05 agosto 2024

FARO

FARO

Capital do Algarve, Portugal.

«O nome da capital do Algarve vem do antropónimo arábico Harun, 'Aarão', através do português arcaico Fárão; foi o nome dado à antiga cidade de Santa Maria pelos conquistadores árabes em 1052, e mantido após a Reconquista. O mesmo topónimo, aplicado a várias localidades do Norte de Portugal e da Galiza, vem do latim pharus, 'farol', e da sua forma medieval Farum

«O primitivo nome OSSÓNOBA deriva da expressão fenícia OSSON ÊBÁ, armazém no sapal, e reporta-se ao período em que é estabelecido um entreposto comercial no morro da Sé, ou seja, por volta do séc. VIII aC.

Durante o período romano desenvolveu-se na cidade uma importante comunidade cristã ligada ao culto de Santa Maria. A designação SANTA MARIA DE OSSÓNOBA surge no séc. V com a conquista visigoda e como resultado da cristianização da cidade. O nome OSSÓNOBA prevaleceu no início da ocupação árabe, referindo-se tanto à cidade como à região, podendo transcrever-se de três formas distintas: UKXUNBA, UKXUNUBA e UKXUNYA.

Durante as revoltas moçárabes do séc. IX, o termo OSSÓNOBA desaparece prevalecendo o de SANTA MARIA ou SANTA MARIA DO OCIDENTE, em oposição a Santa Maria do Oriente, junto a Valência.

Após o governo de Said Ibn Harun na taifa de Santa Maria, no séc. XI, a cidade passa a designar-se SANTA MARIA IBN HARUN. Ainda antes da conquista da cidade por D. Afonso III, várias designações lhe são atribuídas por Cruzados que se dirigiam à Palestina – SANCTA MARIA DE HAYRUN, SACTAM MARIAM DE PHARUN, SANCTA MARIA DE FARUN, HAIRIN, HAIRUN, PHARUM, FARUN.

No séc. XIII os portugueses designam a cidade por SANCTA MARIA DE FAARON ou SANCTA MARIA DE FAARAM. Nos séculos XIV a XVII o nome evoluiu para, FAROO e FARÃO.

Finalmente no séc. XVIII a cidade adquire o seu nome actual – FARO. (in “FARO - Evolução Urbana e Património”, Rui M. Paula e Frederico Paula, Edição da Câmara Municipal de Faro, 1993)»

(http://www.civil.ist.utl.pt/~luisg/faro.htm)

«Diz uma lenda que, no século XI, a cidade de Ukxûnuba (Ossónoba) foi assolada por uma fome terrível devido à escassez de pescado. Os moçárabes pediram fervorosamente a intervenção de Santa Maria, colocando uma imagem sua virada para o mar e, como resultado da sua fé, o peixe regressou em abundância. Governava o pequeno reino Mohamed ibn Said ibn Harun, que (se diz) ficou muito impressionado com o milagre e, desde então, permitiu que a sua cidade tomasse o nome de Santa Maria. Seria Santa Maria de Harum que, naturalmente, viria a ser Santa Maria de Faro. Há muitas dúvidas sobre a origem da lenda, mas é certa a devoção da população moçárabe e a relação entre o nome de Faro e o rei ibn Harum.» (Revista da Armada, N.º 574, Junho 2022)

 

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