE

Vila e concelho do Ribatejo, Portugal.

«Não se conhecem referências ao nome de Coruche antes da primeira metade do século XII. Nos mais antigos documentos as formas do nome são sempre Culuchi e Coluchi e até ao século XV vamos encontrar Coluchio e Cruche alternando já com estas a grafia Coruche. A etimologia do topónimo foi estudada por Joaquim Silveira, que a filiou no "elevado monte, em cujo cimo se erguia o castelo medieval de Coruche e a que este castelo e a respectiva torre de atalaia, que havia de ter, dariam ainda uma maior eminência, levam-me, para explicar o seu nome, a aproximar o topónimo Coruche do nosso vocábulo comum corucho, que tem o sentido genérico de extremidade alta e acuminada de alguma coisa, picoto, coruto".» 

[Corucho: «parte mais alta das árvores; coruto; buraco por onde as abelhas entram e saem do cortiço.»

Coruchéu: «remate pontiagudo ou piramidal de torre, campanário ou de parte elevada de um edifício; agulha, flecha, pináculo.»

CORUCHE: «De etimologia incerta, mas parece derivar de corucho, 'cume', 'torre'. A antiga Rua do Coruche, em Coimbra (hoje Rua Visconde da Luz), devia o seu nome a um coruchéu ou torre (embora Ferraz de Carvalho o fizesse derivar do latim vulgar colutii, genitivo modificado de collotium, 'celeiro'; e, de facto, há documentos antigos que se referem a Coluchi). Tem a variante Corucho e os derivados Corucheira, Coruchéu, Coruchéus e Coruchos.» (infopedia.pt).

No brasão de Coruche encontram-se duas corujas, o que será uma interpretação errónea do topónimo.]

«A fundação da vila tem sido atribuída, por vários autores, aos galo-celtas no ano 308 antes de Cristo, o que é vivamente refutado por Margarida Ribeiro no seu Estudo Histórico de Coruche, situando-a, com os mais sólidos argumentos, no período romano de pacificação das zonas conquistadas, "sendo portanto Coruche uma povoação cuja origem se verificou no período de intensa laboração agrária, ou que teria evoluído dos latifúndios das zonas submetidas".

Séculos mais tarde a vila foi conquistada pelos mouros, sendo a sua população "toda passada a fio de espada", como afirmam textos árabes coevos, o que não corresponderá minimamente à realidade, sabendo-se do exagero das expressões utilizadas pelos escritores muçulmanos no que se refere a crónicas de armas. Pelo contrário, crê-se que a população assimilou normalmente as novas ideias incutidas pelo invasor, existindo mesmo uma larga franja populacional completamente indiferente à guerra, como mostra o primeiro foral e a transmissão de propriedades situadas no limite do termo, a partir de 1201.

Coruche foi conquistada aos mouros por D. Afonso Henriques em 1166, doando-a à Ordem de Avis em 1176. A 26 de maio de 1182 o rei concedeu a Coruche o seu primeiro foral, o qual seria confirmado posteriormente por D. Sancho I e D. Afonso II. O foral novo seria outorgado por D. Manuel I, a 28 de Março de 1513.

A vila de Coruche tinha representação nas cortes, com assento no 14.º banco, o que atesta a sua importância, começada a construir a partir do momento em que passou para os domínios da Ordem de S. Bento de Évora, sendo de admitir que tal proteção fizesse progredir a localidade, contribuindo simultaneamente para o progresso agrícola. A intensificação do povoamento como medida de garantia das terras reconquistadas, e cujas disposições se mantiveram até ao reinado de D. João I, foi para Coruche uma determinante do próprio foral, que atraiu gentes do norte do país e permitiu a fixação do elemento judaico, que gozou de grande proteção e do elemento árabe e moçárabe.

Nos alvores do século XVI a vila tinha já alcançado um progresso socioeconómico de grande relevo e, não fora a sua política interna, poderia, pelos privilégios concedidos e confirmados e pela sua riqueza, ter ascendido facilmente à categoria de cidade. É também neste século que se dá a criação da Misericórdia e a construção da sua sumptuosa igreja que viria a substituir a primitiva matriz, erguida em 1221 e arruinada pelo terramoto de 1531.»

(https://www.visitcoruche.com/coruch-fajarda-erra)

☛ Ver também:

Ribatejo.

ZEBRO

Em toda a Península Ibérica encontra-se o topónimo ZEBRO ou suas variantes: Zebra, Zebrinho, Zebraínho, Zebreira, Zebral, Zebralhos, Zebreiros, Zebres, Zibreira, Zibreiros, Cebreiro, Cebral, Cebros, Encebras, Encebros, Cebrón, Cebrones, Zibria, Xabros, Zeberia, etc.

O nome refere-se ao equídeo selvagem ibérico primitivo, o zebro ou zebra (aparentado ao Equus hydruntinus), extinto em Portugal talvez no século XVI. Os cavalos do Sorraia (Equus caballos ssp. Sorraia) são os descendentes do zebro, descobertos e identificados no vale do Rio Sorraia há cerca de 100 anos. Precisamente na região do Sorraia encontram-se os lugares de Zebro (Foros do Zebro), Zebrinho e a Ribeira de Vale do Zebro, na freguesia da Lamarosa, concelho de Coruche (no mapa). Na imagem superior vêem-se prováveis zebros em pinturas paleolíticas em Ekainberri, Euskadi. A imagem inferior mostra cavalos do Sorraia em liberdade no refúgio de Vale do Zebro.

Os navegadores portugueses do século XV encontraram em África os equídeos com riscas semelhantes ao zebro, dando-lhe o nome de zebra (Equus zebra, Equus quagga, Equus grevyi). As zebras passaram a ser conhecidas por este nome em quase todas as línguas não africanas.

A palavra zebro ou zebra deriva do latim vulgar *eciferu-, do latim equiferu-, «cavalo selvagem».

Um Vale de Zebro muito conhecido situa-se na freguesia de Palhais, concelho do Barreiro, junto ao estuário do Tejo, onde se encontrava o Edifício dos Fornos de Biscoito de Vale do Zebro, que fornecia os navios a partir do século XV. Desde 1961 está localizada em Vale de Zebro a Escola de Fuzileiros da Marinha Portuguesa.

 

INHUMA e INHUMAS

> INHUMA — Município do estado do Piauí , Brasil. «Deram o nome de Inhuma, em virtude do grande número de pássaros chamados inhaúma exis...