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15 abril 2025

AMARELEJA

AMARELEJA

Vila e freguesia do concelho de Moura, Baixo Alentejo, Portugal.

«Ainda não se conseguiu apurar com exatidão a origem do nome Amareleja. No entanto, existe uma referência que indica que, a 10 de Abril de 1677, o padre da freguesia terá escrito no termo de abertura de um livro de registo de visitas: "Freguesia de nossa Sª. de Concepsao de Marileiga". Com a data de 1 de Abril de 1695 existe um documento que se refere ao "lugar de Nossa Senhora da Conceição de Mareleja". Há ainda quem defenda que o nome surgiu pela abundância de flores amarelas nos campos circundantes, pelo que os primeiros povoadores (possivelmente pastores da Beira Baixa) lhe chamavam "Campo das Amarelas", até pelo facto de existirem duas propriedades entre a povoação e a fronteira de Espanha, cujos nomes são Amarelas e Amarela.
Durante muitos anos, a Amareleja, foi considerada a maior aldeia de Portugal pela sua extensão.»(1)

«Num documento de 1695, a freguesia foi chamada de Mareleja. A origem do nome da freguesia, segundo algumas opiniões, deve-se à expressões dos primeiros povoadores que lhe chamavam "campo das amarelas", designação que lhe veio da abundância de flores amarelas que atapetavam os seus campos ou dos extensos campos de trigo cultivados. O termo "marel" (lugar escolhido para a seleção e apuramento de raças)* poderá também ter contribuído para a derivação do nome de Amareleja, na medida em que os rebanhos, em época de reprodução, poderiam juntar-se e os seus pastores designarem esse local como Mareleia (ato de procriar, reproduzir).»(2)

* - Marel: «que ou o animal que é destinado à padreação; padreador.»(3)

➤ Amarelo (topónimo): «De amarelo, referência à cor do solo ou de algum acidente topográfico. Tem os derivados Amarela, Amareleja, Amarelinha, Amarelos e Amarilha, esta última por influência espanhola (amarillo, 'amarelo').»(3)

Amareleza: «coloração amarela; palidez.»(3)

Amarelejar: «mostrar-se amarelo.»(3)

 

24 março 2025

SANTIAGO DO CACÉM

SANTIAGO DO CACÉM

Cidade do Baixo Alentejo, Portugal, a cerca de 11 km da costa.

Santiago: «Contração de Santo Iago, 'São Jacob', hoje São Tiago. Como era de esperar, tratando-se do Apóstolo da Hispânia, este topónimo encontra-se igualmente na Espanha»(1) e em muitos países que usam as línguas portuguesa e castelhana.

Cacém: «Do árabe qásim, 'o que reparte'. Tem os derivados Cácima e Caçome.»(1)

São Tiago era também chamado Santiago Maior e, na Idade Média na Península Ibérica, Santiago Mata-Mouros, que é o que está representado no brasão da cidade: «Escudo de azul, cavaleiro vestido de cota de malha brandindo na mão direita uma espada de prata e sustentando no braço esquerdo um escudo amendoado de prata carregado da Cruz de Santiago, de vermelho. O cavaleiro cavalgando um corcel branco. Sob as patas dianteiras do cavalo, um mouro, derrotado, vestido de albornoz e turbante brancos, segurando uma adaga.»(2)

«Terá sido por volta de 712, e já após o declínio de Miróbriga, que os mouros atingiram o território, edificando o castelo na colina defronte; pensa-se inclusivamente que o nome Kassem estará ligado ao alcaide mouro. A ocupação moura prolongou-se até ao séc. XII e muitas batalhas pela reconquista se travaram no território até que, em 1217, voltou definitivamente à posse dos cristãos, tendo D. Afonso II confirmado a doação de seu pai à Ordem dos Espatários [ Ordem de Santiago ou Ordem de Sant'Iago da Espada ]. O burgo medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no séc. XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes). Já considerada oficialmente vila em 1186, recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem do rei D. Dinis. Entre 1315 e 1336, por doação de D. Dinis, a vila e o castelo passaram a pertencer à princesa D.ª Vetácia, aia e amiga da rainha Santa Isabel, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da sua proprietária. O primeiro comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha.»(3)

 

03 março 2025

FANGARIFAU

FANGARIFAU

Monte ou aldeia do concelho de Alcácer do SalBaixo Alentejo, Portugal.

Não faço ideia de onde surgiu este nome. Sugestões de Paulo Castro Garrido:

«Talvez خنجر | ẖanǧar, que significa “punhal”, + ريفاع | rifāʿ, que significa “precioso”.

Segundo o Wiktionary ريفاع | rifāʿ também pode significar “subir (os feixes)” ou “colheitas abundantes no campo”.

No dicionário da Academia de Ciências de Lisboa encontramos a palavra “fanga” com indicação de etimologia Árabe “faniqa”, cuja grafia correcta é فَنِيقَة | fanīqah e que significa “medida de áridos” ou “saco”.

Em espanhol existe a palavra “fango”, que significa “barro” “argila”, do Catalão “fang”, do Latim vulgar “fanium”.

Em alternativa para “rifau” podería vir de ريف | rīf, que significa “beira-mar”.

Fangarifau tanto poderia significar “punhal precioso” como “saco/medida de colheitas [abundantes]” ou “terreno argiloso próximo do mar”.»

(https://www.facebook.com/groups/769084824516613/permalink/1092338068857952/)

 

01 março 2025

PANÓIAS

PANÓIAS

Freguesia do concelho de Ourique, Baixo Alentejo, Portugal.

«Do português arcaico panoias, derivado de pão, no sentido de 'cereal usado na panificação'. Existe na Galiza». (infopedia.pt)

Foi vila sede de concelho até 1836.

25 fevereiro 2025

SESMARIA DOS PRETOS

SESMARIA DOS PRETOS

Povoação (monte alentejano) do concelho de Alcácer do SalBaixo Alentejo, Portugal.

O topónimo Sesmaria tem origem no «português antigo sesmaria, 'terra por cultivar que foi entregue a um sesmeiro ou agricultor, para que este a cultivasse'. Tem os derivados Sesmarias, Sesmeiro e Sismeiro.» (infopedia.pt) Sesmar significa dividir ou demarcar as terras em sesmarias.

Os Pretos no nome desta povoação podem ser uma alusão aos chamados pretos do Sado, uma comunidade originada nos antigos escravos africanos que se estabeleceram no vale do Sado desde o século XV.

 

29 janeiro 2025

MIMOSA

MIMOSA

Localidade da freguesia de Alvalade, concelho de Santiago do CacémBaixo Alentejo, Portugal.

O topónimo pode derivar do nome comum da árvore Acacia dealbata, de uma variedade de cerejeira ou do adjetivo mimoso/mimosa.

Antes da construção da autoestrada A2, a viagem de Lisboa, ou mais a norte, para o Algarve costumava ser demorada e cansativa. Podia durar quatro, cinco ou mais horas na estrada nacional (agora IC1), com apenas uma faixa em cada sentido. Especialmente durante os fins-de-semana de verão, o trânsito intenso dos veraneantes podia transformar a Estrada do Algarve num pesadelo. Convinha parar um pouco, nalgum lugar. Mais ou menos a meio da viagem surgiam dois locais preferidos: Canal Caveira e Mimosa. Quem não parava na Mimosa, parava em Canal Caveira. Quem saísse de Lisboa de manhã, já estaria à hora de almoço a aproximar-te de uma dessas localidades, maioritariamente compostas por duas filas de restaurantes, de cada lado da estrada, e postos de combustível. Muitos automobilistas costumavam planear a partida de modo a interromper o trajeto nesta zona. Os automobilistas de primeira viagem reconheceriam os locais devido aos muitos camiões estacionados antes, perto e depois dos restaurantes.

Hoje em dia, com grande parte do tráfego na autoestrada, a restauração da Mimosa e Canal Caveira é apenas uma sombra da glória dos "bons velhos tempos". Estas fotos mostram a Mimosa em 2007 e 2008. Uma dúzia de camiões estava lá. São alguns que desejam evitar a portagem da autoestrada ou estão em atividades locais. Há também alguns turistas que ainda fazem o percurso propositadamente, para almoçar o cozido em Canal Caveira, ou outros mimos gastronómicos aí ou na Mimosa.

 

26 janeiro 2025

ALCARIA DOS JAVAZES

ALCARIA DOS JAVAZES

Aldeia da freguesia de Espírito Santo, concelho de Mértola, Baixo Alentejo, Portugal. Situa-se perto do Rio Vascão, no limite com o Algarve, e do Guadiana, no limite com a Andaluzia.

Alcaria, Alcarias, e as variantes Caria e Carias, são topónimos comuns em Portugal. Alcaria deriva do árabe al qaria, «aldeia, aldeola». Alcaria também significa «antiga casa rústica para guardar alfaias agrícolas».(1)

«A zona de Alcaria dos Javazes é referida, de forma breve, num texto do século XII. Ibn Qasi, um chefe militar dessa época, procurou apoio junto dos Banu Assuna, na sequência de uma escaramuça ocorrida nas imediações do castelo de Mértola. Ibn al-Hatib refere o sítio de al-Jauza como local de refúgio. Foi, há uns anos, sugerida a correspondência com a atual Alcaria dos Javazes, embora a localização deva antes coincidir com o povoado islâmico do Zambujal, a cerca de 1,5 km do nosso monte.»(2)

Ibn Qasi (Ahmad bin Al Hussein bin Qassi, أحمد بن الحسين بن قسي) foi um líder sufi, imã de Mértola. Reinou sobre Mértola e Silves e foi aliado de D. Afonso Henriques.(3)

Ver também:
Caria, concelho de Belmonte.

 

02 janeiro 2025

VIDIGUEIRA

VIDIGUEIRA

Concelho, vila e freguesia do Baixo Alentejo, Portugal.

«O topónimo Vidigueira é um derivado de Vidigal do latim 'viticale', cujo significado é "terreno onde cresce o vitex", o mesmo que agnocasto, uma espécie de arbusto aromático.» (1)

«Vidigal. Do latim viticale, 'terreno onde cresce o vitex' ou agnocastro, arbusto aromático. Tem os derivados Vidigalinho, Vidigão (de viticanus), Vidigueira (de viticaria) e Vidigueiras.» (2)

 

02 agosto 2024

COLES / COLOS

COLES, comarca de OurenseGaliza.

COLOS, concelho de OdemiraBaixo Alentejo, Portugal.

Ambas têm a Cruz da Ordem de Santiago no brasão.

 

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