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28 março 2025

DRAGONERA

DRAGONERA

Ilhota junto à ilha de Maiorca (Mallorca), no arquipélago das Baleares, Reino de Espanha.

A ilhota faz parte do município de Andratx. Encontra-se desabitada e constitui um parque natural.

O nome de Dragonera, documentado pela primeira vez no século XIII, é tradicionalmente relacionado com a abundância de uma espécie de lagartixa (Podarcis lilfordi gigliolii) ou com o perfil íngreme da ilha, que faz lembrar um dragão. No entanto, parece que na realidade deve estar relacionado com uma série de nomes de lugares semelhantes em todo o Mediterrâneo que se referem a uma palavra latina traco, -onis, documentada pela primeira vez por Isidoro de Sevilha e Beda, o Venerável, com o significado de «cavidade subterrânea» e relacionada com tragar (engolir). Este topónimo terá surgido em referência à Cova de la Font ou Cova del Moro, ponto-chave para o abastecimento de água à ilha e que já era conhecido na antiguidade, dados os vestígios arqueológicos identificados já no século IV a.C. Terá sido, portanto, a Cova de la Font que deu o nome à ilha.

No dialeto maiorquino, a ilhota é também chamada Sa Dragonera.

 

21 março 2025

BETANCURIA

BETANCURIA

Localidade da Ilha de FuerteventuraCanárias, Reino de Espanha. 

Santa María de Betancuria é a cidade mais antiga da ilha, fundada em 1405 por Jean de Béthencourt. O nome deriva de uma capela dedicada a Nossa Senhora de Béthencourt, do mesmo tempo da fundação da povoação.

Jean de Béthencourt foi um explorador e conquistador normando das Canárias, ao serviço de Castela, chegando a usar o título de Rei das Canárias. Nasceu em 1361 no castelo de Grainville-la-Teinturière. Tinha também, entre outros, o senhorio da povoação de Béthencourt-sur-Mer, na vizinha Picardia, norte de França.

O topónimo e antropónimo Béthencourt tem origem no nome germânico Betten / Betto, com a terminação -court, comum no norte da França, que significa «pátio, corte, quinta, propriedade».

Jean de Béthencourt deixou a governação das possessões canárias ao seu sobrinho Maciot de Béthencourt. Os descendentes de Maciot estão na origem do nome de família Béthencourt, Bettencourt, Bitencourt e outras variantes, muito comuns nas ilhas Canárias, Madeira e Açores.

 

18 março 2025

POMBEIRO

POMBEIRO

«Nos dicionários gerais e especializados a que temos acesso, não se regista pombeiro como sinónimo de pombal. No entanto, em galego, regista-se pombeiro como uma variante de pombal (que tem o mesmo sentido que a palavra portuguesa correspondente) ou como designação de um subtipo de pombal. Note ainda que, na toponímia, se acha a forma Pombeiro, tanto em Portugal como na Galiza, a qual é plausivelmente o mesmo que «lugar onde existem pombos». Seja como for, não sendo de excluir que pombeiro, na aceção de «pombal», ocorra dialetalmente em Portugal, a verdade é que não se atesta tal uso nas fontes que consultámos.» (https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/pombeiro-e-pombal/33569)

Galiza:

Pombeiro, concelho de Pantom.

Pombeiro, concelho de Cervantes.

O Pombeiro, concelho de Arbo.

O Pombeiro, concelho de Vilalba.

A Pombeira, concelho de Cerdedo-Cotobade.

Ilha de Pombeiro, concelho do Grove.

Portugal:

Pombeiro da Beira, concelho de Arganil.

Pombeiro de Ribavizela, concelho de Felgueiras.

 

15 março 2025

SALOBREÑA

SALOBREÑA

Localidade e município da comarca da Costa Granadina, Andaluzia, Reino de Espanha.

Salobreña, na costa da província de Granada, é a antiga Selambina e, embora a sua etimologia não seja muito certa, poderá ser um topónimo fenício-púnico; a possibilidade sugerida de que ele tenha realmente uma base indo-europeia *sal-, no entanto, atribuir-lhe-ia um estrato anterior.(1)

No século VIII a.C., os Fenícios chegaram à costa andaluza em busca de metais, fundando uma série de colónias, entre as quais Selambina. A partir do século VI a.C., Selambina caiu sob a influência de Cartago.(2)

Talvez, e trata-se de pura especulação, os Fenícios, levados pela impressão causada pela enorme sepultura colectiva apresentada pela rocha de Salobreña, tenham tentado dar-lhe um topónimo semelhante ao do tofete de Cartago, chamado como se dizia Salmbó, por afinidade espiritual, como réplica modificada e recordação de algo vivido em solo africano.(...)

O nome fenício-púnico de Selambina (Salobreña) pode encontrar a sua etimologia, tratando o assunto com uma certa profundidade semântica, no nome semítico S M L B’L, que transcrito nos dará Selemba’al e cujo significado é «imagem de Baal». Note-se que Baal é o segundo nome dado ao deus mais representativo do panteão fenício em Cartago a partir do século VI a.C.(...)

Os autores latinos dão-nos as formas Selambina e Salambina.(...) A forma latina Selambina, através de alterações populares, acabará por dar Salobreña.(...)

No século IV a.C. realiza-se o Concílio de Illiberis, com a presença de um sacerdote representante da comunidade cristã de Segalvina, topónimo em que já se evidencia um forte impacto evolutivo popular.(...)

Já no período árabe, a primeira referência que recebemos é a que é atribuída a Al-Himyari, que nos apresenta uma forma toponímica muito mais alinhada com a evolução latina: Salubiniya.(...) Outras formas árabes: Salobania, Shalubenia, Xalaubinia, Hisn Salubania, Xalubinia. No século XVI, surgiram os termos Salobrenna e Salobrna, que foram as variantes que deram origem à forma atual de Salobreña.(3)

 

01 março 2025

PAMPANEIRA

PAMPANEIRA

Localidade e município situado no Barranco de Poqueira, nas faldas de Sierra Nevada, comarca de La Alpujarra granadina, Andaluzia, Reino de Espanha.

«O topónimo Pampaneira provém do latim pampinarius, que significa “produtor de bacelos”, e é interpretado como “terra de vinha”. Durante o período Nacérida, a cidade conheceu um desenvolvimento económico e social significativo com base na indústria da seda. Após a Rebelião das Alpujarras e a subsequente expulsão dos mouriscos, foi repovoada com cristãos de Leão e da Galiza.»(1)

«O topónimo Pampaneira, tal como outros das Alpujarras terminados em "eira", provém do romance andaluz ou moçárabe, e já existia antes da conquista castelhana.
Outra versão é que a origem do nome Pampaneira vem do termo latino pampinus que significa "bacelo" [pámpano, em castelhano] em referência à exuberância das suas terras, banhadas pelo Rio Poqueira. O seu maior esplendor foi alcançado no período árabe andaluz, tendo um importante desenvolvimento na sua agricultura, sendo marcada pela produção de seda. A sua arquitetura e traçado urbano são claramente berberes.»(2)

«Apesar da semelhança com os topónimos galegos, a etimologia do nome da vila nada tem a ver com esta língua, mas provém do vocábulo latino pampinus, que significa bacelo (ou sarmento) e alude às videiras que a caracterizam, acrescentado o sufixo moçárabe -eira, por sua vez do latim -arius, com o qual se formou o nome atual.(...) 
A Igreja da Santa Cruz, construída sobre uma antiga mesquita, data de 1726.»(3)

Pampaneira faz parte da rede de Los Pueblos Más Bonitos de España.

 

23 fevereiro 2025

NUGALHÁS

NUGALHÁS

Aldeia da paróquia de Arcos, concelho de Antas de UlhaGaliza.

Este lugar é o centro geográfico da Galiza, nas coordenadas 42° 45′ 25″ N, 7° 54′ 39″ W. Na ortografia das autoridades, estes topónimos são escritos Nugallás e Antas de Ulla. A povoação situa-se junto ao lugar homónimo na paróquia vizinha de San Fiz de Amarante.

«Do ponto de vista etimológico, o topónimo alude provavelmente ao abundancial nucaciales, do latim nucalia ‘nogueira’ baseado em nace ‘noz’ (DCECH). Porém, convém ter en conta que nugallás é a forma plural do adjetivo nugallán “que se deixa levar pola nugalla” (DRAG). Neste sentido, tratar-se-ia dum topónimo galego de natureza jocoso-depreciativa que provém do latín nugae ‘bobadas, bagatelas’, nugali, -ale ‘home frívolo, syrneas’ (Ares Vázquez 2009:101). Contudo, o certo é que os dous lugares Nugalhás estão fortemente povoados pela árvore da nogueira.»

(Adaptação ortográfica do texto de Andrea Santiso Arias, https://minerva.usc.es/xmlui/bitstream/handle/10347/27468/1/GLLG_-_Santiso_Arias%2C_Andrea%5B1%5D.pdf)

 

22 fevereiro 2025

PADERNE

PADERNE

Paderne é o nome de várias povoações na Galiza e Portugal.

Por exemplo: concelho na comarca de Betanços e Paderne de Alhariz, na Galiza; freguesia no concelho de Melgaço e freguesia no concelho de Albufeira, Portugal. 

«Do baixo-latim [ Villa ] Paterni, 'a quinta de Paterno'. Encontra-se sob diversas formas em Espanha, sobretudo na Galiza. Tem o derivado Paderna.» (infopedia.pt)

https://www.facebook.com/groups/1687756998191500

 

CÚNTIS

CÚNTIS

Concelho da comarca de Caldas, Galiza, Reino de Espanha.

Entre a Galiza do mar e a Galiza do interior, encontramos uma terra cheia de vida; estamos a falar de uma terra de água, uma terra de pedra, estamos a falar de Cúntis. A Vila Termal de Cúntis é uma bonita povoação rural galega situada na Comarca de Caldas. É composta por 8 freguesias: Arcos de Furcos, Cequeril, Couselo, Banhos de Cúntis, Estacas, Pinheiro, Portela e Troáns. Faz fronteira com os concelhos da Estrada, Campo Lameiro, Moranha, Caldas de Reis e Valga.

Aqui existiu um importante centro termal, com uma vila romana de certa importância e que alguns historiadores consideram ser o antigo solar denominado Aquae Calidae, do povo proto-histórico dos Cilenos (Cileni) que, com capital em Cúntis, terá abrangido os atuais municípios de Cuntis, Moranha e Caldas de Reis.

Cuntis parece ter sido uma importante estância termal na época romana, com templos dedicados aos deuses protetores das águas e instalações terapêuticas.(1)

A origem do nome de Cúntis é pré-latina, de kune-tisa, «lugar feliz».(2)

Há referência a um San Salvador de Cuntís, que deveria ser Guntís.(3) (Guntís é um lugar da paróquia de Neiras, concelho  de Sober, comarca de Terra de Lemos.)

 

21 fevereiro 2025

SENDIM

SENDIM — Lugares dos concelhos de Antas de Ulha e da Arnoia, na Galiza.

SENDIM — Povoações dos concelhos de Felgueiras, Tabuaço, Alfândega da Fé e Miranda do Douro (Sendin, em mirandês), em Portugal.

Sendim / Sendin, Terra de MirandaTrás-os-Montes: «Os estudos toponímicos mais recentes estabelecem duas etimologias prováveis para o topónimo Sendim: uma tem origem antroponímica do nome próprio medieval "Sendinus" e a outra tem origem na palavra goda "sinth-s" que significa caminho. Neste caso Sendim assume o seu topónimo enquanto localidade que nasceu junto ao caminho que bifurcava da estrada romana ou "Carril Mourisco" e o ligava ao Sul de Espanha. (...) A 1ª referência escrita de Sendim é de 1258 nas Inquirições de D. Afonso III. Nova referência em 1291, em acordo feito entre D. Dinis e D. Fernão Peres, a propósito da comenda de Algoso em que o rei pedira à Ordem de Malta aldeias da ordem, entre as quais Sindym.» (https://www.cm-mdouro.pt/pages/111)

Sendim da Ribeira, Alfândega da FéTrás-os-Montes: «o toponímico Sendim tem origem germânica e bastante comum na região transmontana. A origem do seu nome provém do germânico "Sandini", nos sécs. V e VI, no tempo em que ocorreram as invasões bárbaras, coincidindo com o fim do Império Romano e o aparecimento do Cristianismo. "Sandini" era um indivíduo muito poderoso da época, por ser detentor de todas aquelas terras. Daí a razão de lhe terem posto o mesmo nome à freguesia.» (http://www.terralusa.net/?site=183&sec=part4)

Sendim, FelgueirasDouro Litoral: «Nesta freguesia viveram povos pré-históricos romanizados e depois subjugados por aguerridos invasores, dos quais deve descender Sendino, que lhe deu o nome. Em 1112 a designação já figurava como nome da região.» (https://cm-felgueiras.pt/municipio/freguesias/sendim/)

⇨ «Do baixo-latim [Villa] Sindini, 'a quinta de Sindino'. Tem os derivados Sendinha e Sendinho. O topónimo Sendieira poderá estar-lhe relacionado, e, sendo assim, indicaria povoamento por colonos idos de Sendim.» (infopedia.pt)

 

19 fevereiro 2025

LALIM

LALIM

Concelho na Galiza e freguesia do concelho de Lamego, Alto Douro, Portugal.

➤ Em Portugal: «Lalim, nome que advém do latim de Villa Lallini (Lalim da proto-história), começou por ser um tracto agrário-populacional, sendo uma vila organizada por Lallinus (nome pessoal tirado de Lallus, divindade ou génio tutelar das armas). Esta designação remonta aos séculos III/IV, quando a reforma agrária de Diocleciano obrigou à adjectivação do nome do possessor, numa época sensivelmente tardia da romanização, podendo admitir-se que este nome lhe foi dado por um suevo romanizado.» (Projecto de Lei N.º 516/VI, Elevação de Lalim à categoria de vila. Diário da Assembleia da República, II Série-A - Número 27. 16 de Março de 1995.)

➤ Na Galiza: «Terra inçada de castros, os seus nomes perderam-se como o nome tribal. É natural em terra rica, cobiçada dos conquistadores. Os castros detetados seriam cativos na época soberana. Os hoje centrais são 'nomina possessoris', como Lalim (< *Lallini “de Lallinus”).» (http://www.adigal.org.ar/TRIBOSUNIFICADOparaREDE.pdf)

«O coengo Buenaventura Cañizares deixou probado con documentos demostrativos que o topónimo Lalín ven de "Lalino", un colono do Conde de Deza que tivo ó seu cargo as terras nas que, anos máis tarde (980), se erixiu o mosteiro de San Martiño de Lalín de Arriba.» (http://lalin.gal/concello/historia)

➤ Outra explicação: «Lalim. Aldêa na Provincia da Beira, Bispado de Lamego, fundação de Zeidan Ben huin, Regulo daquella Cidade. Significa Irreprehensivel.» (Vestigios da lingoa arabica em Portugal, Fr. João de Sousa, 1830)

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15 fevereiro 2025

GALEGOS e O FRANCÊS

No concelho de Vedra, na Galiza, a povoação do FRANCÊS está rodeada pelas povoações dos GALEGOS, a norte e a sul.

Galegos são duas das muitas povoações na Galiza, em Portugal e em Espanha, com referência a galegos.

 

13 fevereiro 2025

VALDEPEÑAS

VALDEPEÑAS

Cidade da província de Ciudad Real, comarca de La Mancha, comunidade autónoma de Castilla-La Mancha, Reino de Espanha.

«Sus orígenes se remontan al siglo XIII cuando surgió un núcleo de casas alrededor del castillo llamado Val de Peñas(1)

«Etimológicamente su nombre significa valle de peñas, por estar situada en un amplio meandro del río Jabalón rodeado de cerros (estribaciones de Sierra Morena que marcan el límite sur de la llanura manchega justo en esta localidad) y por abundar en su subsuelo la roca caliza(2)

«Los accidentes del terreno (elevaciones, depresiones, llanuras…) son, como sabemos, referencias de primer orden en la creación de los topónimos; esto se sigue poniendo de manifiesto con ejemplos castellano-manchegos como Valdepeñas o Puertollano, de motivación evidente(3)

«El vino y Valdepeñas están asociados desde tiempos inmemoriales. La Denominación de Origen Valdepeñas fue reconocida el 8 de Septiembre de 1932 y sus Reglamentos posteriores datan de los años 1968, 1976 y 1994, es decir, estamos ante una Denominación de Origen experimentada y la segunda más conocida por los españoles.»(4)

No século XIX, Ramalho Ortigão fez uma observação mordaz sobre o vinho de Valdepeñas:

«O vinho de Val de Penas, que nos servem nos bufetes, é uma espécie de antologia em que figura tudo, o caldo, o azeite, o vinagre, o chá de borragens, o cozimento de macela, a água, o açúcar, a pimenta, o anis... E chegam a dizer os vendedores — o que, porém, eu não afirmo — que neste vinho chega até a entrar algumas vezes, ainda que em diminutas porções, algum vinho.»(5)

 

09 fevereiro 2025

SÃO FÉLIX DOS GALEGOS — SAN FELICES DE LOS GALLEGOS

SÃO FÉLIX DOS GALEGOS — SAN FELICES DE LOS GALLEGOS

Vila e município do antigo reino de Leão, na comunidade de Castela e Leão, reino de Espanha.

São Félix terá sido fundada em 690 por um bispo do Porto chamado Félix, que lhe deu o nome em honra ao seu santo. 

O rei D. Dinis, de Portugal, conquistou a vila em 1296 e mandou construir o castelo e as muralhas da povoação. Pelo Tratado de Alcanizes de 1297 foi reconhecida a soberania portuguesa sobre São Félix ou São Felizes dos Galegos. Apesar do tratado, a vila foi alvo da disputa entre portugueses e castelhanos pela sua posse durante séculos. O Tratado de Lisboa de 1864 (Tratado de Limites) reconheceu a soberania espanhola sobre São Félix dos Galegos (mas não sobre Olivença).

São Félix dos Galegos, ou em castelhano San Felices de los Gallegos, é uma das muitas povoações fora da Galiza, em Portugal e Espanha, com referência a galegos.

(https://sanfelicesdelosgallegos.es/Nuestro-pueblo/Historia/)

 

08 fevereiro 2025

MACEDA e MACEDO DE CAVALEIROS

MACEDA — Concelho do sudeste da Galiza.

MACEDO DE CAVALEIROS — Concelho de Trás-os-Montes e Alto DouroPortugal.

Macedo: «Do latim vulgar mattianetum, 'terreno onde há macieiras'. Existe também na Galiza. Aparece em alguns compostos, como Macedo de Cavaleiros e Macedo do Peso. Tem os derivados Maceda e Macedinho.» (infopedia.pt)

«Maceda está relacionada com maçã, do latim Mattiāna [mala] '[maçãs] de Matio', derivado de Caius Matius, tratadista de agricultura do século I a. C. Outras fontes citam a palavra latina MATTIANETA (lat. vulgar MATTIANA, maceira). Um fitotopónimo abundante em maceiras, (Manzaneda é a forma castelanizante).» (Adaptação ortográfica de gl.wikipedia.org)

«Macedo de Cavaleiros é uma terra antiga. O seu nome primitivo relaciona-se com o de uma terra farta na produção de maçãs. Com efeito, masaedo, maçaedo, macedo, são termos arcaicos que querem dizer maçãs. E os documentos medievais que se lhe referem são inequívocas a este respeito: vilar de masaedo, aldeya de maçaedo e quinta de Macedo. Há uma lenda em que dois cavaleiros armados de maças teriam aparecido numa batalha entre mouros e cristãos e teriam, com as suas armas, decidido a sorte da lide, assistida por el-rei que exclamava “Maça, Macedo, Maça, Macedo!”. Esta lenda tem o seu fundamento no facto de que um fidalgo macedense, Martim Gonçalves de Macedo, salvou a vida de D.João I na Batalha de Aljubarrota ao matar um castelhano, Álvaro de Sandoval, que por pouco não tirou a vida ao rei. D.João I ficou reconhecido ao acto valoroso do cavaleiro Martim Gonçalves de Macedo e, desde então, século XIV, a terra passou a chamar-se Macedo dos Cavaleiros. Martim Gonçalves teve a distinção de ser sepultado no Mosteiro da Batalha, perto do túmulo do rei. O paço ou torre de honra da família de Martim Gonçalves de Macedo deveria ser cerca do local onde hoje é a casa conhecida como “do Serra dos cavalos” à entrada do Prado de Cavaleiros e este bairro deve o seu nome ao designativo desses fidalgos. Tal como a rua da Fonte do Paço, contígua à da Fonte do Cipreste e cuja mãe de água está ainda hoje sob o seu pavimento, perpetua no seu nome aquele recuado significado.» (https://www.macedodecavaleiros.jfreguesia.com/historia.php)

Ver também:

- Maceda, concelho de Ovar, Beira Litoral.

06 fevereiro 2025

NINE

NINE — Lugar do concelho de Boiro, Galiza.

NINE — Freguesia do concelho de Vila Nova de FamalicãoMinho, Portugal.
«Segundo José Pedro Machado, no Dicionário Onomástico Etimológico, o topónimo Nine terá evoluído a partir de um nome próprio, ‘Ninnus’?, talvez ligado ao nome latino ‘Ninna’, que surge em algumas lápides romanas. Outra hipótese levantada por J. P. Machado é a de que Nine deriva do céltico, dada a sua semelhança com a palavra galesa "nen", que significa «céu», «tecto». Esta origem supõe que o topónimo designasse inicialmente elevações do terreno.» (Carlos Rocha, https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/)
«Parece vir do baixo-latim [ Villa ] Nini, 'a quinta de Nino'. Tem o derivado Nines.» (infopedia.pt)
 

05 fevereiro 2025

JÁLIMA

Serra de JÁLIMA
Xálima / Xálama / Jálama

O nome deste cume e serra é mencionado em documentos medievais como Salama, que era uma divinidade celta.

O Vale de Jálima / Xálima (Vali de Xálima, Vali do riu Ellas ou Os Tres Lugaris), composto pelos municípios de Valverde do Fresno, Elhas e Sã Martim de Trevelho, localiza-se no extremo noroeste da Extremadura (espanhola), na Comarca da Serra de Gata, limitando a oeste com Portugal (províncias da Beira Baixa e Beira Alta) e a norte com Leão.

Os povos do Vale de Jálima falam uma variedade da língua galego-portuguesa, denominada a Fala, Fala de Jálima / Xálima, Chalimegu / Xalimego, Fala da Estremadura, Valego, Galego da Estremadura, etc. As propostas para a escrita da fala de Jálima são basicamente três: a ortografia galega na norma ILG-RAG (oficial na Galiza, de modelo castelhano); uma ortografia própria (também de modelo castelhano); e uma ortografia baseada no português moderno.

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31 janeiro 2025

BAIRRO / BÁRRIO / BARRO

BAIRRO / BÁRRIO / BARRO

BARRIO: topónimo muito frequente na Galiza. Exemplo, entre muitos: Vilar de Barrio

BÁRRIO: topónimo raro em Portugal. Exemplos: Bárrio, freguesia do concelho de Ponte de Lima; Bárrio, freguesia do concelho de Alcobaça.

BAIRRO: topónimo muito frequente em Portugal. Exemplos: Bairro, freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão; ➤ BAIRROS, freguesia do concelho de Castelo de Paiva; concelho de Oliveira do Bairro.

BAIRRO: topónimo inexistente na Galiza, nos registos administrativos oficiais.

Outros topónimos:

BAIRRADA: «É vulgar afirmar-se que tem a sua origem na palavra barro, e, de facto, é admissível a evolução de barro para bairro. Outros autores sugerem uma derivação do árabe barri, 'lugar inculto'. Mas parece que é mais seguro dizer-se que Bairrada vem do baixo-latim barrium, 'quinta, casal'; e, sendo assim, Bairrada significaria um conjunto de bairros ou povoações. De facto, encontramos ali povoações como Óis do Bairro, Oliveira do Bairro, Paredes do Bairro, São Lourenço do Bairro, Ventosa do Bairro e Vilarinho do Bairro. Conhecem-se outras seis Bairradas ou Barradas no território nacional (duas no concelho de Abrantes, duas no de Ferreira do Zêzere, uma no de Ansião e uma no de Proença-a-Nova), mas a mais conhecida de todos é, de longe, aquela a que nos referimos acima. Tem os derivados Bairradinha, Bairrão, Bairrinho, Bairro e Bairros.»(1)

BARROSO: «De barrosa, 'abundante em barro', 'formada em barro'. Tem as variantes Barosa e Bairrosa e os derivados Baroso, Barroja, Barrojela, Barrosão, Barrosas, Barroseiras, Barroseiro, Barrosela, Barroselas, Barroselo, Barrosinha, Barrosinho e Barroso.»(1)

BARRAL: «De barral, 'terreno de barro'. Tem a variante Bairral e os derivados Bairrais, Barrais, Barraldes, Barralhos, Barralhoso, Barredo, Barredos, Barrenhas, Barrenho, Barrenta, Barrentes, Barrento, Barreses, Berredo, Berredos e Berrenha.»(1)

BARRÔ: «Do baixo-latim barriolo, 'bairrozinho'. Tem os derivados Barrinho, Barrins, Bárrio, Bárrios, Barro, Barroja, Barrojela, Barronhas, Barronhos, Barros, Barrucho e Barruncho.»(1)

 Barro: «De origem obscura.»(1) «Latim baru(2) «Ibero-romano *barrum(3) «De origem possivelmente pré-romana.» «Talvez do latim Barrum(4) «Talvez do latim hispânico *barrum(5)

 Bairro: «Do árabe barrî, "exterior".»(1) «Árabe barri(2)(3) «Latim Barrium, ou do árabe Barri (de fora, exterior).»(4) «Do árabe barrî ‘exterior’, ‘arrabal’.»(5)

Ver também:
- Bairrada, Beira Litoral, Portugal.
- Barroso, Trás-os-Montes, Portugal.

 

28 janeiro 2025

XABIER — JAVIER

XABIER — JAVIER — XAVIER

Vila e município da Comunidade Foral de Navarra (Nafarroa Garaia / Alta Navarra), região histórica do País Basco (Euskal Herria), Reino de Espanha.

«O nome Xabier [ em basco ] provém do antigo nome Etxaberri, que significa "casa nova" ("etxa" é "casa" em dialeto navarro da língua basca). A evolução é a seguinte: Exaberri > Xaberri > Xabierre > Xabier. O nome está associado a cidades como Xaberri, Chabierre d'Ara, Xabierre-Cuarnas, Xabierregai ou Xabierre-Latre. De facto, o topónimo Etxeberri, que evoluiu para oeste como Etxabarri ou Etxebarri, evoluiu para leste como Etxaberri, e nas zonas de Huesca [ em Aragão ] aparece Xabierre e nomes semelhantes.»(1)

O nome basco da povoação é Xabier, em castelhano Javier e em português Xavier.

São Francisco Xavier, ou seja Francisco de Xabier (Frantzisko Xabierkoa, em basco), nasceu no castelo de Xabier em 1506. Foi cofundador da Companhia de Jesus e importante missionário nos territórios do Oriente sob domínio ou influência portuguesa.

1. Tradução automática do basco em https://eu.wikipedia.org/wiki/Xabier

 

25 janeiro 2025

PARADA / PARADELA / PARADINHA

PARADA / PARADELA / PARADINHA / PARADES

 Parada e variantes, na Galiza, Portugal e Astúrias.

«De parada, no sentido de 'local de descanso num percurso íngreme ou acidentado'. (...) Tem os derivados Paradas, Paradela, Paradelas, Paradinha, Paradinhas e Paraduça.» (infopedia.pt)

Parada era também um tributo ou um foro e ainda mantém, entre outros, o significado de dinheiro que se arrisca no jogo. Paradela, além de parada ou paragem, também significa exposição ao vento.

O mapa com os concelhos onde existem estes topónimos está provavelmente incompleto e existem outros derivados ou semelhantes.

https://www.facebook.com/groups/1687756998191500

 

LUCAINENA DE LAS TORRES


LUCAINENA DE LAS TORRES

Vila da Sierra Alhamilla, na Andaluzia, Reino de Espanha.

O nome de Lucainena parece proveniente de alguém chamado Lucainus ou Lucanius no período hispano-romano. Na época árabe chamou-se Locaynena. Em documentos dos séculos XV e XVI aparece como Locayna, La Caynera ou Alocainona. Devido ao castelo e torres nas muralhas, foi chamada Lucainena de las Siete Torres, simplificado depois para Lucainena de las Torres. (http://www.lucainenadelastorres.es/)

Faz parte da rede de Los Pueblos Más Bonitos de España.

ALGOSO

ALGOSO Vila e antiga freguesia do concelho de  Vimioso ,  Trás-os-Montes e Alto Douro , Portugal. «A antiga vila transmontana de Algoso foi ...