02 agosto 2024

ZEBRO

Em toda a Península Ibérica encontra-se o topónimo ZEBRO ou suas variantes: Zebra, Zebrinho, Zebraínho, Zebreira, Zebral, Zebralhos, Zebreiros, Zebres, Zibreira, Zibreiros, Cebreiro, Cebral, Cebros, Encebras, Encebros, Cebrón, Cebrones, Zibria, Xabros, Zeberia, etc.

O nome refere-se ao equídeo selvagem ibérico primitivo, o zebro ou zebra (aparentado ao Equus hydruntinus), extinto em Portugal talvez no século XVI. Os cavalos do Sorraia (Equus caballos ssp. Sorraia) são os descendentes do zebro, descobertos e identificados no vale do Rio Sorraia há cerca de 100 anos. Precisamente na região do Sorraia encontram-se os lugares de Zebro (Foros do Zebro), Zebrinho e a Ribeira de Vale do Zebro, na freguesia da Lamarosa, concelho de Coruche (no mapa). Na imagem superior vêem-se prováveis zebros em pinturas paleolíticas em Ekainberri, Euskadi. A imagem inferior mostra cavalos do Sorraia em liberdade no refúgio de Vale do Zebro.

Os navegadores portugueses do século XV encontraram em África os equídeos com riscas semelhantes ao zebro, dando-lhe o nome de zebra (Equus zebra, Equus quagga, Equus grevyi). As zebras passaram a ser conhecidas por este nome em quase todas as línguas não africanas.

A palavra zebro ou zebra deriva do latim vulgar *eciferu-, do latim equiferu-, «cavalo selvagem».

Um Vale de Zebro muito conhecido situa-se na freguesia de Palhais, concelho do Barreiro, junto ao estuário do Tejo, onde se encontrava o Edifício dos Fornos de Biscoito de Vale do Zebro, que fornecia os navios a partir do século XV. Desde 1961 está localizada em Vale de Zebro a Escola de Fuzileiros da Marinha Portuguesa.

 

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