CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA — CAMPO DE SANT'ANA
Lugar da antiga freguesia da Pena, antes também chamada freguesia de Santana, atual freguesia de Arroios, no centro de Lisboa, Portugal.
Esta praça é um dos vários lugares em Lisboa onde perdura um nome antigo a par do oficial. O antigo Campo de Sant'Ana (ou Santana) em 1879 passou a ser designado por Campo dos Mártires da Pátria, em homenagem aos onze companheiros do general Gomes Freire de Andrade que foram aqui enforcados, suspeitos de conspiração contra o general inglês William Beresford. O Visconde Beresford foi comandante-em-chefe do Exército Português e na prática governador de Portugal durante o exílio da Corte no Rio de Janeiro.
No Campo de Santana situa-se a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, no edifício da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa criada em 1836. Em frente ao edifício encontra-se a estátua do Dr. Sousa Martins (na foto), que é popularmente considerado e cultuado como um santo, apesar de laico, como mostram os inúmeros ex-votos que rodeiam a estátua. O Dr. Sousa Martins, falecido em 1897, é muito mais conhecido que os Mártires da Pátria.
O jardim neste Campo tem o nome de Braamcamp Freire, um historiador e político do fim da monarquia e início da república. No seu tempo tinha a invulgar característica de ser simultaneamente republicano e católico.
No jardim está a placa, do lado esquerdo da imagem, cujo texto, na ortografia da época, é o seguinte:
«Em 18 de outubro de 1817 foram supliciados neste campo por defenderem a liberdade e a integridade da patria os heroicos companheiros do general Gomes Freire de Andrade cujos nomes se recordam á posteridade.
José Joaquim Pinto da Silva, José Campelo de Miranda, José Ribeiro Pinto, Manoel Monteiro de Carvalho, Henrique José Garcia de Moraes, José Francisco das Neves, Antonio Cabral Calheiros Furtado e Lemos, Pedro Ricardo Figueiró, Manoel de Jesus Monteiro, Manoel Inacio de Figueiredo, Μaximiano Dias Ribeiro.
Honra á sua memoria.
Esta lapida significa a homenagem da Câmara Municipal de Lisboa na comemoração do centenario da morte dos gloriosos extinctos. 18 de outubro de 1917.»
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