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05 agosto 2025

ODEMIRA

ODEMIRA

Vila e concelho do litoral do Baixo Alentejo, Portugal.

É o concelho português mais extenso, com 1720,6 km² (17 vezes o tamanho de Lisboa). É atravessado pelo Rio Mira, que desagua em Vila Nova de Milfontes.

«Estudos históricos e semânticos revelam que o termo ode deriva do árabe wad, que significa rio, e o elemento mira terá origem pré-céltica, estando relacionada também com a ideia de água. Do que se depreende que o topónimo Odemira se refere em diferentes línguas à noção de curso de água, o que denota a importância do rio.»(1)

O nome «provirá do árabe Ode, "rio", e da corrupção e mir ou emir, "príncipe, chefe, senhor".»(2)

«Do árabe wadi mira, 'Rio Mira', um hidrotopónimo composto. Não está relacionado com o antropónimo germânico Odomir.»(3)

2. FONSECA, João, "Dicionário do Nome das Terras".

15 abril 2025

AMARELEJA

AMARELEJA

Vila e freguesia do concelho de Moura, Baixo Alentejo, Portugal.

«Ainda não se conseguiu apurar com exatidão a origem do nome Amareleja. No entanto, existe uma referência que indica que, a 10 de Abril de 1677, o padre da freguesia terá escrito no termo de abertura de um livro de registo de visitas: "Freguesia de nossa Sª. de Concepsao de Marileiga". Com a data de 1 de Abril de 1695 existe um documento que se refere ao "lugar de Nossa Senhora da Conceição de Mareleja". Há ainda quem defenda que o nome surgiu pela abundância de flores amarelas nos campos circundantes, pelo que os primeiros povoadores (possivelmente pastores da Beira Baixa) lhe chamavam "Campo das Amarelas", até pelo facto de existirem duas propriedades entre a povoação e a fronteira de Espanha, cujos nomes são Amarelas e Amarela.
Durante muitos anos, a Amareleja, foi considerada a maior aldeia de Portugal pela sua extensão.»(1)

«Num documento de 1695, a freguesia foi chamada de Mareleja. A origem do nome da freguesia, segundo algumas opiniões, deve-se à expressões dos primeiros povoadores que lhe chamavam "campo das amarelas", designação que lhe veio da abundância de flores amarelas que atapetavam os seus campos ou dos extensos campos de trigo cultivados. O termo "marel" (lugar escolhido para a seleção e apuramento de raças)* poderá também ter contribuído para a derivação do nome de Amareleja, na medida em que os rebanhos, em época de reprodução, poderiam juntar-se e os seus pastores designarem esse local como Mareleia (ato de procriar, reproduzir).»(2)

* - Marel: «que ou o animal que é destinado à padreação; padreador.»(3)

➤ Amarelo (topónimo): «De amarelo, referência à cor do solo ou de algum acidente topográfico. Tem os derivados Amarela, Amareleja, Amarelinha, Amarelos e Amarilha, esta última por influência espanhola (amarillo, 'amarelo').»(3)

Amareleza: «coloração amarela; palidez.»(3)

Amarelejar: «mostrar-se amarelo.»(3)

 

24 março 2025

SANTIAGO DO CACÉM

SANTIAGO DO CACÉM

Cidade do Baixo Alentejo, Portugal, a cerca de 11 km da costa.

Santiago: «Contração de Santo Iago, 'São Jacob', hoje São Tiago. Como era de esperar, tratando-se do Apóstolo da Hispânia, este topónimo encontra-se igualmente na Espanha»(1) e em muitos países que usam as línguas portuguesa e castelhana.

Cacém: «Do árabe qásim, 'o que reparte'. Tem os derivados Cácima e Caçome.»(1)

São Tiago era também chamado Santiago Maior e, na Idade Média na Península Ibérica, Santiago Mata-Mouros, que é o que está representado no brasão da cidade: «Escudo de azul, cavaleiro vestido de cota de malha brandindo na mão direita uma espada de prata e sustentando no braço esquerdo um escudo amendoado de prata carregado da Cruz de Santiago, de vermelho. O cavaleiro cavalgando um corcel branco. Sob as patas dianteiras do cavalo, um mouro, derrotado, vestido de albornoz e turbante brancos, segurando uma adaga.»(2)

«Terá sido por volta de 712, e já após o declínio de Miróbriga, que os mouros atingiram o território, edificando o castelo na colina defronte; pensa-se inclusivamente que o nome Kassem estará ligado ao alcaide mouro. A ocupação moura prolongou-se até ao séc. XII e muitas batalhas pela reconquista se travaram no território até que, em 1217, voltou definitivamente à posse dos cristãos, tendo D. Afonso II confirmado a doação de seu pai à Ordem dos Espatários [ Ordem de Santiago ou Ordem de Sant'Iago da Espada ]. O burgo medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no séc. XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes). Já considerada oficialmente vila em 1186, recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem do rei D. Dinis. Entre 1315 e 1336, por doação de D. Dinis, a vila e o castelo passaram a pertencer à princesa D.ª Vetácia, aia e amiga da rainha Santa Isabel, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da sua proprietária. O primeiro comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha.»(3)

 

03 março 2025

FANGARIFAU

FANGARIFAU

Monte ou aldeia do concelho de Alcácer do SalBaixo Alentejo, Portugal.

Não faço ideia de onde surgiu este nome. Sugestões de Paulo Castro Garrido:

«Talvez خنجر | ẖanǧar, que significa “punhal”, + ريفاع | rifāʿ, que significa “precioso”.

Segundo o Wiktionary ريفاع | rifāʿ também pode significar “subir (os feixes)” ou “colheitas abundantes no campo”.

No dicionário da Academia de Ciências de Lisboa encontramos a palavra “fanga” com indicação de etimologia Árabe “faniqa”, cuja grafia correcta é فَنِيقَة | fanīqah e que significa “medida de áridos” ou “saco”.

Em espanhol existe a palavra “fango”, que significa “barro” “argila”, do Catalão “fang”, do Latim vulgar “fanium”.

Em alternativa para “rifau” podería vir de ريف | rīf, que significa “beira-mar”.

Fangarifau tanto poderia significar “punhal precioso” como “saco/medida de colheitas [abundantes]” ou “terreno argiloso próximo do mar”.»

(https://www.facebook.com/groups/769084824516613/permalink/1092338068857952/)

 

01 março 2025

PANÓIAS

PANÓIAS

Freguesia do concelho de Ourique, Baixo Alentejo, Portugal.

«Do português arcaico panoias, derivado de pão, no sentido de 'cereal usado na panificação'. Existe na Galiza». (infopedia.pt)

Foi vila sede de concelho até 1836.

25 fevereiro 2025

SESMARIA DOS PRETOS

SESMARIA DOS PRETOS

Povoação (monte alentejano) do concelho de Alcácer do SalBaixo Alentejo, Portugal.

O topónimo Sesmaria tem origem no «português antigo sesmaria, 'terra por cultivar que foi entregue a um sesmeiro ou agricultor, para que este a cultivasse'. Tem os derivados Sesmarias, Sesmeiro e Sismeiro.» (infopedia.pt) Sesmar significa dividir ou demarcar as terras em sesmarias.

Os Pretos no nome desta povoação podem ser uma alusão aos chamados pretos do Sado, uma comunidade originada nos antigos escravos africanos que se estabeleceram no vale do Sado desde o século XV.

 

29 janeiro 2025

MIMOSA

MIMOSA

Localidade da freguesia de Alvalade, concelho de Santiago do CacémBaixo Alentejo, Portugal.

O topónimo pode derivar do nome comum da árvore Acacia dealbata, de uma variedade de cerejeira ou do adjetivo mimoso/mimosa.

Antes da construção da autoestrada A2, a viagem de Lisboa, ou mais a norte, para o Algarve costumava ser demorada e cansativa. Podia durar quatro, cinco ou mais horas na estrada nacional (agora IC1), com apenas uma faixa em cada sentido. Especialmente durante os fins-de-semana de verão, o trânsito intenso dos veraneantes podia transformar a Estrada do Algarve num pesadelo. Convinha parar um pouco, nalgum lugar. Mais ou menos a meio da viagem surgiam dois locais preferidos: Canal Caveira e Mimosa. Quem não parava na Mimosa, parava em Canal Caveira. Quem saísse de Lisboa de manhã, já estaria à hora de almoço a aproximar-te de uma dessas localidades, maioritariamente compostas por duas filas de restaurantes, de cada lado da estrada, e postos de combustível. Muitos automobilistas costumavam planear a partida de modo a interromper o trajeto nesta zona. Os automobilistas de primeira viagem reconheceriam os locais devido aos muitos camiões estacionados antes, perto e depois dos restaurantes.

Hoje em dia, com grande parte do tráfego na autoestrada, a restauração da Mimosa e Canal Caveira é apenas uma sombra da glória dos "bons velhos tempos". Estas fotos mostram a Mimosa em 2007 e 2008. Uma dúzia de camiões estava lá. São alguns que desejam evitar a portagem da autoestrada ou estão em atividades locais. Há também alguns turistas que ainda fazem o percurso propositadamente, para almoçar o cozido em Canal Caveira, ou outros mimos gastronómicos aí ou na Mimosa.

 

26 janeiro 2025

ALCARIA DOS JAVAZES

ALCARIA DOS JAVAZES

Aldeia da freguesia de Espírito Santo, concelho de Mértola, Baixo Alentejo, Portugal. Situa-se perto do Rio Vascão, no limite com o Algarve, e do Guadiana, no limite com a Andaluzia.

Alcaria, Alcarias, e as variantes Caria e Carias, são topónimos comuns em Portugal. Alcaria deriva do árabe al qaria, «aldeia, aldeola». Alcaria também significa «antiga casa rústica para guardar alfaias agrícolas».(1)

«A zona de Alcaria dos Javazes é referida, de forma breve, num texto do século XII. Ibn Qasi, um chefe militar dessa época, procurou apoio junto dos Banu Assuna, na sequência de uma escaramuça ocorrida nas imediações do castelo de Mértola. Ibn al-Hatib refere o sítio de al-Jauza como local de refúgio. Foi, há uns anos, sugerida a correspondência com a atual Alcaria dos Javazes, embora a localização deva antes coincidir com o povoado islâmico do Zambujal, a cerca de 1,5 km do nosso monte.»(2)

Ibn Qasi (Ahmad bin Al Hussein bin Qassi, أحمد بن الحسين بن قسي) foi um líder sufi, imã de Mértola. Reinou sobre Mértola e Silves e foi aliado de D. Afonso Henriques.(3)

Ver também:
Caria, concelho de Belmonte.

 

02 janeiro 2025

VIDIGUEIRA

VIDIGUEIRA

Concelho, vila e freguesia do Baixo Alentejo, Portugal.

«O topónimo Vidigueira é um derivado de Vidigal do latim 'viticale', cujo significado é "terreno onde cresce o vitex", o mesmo que agnocasto, uma espécie de arbusto aromático.» (1)

«Vidigal. Do latim viticale, 'terreno onde cresce o vitex' ou agnocastro, arbusto aromático. Tem os derivados Vidigalinho, Vidigão (de viticanus), Vidigueira (de viticaria) e Vidigueiras.» (2)

 

10 novembro 2024

BARRANCOS

BARRANCOS

Concelho e freguesia do Baixo Alentejo, Portugal, na fronteira com as regiões espanholas da Extremadura e Andaluzia.

A sede do município era na vila de Noudar, mas esta foi-se despovoando desde 1825 e a população e sede do concelho deslocou-se para a vila de Barrancos.

Barrancos é um dos raros concelhos com uma única freguesia. No concelho fala-se barranquenho, uma língua ou dialeto português alentejano com influência dos falares castelhanos da Andaluzia e Extremadura.

Barranco: «1. sulco feito no solo pelas enxurradas; barroca. 2. ravina; precipício. De origem pré-romana».

«De barranco, 'cova alta'. Tem os derivados Barracosa, Barranca, Barrancas, Barrancais, Barrancão, Barranco, Barrancões e Barrancosas.» (infopedia.pt)

Barranco: «Do baixo latim barrancus. Barranco: lugar cavado por enxurradas ou por outra causa; escavação natural; escavação provocada pelo Homem; quebrada de terreno alta e de forte pendente; precipício; obstáculo.» (https://www.dosalgarves.com/revistas/N17/8rev17.pdf)

Barranco: «origem controvertida; tido como proveniente de radicais múltiplos convergentes; provavelmente de uma base pré-romana de latinização tardia barrancus (1094, citada por Du Cange), ocorre em várias línguas românicas, cf. espanhol barranco (1285) 'local de depósito' (Houaiss, ed. eletrônica, 2003)». (https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/linguistica_lingua_portuguesa/945.pdf)

Barrancos: «algar; baianca; barroca; barroco; batoco; biboca; carcavão; carva; córrego; dano; despenhadeiro; embaraço; erro; esbarroudeiro; estorvo; forjoco; fosso; impedimento; infortúnio; miséria; mururé; obstáculo; precipício; quebrada; ravina; ribeiro; runa; sepultura; sulco feito no solo pelas enxurradas.» (https://www.terrasquentes.pt/?page_id=299)

 

09 outubro 2024

ALJUSTREL

 

ALJUSTREL

Vila e concelho do Baixo Alentejo, Portugal.

«De origem incerta; talvez de um hipotético gestrel, 'campo de giestas', com o prefixo árabe al-.»

(infopedia.pt)

«Aljustrel. Antiga cidade romana de Vipusca, o nome de Aljustrel deriva da denominação que os árabes lhe deram quando a ocuparam: Al-lustre

(João Fonseca, Dicionário do Nome das Terras)

28 agosto 2024

ALMODÔVAR / ALMODÓVAR

ALMODÔVAR, Baixo Alentejo, Portugal. «Do árabe al muduuar, 'casa redonda'.» (infopedia.pt)

ALMODÓVAR DEL RÍO, Andaluzia, Espanha. «Con la conquista musulmana se estableció en el cerro una fortaleza (740), recibiendo entonces la localidad el nombre de al-Mudawwar al-Adna, topónimo que significa "el redondo", en clara alusión a la forma del mismo cerro.»

ALMODÓVAR DEL CAMPO, Castilla-La Mancha, Espanha. «Su nombre procede del árabe, المدور al-Mudawwar. “Tribus modharíes que se establecieron en la Mancha y dieron a este pueblo los nombres de ‘Alridóvar’, ‘Almo-duevar’ y ‘Al-mod-var’, significando ‘Agua-Redonda’ o ‘Sitio-Redondo’, indiscutible alusión a la Laguna”, escribió el catedrático Eduardo Agostini. Está situada en el Campo de Calatrava, de ahí su referencia en el topónimo.»

ALMODÓVAR DEL PINAR, Castilla-La Mancha, Espanha. «Su nombre procede del árabe, المدور al-mudawwar, que significa "el redondo".» (es.wikipedia.org)

☛ Ver também:

Almodôvar, Baixo Alentejo, Portugal.

 

ALMODÔVAR

ALMODÔVAR

Vila e concelho do Baixo Alentejo, Portugal.

«Do árabe al muduuar, 'casa redonda'. Também se encontra em Espanha.» (infopedia.pt)

«Com a ocupação islâmica, proliferam diversas alcarias ou cortes, que ainda hoje nomeiam boa parte da toponímia local e que tem a sua raiz na palavra árabe de aldeia (al-diya). É o caso de Alcariais dos Guerreiros de Cima (Gomes Aires), com uma ocupação humana entre os séculos IX e XIII, possuindo um rico conjunto de casas dos séculos X e XI, fruto do florescimento rural que a região conheceu em período islâmico.

A esta época deve a vila de Almodôvar o seu nome e desenvolvimento, pois apesar de aí poder ter havido uma ocupação da Idade do Ferro, foi erguida uma fortificação ou almudaûár (casa ou castelo redondo).»

(https://cm-almodovar.pt/municipio/concelho/historia/)

☛ Ver também:

- Almodóvar, em Espanha.

14 agosto 2024

TORRÃO, Alentejo

TORRÃO

Vila e freguesia do concelho de Alcácer do Sal, Baixo Alentejo, Portugal. A freguesia é atravessada pelo Rio Xarrama, afluente do Sado. A vila situa-se na margem esquerda.

A origem do nome Torrão é de Torrejam, que significa "torre grande". Na época islâmica, o nome era Hisn Turrus, segundo o arqueólogo António Rafael Carvalho. Foi zona de alguma importância no período romano. Esteve sob a influência árabe, até à reconquista cristã de Alcácer do Sal em 1217. O Torrão foi então doado à Ordem de Santiago, que aforou a povoação em 1260, passando a ser vila da Ordem. Teve foral manuelino em 1512, tornando-se sede de concelho. Em 1801 o concelho do Torrão era constituído pelas freguesias de Torrão, Odivelas e Santa Margarida do Sado. Durante o século XIX o concelho torranense foi integrado no de Alvito, com a exceção de Santa Margarida do Sado, que transitou para o concelho de Ferreira do Alentejo. Em 1871, a freguesia do Torrão passou a integrar o concelho de Alcácer do Sal. Em 1936 a freguesia de São Romão do Sado foi incorporada na do Torrão. O escritor Bernardim Ribeiro (1482-1552) é natural do Torrão.

(https://www.freguesiadetorrao.pt/ver_conteudo11, http://www.cm-alcacerdosal.pt/es/municipio/concelho/freguesias/freguesia-do-torrao/)

Outra explicação para o topónimo: «Variante de terrão, aumentativo de terra. Tem a variante Terrão e os derivados Terroais, Terroal, Terrões, Terronha e Terronhas.» (infopedia.pt)

O Torrão é também conhecido como Torrão do Alentejo, para distinguir de outras povoações com este nome, como por exemplo Torrão no concelho do Marco de Canaveses, Douro Litoral.

☛ Ver também:

- Torrão, Marco de Canaveses, Douro Litoral.

 

10 agosto 2024

NOUDAR

NOUDAR

Castelo e povoação abandonada do concelho de Barrancos, Baixo Alentejo, Portugal, na fronteira com as regiões espanholas da Extremadura e Andaluzia.

«Em termos de toponímia, Noudar está associado à função de controlo e de vigia do território. Este topónimo de origem árabe surge no verbo nadara (avistar), ou no substantivo nadare (olhar). (4) Alguns autores têm-se debruçado sobre a etimologia de Noudar. Silveira (1937) defende que «as atalaias devem ser o étimo de Noudar». Esta ideia é baseada na transliteração francesa de BaB en-Nouadeur, porta das atalaias, relativa a uma das entradas da cidade argelina de Laghouat, importante entreposto viário localizado na zona montanhosa do Atlas, sobre a principal via que liga Argel ao Sul do país. Cláudio Torres associa Noudar a um local de vigia ou controle, que nem sequer tem de estar no ponto mais alto da área, dando como exemplo a vila de Almodôvar, no distrito de Beja, onde «o Cerro Nodre (que em árabe quer dizer «atalaia») indica ainda a zona que antecedeu a urbanização do século XIV.» (4)
(4) Cf. Fonseca, L.A. (2013), Pp. 103». (https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/18588/1/UM%20OLHAR%20SOBRE%20O%20CASTELO%20DE%20NOUDAR.pdf)
«Silveira, 1937, p. 79, deriva do árabe nuádar, plural de nadr, "fortificação"». (https://www.patrimoniocultural.gov.pt/static/data/publicacoes/rpa/rpa18/rpa_18_8.pdf)

«Este é um castelo que se encontra entre-ambas-as-águas (Rio Ardila e Ribeira de Múrtega), que foi alvo de contenda entre Mouros e Cristãos, mais tarde entre os reinos de Castela e Portugal, e onde chegaram a coexistir dois idiomas: o castelhano, por tradição, e o português oficial (segundo registos de 1245). A origem árabe do topónimo Noudar, está associada à sua função de vigilância, e como tal de atalaia, uma vez que esta era uma zona de controle da passagem entre Beja/Moura e o Sul de Espanha. Desde o século XVIII, o castelo foi progressivamente abandonado, sendo que em 1893 foi consumada a sua venda a um privado e em 1910 foi declarado Património Nacional.»
(http://www.parquenoudar.com/pt/noudar-selfie-point/)

06 agosto 2024

ALENTEJO

ALENTEJOAlto Alentejo e Baixo Alentejo

Região de Portugal, que ocupa cerca de um terço do território continental, entre o vale do Tejo e o Algarve

O nome refere-se à posição da região além do Rio Tejo, do ponto de vista da margem norte (direita), nomeadamente para quem está em Lisboa. Na Idade Média o território era chamado Entre-Tejo-e-Odiana (Odiana era o nome do rio Guadiana).

A província tradicional do Alentejo foi dividida em 1936 em Alto Alentejo e Baixo Alentejo. Em 1976 as províncias foram extintas como entidades administrativas. O concelho de Ponte de Sor estava integrado na província do Ribatejo, mas no distrito de Portalegre, sendo frequentemente considerado terra alentejana.

Modernamente, no âmbito das Nomenclaturas das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos (da UE), a Região do Alentejo (NUTS 2), o Alto Alentejo foi dividido nas NUTS 3 do Alto Alentejo (incluindo Ponte de Sor) e Alentejo Central; o Baixo Alentejo foi dividido nas NUTS 3 Baixo Alentejo e Alentejo Litoral.

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo inclui as quatro sub-regiões NUTS 3 do Alentejo, mas não inclui a sub-região Lezíria do Tejo (NUTS 3 da NUTS 2 Alentejo, até 2023; ainda incluída no mapa).

O território de Olivença é reivindicado de jure por Portugal mas encontra-se integrado na região espanhola da Extremadura. Foi ocupado por Espanha em 1801.

☛ Ver também:
Províncias e Distritos de Portugal continental.
NTUS de Portugal.

02 agosto 2024

COLES / COLOS

COLES, comarca de OurenseGaliza.

COLOS, concelho de OdemiraBaixo Alentejo, Portugal.

Ambas têm a Cruz da Ordem de Santiago no brasão.

 

RÍO EBRO — RIU EBRE

RÍO EBRO — RIU EBRE O segundo ou terceiro maior rio da Península Ibéria . É o maior inteiramente dentro do estado espanhol . Nasce na Cordil...