28 março 2025

ARCÁDIA — ΑΡΚΑΔΙΑ

ΑΡΚΑΔΙΑ — ARCÁDIA

Região da Grécia (Ελλάδα), na região administrativa do Peloponeso (Περιφέρεια Πελοποννήσου).

O nome deriva da figura mitológica de Arcas (Ἀρκάς), filho de Zeus e de Calisto.

Arcádia tornou-se o nome de um país idílico, imaginário, habitado por pastores, como descrito por poetas e outros artistas.

 

DRAGONERA

DRAGONERA

Ilhota junto à ilha de Maiorca (Mallorca), no arquipélago das Baleares, Reino de Espanha.

A ilhota faz parte do município de Andratx. Encontra-se desabitada e constitui um parque natural.

O nome de Dragonera, documentado pela primeira vez no século XIII, é tradicionalmente relacionado com a abundância de uma espécie de lagartixa (Podarcis lilfordi gigliolii) ou com o perfil íngreme da ilha, que faz lembrar um dragão. No entanto, parece que na realidade deve estar relacionado com uma série de nomes de lugares semelhantes em todo o Mediterrâneo que se referem a uma palavra latina traco, -onis, documentada pela primeira vez por Isidoro de Sevilha e Beda, o Venerável, com o significado de «cavidade subterrânea» e relacionada com tragar (engolir). Este topónimo terá surgido em referência à Cova de la Font ou Cova del Moro, ponto-chave para o abastecimento de água à ilha e que já era conhecido na antiguidade, dados os vestígios arqueológicos identificados já no século IV a.C. Terá sido, portanto, a Cova de la Font que deu o nome à ilha.

No dialeto maiorquino, a ilhota é também chamada Sa Dragonera.

 

26 março 2025

VASCÕES

VASCÕES

Freguesia do concelho de Paredes de CouraMinho, Portugal.

«Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições desse ano, São Pedro de Vascões é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no catálogo daquelas igrejas, mandado elaborar, para pagamento de taxa, pelo rei D. Dinis, foi taxada em 30 libras. Fazia parte do arcediagado de Cerveira, com o nome de “Sancti Petri de Vascões”.» (https://jf-vascoes.com/historia/)

«Vascão. Parece vir do português antigo vascão, 'habitante do País Basco'. Sendo assim, o que não está provado, indicaria o repovoamento por colonos bascos, ou, em casos isolados, a existência de um basco na localidade. Tem os derivados Vascões e Vasconha. Os topónimos Vasconcelos, também existente em Espanha sob a forma Basconcillos, onde deu origem ao apelido, e Vasconcilho têm origem idêntica.» (infopedia.pt)

 

SION — SITTEN

SION — SITTEN

Capital do cantão do Valais (État du Valais / Staat Wallis), Suíça. O nome francês é Sion e o alemão Sitten. Por vezes é aportuguesado para Sião.

O nome deriva do latim Sedunum. «Sion, a “cidade dos Seduni”, recebeu o nome do povo celta dos Seduni (...) que se estabeleceu neste lugar.(...) O exónimo alemão Sitten foi tomado de empréstimo antes da queda do intervocálico românico -d-, que ocorreu por volta do século X.» (https://search.ortsnamen.ch/fr/record/802006266/)

⮚ A cidade suíça de Sion não está relacionada com o Monte Sião (Mont Sion) em Jerusalém, na Palestina / Israel.

 

25 março 2025

ROTHENBURG OB DER TAUBER

ROTHENBURG OB DER TAUBER

Cidade da região da Média Francónia (Mittelfranken), estado da Baviera (Bayern), Alemanha.

O nome significa literalmente «Castelo Vermelho acima do Rio Tauber».

Rothenburg, e variantes, é um topónimo frequente em vários países de língua alemã. «O vermelho nos nomes de lugares e águas indica, geralmente, o teor de ferro do solo ou da água.» (https://search.ortsnamen.ch/fr/record/802001040/)

 

ALABAMA

ALABAMA

Estado da região sudeste dos Estados Unidos da América. A sua capital é Montgomery e a maior cidade é Huntsville.

O nome do estado deriva do Rio Alabama e este do povo Alabama, Alibamu, Albaamaha ou outras variantes ortográficas originadas nas línguas indígenas. O significado é incerto, mas entres as hipóteses encontra-se alba na língua choctaw, com o significado de «plantas» ou «ervas daninhas» e amo, «cortar», «aparar» ou «reunir», o que resultaria em «limpadores do matagal» ou «coletores de ervas».

 

24 março 2025

SANTIAGO DO CACÉM

SANTIAGO DO CACÉM

Cidade do Baixo Alentejo, Portugal, a cerca de 11 km da costa.

Santiago: «Contração de Santo Iago, 'São Jacob', hoje São Tiago. Como era de esperar, tratando-se do Apóstolo da Hispânia, este topónimo encontra-se igualmente na Espanha»(1) e em muitos países que usam as línguas portuguesa e castelhana.

Cacém: «Do árabe qásim, 'o que reparte'. Tem os derivados Cácima e Caçome.»(1)

São Tiago era também chamado Santiago Maior e, na Idade Média na Península Ibérica, Santiago Mata-Mouros, que é o que está representado no brasão da cidade: «Escudo de azul, cavaleiro vestido de cota de malha brandindo na mão direita uma espada de prata e sustentando no braço esquerdo um escudo amendoado de prata carregado da Cruz de Santiago, de vermelho. O cavaleiro cavalgando um corcel branco. Sob as patas dianteiras do cavalo, um mouro, derrotado, vestido de albornoz e turbante brancos, segurando uma adaga.»(2)

«Terá sido por volta de 712, e já após o declínio de Miróbriga, que os mouros atingiram o território, edificando o castelo na colina defronte; pensa-se inclusivamente que o nome Kassem estará ligado ao alcaide mouro. A ocupação moura prolongou-se até ao séc. XII e muitas batalhas pela reconquista se travaram no território até que, em 1217, voltou definitivamente à posse dos cristãos, tendo D. Afonso II confirmado a doação de seu pai à Ordem dos Espatários [ Ordem de Santiago ou Ordem de Sant'Iago da Espada ]. O burgo medieval de Sant'Iago de Kassem era já de grande importância no séc. XIII, com responsáveis políticos e administrativos de primeira categoria (pretores, alvazis, juízes, alcaides, almoxarifes). Já considerada oficialmente vila em 1186, recebeu a sua primeira carta de foral, por ordem do rei D. Dinis. Entre 1315 e 1336, por doação de D. Dinis, a vila e o castelo passaram a pertencer à princesa D.ª Vetácia, aia e amiga da rainha Santa Isabel, tendo regressado à Ordem de Santiago após a morte da sua proprietária. O primeiro comendador da vila pela Ordem foi Carlos Pessanha.»(3)

 

CADAFAIS

CADAFAIS

Freguesia do concelho de AlenquerEstremadura, Portugal.

Cadaval: «De cadaval, 'terreno onde há cádavas'. Encontra-se também na Galiza sob a forma Cadabal. Tem os derivados Cadafais, Cadafás, Cadavai, Cadavais, Cadavajo, Cadavão, Cadaveira e Cadaveiro.» (infopedia.pt)

Cádava: «Conjunto dos pés de mato que ficam depois das queimadas. De origem obscura.» (infopedia.pt)

Cádava, Cádavo: «Tronco chamuscado que fica no terreno que se queimou.» (estraviz.org)

Cadava: «Conjunto dos caules lenhosos que, após as queimadas, ainda ficam de pé.  Etimologia: espanhol cadava (michaelis.uol.com.br)

Cádava: «(rural, Asturias) Tronco seco o chamuscado de árgoma o tojo.» (dle.rae.es)

Na foto, a vinha em primeiro plano é na freguesia de Cachoeiras, concelho de Vila Franca de XiraRibatejo.

 

PERDIGÃO

PERDIGÃO

Município do estado de Minas Gerais, Brasil.

«Segundo contam os mais antigos, com a emancipação política deu-se o nome de Perdigão em homenagem ao bandeirante Perdigão Pereira que passou por essas terra e que morreu nas proximidades da Fazenda Perdigão.(...)

Perdigão, antiga Vila Saúde, e demais cidades vizinhas, teve seu início com a povoação dos índios Cataguases.(...)

A Vila Saúde, incluído o distrito de Cercado era da aplicação de Nossa Senhora da Piedade do Pitangui.(...)

Por causa das afamadas águas curativas, a vila ganhou nome de “Saúde” e como padroeira Nossa Senhora da Saúde.» (https://perdigao.mg.gov.br/)

Perdigão: macho da perdiz; do latim vulgar *perdicone-, aumentativo de perdice-, «perdiz». (infopedia.pt)

 

23 março 2025

BOLFETA

BOLFETA

Povoação da antiga freguesia de Palmaz, concelho de Oliveira de AzeméisBeira Litoral, Portugal.

Do antropónimo árabe Abu'l Fath. Existe a variante Bolfata. (infopedia.pt)

 

KARLŠTEJN

KARLŠTEJN

Castelo e povoação da Boémia Central (Středočeský kraj), República Checa (Česko).

O nome é a adaptação checa do topónimo alemão Karlstein, que combina Karl e Stein e significa «pedra de Carlos» ou «rocha de Carlos». O nome é uma homenagem ao imperador Carlos IV, do Sacro Império Romano-Germânico (Karel IV em checo, Karl IV em alemão).

 

21 março 2025

Topónimos de frutos

TOPÓNIMOS DE FRUTOS

Os topónimos derivados de árvores são frequentes, mas dos frutos não. De facto, em Portugal são raros e talvez a maior parte seja mera coincidência ortográfica, nomeadamente os "peros" e "peras" (variações de "pedra" ou "Pedro"). Aqui estão alguns exemplos:

Amora - Seixal
Avelãs da Ribeira - Guarda
Avelãs de Ambom - Guarda
Avelãs de Caminho - Anadia
Avelãs de Cima - Anadia
Castro de Avelãs - Bragança
Maçã - Sesimbra
Maçãs de Caminho - Alvaiázere
Marmelos - Mirandela
Pinhão - Alijó
Uva - Vimioso (Uba em mirandês)
Vilar de Figos - Barcelos
Pera - Almada
Pera - Silves
Pero Negro - Mafra
Pero Negro - Sobral de Monte Agraço
Pero Pinheiro - Sintra

 

PORTO SEGURO — AGBODRAFO

AGBODRAFO — PORTO SEGURO

Cidade do sul do Togo, na região do Golfo da Guiné antigamente chamada Costa dos Escravos.

Porto Seguro cresceu em torno de um forte português que ainda existe perto da Casa dos Escravos. Os portugueses deram à cidade o nome de Porto Seguro, que ainda é usado e reconhecido, mas o povo manteve o nome local Agbodrafo.

A Casa dos Escravos (Maison des Esclaves), também chamada Wood Home ou Wood House (na imagem), foi construída em 1835 pelo comerciante de escravos escocês, John Henry Wood, pouco depois da chegada de parte do clã Adjigo, liderado pelo Rei Assiakoley, que tinha sido expulso de Aného e lutou para manter o comércio lucrativo. O objetivo da casa foi a continuação do tráfico ilegal de escravos, apesar da abolição da escravatura pela Inglaterra em 1807. O comércio só terminou oficialmente em 1852, quando o emissário da Coroa Britânica presenteou o chefe de Porto Seguro com uma bengala simbólica, enviada pela Rainha de Inglaterra para assinalar este marco histórico. No entanto a casa foi utilizada discretamente até ao fim do século XIX, apesar das injunções das potências ocidentais e da vigilância dos navios anti-esclavagistas.
O estilo arquitetónico da Casa dos Escravos é chamado afro-brasileiro. Não é um forte ou castelo, porque foi criada numa época peculiar do nefasto tráfico de escravos para continuar a escravatura sem ser detetada.

Ver também:

- Porto Seguro, Brasil.

 

BETANCURIA

BETANCURIA

Localidade da Ilha de FuerteventuraCanárias, Reino de Espanha. 

Santa María de Betancuria é a cidade mais antiga da ilha, fundada em 1405 por Jean de Béthencourt. O nome deriva de uma capela dedicada a Nossa Senhora de Béthencourt, do mesmo tempo da fundação da povoação.

Jean de Béthencourt foi um explorador e conquistador normando das Canárias, ao serviço de Castela, chegando a usar o título de Rei das Canárias. Nasceu em 1361 no castelo de Grainville-la-Teinturière. Tinha também, entre outros, o senhorio da povoação de Béthencourt-sur-Mer, na vizinha Picardia, norte de França.

O topónimo e antropónimo Béthencourt tem origem no nome germânico Betten / Betto, com a terminação -court, comum no norte da França, que significa «pátio, corte, quinta, propriedade».

Jean de Béthencourt deixou a governação das possessões canárias ao seu sobrinho Maciot de Béthencourt. Os descendentes de Maciot estão na origem do nome de família Béthencourt, Bettencourt, Bitencourt e outras variantes, muito comuns nas ilhas Canárias, Madeira e Açores.

 

20 março 2025

SAMODÃES

SAMODÃES

Freguesia do concelho de LamegoAlto Douro, Portugal.

Segundo Dwaart Terraceltica:

«O termo ou étimo "SAM" Celta relacionado com termo gaélico irlandês e escocês samain, samuin e Samhna ou SAMONIOS do calendario gaulês descoberto em Coligny, França. Tudo se refere ao FIM do Verão (confronte-se com Summer) e o início do Inverno e do NOVO ANO da roda do calendário celta data de grandes festividades de onde derivaram o Halloween e o dia de Finados ou de Todos-os-Santos. Então SAM refere-se literalmente a Terras do Poente e Terra das colheitas. Ah, é verdade, existe para além de outras terras com "SAM", a de SAMÕES, freguesia pertencente a Vila Flor, Trás-os-Montes, Norte de Portugal.»

Outras opiniões na Toponímia da Gallaecia:

https://www.facebook.com/photo/?fbid=5558566177511378&set=gm.2876631082637413&idorvanity=1687756998191500

 

ALGOSO

ALGOSO Vila e antiga freguesia do concelho de  Vimioso ,  Trás-os-Montes e Alto Douro , Portugal. «A antiga vila transmontana de Algoso foi ...