ARDEGÃO
Povoação e antiga freguesia do concelho de Fafe, Minho, Portugal.
De origem obscura, mas parece derivar do antropónimo germânico Ardegan. Tem a variante Aldegão e o derivado Ardegães.
PRAÇA DOS RESTAURADORES, freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, Portugal.
Esta praça, com o monumento, homenageia os heróis da Restauração da Independência, de 1 de dezembro de 1640, e da Guerra da Restauração que se seguiu. A revolta, iniciada pelos Conjurados, pôs fim a 40 anos de domínio da dinastia filipina dos Habsburgo, da Coroa de Castela, e levou à instauração da dinastia de Bragança, com a aclamação de D. João IV.
A Praça dos Restauradores situa-se entre a Rua 1.º de Dezembro e a Avenida da Liberdade, onde antes se localizava o Largo do Passeio Público. A praça foi criada em 1884 e o Monumento aos Restauradores foi inaugurado em 1886.
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
Cidade no extremo sudeste do Algarve, Portugal, na foz do rio Guadiana.
Em 1513 já existia neste sítio a vila chamada Santo António da Arenilha. Em 1773 o Marquês de Pombal promoveu neste local a criação duma nova cidade, que veio a chamar-se Vila Real de Santo António. Vila Real refere-se à criação por Carta Régia. A cidade tem algumas características semelhantes à Baixa Pombalina em Lisboa.
Apesar da conservação de Santo António no nome da nova Vila Real, a padroeira da cidade é Nossa Senhora da Encarnação e o feriado municipal é a 13 de maio, um mês antes do dia de Santo António noutras povoações, como Lisboa.
CAMARATE
Vila e freguesia do concelho de Loures, Estremadura, Portugal.
Na imagem, cruzeiro e Igreja de Santiago.
SESIMBRA
Vila e concelho da Estremadura, Portugal.
«Do latim sisymbrium, nome de uma erva.» (infopedia.pt)
«Até ao século XV, inícios do XVI, a vila localizava-se no interior do Castelo, tendo-se, com os alvores da modernidade, deslocado progressivamente para a frente marítima, passando a denominar-se Póvoa da Ribeira de Cezimbra.
Segundo João Fonseca (Dicionário do Nome das Terras), a tese mais provável parece ser a que se apoia num documento do século IV que refere o nome dos povos que habitavam a região — os Cempsos. Sesimbra derivará de Cempsibriga ou Censibriga, «burgo dos Cempsos».
EIRA DA BOUÇA
Lugar da freguesia de Piódão concelho de Arganil, Beira Litoral, Portugal.
«De bouça, 'terreno inculto' (do latim vulgar baltea). É muito frequente em Portugal e na Galiza, onde aparece sob a forma Bouza. Tem os derivados Boição, Boiças, Boiçó, Bouçã, Bouçal, Bouçães, Boução, Bouças, Bouceiras, Bouceiro, Bouceiros, Boucela, Boucelha, Boucelhas, Boucilhos, Boucinha, Boucinhas, Boucinho, Bouço, Bouçó, Bouções, Bouços e Bouçós.»
«1. terreno delimitado em que se criam pinheiros, eucaliptos, carvalhos e mato. 2. terreno inculto. Do latim baltea, neutro plural do adjetivo balteu-, "que cinge"». (infopedia.pt)
«(1) Terreno cercado em que crescem árvores de várias classes, como pinheiros, castanheiros, carvalhos, e por debaixo tojos, urzes, matas, etc. (2) Terreno que está a monte. Devesa. Terra inculta convertida em matorral e cheia de maleza. (3) Terreno de monte preparado para segmentar centeio.» (estraviz.org)
Eira: «1. terreno liso e duro ou lajeado, onde se desgranam e secam os cereais e os legumes. 2. terreiro onde se junta o sal que se tira das marinhas. 3. lugar onde se seca a cana-de-açúcar. 4. espécie de gato-bravo. Do latim area-, "espaço livre; eira"». (infopedia.pt)
«Outro elemento de primeira importância para a fertilidade das terras amanhadas é o mato dos chãos de bravio constituindo a bouça complementar de toda a propriedade rústica.»
- Ramalho Ortigão, As Farpas, 1887.
> BORBA, Alentejo, Portugal. «De origem discutida, mas talvez do termo céltico borba, 'nascente de águas termais'.» (infopedia.pt)
> BORBA DE MONTANHA, freguesia do concelho de Celorico de Basto, Minho, Portugal.
> BORBA DE GODIM, freguesia do concelho de Felgueiras, Douro Litoral, Portugal. «Borba é a designação primitiva do local: Godim a do seu possuidor, godo. Segundo Martins Sarmento, Leite de Vasconcelos e Joseph Piei, o termo Borba é uma curiosa reminiscência toponímica do antigo deus romano, “cujo culto testemunham duas inscrições conservadas hoje em Guimarães e procedentes ambas das termas sulfurosas de Vizela”, o termo é celta e significa “nascente”. Godim tem origem em Gondint, do nome germânico Godinos que aparece no OM, já em 951. O termo indica possuidor duma vila rústica medieval; a raiz god significa bom. Portanto, temos que Godim foi um bom proprietário de Borba.» (http://vilacovadalixaeborbadegodim.pt/site/toponimia-de-borba-de-godim/). «O seu nome deriva dos nomes do deus celta das águas, Borba, e do nome do seu proprietário suevo, Goodwin.» (pt.wikipedia.org)
> PAÇOS DE BORBÉM, concelho da comarca de Vigo, Galiza.
ALCÂNTARA
Freguesia da zona ocidental de Lisboa, Portugal.
Do árabe al-qantara, «ponte». A palavra alcântara designava especificamente uma ponte de pedra.
A zona de Alcântara chamava-se Horta Navia no tempo dos romanos. Tinha uma ponte sobre a ribeira, no agora chamado Vale de Alcântara. Durante o domínio mouro a zona foi chamada Alcântara, ou seja a designação árabe da referida ponte.
A freguesia foi criada em 1770, com o nome de São Pedro em Alcântara por se transferir para esta zona aquela que era até então a freguesia de São Pedro em Alfama. Durante algum tempo, parte da freguesia pertenceu ao extinto concelho de Belém.
A Ermida ou Igreja de Santo Amaro, no centro da foto superior, foi iniciada no século XVI. A sua construção é atribuída aos galegos de uma barca que naufragou à entrada da barra. Outra hipótese é um grupo de frades da Ordem de Cristo. Santo Amaro é o padroeiro dos galegos que vivem em Portugal.
A Ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966, na margem norte amarra em Alcântara e é prolongada por um viaduto sobre os edifícios.
☛ Ver também:
- Alcântara, Maranhão, Brasil.
PRAÇA MARTIM MONIZ, freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, Portugal.
«MARTIM MONIZ. Fidalgo e capitão do exército de Afonso Henriques, autor de feitos notáveis na Batalha de Ourique, teve acção preponderante na conquista de Lisboa em 1147. Segundo a lenda, ter-se-á atravessado numa das portas e, com a ajuda do machado, terá permitido aos companheiros a entrada no castelo. Trespassado pelas lanças mouriscas, morreu por Lisboa cristã.»
(Texto na placa do monumento na praça.)
RUA ELIAS GARCIA — Político e jornalista, 1830-1891 — Antiga Calçada da Pedreira. Cacilhas, Almada, Estremadura, Portugal. Textos originais nas inscrições:
«Justiça ao civismo. Os conterraneos e admiradores de José Elias Garcia fixam n'esta lapide á memoria eterna do illustre cidadão. N'esta casa nasceu o grande educador do povo em 30 de dezembro de 1830. Collocada em 8-5-910.»
«Em 30 de Dezembro de 1976 por vontade expressa dos democratas de Cacilhas e com o apoio da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Almada foi descerrada esta lápide que assinala o local da velha casa, já demolida, onde nasceu José Elias Garcia.»
«A José Elias Garcia (1830-1891). Homenagem da J.F. Cacilhas. 24-6-92.»
RUA GENERAL TABORDA, freguesia de Campolide, Lisboa, Portugal.
Não tenho muitas informações sobre quem foi este general, mas creio que estava entre os Bravos do Mindelo, que é o nome dado ao desembarque das tropas liberais no Mindelo, a norte do Porto, em 8 de Julho de 1832, durante as Guerras Liberais.
RUA DAS PRETAS, antiga freguesia de São José, freguesia de Santo António, Lisboa, Portugal.
É «uma transversal à Avenida da Liberdade. Pouco se sabe sobre a origem [ deste topónimo ]. Contudo, no que toca à Rua das Pretas, "conhecem-se referências já do século XVII" (nº6, 2001, p.211), possivelmente relacionadas com um grupo de mulheres negras que geriam alojamentos para forasteiros naquele local.» (https://maislisboa.fcsh.unl.pt/africa-no-feminino-ruas-lisboa/)
Rua da Mata da Bicha, Furadouro, concelho de Ovar, Beira Litoral, Portugal.
RUA DO POÇO DOS NEGROS
Rua da antiga freguesia de Santa Catarina, freguesia da Misericórdia, Lisboa, Portugal.
Um topónimo com duas explicações.
«A Rua do Poço dos Negros interliga a Calçada do Combro com o bairro da Madragoa. As explicações históricas sobre o topónimo foram investigadas, principalmente, por Isabel Castro Henriques, especialista em História da África, e pelo olisipógrafo José Sarmento de Matos, que chegaram a duas divergentes conclusões. De um lado, o nome é justificado pela ordem dada por D. Manuel I, em 1515, de escavar um poço onde colocar os corpos dos escravizados falecidos, recém-chegados a Portugal, visando travar a prática de os atirarem pelas encostas de Santa Catarina e evitar, desta forma, miasmas e pestilências. Do outro lado, o topónimo é explicado pela presença de um poço de água pertencente aos Beneditinos, chamados ‘padres Negros’ por causa do traje, ao qual o povo de Lisboa tinha livre acesso. Nas interpretações dos dois autores emerge a evidência do tema sensível, que toca cordas ligadas à maneira de reconhecer e elaborar o passado colonial português, em particular, no que diz respeito ao tráfego negreiro atlântico.
Na última década, a toponímia das cidades europeias tem vindo a ser questionada.(...)»
(https://echoes.ces.uc.pt/expo-lisboa/rua-do-poco-dos-negros/)
«A Rua do Poço dos Negros tem origem do seu topónimo possivelmente ligado à existência de uma carta régia de D. Manuel I, datada de 13 de Novembro de 1515, escrita em Almeirim e dirigida à cidade de Lisboa, sobre a necessidade de se construir um poço para depositar os corpos dos escravos mortos, sobretudo aquando de surtos epidémicos.
Diz a carta que os escravos eram mal sepultados e muitos seriam mesmo lançados "na lixeira que está junto da Cruz da Pedra a Santa Catarina (actual Rua Marechal Saldanha) que está no caminho que vai da porta de Santa Catarina para Santos", ou para a praia onde ficavam à mercê da voracidade dos cães.
Para evitar as deletérias consequências de tantos cadáveres não sepultados, achava o Rei "que o melhor remédio será fazer-se um poço, o mais fundo que pudesse ser, no lugar que fosse mais conveniente, no qual se lançassem os ditos escravos" e para ajudar a decomposição dos corpos dizia ainda que se deitasse "alguma quantidade de cal virgem" de quando em quando.
Tal medida seria cumprida pela Câmara, que o teria mandado fazer no referido caminho para Santos (descendo a actual Calçada do Combro, conhecido por Horta Navia - nome de uma divindade indígena após a ocupação Romana).
A actual localização perdeu-se, mas a aproximação geográfica do antigo Largo do Poço Novo (actual Largo Dr. António de Sousa de Macedo) ao fundo da Calçada do Combro, nome que já nos aparece na segunda metade de Quinhentos em substituição da designação primeva, comodamente parece ajudar na sua localização.»
(https://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.com/2010/06/rua-do-poco-dos-negros-i.html)
«Antes de se esmiuçar a origem do topónimo, convirá lembrar que a primeira preocupação com os escravos era baptizá-los, percebessem ou não o significado, e só depois eram trazidos para servir em Lisboa. Portanto, os escravos eram membros da comunidade cristã. Ora, como é sabido, todo o cristão tinha de ser sepultado em terreno sagrado, ou seja, então dentro das igrejas, quando havia posses para tal, ou nos adros respectivos, para os mais carenciados. Logo atirar corpos de cristãos para poços não era prática legitimada, pelo que tal ideia não tem qualquer fundamento.
No entanto, no século XVI, por exemplo, quando Lisboa era assolada por epidemias de peste, sabe-se que o rei D. Manuel mandou abrir valas comuns para recolher cadáveres pestíferos, quer por as igrejas estarem sobrelotadas, quer para evitar contágios. Sabe-se mesmo que uma dessas valas foi aberta não longe desta zona do actual Poço dos Negros, então área erma na periferia da cidade.
Após o concílio de Trento, os dois ramos dos beneditinos, ordens até então cingidas ao mundo rural, instalaram conventos dentro das cidades. Os cistercienses, ditos os Brancos dada a cor da capa, abrem no convento do Desterro uma "sucursal" da casa-mãe de Alcobaça. Quanto aos cluniacenses, chamados os Negros, por ser dessa cor a sua larga capa, vieram de Tibães e Santo Tirso para a capital. Adquiriram uma enorme propriedade na encosta que hoje chamamos a Estrela, limitada em baixo pelo vale que rapidamente se chamou de São Bento. (...)
Acontece que os padres Negros, como todos lhes chamavam, dispunham, no limite sul da propriedade, de um poço farto que rapidamente - talvez até para ganhar simpatias - puseram à disposição da vizinhança. Daí, agradecidos, os beneficiários usufruíam a água preciosa que os padres lhes ofereciam, chamando-lhe por isso o Poço dos Padres Negros, ou, para encurtar, o Poço dos Negros.
É esta, simplesmente, a origem do topónimo que tanta indignação tem gerado em espíritos por certo pesarosos pelas práticas menos humanas dos seus antepassados. Só que neste caso não há razão para tal, pois os Negros são meros padres disponíveis a ajudar o próximo.»
(https://www.publico.pt/2012/09/16/jornal/o-poco-dos-negros-25249089)
OUGUELA
Povoação da freguesia de São João Baptista, concelho de Campo Maior, Alentejo, Portugal.
«Do latim vulgar aquella, 'aguazinha'.» (infopedia.pt)
Teve foral dado por D. Dinis a 5 de Janeiro de 1298 e foi vila sede de concelho até 1836.
BRUÇÓ
Freguesia do concelho de Mogadouro, Trás-os-Montes, Portugal.
«A origem do nome Bruçó perde-se nas memórias seculares, com os historiadores a apontarem uma série de degenerações de um topónimo original, provavelmente Braçó, diminutivo de braço que seria popularmente aplicado à vegetação, ou Braceosa, com base num vocábulo de origem pré-românica.» (http://bruco.jfreguesia.com/historia.php)
Há Vila Chã de Braciosa no vizinho concelho de Miranda do Douro e outra Braciosa no concelho de Coruche, no Ribatejo.
FOLQUES
Freguesia do concelho de Arganil, Beira Litoral, Portugal.
A junta de freguesia dá uma explicação de origem visigótica para o nome, baseada no alemão Wolkes (sic) ou Volkes, genitivo de Volk, «povo».
Fr. João de Sousa, em 1789, escreveu o seguinte:
Do árabe Falque. «Freguezia na Provincia da Beira, Bispado de Coimbra. Significa Divisão. Deriva-se do verbo falaca dividir pelo meio.»
(In "Vestigios da lingoa arabica em Portugal, ou Lexicon etymologico das palavras, e nomes portuguezes, que tem origem arabica, composto por ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa, por Fr. João de Sousa, Correspondente de Numero da mesma Sociedade, e interprete de S. Magestade para a língua Arabica. Anno MDCCLXXXIX")
> RATES, concelhos de Carnota e Outes, Galiza.
> São Pedro de RATES, concelho da Póvoa de Varzim, Douro Litoral, Portugal.
> Macieira de RATES, concelho de Barcelos, Minho, Portugal.
«Macieira de Rates (da palavra latina Ratis que significa remo, conjunto de remos ou barco), assim designada por estar perto de uma antiga vila com esse nome, San Pedro de Rates, foi conhecida outrora por Macieira.» (https://www.jf-macieiraderates.pt/freguesia/historia)
PALHAÇA
Vila e freguesia do concelho de Oliveira do Bairro, Beira Litoral, Portugal.
«A antiga povoação foi um lugar que pertenceu à freguesia de Soza. No Censo da população da Estremadura, realizado em 1527, figura a Palhaça (Vila Nova das Palhoças) e a Pedreira, respectivamente com 11 e 12 vizinhos. Daqui se pode concluir sobre a existência da Palhaça, no séc. XVI.(…)
Sobre a origem do nome de Palhaça, dado à actual freguesia, tomando por base a tradição, diz-se que o mesmo teve origem no facto de, em Vila Nova, se ter começado a fabricar uma espécie de capas com tabúa e bajunça, que se denominavam de «palhoças». (In A FREGUESIA DA PALHAÇA, pág. 55, 1969 – Manuel Simões Alberto).
O mesmo material podia ser também utilizado na cobertura das habitações.
Do fabrico e venda dessas capas de palha, no lugar dos Quatro Caminhos, a primitiva povoação começou a ser conhecida por Vila Nova das Palhoças.» (https://www.freguesiadapalhaca.pt/freguesia/historia)
«De palhaça, 'casa coberta de palha'.» Palhaço: «feito ou vestido de palha». (infopedia.pt)
SARAJEVO — САРАЈЕВО — SARAIEVO Capital e maior cidade da Bósnia e Herzegovina . É também a capital das duas entidades territoriais bósnias: ...