ILHA SABRINA
Pequena ilha formada em meados de 1811 por uma erupção surtseiana ao largo da Ponta da Ferraria, Ilha de São Miguel, Açores, na sequência da crise sísmica iniciada no princípio desse ano. A ilhota surgiu a cerca de 1 milha náutica de terra, atingiu quase 100 m de altura, uma milha de perímetro e a forma de anel rebaixado para a ilha-mãe (São Miguel), à semelhança do ilhéu de Vila Franca.
O capitão britânico James Tillard, comandante da chalupa canhoneira (sloop-of-war) HMS Sabrina, desembarcou na ilha recém-formada, deu-lhe o nome do navio, hasteou a bandeira do Reino Unido e reclamou a soberania britânica. O tenente John William Miles, da guarnição do mesmo navio, desenhou-a a 19 de junho. O potencial conflito diplomático sobre a soberania foi atenuado pela ausência da corte portuguesa no Rio de Janeiro e extinguiu-se com o desaparecimento da ilha no decurso daquele ano, varrida pela erosão marinha.
O Miradouro da Ilha Sabrina, na freguesia de Ginetes, concelho de Ponta Delgada, permite observar a Ponta da Ferraria, com o farol, e parte da área abrangida pelo Monumento Natural Regional do Pico das Camarinhas e Ponta da Ferraria.
A efémera ilha Sabrina, nos Açores, não deve ser confundida com a Ilha Sabrina no arquipélago das Ilhas Balleny na Antártida.
Texto publicado originalmente em https://salvador-nautico.blogspot.com/2019/11/ilha-sabrina.html
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