ANO-BOM
A ilha mais pequena, mais isolada e mais meridional do Golfo da Guiné.
A Ilha de Ano-Bom, oficialmente chamada Annobón, faz parte da República da Guiné Equatorial. Localiza-se no Golfo da Guiné, 100 milhas náuticas (186 km) a sul da Ilha de São Tomé e a 190 milhas náuticas (350 km) da costa do Gabão. A ilha tem 17,5 km² e pouco mais de 5.000 habitantes. A sua capital é San Antonio de Palé (em português Santo António da Praia).
Ano-Bom foi descoberta pela frota do navegador português Fernando Pó (ou Fernão do Pó) no 1.º de janeiro de 1472. Devido ao dia, foi-lhe dado o nome de Ano-Bom como sinónimo de ano novo. Ficou sob domínio português até 1778, quando se tornou uma possessão espanhola, em conjunto com outros territórios do Golfo da Guiné, por troca com territórios na América do Sul.
Em 1968 a Guiné Espanhola tornou-se independente sob o nome de Guiné Equatorial. Durante a ditadura de Macías Nguema a Ilha de Ano-Bom foi por algum tempo chamada Pagalú.
A Ilha de Ano-Bom foi povoada principalmente por angolanos, santomenses e portugueses. Devido a essa herança, a língua mais falada na ilha é um crioulo português chamado fá d'Ambô ("fala de Ano-Bom"). No entanto, o idioma espanhol é a língua oficial da administração pública e ensino, tal como no resto do país. Com a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, a língua portuguesa ganhou também um estatuto oficial. Contudo, a principal ligação do país à lusofonia é o crioulo de base lexical portuguesa falado na ilha de Ano-Bom.
Texto publicado originalmente em:
https://salvador-nautico.blogspot.com/2016/12/ano-bom.html