CABINDA
Enclave e província angolana, separada do resto de Angola pelo Rio Congo ou Zaire e pelo Território de Moanda, uma faixa de 40 km de largura no litoral, que é o acesso da República Democrática do Congo ao mar. A capital de Cabinda é a cidade com o mesmo nome.
Segundo o historiador Joaquim Martins, o nome Cabinda tem origem na aglutinação da última sílaba de Mafuca com Binda, nome de um cavalheiro e dignitário do rei de Ngoio. Mafuca nos antigos reinos de Loango, Cacongo e Angoio-Nagoio era uma espécie de intendente-geral do comércio e dignitário do rei que, em nome deste último, tratava de todas as transações comerciais. Binda era o nome do Mafuca naquela época. Alberto Oliveira Pinto nega a explicação da origem do nome: «a palavra Cabinda designava, por isso, toda a baía onde se situava o porto africano pré-colonial de Tchioua, chamado Porto Rico pelos europeus no período subsequente do tráfico de escravos para o continente americano.» (https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-AKBH5P)
Os movimentos separatistas e independentistas de Cabinda surgiram em meados do século XX, reclamando a separação de Angola com base formal no Tratado de Simulambuco, de 1885, que colocou Cabinda sob protetorado português. Em 1962 foi formada a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), que continua reclamando a independência do território. A FLEC proclamou em 1 de agosto de 1975 a República de Cabinda, antes da independência de Angola, mas não foi reconhecida e as forças angolanas do MPLA passaram a controlar Cabinda.
«De 1827 a 1830, a Armada Imperial Brasileira estabeleceu a base naval da Divisão Naval do Leste no território de Cabinda, fazendo deste efetivamente o único território colonial brasileiro fora da América do Sul.» (https://medicareclub.ao/index.php?route=club/guide/province&province_id=11)
O Pau-de-Cabinda (Pausinystalia macroceras) é uma árvore africana de cuja casca é feita uma infusão conhecida pelo seu efeito afrodisíaco.
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