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04 março 2025

CARTAXO

CARTAXO

Cidade, freguesia e concelho do Ribatejo, Portugal.

«Em todas as épocas, o território do concelho do Cartaxo foi um importante ponto de passagem para o interior do país, quer por via fluvial, através do Rio Tejo, quer por via terrestre. Uma via romana, que partia de Lisboa (Olisipo) e passava por Alenquer (Lerabriga), seguindo para Santarém (Scallabis), atravessava o território do concelho. Antes dos romanos, outras civilizações fixaram-se na região, designadamente em castros situados em Vila Nova de São Pedro, Vale do Tejo ou nas regiões de Muge.»
D. Sancho II «Concedeu esta sua terra, que incluía também o Cartaxinho (hoje Ribeira do Cartaxo), a Pedro Pacheco.»
«A 21 de março de 1312, D. Dinis enviou pelo seu vassalo Garcia Martins a Carta de Foral “dando nascença ao Lugar do Cartaixo”. Neste foral, D. Dinis determinou a isenção do pagamento de impostos a todos os que plantassem vinhas nos cinco primeiros anos do aforamento.»
«O campo, o bairro e a lezíria, com o rio aos pés, atribuem ao Cartaxo uma grande riqueza paisagística. A cultura da vinha e a produção de vinho estiveram desde sempre ligadas ao concelho, valendo-lhe o título de Capital do Vinho.» (https://www.cm-cartaxo.pt/)

O topónimo é de origem incerta, «embora exista uma ave com este nome.* Tem os derivados Cartaxeira e Cartaxos.» (infopedia.pt)

O nome do Cartaxo tem semelhanças com Cartago e com Cartuxo. A Ordem dos Cartuxos (Ordre des Chartreux) foi criada em 1084 em Saint-Pierre-de-Chartreuse, França, com sede no mosteiro da Grande Chartreuse.

* A ave: «Cartaxo. (Saxicola torquatus) pequeno pássaro insetívoro, atinge cerca de 12 centímetros de comprimento e tem cabeça preta (macho) ou castanha (fêmea), pescoço ruivo, peito branco e asas escuras, sendo também conhecido por borra, cartaxo-comum, chasco, chasco-preto, etc.»

 

19 fevereiro 2025

RAL

RAL

Lugar da freguesia de Beco, concelho de Ferreira do Zêzere, Ribatejo, Portugal.

«Do latim vulgar ranale, 'charco de rãs'. Também existe na Galiza.» (infopedia.pt)

 

28 janeiro 2025

MANIQUE DO INTENDENTE

MANIQUE DO INTENDENTE

Vila do concelho da AzambujaRibatejo, Portugal.

Desde a Idade Média a povoação chamava-se Alcoentrinho, eventualmente em correlação com a vizinha Alcoentre. Terá sido chamada também São Pedro da Arrifana, mas a partir de 1791 passou a designar-se Manique do Intendente, em honra de Diogo Inácio de Pina Manique (1733-1805), Intendente-Geral da Polícia no reinado de Dª. Maria I. A vila tornou-se sede de concelho, extinto em 1836. Pina Manique pretendia fazer aqui a nova capital do reino, daí a praça monumental no centro, chamada Praça dos Imperadores, com pelourinho, assim como outras estruturas dum plano urbanístico que foi interrompido com morte do Intendente.

Existem várias povoações com o topónimo Manique, nomeadamente nos concelhos de Cascais, Sintra e Lousã.

«Manique é topónimo de origem incerta, talvez germânica; do Intendente refere-se ao senhor da terra (a partir de 1791), o famoso Intendente da Polícia Diogo Inácio de Pina Manique.»

(infopedia.pt, http://www.cm-cascais.pt/bibliotecadigital/27306/27306_item2/27306_PDF/27306_PDF_24-C-R0150/27306_0000_capa-capa_t24-C-R0150.pdf)

17 janeiro 2025

FAJARDA

FAJARDA

Freguesia do concelho de CorucheRibatejo, Portugal, inserida desde 2013 na União das Freguesias de Coruche, Fajarda e Erra.

«Freguesia criada em 1984, pertenceu até então à freguesia de São João Baptista de Coruche. A povoação foi fundada no século passado, mas todos estes terrenos pertenceram à Ordem de Avis, por doação de D. Afonso Henriques, e foram alvo de uma ocupação humana desde remotas eras.» (https://www.visitcoruche.com/freguesias.php)

Desconheço a origem do nome, mas na Beira fajarda é uma «pequena propriedade rústica.» (https://dicionario-aberto.net/search/fajarda). Noutro âmbito, fajardo é «1. gatuno hábil. 2. biltre. 3. traficante. 4. troca-tintas. De J. C. Fajardo, antropónimo, aventureiro portuense do século XIX, de comportamento muito condenável.» (infopedia.pt)

 Em Porto Rico há uma cidade chamada Fajardo, fundada no século XVIII pelo espanhol Juan Antonio Fajardo.

 

08 janeiro 2025

VALE MANSOS, Coruche

VALE MANSOS

Vale Mansos, também chamada Foros de Vale Mansos e anteriormente Vale de Mansos e Vale de Manços, é uma povoação da freguesia e concelho de Coruche, no Ribatejo, Portugal.

Algumas hipóteses para o topónimo Vale Mansos ou Vale de Mansos:

1. Alusivo ao adjetivo manso: brando, calmo, sossegado, não silvestre. Pode estar associado, por exemplo, a pessoas pacíficas, ao pinheiro manso ou ao gado manso por oposição ao gado bravo. Na "Collecção chronologica da legislação portugueza" (1603-1612), é referida a "Mata de Val de Mansos" no concelho de Coruche.

2. Relativo aos mansos, que eram partes das propriedade feudais. O manso senhorial era onde residia o senhor feudal e os servos trabalhavam para ele; o manso servil era onde as populações residiam e usavam a terra mediante o pagamento de um tributo ao senhor.

3. Reminiscência de Almançor, que foi o cognome de governantes ou conquistadores islâmicos. O nome em árabe é Al-Mansur e significa «o vitorioso». O Rio Almansor, também chamado Ribeira de Canha, é um afluente do Rio Sorraia e passa a menos de 20 km de Coruche.

☛ Ver também:

 

ENTRONCAMENTO

ENTRONCAMENTO

Cidade do Ribatejo, Portugal. É o segundo menor concelho, com apenas 13,73 km² de área. A povoação surgiu no local de entroncamento ou junção, a partir de 1862, da Linha do Norte (Lisboa - Porto) com a Linha da Beira Baixa (Entroncamento - Guarda) e Linha do Leste (Entroncamento - Elvas - Badajoz).

O Entroncamento é famoso como "terra de fenómenos", devido a factos invulgares ocorridos a partir de meados do século XX. «Depois do melro branco veio a planta que dava batatas por baixo e tomates por cima, o carneiro com quatro cornos, o corvo que falava como gente, o pescador que pescou uma perdiz, a árvore com cinco variedades de frutos, o cacto com quatro metros, o homem com três rins, o toureiro que mordeu o touro, o ovo de galinha com 800 gramas, o pinto com três patas, a couve que dava cravos, a fava com 35 centímetros… [ a oliveira de azeitonas brancas, ] as notícias encheram páginas nos jornais nacionais e chegaram ao “France Soir”

(https://mediotejo.net/entroncamento-os-fenomenos-andam-ai/)

 

04 janeiro 2025

CONSTÂNCIA

CONSTÂNCIA

Vila e concelho do Ribatejo, Portugal, anteriormente chamada Punhete.

«A povoação da foz do Zêzere, que D. Sebastião elevou à categoria de vila e à dignidade de concelho, desanexando o seu termo do da vila de Abrantes, por carta de sentença de 1571, era chamada Punhete desde os primórdios da nacionalidade. (...)

Embora levante muitas dúvidas, a justificação etimológica que costuma ser dada para o nome Punhete, que a aldeia e depois vila teve durante mais de meio milénio, é que terá ele derivado da designação que os Romanos, muitos mais séculos atrás, davam à povoação: Pugna Tagi, que quer dizer "luta do Tejo", numa alusão ao violento conflito que ocorria, em especial no inverno, entre as turbulentas águas do Zêzere (onde ainda não havia barragens…) e as do manso mas imponente Tejo. De Pugna Tagi terá então derivado Punhete.

Ora, como é bom de ver, não gostava o povo do nome que a vila tinha e que, por sugerir obscenidade, era muitas vezes motivo de troça por parte de gentes de outras terras quando maliciosamente se referiam "aos de Punhete…" Por esse motivo, resolveu a Câmara Municipal de Punhete, a seguir às guerras liberais, representar à rainha pedindo-lhe que mudasse o nome da vila. Não consta que tenha avançado alguma sugestão de novo nome: verdadeiramente só se queria ver livre do malfadado Punhete que, sem memória já do Pugna Tagi dos Romanos e do que ele significava, apenas era então, naquele tempo do século XIX, motivo de escárnio e de maledicência.

E a rainha fez a vontade ao povo. E deu à vila o nome de Constância. Em 1836 – 7 de dezembro. (...)

As razões da mudança são claramente apontadas no texto do decreto real: D. Maria II, grata aos "honrados habitantes da vila de Punhete" pelo apoio que lhe tinham dado, três anos antes, na luta contra os absolutistas, decidiu mudar-lhe o nome para Constância. Foi, pois, "a constância da gente" de Punhete no apoio à causa liberal que lhe valeu o belo nome que a vila tem agora.

Mas a rainha fez mais: distinguiu a vila com o honroso título de "Notável", que passou assim a designar-se "Notável Vila da Constância". "Da" e não "de", como depois o tempo e o uso acabaram por corromper e consagrar. É que, em 1836, estava muito presente a memória "da constância" com que os habitantes de Punhete apoiaram a causa liberal durante a guerra civil.

Com a rainha assina o decreto o ministro do reino Passos Manuel, figura cimeira do movimento setembrista, vitorioso meses antes, que então governava o país. Passos Manuel, embora tivesse nascido no norte, foi no Ribatejo que viveu a maior parte da sua vida adulta. Casou com uma senhora de Constância, D. Gervásia de Sousa Falcão, filha dos Falcões da vila, uma família de grandes proprietários agrícolas, das mais ricas e poderosas da região. E viveu alguns anos na belíssima casa apalaçada do Largo Avelar Machado, morada de tanta gente ilustre de Constância, que é agora a Casa-Museu Vasco de Lima Couto. A mudança do nome da vila, com tudo o que ela significava e a palavra "Constância" traduzia, não foi, evidentemente, estranha à figura de Passos Manuel, cuja influência política terá sido decisiva nesse sentido.»

Excerto de texto de António Matias Coelho, em https://mediotejo.net/cronica-de-punhete-a-constancia-por-antonio-matias-coelho/

«Uma muito antiga tradição de Constância, passada de geração em geração, afirma que Camões aqui terá vivido durante algum tempo, em cumprimento de uma pena a que fora condenado, apontando umas ruínas à beira do Tejo como tendo sido a casa que acolheu o épico.»

Não confundir com:

- Constance, Douro Litoral, Portugal.
- Constantina, Argélia.
- Constantina, Rio Grande do Sul, Brasil.

09 dezembro 2024

TANCOS

TANCOS

Vila e freguesia do concelho de Vila Nova da Barquinha, Ribatejo

«Parece vir da raiz céltica tenk, 'unir-se', e é esta a opinião de José Pedro Machado, mas carece de provas documentais. O topónimo já existia na forma atual pelo menos no século XIII.» (infopedia.pt)

 ☛ Ver também:

Calçada do Marquês de Tancos, Lisboa.

24 novembro 2024

BRUÇÓ

BRUÇÓ

Freguesia do concelho de Mogadouro, Trás-os-Montes, Portugal. 

«A origem do nome Bruçó perde-se nas memórias seculares, com os historiadores a apontarem uma série de degenerações de um topónimo original, provavelmente Braçó, diminutivo de braço que seria popularmente aplicado à vegetação, ou Braceosa, com base num vocábulo de origem pré-românica.» (http://bruco.jfreguesia.com/historia.php)

Vila Chã de Braciosa no vizinho concelho de Miranda do Douro e outra Braciosa no concelho de Coruche, no Ribatejo.

19 novembro 2024

QUINCHOSO

QUINCHOSO

«Quintal pequeno junto a uma habitação. Do latim conclausu-, "lugar fechado".»

Topónimos: «Do português antigo quinchoso, 'pequena horta'. Tem os derivados Quinchães, Quinchosa, Quinchosinhos e Quinchosos.» 

«Conchouso: Do baixo-latim conclausum, 'quintal'. Existe também na Galiza.» (infopedia.pt)

«1. pequeno terreno junto uma habitação. = quintal. 2. recinto para recolher o gado. = corte, cortelho, curral. Quinchorro(dicionario.priberam.org)

«1. quintal pequeno; horta de pequena área. 2. lugar destinado aos animais; cortelho; quinteira. 3. caminho rudimentar; pátio de passagem. 4. pequeno campo cultivado, cercado de terras incultas. Talvez do latim conclausus ‘fechado’.» (dicionario.acad-ciencias.pt)

«(prov. port.) pequeno quintal; pequeno trato de terreno anexo à casa de habitação. Cortelho. F. lat. Conclausus.» (aulete.com.br)

Quenchoso: «Pedaço pequeno de terreno cultivado.» (estraviz.org)

«Terra fria, onde não medrava árvore de fruto nem se colhia vinho, tirante o centeio, a batata, os nabais e duas couvezitas no quinchoso, o resto era uma pobreza.»

(Ferreira de Castro, Terra Fria)

«Não lhe faltará o quinchoso ou quintã para os animais domésticos.»

(Aquilino Ribeiro, Os Avós dos Nossos Avós)

Na imagem, o topónimo Quinchoso em Torres Novas, Ribatejo, Portugal.

13 outubro 2024

CAMPO DE TIRO DA FORÇA AÉREA / "ALCOCHETE"

 

CAMPO DE TIRO DA FORÇA AÉREA

Uma das localizações propostas para o novo aeroporto de Lisboa é o Campo de Tiro da Força Aérea, localizado na freguesia de Samora Correia, concelho de Benavente, Ribatejo, com uma estreitíssima faixa na freguesia de Canha, parte este do concelho do Montijo, Estremadura. Como o nome anterior era Campo de Tiro de Alcochete, é referido erradamente que o novo aeroporto seria em Alcochete.

BENAVENTE

BENAVENTE

Vila e concelho do Ribatejo, Portugal.

«Em 1199, a fixação de colonos estrangeiros na margem sul do Tejo, conduziu ao surgimento da povoação de Benavente. Situada nos limites do Castelo de Coruche, subordinado à Ordem de Calatrava, foi constituída sob a égide e senhorio desta Ordem Militar. Neste facto, se tem também associado o nome da povoação, sabido que à mesma Ordem pertencia também o Castelo de Benavente, no Reino de Leão.

Benavente, situada entre Santarém e Lisboa, é delimitada pelo rio Sorraia, um dos principais afluentes do Tejo e foi o segundo concelho instituído ao sul deste rio.(…)

Atualmente o concelho de Benavente compreende quatro freguesias: Barrosa, Benavente, Samora Correia e Santo Estevão.»(1)

No sul do concelho, na freguesia de Samora Correia, localiza-se o Campo de Tiro da Força Aérea, cujo nome anterior era Campo de Tiro de Alcochete. Esta antiga designação induz em erro quanto ao município a que pertence, nomeadamente na indicação da possível localização do novo aeroporto de Lisboa.

O caso de Benavente e Samora Correia, que foi elevada a cidade, é atípico. Samora Correia é a maior e mais populosa freguesia do concelho de Benavente, cuja sede continua sendo vila.

☛ Ver também:

- Benavente, Leão, Reino de Espanha.

1. https://www.cm-benavente.pt/index.php/descobrir/patrimonio-cultural-e-arquitetonico/identidade-e-memoria/benavente/

 

SAMORA CORREIA

SAMORA CORREIA

Cidade e freguesia do concelho de Benavente, Ribatejo, Portugal.

Povoação fundada por D. Paio Peres Correia, 14º Grão-Mestre da Ordem de Santiago, no século XIII. A primeira referência a Çamora Correya, com os dois nomes, data de 1303. Uma hipótese atribui a origem do nome Çamora ao seu fundador, que o terá trazido de Çamora / Zamora, em Leão. Perto desta cidade leonesa, existem outras terras com os nomes de Zamora, Benavente e Salvaterra, tal como aqui nos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos. Quanto a Correya, supõe-se que tenha tido origem como homenagem a D. Paio Peres Correia. Só a partir de 1830 é que se passou a escrever Samora Correia.

O caso de Benavente e Samora Correia, que foi elevada a cidade, é atípico. Samora Correia é a maior e mais populosa freguesia do concelho de Benavente, cuja sede continua sendo vila.

Na freguesia de Samora Correia, localiza-se o Campo de Tiro da Força Aérea, cujo nome anterior era Campo de Tiro de Alcochete. Esta antiga designação induz em erro quanto ao município a que pertence, nomeadamente na indicação da possível localização do novo aeroporto de Lisboa.

Texto adaptado de: https://www.cm-benavente.pt/visitar/historia/samora-correia
Imagem de fundo: Câmara Municipal de Benavente, vídeo Junta de Freguesia Samora Correia, https://youtu.be/KrS4rny4WBk 

 

05 outubro 2024

CANSADO

CANSADO, antiga freguesia de Tramaga, concelho Ponte de Sor, Ribatejo, Portugal.

> Literal translation: "Tired".

27 setembro 2024

ABRANTES

ABRANTES

Cidade do Ribatejo, Portugal.

Este topónimo «poderá vir de um hipotético Aurantes, derivado de aurum, 'ouro' [em latim], através de Aulantes, forma que aparece num documento de 1176. Será aparentado com o português arcaico brança, 'palha de milho', ou branza, 'caruma de pinheiro'. A existência de três lugares, no concelho de Abrantes, chamados Abrançalha (talvez de Abrantialia, 'molho de branças') parece apoiar a segunda conjetura.» (infopedia.pt)

O nome, «afirmam diversos autores, é corrupção de Aurantes, denominação justificada pelo ouro que o rio Tejo deixava, noutros tempos, nas suas praias e ribeiras». (João Fonseca, Dicionário do Nome das Terras).

Mas o ouro seria assim tanto que justificasse o nome? Compare-se com as hipóteses sobre Ourense, na Galiza, por Katuro Barbosa:

https://www.academiagalega.org/component/k2/item/1938-boletim-da-aglp-n%C2%BA-9-2016.html

 

09 setembro 2024

FOROS

 

FOROS, nos topónimos portugueses principalmente do Ribatejo, Alentejo e Estremadura, refere-se aos lotes de terreno de zonas não cultivadas, entregues a povoadores em regime de foro, também denominado aforamento, enfiteuse ou emprazamento. Muitos antigos foros desenvolveram-se como aldeias, chegando alguns a formar freguesias. No mapa, provavelmente de modo incompleto, estão assinalados os concelhos que têm povoações com o nome de Foros. A lista ao lado é certamente incompleta. O topónimo Foro, no singular, é muito raro.

☛ Ver também:

- Foros de Vale Mansos, Coruche.

31 agosto 2024

BISCAINHO

BISCAINHO

Freguesia do concelho de Coruche, Ribatejo, Portugal.

«No século XVI o Livro do Tombo da Misericórdia de Coruche já refere o Casal de Biscainho e, nos dois séculos seguintes, no Livro das Rendas e no Traslado do Livro do Tombo das Confrarias é mencionada a Herdade do Biscainho. Os seus foros são do final do século XIX e em alguns pontos da atual freguesia há poucas dezenas de anos predominava o beirão nortenho. A origem do topónimo tem sido explicada através de duas versões: uma, popular, fala de abelhas biscainhas, a outra, de acordo com os dicionários da língua portuguesa, diz-nos que aqui se estabeleceu outrora um espanhol natural da Biscaia, ou seja, um biscainho

«Freguesia de criação recente [ com lugares desanexados da freguesia de Coruche ], a sua instituição data de 31 de Dezembro de 1984. A sua população de 1021 habitantes dedica-se essencialmente à agricultura e à exploração florestal. Também tem relevância a criação de gado bovino e cavalar e a apicultura. É terra de grandes tradições nas artes de cavalgar e de tourear, tendo daqui saído uma destacada figura da tauromaquia portuguesa [ David Ribeiro Telles, e seus filhos, João e António Palha Ribeiro Telles, criados na Herdade da Torrinha ].»

(http://visitcoruche.com/freguesias.php)

☛ Ver também:

26 agosto 2024

ALMEIRIM

ALMEIRIM

Cidade e concelho no Ribatejo, Portugal. Três explicações para o nome:

«Existem notícias de que já no tempo dos mouros, havia no local uma povoação com o nome que hoje tem: Al-Meirim, que poderá ser nome de homem ou (segundo o Dr. Jorge Custódio) meirim pode ter o significado de paul, em árabe. De facto os pauis caracterizavam os solos desta região.»(1)

«Em Portugal, Almeirim é uma vila do distrito de Santarém e um lugar do concelho de Serpa, no distrito de Beja. Há também uma cidade com este nome no estado do Pará, no Brasil. A sua origem é obscura, talvez derivando de um nome próprio em árabe, Al Meirim (ver José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa).»(2)

«Do baixo-latim maiorinus, que deu meirinho, com o prefixo al-. Existem os derivados Almeirinho e Almeirinhos.»(3)

 

13 agosto 2024

ALDEIA GALEGA DO RIBATEJO

ALDEIA GALEGA DO RIBATEJO

Nome original da atual cidade do MONTIJO, na margem sul do estuário do Tejo, na Estremadura, Portugal.

Apesar de haver referências medievais a uma herdade de Fernão Galego, o nome da Aldeia Galega deve-se aos diversos povoadores galegos da zona. As primeiras referências datam de 1186, quando os coutos e herdades doados a D. Paio Peres Correia começaram a ser habitados. 

A Aldeia Galega — também grafada Aldea Galega, Aldeia Gallega, Aldegallega ou Aldegalega — pertenceu do século XII até final do século XIV a um concelho chamado Ribatejo ou Riba Tejo, daí o nome completo Aldeia Galega do Ribatejo, com a freguesia do Espírito Santo de Aldeia Galega do Ribatejo. O concelho do Ribatejo, que englobava também Sabonha (na atual freguesia de São Francisco, concelho de Alcochete) e Alhos Vedros, foi extinto no século XV com a criação dos concelhos de Alhos Vedros e de Santa Maria da Sabonha, ficando a Aldeia Galega integrada neste até ao início do século XVI. A Aldeia Galega tornou-se depois concelho, separado da Sabonha. Em 1838 o concelho da Aldeia Galega do Ribatejo expandiu-se com a criação e anexão da freguesia de Canha, antigo concelho, territorialmente separada pelos concelhos de Alcochete e Palmela. Em 1930 a vila e concelho da Aldeia Galega do Ribatejo passou a denominar-se Montijo. Este nome teve origem num lugar da freguesia do Espírito Santo, a quinta da Póvoa do Montijo. A vila foi elevada a cidade em 1985.

O vocábulo montijo alude a um pequeno monte ou montículo de forma cónica.

A Aldeia Galega do Ribatejo foi uma das muitas povoações em Portugal com referência a galegos ou à Galiza.

 

10 agosto 2024

SANTARÉM (Portugal e Brasil)

|> SANTARÉM, Ribatejo, Portugal.

|> SANTARÉM, Pará, Brasil.

«Dividem-se as opiniões dos estudiosos, mas este topónimo parece vir do latim Sancta Eirene, 'Santa Iria', talvez referente a uma igreja cristã fundada na cidade romana de Scallabis, ali existente. Há topónimos idênticos nos concelhos de Castro Daire e Guimarães, e até em Espanha, na província de Zamora, o que indica uma ocupação por colonos idos de Santarém.» (?) (infopedia.pt)

Existem várias povoações com o nome Santa Iria, nomeadamente Santa Iria de Azóia, a jusante, também junto ao Rio Tejo.

 

ALGOSO

ALGOSO Vila e antiga freguesia do concelho de  Vimioso ,  Trás-os-Montes e Alto Douro , Portugal. «A antiga vila transmontana de Algoso foi ...