GUILHEIRO
Freguesia do concelho de Trancoso, Beira Alta, Portugal.
«A freguesia de Guilheiro constitui um enclave do município de Trancoso, tornando este um dos poucos municípios de Portugal territorialmente descontínuos. A situação geográfica de Guilheiro é, porém, única no contexto português, pois constitui-se como um enclave do distrito da Guarda dentro do distrito de Viseu, criando uma descontinuidade territorial no distrito a que pertence. De facto, a freguesia de Guilheiro está separada do corpo principal do município de Trancoso por uma estreita e comprida faixa de território pertencente à freguesia de Arnas (concelho de Sernancelhe), com poucas dezenas de metros na sua zona mais estreita, coloquialmente designada "Manga" pela população local. (...)
Guilheiro foi vila e cabeça de concelho com uma só freguesia, tendo recebido foral de D.ª Sancha Vermuiz em 1251. Regia-se com juiz ordinário, um vereador, um procurador do concelho e escrivão da câmara, estando no criminal sujeita à vila de Sernancelhe. Como símbolo de uma autonomia perdida, conserva o pelourinho, do tipo gaiola e fuste monolítico, datado de 1559.
Guilheiro tinha uma comenda da Ordem de Malta que pertenceu a D. António Manuel, irmão do 2º Conde de Vila Flor. Foi cabeça de um viscondado que D. Pedro II deu a Pedro Jacques de Magalhães, o vencedor da batalha de Castelo Rodrigo.» (https://jf-guilheiro.pt/historia-da-freguesia/)
O topónimo pertence ao «alargado grupo daqueles nomes de lugar que, à partida, ter-se-ão filiado num tema germânico *will(j)- ‘desejo’, ‘prazer’. (...) WILIARIUS (> gal. Guillar, Guilleiro)». (https://entreominhoeaserra.blogspot.com/2019/10/)