ARDEGÃO
Povoação e antiga freguesia do concelho de Fafe, Minho, Portugal.
De origem obscura, mas parece derivar do antropónimo germânico Ardegan. Tem a variante Aldegão e o derivado Ardegães.
> BORBA, Alentejo, Portugal. «De origem discutida, mas talvez do termo céltico borba, 'nascente de águas termais'.» (infopedia.pt)
> BORBA DE MONTANHA, freguesia do concelho de Celorico de Basto, Minho, Portugal.
> BORBA DE GODIM, freguesia do concelho de Felgueiras, Douro Litoral, Portugal. «Borba é a designação primitiva do local: Godim a do seu possuidor, godo. Segundo Martins Sarmento, Leite de Vasconcelos e Joseph Piei, o termo Borba é uma curiosa reminiscência toponímica do antigo deus romano, “cujo culto testemunham duas inscrições conservadas hoje em Guimarães e procedentes ambas das termas sulfurosas de Vizela”, o termo é celta e significa “nascente”. Godim tem origem em Gondint, do nome germânico Godinos que aparece no OM, já em 951. O termo indica possuidor duma vila rústica medieval; a raiz god significa bom. Portanto, temos que Godim foi um bom proprietário de Borba.» (http://vilacovadalixaeborbadegodim.pt/site/toponimia-de-borba-de-godim/). «O seu nome deriva dos nomes do deus celta das águas, Borba, e do nome do seu proprietário suevo, Goodwin.» (pt.wikipedia.org)
> PAÇOS DE BORBÉM, concelho da comarca de Vigo, Galiza.
> RATES, concelhos de Carnota e Outes, Galiza.
> São Pedro de RATES, concelho da Póvoa de Varzim, Douro Litoral, Portugal.
> Macieira de RATES, concelho de Barcelos, Minho, Portugal.
«Macieira de Rates (da palavra latina Ratis que significa remo, conjunto de remos ou barco), assim designada por estar perto de uma antiga vila com esse nome, San Pedro de Rates, foi conhecida outrora por Macieira.» (https://www.jf-macieiraderates.pt/freguesia/historia)
OFIR
Localidade e praia na freguesia de Fão, concelho de Esposende, Minho, Portugal, junto à foz do rio Cávado.
Na Bíblia é referida uma Ofir: «Hiram mandou os seus servos nesta frota, marinheiros peritos em náutica, com os homens de Salomão. Chegaram a Ofir, donde trouxeram quatrocentos e vinte talentos de ouro, que levaram ao rei Salomão.» (I Reis 9:27-28). «A frota de Hiram que trazia o ouro de Ofir trouxe também grande quantidade de madeira de sândalo e pedras preciosas.» (I Reis 10:11).
«Do topónimo latino Ophir, região do Sul da Arábia.» (infopedia.pt)
BUSTELIBERNE
Aldeia da Serra da Cabreira, freguesia de São Nicolau, concelho de Cabeceiras de Basto, Minho, Portugal.
«Segundo o grande historiador do início do séc. XX Leite de Vasconcelos, este curioso topónimo terá derivado de Busto do Liberne (o liberne é uma espécie de gato selvagem).» (https://www.espiritoviajante.com/aldeias-de-portugal-rota-locais-visitar/)
Liberne: «lince (Lynx pardinus); (por extensão) animal feroz fantástico, filho de lobo e raposa. Sinónimos: gato-cerval, gato-cravo. Etimologia: Do proto-céltico *loɸernos; aparentado com o grego antigo λίβερνος. Confronte-se com a divindade latina Liburnus e com o galego loberno.» (https://pt.wiktionary.org/wiki/liberne)
Loberno: «(1) Lobo-cerval. (2) Lobicão.» (https://estraviz.org/loberno)
SISTELO
Freguesia do concelho de Arcos de Valdevez, Minho, Portugal.
Sisto: «De origem incerta; nalguns casos pode indicar a existência de uma capela dedicada a São Sisto. Encontra-se igualmente na Galiza, e tem os derivados Sistelo e Sistosa, e possivelmente também Sistães.» (infopedia.pt)
«Quanto a Sisto, também não se encontra aqui uma origem germânica. Há quem o atribua ao nome pessoal (antropónimo) Sixto, mas também se põe a hipótese de provir de um nome comum não atestado, com a forma sisto, que denotaria a noção de «pedra» (ver A. Almeida Fernandes, Toponímia Portuguesa, 1999, p. 553). De Sisto deriva como diminutivo o topónimo também recorrente Sistelo. Há igualmente ocorrências de Sisto e Sistelo na Galiza.» (Carlos Rocha, ciberduvidas.iscte-iul.pt)
Outra hipótese é sisto ser uma variação de xisto.
Sistelo foi classificada como uma das 7 Maravilhas de Portugal, vencendo na categoria Aldeias Rurais. A Paisagem Cultural de Sistelo foi classificada em 2017 como Monumento Nacional.
DUME
Antiga freguesia do concelho de Braga, Minho, Portugal.
«O seu topónimo, Dume, vem porventura do germânico dom, que significa igreja, basílica ou catedral.»(1) De facto, em países de língua alemã existe o topónimo Dom, derivado do latim domus ecclesiae ou domus (dei) episcopalis (igreja episcopal ou, literalmente, casa de culto episcopal). Em italiano a palavra duomo também significa catedral.
No século VI, quando Braga era capital do reino suevo, Dume foi sede episcopal e Martinho da Panónia (c.510-580) o seu primeiro bispo. Depois conhecido como São Martinho de Dume, ou São Martinho de Braga, destacou-se na conversão dos suevos do arianismo ao catolicismo. Desenvolveu uma obra eclesiástica e literária importante para a cultura galego-portuguesa. Martinho de Dume substituiu os nomes pagãos dos dias da semana pelo sistema de segunda a sexta-feira, que só existe em galego-português.
O território da diocese de Dume foi posteriormente incorporado na de Braga.
1 - https://www.ufrds.pt/freguesia.dume.php
INSALDE
Freguesia do concelho de Paredes de Coura, Minho, Portugal.
Do baixo-latim [Villa] Ansaldi, 'a quinta de Ansaldo'. Existe na Galiza sob a forma Ensalde.
UCHA
Freguesia no concelho de Barcelos, Minho, Portugal.
1. Do latim ustula, 'ucha', no sentido de 'queimada do mato em terrenos de pousio'. Também se encontra na Galiza, e tem os derivados Uchada, Ucharia, Uchas, Uchinha e Uchinhas.
Ucha: 2. Queimada de mato ou urze; fogueira. Do latim usta-, particípio passado feminino de urere, «queimar».
GÂNDARA / GANDRA
«De gândara, 'terreno arenoso'. Existe também na Galiza. Tem a variante Gandra e os derivados Gandarada, Gandarela, Gandarinha e Gandarinho.» «Terreno despovoado mas coberto de plantas agrestes; charneca. Terreno arenoso pouco produtivo ou estéril. De origem pré-romana, pelo latim ibérico gandera». (infopedia.pt)
Alguns exemplos no norte e centro de Portugal: Gandra nos concelhos de Paredes, Esposende, Valença e Ponte de Lima; São Martinho da Gândara, no concelho de Oliveira de Azeméis; Moinhos da Gândara, no concelho da Figueira da Foz; Amoreira da Gândara, no concelho da Anadia; Gandarela, no concelho de Guimarães.
> BARCELA — lugares nos concelhos de Arbo, Negueira de Munhiz e Fonsagrada, na Galiza.
> BARCELOS — lugar no concelho de Oia, Galiza.
> BARCELOS — cidade e concelho no Minho, Portugal. «De origem incerta, mas parece vir de barcellus, 'barquinho'. Tem os derivados Barcel, Barcelinhos e Barcelo.» (infopedia.pt) «O nome vem do pré-romano Barcela, que significa pequeno terreno, próximo a um rio que o inunda ou o alaga com frequência.» (https://www.significadodonome.com/barcelos/)
> BARCELINHOS — freguesia do concelho de Barcelos, Minho, Portugal.
> BARCELOS — município do estado do Amazonas, Brasil (primeira capital do Amazonas).
CALHEIROS
Freguesia do concelho de Ponte de Lima, Minho, Portugal.
De calheiro, 'rego por onde corre a água dos socalcos'. Tem os derivados Calheiras, Calheiro, Calheiros e Calhelo. (infopedia.pt)
Calheiro: o mesmo que calha ou calhe. Cale de madeira, que, na azenha, leva a água às penas do rodízio. (dicionario-aberto.net)
A freguesia é o solar da família Calheiros, de origem medieval. Localiza-se aqui o Paço de Calheiros (imagem).
BALUGÃES
Freguesia do concelho de Barcelos, Minho, Portugal.
«Para a origem do seu topónimo têm-se duas hipóteses conhecidas. A primeira é balugães, ou balugões, espécie de borzeguins, indicando que na terra se faziam muitas balugas, borzeguins ou botas altas com atacadores. A segunda é Balugães a derivação de um genitivo gótico Anis-baluganis.»
«Balugães era uma abadia da apresentação da Mitra de Braga, por concurso sinodal. As inquirições de D. Afonso III, de 1258 dizem que Balugães fazia parte do julgado de Aguiar, 1ª Alçada e relata: “In Judicato de Aguiar – in parrochia Sancti Martini de Barugaes – el Rey nom est padrom. Item dixerunt que os omees desta collatione pactam voz et caomia al Rey, se fazem; et vam in anuduva et ao castelo e a introviscada; et dam senos frangos por Samcto Johanne da cada fogo, e por Pascua 2 ovos; dam cada mês vida ao Mayrdomo del rey cada um per si de qual vida acabar”.»
(http://www.balugaes.maisbarcelos.pt/?vpath=/inicio/heraldica/)
> Galiza: lugares dos concelhos de Boiro, Cedeira, Gomesende, Maside, Mos, Ribeira, Vila Boa.
> Portugal: lugares dos concelhos de Vieira do Minho, Vila Nova de Gaia, Ribeira de Pena, Vila Nova de Poiares, Armamar, Santa Maria da Feira.
VERMOIM
Freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão, Minho, Portugal.
Originalmente Vermoim teve o nome de Vermudo, Vermudi ou Vermui, derivado do conde galego Forjaz Vermuiz ou Vermuis, filho de Bermudo I Forjaz de Tastâmara, que viveu no Condado Portucalense. Forjaz Vermuiz, vitorioso no combate contra os árabes, acabaria por construir o castelo de Vermoim. Do nome de Vermuiz terá derivado o nome do castelo e posteriormente o da freguesia.(1)
«Do baixo-latim [Villa] Vermudini, 'a quinta de Vermudino'. Tem a variante Vermoil.»(2)
DEM
Freguesia do concelho de Caminha, Minho, Portugal, na Serra de Agra.
Desconheço o significado deste estanho topónimo só com uma sílaba. O gentílico de Dem é deense.
(https://jornalc.pt/dem-mais-jovem-freguesia-do-concelho-de-caminha-completa-amanha-50-anos/)
|> LOBELHE (San Cristovo de Lobelhe), concelho de Carvalhedo, comarca de Chantada, Galiza.
|> LOVELHE, concelho de Vila Nova de Cerveira, Minho, Portugal.
|> LOBELHE DO MATO, concelho de Mangualde, Beira Alta, Portugal.
«Lobelhe de Abaixo e Lobelhe de Arriba. Lobelhe: terras dum tal Lupellus (diminutivo latino igual a Lupulus -lobo-). Uma variante bastante usada na fala comum é Nobelhe. Só existe este Lobelhe em Galicia. (http://www.ogalego.eu/exercicios_de_lingua/exercicios/carballedo.html)
«Lobelhe, à partida, parece recuar ao genitivo do antropónimo Lupellus (quer dizer, *Lupelli > Lobelhe).» (Pól Ua Lema)
> BALASAR: lugar do concelho de Boqueijom, Galiza.
> BALASAR: freguesia do concelho da Póvoa de Varzim, Douro Litoral, Portugal.
> BALAZAR: freguesia do concelho de Guimarães, Minho, Portugal.
> BALASAR / BALAZAR. «Do baixo-latim [Villa] Belisarii, 'a quinta de Belisário'». (infopedia.pt)
AVIDOS
Freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão, Minho, Portugal.
«O seu orago é São Martinho e festeja anualmente, no último fim-de-semana de Agosto, Santo Ovídio. Esta festividade atrai regularmente milhares de romeiros, devotos do Santo protector dos ouvidos. (...)
A antiga freguesia de São Martinho de Avidos era denominada, no início do século XIII, no ano das Inquirições de D. Afonso II, por Sancto Martino de Avidos, mas nas Inquirições de 1258 já vem escrita como Avidus e curiosamente, em 1371 é mencionada a Ecclesia Sancti Martini de Ouvidos in triennio XL sólidos, VI denários».
https://jfavidos.wordpress.com/as-nossas-origens/resumo-historico/
AROUSA e AROSA
> Concelhos na Galiza: Ilha de Arousa, Vila Nova de Arousa e Vila Garcia de Arousa.
> Arosa / A Arosa, Galiza: lugares dos concelhos de Boimorto, Meis, Mesia, Caldas de Reis e Santa Comba.
> Arosa, Portugal: freguesia do concelho de Guimarães, Minho e lugar da freguesia de Cavez, concelho de Cabeceiras de Basto, Minho. «Do baixo-latim [Villa] Hederosa, 'a quinta da hera'.» (infopedia.pt)
> Arosa, Confederação Helvética: comuna no cantão dos Grisões (Graubünden).
«Antes hemos formulado la posibilidad de un étimo *arrau(g)io / *arrau(g)ia, con diptongo au, cuyo cierre en ou es sobradamente conocido. La Ría de Arousa (Pontevedra) aparece como Arauza en 899 y ya como Arouza en 1142. En la zona de Neuchâtel [Suíça] cursos de agua y lugares próximos al lago glaciar se mencionan como Areuse, Orousa, Oruse, Arosa, Arousa, Aurusa, Aurosa, Arouse, Areuse, Ourouse, Reuza, Orose, La Reuse, Creuse (cr = representación de la vibrante velar, v. Creuse, afluente del Vienne en Francia). Son ejemplos muy interesantes porque muestran la equivalencia total entre reuse (torrente glaciar) y la forma plena arousa.»
(https://www.celtiberia.net/es/biblioteca/?id=1466&cadena=arousa)
SARAJEVO — САРАЈЕВО — SARAIEVO Capital e maior cidade da Bósnia e Herzegovina . É também a capital das duas entidades territoriais bósnias: ...