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12 outubro 2025

RUA PRIOR DO CRATO, Lisboa

RUA PRIOR DO CRATO 

Rua na freguesia da Estrela, na antiga freguesia dos Prazeres, em Lisboa, Portugal.

O nome da rua, antes de 1922, era Rua do Livramento, devido à proximidade do Convento de N.ª Senhora do Livramento. Situa-se entre a Praça da Armada e o fim da Avenida de Ceuta, no antigo Largo de Alcântara, onde existiu a Ponte de Alcântara antes do encanamento da Ribeira de Alcântara. O nome da Rua Prior do Crato foi aprovado com a legenda «O Glorioso vencido da Ponte de Alcântara em 25 de Agosto de 1580», embora tal não conste na placa toponímica.

D. António de Portugal, Prior do Crato (1531-1595), sobreviveu à Batalha de Alcácer-Quibir em 1578. Era neto de D. Manuel I, por isso reclamou o trono mas perdeu para o seu tio D. Henrique. Com a morte deste, D. António chegou a ser aclamado rei, mas foi derrotado na Batalha de Alcântara, no dia 25 de agosto de 1580, pelo Duque de Alba, o que abriu caminho ao reinado de Filipe II de Espanha em Portugal. D. António partiu para Inglaterra e França, em busca da ajuda que não conseguiu. Em 1582 desembarcou na Ilha TerceiraAçores. A 25 de julho de 1581 as suas forças derrotam os espanhóis na Batalha da Salga. Em 1583 as forças de D. Álvaro de Bazán conseguiram finalmente dominar a ilha. D. António morreu exilado em Paris em 1595.


 

11 outubro 2025

BANCO GORRINGE

BANCO GORRINGE

Grupo de montes submarinos na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal continental, cujo ponto central localiza-se a cerca de 115 milhas náuticas (213 km) a sudoeste do Cabo de São Vicente, nas coordenadas 36°34'40"N, 011°20'32"W.

O Banco Gorringe foi descoberto em novembro de 1875 por Henry Honychurch Gorringe, comandante do navio USS Gettysburg, do United States Coast Survey. Também é conhecido por Gettysburg, devido ao nome de um dos picos.

Situa-se entre duas superfícies abissais profundas: a norte e noroeste, a Planície Abissal do Tejo, de profundidades superiores a 5000 m, e a sul, a Planície Abissal da Ferradura, a cerca de 4500 m de profundidade. Eleva-se até próximo da superfície, sendo os dois picos menos profundos o Ormonde, a 48 m, e o Gettysburg, a apenas 25 m. Faz parte da cadeia de montes submarinos da Ferradura, num alinhamento que se prolonga do Arquipélago da Madeira até ao Algarve (sudoeste de Portugal continental), na zona de convergência das placas tectónicas africana e euro-asiática, no extremo este da zona de fratura conhecida como Açores - Gibraltar. Na zona localizaram-se os epicentros dos sismos mais violentos ocorridos em Portugal e Norte de África, incluindo o de 1755.

No Banco Gorringe predomina a tipologia de habitat recife. O relevo submarino da área apresenta grandes dimensões e vertentes de acentuados e imponentes declives, estendendo-se desde a zona eufótica até à zona abissal, possibilitando a ocorrência de uma imensa gama de habitats e espécies, desde as fotossintéticas às abissais, que vivem em plena escuridão. A par da presença de luz, as camadas superficiais também beneficiam de fenómenos de afloramento que fazem ascender à superfície massas de água ricas em nutrientes, favorecendo uma elevada produtividade biológica. A coluna de água é caracterizada pela presença de numerosos cardumes de peixes pelágicos de grandes dimensões, cetáceos, tubarões e acima da coluna de água é frequentado por aves marinhas, que utilizam esta zona para alimentação. Entre os montes submarinos estudados até à data, o Banco Gorringe é dos que apresenta maior biodiversidade e número de habitats, sendo rico em diversas espécies de fauna marinha, que inclui a tartaruga-comum (Caretta caretta) e o roaz (Tursiops truncatus).

O Banco Gorringe tem sido objeto de diversos estudos científicos, desde o Príncipe Alberto I do Mónaco, o Instituto Hidrográfico português ou a organização Oceana. As características naturais de elevada relevância presentes no Banco Gorringe justificaram a sua inclusão na Lista Nacional de Sítios, no âmbito da Rede Natura 2000 no Meio Marinho. O sítio ocupa uma área marítima de 2.288.782,11 ha, inteiramente na ZEE portuguesa, no domínio público marítimo.

Os montes submarinos, como o Gorringe, são formações conspícuas nos oceanos e encontram-se na lista de habitats ameaçados ou em declínio da Convenção OSPAR (Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste) e qualificam-se como Ecossistema Marinho Vulnerável, de acordo com os critérios internacionais para a gestão das pescarias em alto mar, em áreas fora de jurisdição nacional.

Em inglês, a área do Banco Gorringe, ou Banco de Gorringe, é chamada Gorringe Bank ou Gorringe Ridge.

Texto baseado no publicado em https://salvador-nautico.blogspot.com/2020/01/oceano-atlantico.html

 

30 setembro 2025

ADÉMIA

ADÉMIA

Aldeia da freguesia de Trouxemil, concelho de CoimbraBeira Litoral, Portugal.

⮚ «Do português medieval adémia, 'terra livre para ser cultivada'.»(1)
Adémia: o mesmo que adema. «Terreno de cultura entre monte e várzea.»(2)
⮚ Adema: «Terreno cultivado.»(3)
⮚ Adêmia: o mesmo que adema. «Terra no sopé do monte, ou terra entre monte e rio, suscetível de qualquer lavoura.»(4)

1. infopedia.pt
2. Dicionário Universal da Língua Portuguesa, Texto Editora, 1995.
3. https://dicionario-aberto.net/, https://dicionario.priberam.org/
4. https://www.aulete.com.br/

29 setembro 2025

MATANÇA / MATANZA

MATANÇA, MATANZA e variantes, são topónimos encontrados em diversos países de língua portuguesa e castelhana.

A explicação mais frequente associa os lugares a batalhas ou violência política, como por exemplo Matanças em Fornos de Algodres, Portugal, ou La Matanza na Argentina. Outra explicação é como lugar de matança de animais.
 

ÁDELA

ÁDELA

Aldeia e ribeira da freguesia de Colmeal (Cadafaz e Colmeal), concelho de GóisBeira Litoral, Portugal.

Durante as Invasões Francesas, Ádela foi a primeira povoação da freguesia a ser invadida e saqueada, em 14 de março de 1861. 

O substantivo adela (não acentuado na primeira sílaba), é o feminino de adelo ou adeleiro, com o significado de indivíduo que vende objetos usados ou estabelecimento dessa venda. Deriva do árabe ad-dallál, «leiloeiro». (infopedia.pt)

O nome próprio Adela tem origem no germânico adal, que significa «nobre».

25 setembro 2025

RIO GRANDE, Lourinhã

RIO GRANDE

Pequeno rio ou ribeira que atravessa o concelho da Lourinhã, na Estremadura, Portugal. Também é conhecido como Ribeira dos Palheiros. Desagua na Praia da Areia Branca.

«Como o nome indica, o Rio Grande já foi um grande rio. Este rio era navegável até à Lourinhã, existindo registos de um porto comercial na Idade Média. Desde então, este rio tem vindo a assorear e o canal foi ficando cada vez mais estreito, deixando de ser navegável.»

(https://www.geoparqueoeste.com/menu/1855/23---cruzeiro-da-lourinha)

CONCELHOS OU MUNICÍPIOS DE PORTUGAL

CONCELHOS OU MUNICÍPIOS DE PORTUGAL

A República Portuguesa está dividido em 308 concelhos, também chamados municípios. As duas palavras são usadas como sinónimos, mas tradicionalmente a palavra concelho é mais aplicada para o próprio território, enquanto município designa mais a entidade administrativa desse território. Os órgãos de poder local, eleitos pelos munícipes, são a Câmara Municipal (órgão executivo) e a Assembleia Municipal (órgão deliberativo). O Presidente da Câmara Municipal é o líder do poder executivo. Os concelhos são subdividos em freguesias, também com órgãos de poder local, eleitos pelos fregueses. Os 308 concelhos são os seguintes:

⬧ Abrantes
⬧ Águeda
⬧ Aguiar da Beira
⬧ Alandroal, Alto Alentejo
⬧ Albergaria-a-Velha
⬧ Albufeira
⬧ Alcácer do Sal, Baixo Alentejo
Alcanena, Ribatejo
⬧ Alcobaça
⬧ Alcochete
⬧ Alcoutim
⬧ Alenquer
⬧ Alfândega da Fé
⬧ Alijó
⬧ Aljezur
Aljustrel, Baixo Alentejo
Almada, Estremadura
Almeida, Beira Alta
⬧ Almeirim, Ribatejo
Almodôvar, Baixo Alentejo
⬧ Alpiarça
⬧ Alter do Chão, Alto Alentejo
⬧ Alvaiázere
⬧ Alvito, Baixo Alentejo
⬧ Amadora
⬧ Amarante
⬧ Amares
⬧ Anadia
⬧ Angra do Heroísmo
⬧ Ansião
⬧ Arcos de Valdevez
⬧ Arganil
⬧ Armamar
⬧ Arouca
Arraiolos, Alto Alentejo
Arronches, Alto Alentejo
⬧ Arruda dos Vinhos
⬧ Aveiro
Avis, Alto Alentejo
⬧ Azambuja
⬧ Baião
⬧ Barcelos, Minho
Barrancos, A
⬧ Barreiro, Estremadura
⬧ Batalha
⬧ Beja, Baixo Alentejo
Belmonte, Beira Baixa
⬧ Benavente, Ribatejo
Bombarral, Estremadura
Borba, Alto Alentejo
⬧ Boticas
⬧ Braga, Minho
⬧ Bragança
⬧ Cabeceiras de Basto
⬧ Cadaval
Caldas da Rainha, Estremadura
⬧ Calheta (Açores)
⬧ Calheta (Madeira)
⬧ Câmara de Lobos, Madeira
⬧ Caminha
Campo Maior, Alto Alentejo
⬧ Cantanhede
⬧ Carrazeda de Ansiães
Carregal do Sal, Beira Alta
⬧ Cartaxo, Ribatejo
⬧ Cascais
⬧ Castanheira de Pera
⬧ Castelo Branco, Beira Baixa
⬧ Castelo de Paiva
⬧ Castelo de Vide, Alto Alentejo
⬧ Castro Daire
⬧ Castro Marim
⬧ Castro Verde, Baixo Alentejo
⬧ Celorico da Beira
⬧ Celorico de Basto
⬧ Chamusca
⬧ Chaves
⬧ Cinfães
⬧ Coimbra
⬧ Condeixa-a-Nova
⬧ Constância
⬧ Coruche
⬧ Corvo
⬧ Covilhã
⬧ Crato, Alto Alentejo
⬧ Cuba, Baixo Alentejo
⬧ Elvas, Alto Alentejo
⬧ Entroncamento
⬧ Espinho
⬧ Esposende
⬧ Estarreja
Estremoz, Alto Alentejo
Évora, Alto Alentejo
⬧ Fafe
⬧ Faro
⬧ Felgueiras
⬧ Ferreira do Alentejo, Baixo Alentejo
⬧ Ferreira do Zêzere
⬧ Figueira da Foz
⬧ Figueira de Castelo Rodrigo
⬧ Figueiró dos Vinhos
⬧ Fornos de Algodres
⬧ Freixo de Espada à Cinta
⬧ Fronteira, Alto Alentejo
⬧ Funchal
⬧ Fundão
Gavião, Alto Alentejo
⬧ Góis, Beira Litoral
⬧ Golegã
⬧ Gondomar
Gouveia, Beira Alta
⬧ Grândola, Baixo Alentejo
Guarda, Beira Alta
⬧ Guimarães
⬧ Horta
⬧ Idanha-a-Nova
⬧ Ílhavo
⬧ Lagoa
⬧ Lagoa (Açores)
⬧ Lagos
⬧ Lajes das Flores
⬧ Lajes do Pico
⬧ Lamego
Leiria
Lisboa, Estremadura
⬧ Lousã
⬧ Lousada
⬧ Loures, Estremadura
Lourinhã, Estremadura
⬧ Loulé
⬧ Mação
⬧ Macedo de Cavaleiros
⬧ Machico
⬧ Madalena
⬧ Mafra, Estremadura
⬧ Maia
Mangualde, Beira Alta
⬧ Manteigas
⬧ Marco de Canaveses
⬧ Marinha Grande, Estremadura
⬧ Marvão, Alto Alentejo
⬧ Matosinhos
⬧ Mealhada
⬧ Meda
⬧ Melgaço
⬧ Mértola, Baixo Alentejo
⬧ Mesão Frio
⬧ Mira
⬧ Miranda do Corvo
⬧ Miranda do Douro
⬧ Mirandela
⬧ Mogadouro
Moimenta da Beira, Beira Alta
⬧ Moita
⬧ Monção
⬧ Monchique, Algarve
⬧ Mondim de Basto
Monforte, Alto Alentejo
⬧ Montalegre
Montemor-o-Novo, Alto Alentejo
Montemor-o-Velho, Beira Litoral
Montijo, Estremadura
⬧ Mora, Alto Alentejo
⬧ Mortágua
⬧ Moura, Baixo Alentejo
⬧ Mourão, Alto Alentejo
⬧ Murça
⬧ Murtosa
Nazaré, Estremadura
⬧ Nelas
Nisa, Alto Alentejo
⬧ Nordeste, Açores
Óbidos, Estremadura
⬧ Odemira, Baixo Alentejo
⬧ Odivelas
⬧ Oeiras
⬧ Oleiros
⬧ Olhão
⬧ Oliveira de Azeméis
⬧ Oliveira de Frades
⬧ Oliveira do Bairro
⬧ Oliveira do Hospital
⬧ Ourém
⬧ Ourique, Baixo Alentejo
⬧ Ovar
⬧ Paços de Ferreira
Palmela, Estremadura
⬧ Pampilhosa da Serra
⬧ Paredes
⬧ Paredes de Coura
⬧ Pedrógão Grande
⬧ Penacova
⬧ Penafiel
⬧ Penalva do Castelo
⬧ Penamacor
⬧ Penedono
⬧ Penela
⬧ Peniche, Estremadura
⬧ Peso da Régua
Pinhel, Beira Alta
⬧ Pombal
⬧ Ponta Delgada, Açores
⬧ Ponta do Sol
⬧ Ponte da Barca
⬧ Ponte de Lima
⬧ Ponte de Sor
Portalegre, Alto Alentejo
Portel, Alto Alentejo
⬧ Portimão
⬧ Porto
⬧ Porto de Mós
⬧ Porto Moniz
⬧ Porto Santo
⬧ Póvoa de Lanhoso
⬧ Póvoa de Varzim
⬧ Povoação, Açores
⬧ Praia da Vitória, Açores
⬧ Proença-a-Nova
Redondo, Alto Alentejo
⬧ Reguengos de Monsaraz, Alto Alentejo
⬧ Resende
⬧ Ribeira Brava
⬧ Ribeira de Pena
⬧ Ribeira Grande
⬧ Rio Maior
⬧ Sabrosa
Sabugal, Beira Alta
⬧ Salvaterra de Magos
⬧ Santa Comba Dão
⬧ Santa Cruz
⬧ Santa Cruz da Graciosa, Açores
⬧ Santa Cruz das Flores, Açores
⬧ Santa Maria da Feira
⬧ Santa Marta de Penaguião
⬧ Santana
⬧ Santarém
⬧ Santiago do Cacém
⬧ Santo Tirso
⬧ São Brás de Alportel
⬧ São João da Madeira
⬧ São João da Pesqueira
São Pedro do Sul, Beira Alta
⬧ São Roque do Pico, Açores
⬧ São Vicente
⬧ Sardoal
Sátão, Beira Alta
⬧ Seia, Beira Alta
Seixal, Estremadura
⬧ Sernancelhe
⬧ Serpa, Baixo Alentejo
⬧ Sertã
Sesimbra, Estremadura
Setúbal, Estremadura
⬧ Sever do Vouga
⬧ Silves, Algarve
⬧ Sines, Baixo Alentejo
⬧ Sintra, Estremadura
⬧ Sobral de Monte Agraço
⬧ Soure
⬧ Sousel, Alto Alentejo
⬧ Tábua
⬧ Tabuaço
⬧ Tarouca
⬧ Tavira
⬧ Terras de Bouro
⬧ Tomar
⬧ Tondela
⬧ Torre de Moncorvo
⬧ Torres Novas
⬧ Torres Vedras
Trancoso, Beira Alta
⬧ Trofa
⬧ Vagos
⬧ Valença, Minho
⬧ Valongo
⬧ Valpaços
⬧ Vale de Cambra
⬧ Velas, Açores
Vendas Novas, Alto Alentejo
⬧ Viana do Alentejo, Alto Alentejo
⬧ Viana do Castelo
⬧ Vidigueira, Baixo Alentejo
⬧ Vieira do Minho
⬧ Vila do Bispo
⬧ Vila do Conde
⬧ Vila do Porto, Açores
⬧ Vila de Rei
⬧ Vila Flor
⬧ Vila Franca de Xira
⬧ Vila Franca do Campo, Açores
⬧ Vila Nova da Barquinha
⬧ Vila Nova de Cerveira
⬧ Vila Nova de Famalicão
⬧ Vila Nova de Foz Côa
⬧ Vila Nova de Gaia
⬧ Vila Nova de Paiva
⬧ Vila Nova de Poiares
⬧ Vila Pouca de Aguiar, T
⬧ Vila Real
⬧ Vila Real de Santo António
⬧ Vila Velha de Ródão
⬧ Vila Verde
Vila Viçosa, Alto Alentejo
⬧ Vimioso
⬧ Vinhais
Viseu, Beira Alta
⬧ Vizela
⬧ Vouzela

Ver também:
Olivença, Alto Alentejo / Extremadura (Espanha).

LOURINHÃ

LOURINHÃ

Vila, freguesia e concelho da Estremadura, Portugal.

«O surgimento do nome Lourinhã está, segundo algumas versões ligado à existência de uma povoação romana. No Século XII, já em plena reconquista, foi D. Afonso Henriques quem concedeu ao fidalgo francês D. Jordan as terras hoje conhecidas por Lourinhã pelos valorosos serviços prestados por este na conquista de Lisboa aos mouros.»(1)

«Lourinhã terá tido origem na vila romana de Laurinius, que terá dado o nome ao local e, depois, à povoação. Por junção do sufixo anum (área agrícola ou similar), ficou Lauriniusanam, que, com o tempo, suscitou a actual designação. Esta tese não é, todavia, unânime, e há quem sustente que o topónimo deriva da palavra latina laurius - laurii, que significa loureiro ou terra onde crescem loureiros. Esta árvore foi muito abundante na região (e está, alias, representada na heráldica municipalista, tanto na antiga, como na actual) e ainda existem exemplares selvagens nos arredores da vila, designadamente, nas aldeias de Toxofal de Baixo e Toxofal de Cima e nas zonas de Mata Rela e Moita Longa.»(2)

«Do baixo-latim [Villa] Laurinana, 'a quinta de Laurino'.»(3)

A Lourinhã chegou a ter um porto comercial, quando o Rio Grande era navegável até à vila.(4)

1. https://visitlourinha.pt/menu/1006/o-concelho
2. FONSECA, João, "Dicionário do Nome das Terras".
3. infopedia.pt

22 setembro 2025

FRANÇA, Trás-os-Montes

FRANÇA

Freguesia do concelho de Bragança, Trás-os-Montes, Portugal.

A freguesia situa-se no Parque Natural de Montesinho e inclui as aldeias de França, Montesinho e Portelo.

«No seu Elucidário, Sousa Viterbo utilizou o termo frança como sinónimo de lenha miúda, a rama resultante do corte de troncos de árvores, pelo que, ao significar conjunto de ramos e folhas de uma árvore, se relaciona com a palavra fronde. Ou seja, o nome da povoação associa-se à abundância de árvores.»(1)

«França ainda hoje significa os ramos mais altos das árvores, a lenha miúda que fica dos troncos grossos, quando se aparam ou limpam. A estas franças chamavam antigamente fronças e ainda há no distrito de Bragança quem conserve este nome. "Significa, pois, lugar de arvoredos", refere o capítulo que trata a Toponímia no Tomo X da obra Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, de Francisco Manuel Alves, que encontrou a palavra "Francia" nas primeiras inquirições ("pelos anos de 1258")».(2)

«Nos tempos da ditadura, quem traficava pessoas de cá para lá [ para a emigração ] usava a (...) placa [ de França ] para ludibriar quem fugia do país. Muitos foram os pobres que durante a noite cerrada ficaram apeados na aldeia de França, a mais setentrional freguesia do concelho de Bragança, acreditando ter chegado em segurança a França, o país dos seus sonhos.»(2)

França: ramo mais alto de uma árvore; copa ou ramagem de uma árvore. Do latim frondeus-, «coberto de folhas».(3)

1. Monografia das Freguesias do Concelho de Bragança, Câmara Municipal de Bragança, citado em https://casadefranca.netureza.pt/.
2. https://www.publico.pt/2023/07/06/fugas/reportagem/portugal-ha-franca-paris-ja-ouro-casal-nonagenario-2055581
3. infopedia.pt

21 setembro 2025

PORTUGAL DOS PEQUENITOS

PORTUGAL DOS PEQUENITOS

Parque-jardim em miniatura concebido como um espaço lúdico, pedagógico e turístico, para mostrar aspetos da cultura e do património português, em Portugal e no Mundo. Situa-se em Coimbra, Beira Litoral, Portugal.

«No âmbito da sua ação em defesa da criança, Bissaya Barreto idealizou este parque-jardim, de características únicas, como extensão pedagógica e lúdica da Casa da Criança Rainha Santa Isabel (creche e jardim de infância), que, ainda hoje, aqui se mantém em funcionamento. O parque-jardim foi inaugurado a 8 de junho de 1940.
O arquiteto responsável pelo projeto foi Cassiano Branco, um dos maiores nomes da arquitetura moderna portuguesa.
Nos finais da década de 30 e inícios da de 40 do séc. XX, deu-se início à construção da primeira fase do Portugal dos Pequenitos, constituída pelo conjunto de casas regionais portuguesas. A segunda e terceira fases correspondem ao espaço ilustrativo dos principais monumentos do país e à representação etnográfica e monumental dos atuais países africanos de Língua Oficial Portuguesa, do Brasil, de Macau, da Índia e de Timor, respetivamente. Este espaço proporciona a todo o tipo de público, tanto crianças como adultas, um contacto com diversos aspetos culturais da etnografia portuguesa e dos países suprarreferidos, nomeadamente, mobiliário, traje e artesanato, tudo numa escala apropriada ao entretimento do visitante mais pequeno, como também do adulto, sendo ainda contempladas as diferentes tipologias arquitetónicas de Portugal.
O Portugal dos Pequenitos é um parque-jardim representativo do Património Arquitetónico de Portugal, não só no que respeita aos distintos estilos arquitetónicos, como às diversas tipologias de construção, realizadas de acordo com os diferentes fatores geomorfológicos de cada região e, ainda, a todo um conjunto de ofícios tradicionais.»(1)

Inspirada no nome deste parque, a expressão "Portugal dos Pequeninos" ou "Portugal dos Pequenitos" é usada para criticar ou menosprezar alguns aspetos negativos da sociedade portuguesa.

1. https://www.fbb.pt/pp/historia/

19 setembro 2025

POMBAL

POMBAL

Cidade, freguesia e concelho da Beira Litoral, Portugal.

Uma das lendas sobre o nome de Pombal refere um mouro chamado Al-Pal-Omar.
No foral da Redinha de 1159, Pombal é designado por «Terrae Palumbarii».(1)
O castelo de Pombal foi mandado construir por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo em Portugal, em 1160.
Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal e Conde de Oeiras, chefe do governo durante o reinado de D. José I, faleceu em Pombal em 1782.

Pombal: «1. construção ou local onde as pombas domésticas se abrigam. 2. casta de uva branca.» Pomba: «Do latim palumba-, "pomba brava".»(2)

14 setembro 2025

GUIMARÃES

GUIMARÃES

Cidade e concelho do Minho, Portugal.

O nome da cidade «tem origem em Guimaras, patronímico de Vímara ou Guimara, nome pessoal anterior à nacionalidade.»(1)

«Do baixo-latim [Villa] Vimaranis, 'a quinta de Vímara'. Também aparece na Galiza sob as formas Guimaranes e Guimaréns. A variante Vimarães (havia em Coimbra, por exemplo, uma quinta de Vimarães, onde foi construído o Mosteiro de Santa Maria de Celas) caiu totalmente em desuso.»(2)

«Alguns auctores sustentam que ella é a celebrada Araduca, e outros que o seu primitivo nome era Vimaranes. derivado das palavras latinas Via maris que se encontraram escriptas n'uma torre da primitiva povoação que depois ficou fazendo parte do castello. N'ella nasceu D. Affonso Henriques, o primeiro rei portuguez, que ali estabeleceu a sua côrte.»(3)

«Guimarães é um antropotopónimo com origem no nome do presor do Porto (868), o nobre galego Vímara Peres, que se tornaria no conde de Portugal no mesmo ano. O topónimo designou originalmente a sua propriedade rural (villa) Vimaranis, depois o burgo, a vila sede do concelho e posteriormente a cidade.(...) A etimologia atribuída a Guimarães é Vimaranis, do nome do possessor Vimara (< Vímara) flexionado no genitivo de posse em -anis (...) Neste topónimo, a evolução do [ w ] gótico inicial, labial e velar, deu-se no sentido da sua consonantização na oclusiva velar [ g ], que se atesta desde finais do séc. XI. No entanto, também se encontra a variante Vimarães (concelho de Coimbra), com fricativa bilabial [ ɓ ], denominação de uma quinta, onde foi construído o mosteiro de Santa Maria de Celas.»(4)

1. FONSECA, João, Dicionário do Nome das Terras.
2. infopedia.pt
3. Brasil-Portugal: revista quinzenal ilustrada (Ano 1, N.º 8). 16 de maio de 1899, 
https://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/obras/brasilportugal/1899_1900/N8/N8_master/JPG/N8_0011_branca_t0.jpg
4. https://toponhisp.org/pt/toponimia-da-galiza-e-portugal/toponimo/guimaraes

09 setembro 2025

CANTAR-GALO

CANTAR-GALO

Freguesia do concelho da CovilhãBeira Baixa, Portugal.

«O nome, assaz curioso, deve-se a um ribeiro muito antigo ali existente, e que se chama exatamente Cantar-Galo.(...)
A União das Freguesias de Cantar-Galo e Vila do Carvalho possui grande parte do seu território dentro dos limites do Parque Natural da Serra da Estrela, tendo por isso vários pontos de interesse naturais, como Vila de Mouros, Fraga da Pena, Lapa das Cachopas, Poio dos Corvos, Picoto e Aguilhão.»
https://fcgvc.pt/cantar-galo/

Ver também:

- Cantagalo, estado do Rio de Janeiro, Brasil.







 

05 setembro 2025

PINHEL

PINHEL

Cidade, freguesia e concelho da Beira Alta, Portugal.

«Do latim vulgar pinellus, 'pinheiro pequeno'.» (infopedia.pt)

02 setembro 2025

ALCANENA

ALCANENA

Vila, freguesia e concelho do Ribatejo, Portugal.

«Como a povoação, também o seu nome terá surgido durante a ocupação árabe. Para alguns autores, Alcanena deriva de alcalina, que significa «cabeça seca», enquanto outros sustentam que provém de alkinan, no sentido de lugar sombreado».(1)

«Será talvez uma variante local de Alcanede, e também derivada de cannetus, 'canavial'. Em Espanha encontra-se sob a forma Canena(2)

1. FONSECA, João, Dicionário do Nome das Terras.
2. infopedia.pt

 

01 setembro 2025

TOULÕES

TOULÕES

Freguesia do concelho de Idanha-a-NovaBeira Baixa, Portugal.

«É uma aldeia branca rodeada de campos agrícolas situando-se entre a ribeira da Toula e a serra da Murracha e em pleno Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO.

Apesar de não haver consenso, pensa-se que o seu nome deriva da proximidade com a ribeira da Toula que nasce para os lados de Salvaterra do Extremo.

Na zona, encontram-se algumas lápides funerárias romanas, uma delas com a seguinte inscrição “Flaco, filho de Gaio, mandou fazer este monumento para si e para Casa, filha de Arau”. Estes nomes são de origem romana e lusitana o que leva a crer que a inscrição ocorreu nesse período.»

Não confundir com TelõesVila Pouca de Aguiar.

Texto da Junta de Freguesia de Toulõeshttps://www.jf-touloes.pt/freguesia/historia

Foto de fundo: © António Marcelo, https://www.facebook.com/antonio.marcelo.75

28 agosto 2025

TELÕES

TELÕES

Freguesia do concelho de Vila Pouca de AguiarTrás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

«Do baixo-latim [Villa] Tellonis, 'a quinta de Telo'.» (infopedia.pt)

Não confundir com Toulões, Idanha-a-Nova.

27 agosto 2025

PRAÇA PASTEUR, Lisboa

PRAÇA PASTEUR

Praça na freguesia do AreeiroLisboa, Portugal.

Louis Pasteur foi um cientista francês do século XIX.

A Praça Pasteur situa-se a meio da Avenida de Paris.

 

26 agosto 2025

ROALDE

ROALDE

Aldeia da freguesia de São Martinho de Anta, concelho de SabrosaTrás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

Robalde: «Do baixo-latim [Villa] Ranualdi, 'a quinta de Ranualdo'. Tem a variante Roalde(infopedia.pt)

23 agosto 2025

MONCHIQUE

MONCHIQUE

Vila, freguesia, concelho e serra do Algarve, Portugal.

«Considerando a documentação textual islâmica, a serra de Monchique entra na historiografia na primeira metade do século IX da nossa era. A denominação Monchique deriva do nome atribuído pelos muçulmanos a esta serra – Munt Šāqir, que significa “Monte Sacro” ou “Montanha Sagrada” –, correspondendo a uma provável adaptação e conservação de um topónimo de origem latina (Mons Săcĕr), ou seja, a designação Monchique sofreu alterações devido às diferentes culturas que nesta serra se estabeleceram e aos distintos momentos civilizacionais. Posteriormente, aquando da primeira conquista de Silves em 1189 pelo rei D. Sancho I (1185-1211), é feita referência aos castelos que dependiam dessa cidade e que se renderam aos cristãos, salientando-se, entre outros, os castelos de Munchite e de Montagut. O primeiro destes nomes dever-se-á relacionar com as ruínas de uma fortificação islâmica que coroa o Cerro do Castelo da Nave, a sudoeste da vila de Monchique, enquanto o segundo provavelmente corresponderá às ruínas da fortificação muçulmana existente no topo do Sítio Arqueológico do Cerro do Castelo do Alferce.»(1)

«Parece vir do árabe marjiq, 'espinhoso', mas a origem deste topónimo ainda não está determinada com segurança.»(2)

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