21 setembro 2024

MALI

MALI

País da África Ocidental, com capital em Bamako.

O nome deriva do Império do Mali (séculos XIII a XVII), mas a sua origem não é clara, podendo ser o nome de uma cidade, de uma região ou de um monarca, sendo depois aplicado a todo o território. Uma das hipóteses é que signifique "o lugar onde mora o rei".

Durante o período colonial europeu o Mali foi chamado Sudão Francês (Soudan français), sem relação histórica nem geográfica como o Sudão (anglo-egípcio) mais a leste, mas localizado na região geográfica do Sudão.

 

SUDÃO (região geográfica)

SUDÃO

Nome dado à região geográfica a sul do Sahel. Deriva do árabe بلاد السودان (Bilad as-Sudan), «Terra dos Negros».

O SUDÃO FRANCÊS (Soudan français) do período colonial tornou-se o Mali (République du Mali) após a independência em 1960.

O SUDÃO ANGLO-EGÍPCIO (Anglo-Egyptian Sudan / السودان الإنجليزي المصري) foi um condomínio colonial entre 1899 e 1956. Tornou-se independente com o nome de República do Sudão (Republic of the Sudan / جمهورية السودان). Foi o maior país africano até à separação e independência da República do Sudão do Sul (Republic of South Sudan) em 2011.

BIR TAWIL — بير طويل

BIR TAWIL — بير طويل 

Bir Tawil é um território que ninguém quer, uma verdadeira terra nullius. Com 2060 km² de superfície (maior que 25 países membros da ONU), Bir Tawil, entre o Egipto e o Sudão, não é reclamado por estes países nem por nenhum outro. É o resultado do traçado colonial da fronteira entre o Egipto e o Sudão. Em 1899 os britânicos determinaram que a fronteira "política" era pelo paralelo 22. Mas em 1902 decidiram que a fronteira "administrativa" na parte leste seguia linhas mais conforme o uso da terra pelas populações. Assim, Bir Tawil ficou do lado do Egipto e o vizinho território de Hala'ib ficou para o Sudão. Como o Egipto só reconhece a fronteira de 1899 e o Sudão a de 1902, o resultado é que os dois países reclamam o chamado Triângulo de Hala'ib, junto ao Mar Vermelho, e nenhum reclama Bir Tawil, no interior.

CALAHONDA

CALAHONDA

Localidade da entidade local autónoma de Carchuna-Calahonda, município de Motril, Andaluzia, Espanha.

O nome significa literalmente «enseada funda».

 

BRUMADO

 

BRUMADO

Município do estado da Bahia, na Região Nordeste do Brasil.

No século XVII os bandeirantes capitaneados por Francisco de Souza Meira, depois de exterminarem as populações tupinambás na região, iniciaram o povoamento do que viria a ser Brumado numa fazenda com o nome de Bom Jesus do Campo Seco. No século XVIII o povoado tomou o nome de Bom Jesus dos Meiras, pertencendo ao município de Livramento do Brumado das Minas do Rio de Contas, depois subordinado ao município de Caetité. Em 1877 o povoado torna-se vila. Em 1931 o nome foi mudado para Brumado, devido ao rio do mesmo nome que banha o município. A vila de Brumado recebeu foros de cidade em 1938.

O nome de Brumado pode derivar de bruma, brumoso, enevoado, nevoento, tempo chuvoso ou horizonte mal definido. A palavra brumado refere-se também a um terreno aurífero cujo produto não cobre as despesas de exploração, assim como matagal baixo e cerrado. Outra teoria remete o nome do rio, e depois da cidade, para bromado, o que contém bromo, ou está por ele contaminado, na mineração de ouro.

ANREADE / ANDRADE

ANREADE, freguesia do concelho de Resende, Douro Litoral, Portugal.

A explicação para o nome é «do baixo-latim [Villa] Antreati, 'a quinta de Andreade', antropónimo de origem obscura que deu o nosso apelido Andrade.» (infopedia.pt)

Contudo, o apelido da família Andrade também existe na Galiza, com origem no antigo couto de Andrade, em SÃO MARTINHO DE ANDRADE, concelho de Ponte d'Eume.

 

COSTA RICA

COSTA RICA

País da América Central, entre a Nicarágua e o Panamá. A sua capital e maior cidade é San José.

A origem mais provável do nome é a crença dos primeiros exploradores europeus, nomeadamente Cristóvão Colombo, na existência de grandes quantidades de ouro.

No período colonial, faziam parte da Capitanía General de Guatemala as províncias de Chiapas, Guatemala (que incluía Belize), San Salvador, Comayagua ou Honduras e a província de Nicarágua e Costa Rica. Em 1821 as províncias centro-americanas declararam-se independentes da Coroa de Castela. Entre 1822 foram anexadas pelo Primeiro Império Mexicano, mas em 1823 juntaram-se numa federação independente com o nome de Provincias Unidas del Centro de América, depois chamada República Federal de Centroamérica (ou Centro América). Chiapas uniu-se ao México em 1824. Belize tornou-se colónia britânica com o nome de British Honduras.

Em 1838 começou a dissolução da República Federal, tornando-se independentes as repúblicas de GuatemalaEl SalvadorHondurasNicarágua e Costa Rica. (O Panamá era um departamento que se separou da Colômbia em 1903.)

20 setembro 2024

GUATEMALA

GUATEMALA

Guatemala deriva do náuatle Kwahtemallan, «lugar de muitas árvores». A capital é Ciudad de Guatemala.

Em 1821 foi declarada na América Central a independência das províncias da Capitanía General de Guatemala: Chiapas, Guatemala, San Salvador, Comayagua ou Honduras e a província de Nicarágua e Costa Rica.

Em 1823 foi declarada a independência das Provincias Unidas del Centro de América, depois República Federal de Centroamérica.

Em 1838 começou a dissolução da República Federal, tornando-se independentes as repúblicas de GuatemalaEl SalvadorHondurasNicarágua e Costa Rica. (O Panamá era um departamento que se separou da Colômbia em 1903.)

CASTROPOL

CASTROPOL
Concelho da Comarca do Eo-Navia, na zona ocidental das Astúrias, reino de Espanha, onde é falada uma variante da língua galego-portuguesa.
«Castropol significa "o castro de Paulo". É o resultado da união de dois elementos, o primeiro comum a Castrillón, o latim Castrum, mas o segundo, -pol, seria justificado provavelmente de Pauli, genitivo do nome pessoal Paulum. A transferência do nome do possuidor ou chefe local para Castrum é algo que já aparece epigraficamente atestado na época romana.»

Traduzido de Toponimia Asturiana, Xose Lluis García Arias, © Editorial Prensa Asturiana, https://mas.lne.es/toponimia/index.php?leer=837&palabra=Castropol.
 

AVENIDA ALIANÇA POVO - M.F.A., Almada

AVENIDA ALIANÇA POVO - M.F.A., Cacilhas - Cova da Piedade, Almada, Estremadura, Portugal.

O nome desta avenida — Aliança Povo-MFA — teve origem no projeto de «fomentar a participação revolucionária das massas», para «implantação de verdadeiros órgãos de poder popular» e «defender a Revolução dos ataques das forças reaccionárias», durante o processo revolucionário em 1974 e 1975.

O M.F.A. — Movimento das Forças Armadas — foi o grupo de militares responsável pelo derrube do regime ditatorial em 25 de Abril de 1974.

(http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=poderpol17)

 

BURUNDI — UBURUNDI

BURUNDI — UBURUNDI

Repuburika y’Uburundi — République du Burundi

Pequeno país africano, na margem nordeste do Lago Tanganhica (Tanganyika).

O nome deriva do Rei do Burundi (século XVI), que era dum sítio chamado Buha. Outra teoria é que tem a mesma origem do nome do vizinho Ruanda, de ikirundo, «grupo de pessoas, tribo». Há ainda a explicação que Urundi Ruanda significa «outro Ruanda».

Após a Primeira Guerra Mundial, a Liga das Nações atribuiu à Bélgica o território colonial alemão de Ruanda-Urundi. Em 1962 os dois países tornaram-se independentes com os nomes de Ruanda e Burundi.

ANTSIRANANA — DIEGO-SUAREZ — DIOGO SOARES

ANTSIRANANA — DIEGO-SUAREZ — DIOGO SOARES

Cidade no norte de Madagáscar, capital da região de Diana e da antiga província de Diego-Suarez / Antsiranana, também chamada Antsirane.

Antsiranana em língua malgaxe significa «porto». Até 1975 o nome da cidade e da província foi Diego-Suarez, mudando para Antsiranana com a política de malgaxização. Diego-Suarez é a forma espanholada, usada por franceses e outros, do nome do explorador português Diogo Soares, chamado o Galego, que em 1543 descobriu a grande baía no norte da ilha.

A antiga província de Diego-Suarez / Antsiranana foi dividida em duas regiões. A ocidental, onde se localiza Antsiranana, chama-se Diana, que é um acrónimo das iniciais dos distritos constituintes: Diego I & II, Ambilobe, Nosy Be, Ambanja. Portanto, Diogo Soares ainda tem uma letra na toponímia de Madagáscar.

 

VILA PRAIA DE ÂNCORA

VILA PRAIA DE ÂNCORA

Vila e freguesia do concelho de Caminha, Minho, Portugal.

Até 1924 a aldeia chamava-se Santa Marinha de Gontinhães. Ao ser elevada a vila, o nome foi mudado para Vila Praia de Âncora.

A igreja de Santa Marinha de Gontinhães foi fundada «pelo organizador e pelos povoadores da “villa Guntilanis”, na segunda metade do século IX, ao tempo da presúria do conde de Tui, Paio Vermudes, e dos “forciore” de sua estirpe.» O nome, de origem germânica, refere-se à "villa" (quinta) de Guntila: Guntilanis > Guntiães > Gontinhães.

(Caminha e seu concelho, Câmara Municipal de Caminha, 1985)

ANO-BOM

ANO-BOM

A ilha mais pequena, mais isolada e mais meridional do Golfo da Guiné.

A Ilha de Ano-Bom, oficialmente chamada Annobón, faz parte da República da Guiné Equatorial. Localiza-se no Golfo da Guiné, 100 milhas náuticas (186 km) a sul da Ilha de São Tomé e a 190 milhas náuticas (350 km) da costa do Gabão. A ilha tem 17,5 km² e pouco mais de 5.000 habitantes. A sua capital é San Antonio de Palé (em português Santo António da Praia).

Ano-Bom foi descoberta pela frota do navegador português Fernando Pó (ou Fernão do Pó) no 1.º de janeiro de 1472. Devido ao dia, foi-lhe dado o nome de Ano-Bom como sinónimo de ano novo. Ficou sob domínio português até 1778, quando se tornou uma possessão espanhola, em conjunto com outros territórios do Golfo da Guiné, por troca com territórios na América do Sul.

Em 1968 a Guiné Espanhola tornou-se independente sob o nome de Guiné Equatorial. Durante a ditadura de Macías Nguema a Ilha de Ano-Bom foi por algum tempo chamada Pagalú.

A Ilha de Ano-Bom foi povoada principalmente por angolanos, santomenses e portugueses. Devido a essa herança, a língua mais falada na ilha é um crioulo português chamado fá d'Ambô ("fala de Ano-Bom"). No entanto, o idioma espanhol é a língua oficial da administração pública e ensino, tal como no resto do país. Com a adesão da Guiné Equatorial à CPLP, a língua portuguesa ganhou também um estatuto oficial. Contudo, a principal ligação do país à lusofonia é o crioulo de base lexical portuguesa falado na ilha de Ano-Bom.

Texto publicado originalmente em:

https://salvador-nautico.blogspot.com/2016/12/ano-bom.html

 

GHANA — GANA

GHANA — Republic of Ghana — GANA

País da África Ocidental, no Golfo da Guiné. A sua capital é Accra.

O nome da República do Gana tem origem no império medieval do Gana, Ganata ou Uagadu (em inglês Ghana, Ghanata, Wagadu), localizado a noroeste, fora do atual Gana, na atual Mauritânia e Mali. O nome era o título do monarca e Gana significava «chefe guerreiro». Os soninqueses (mandingas) chamavam-lhe Uagadu, «lugar do Uague» ou «terra de grandes rebanhos».

Apesar de o Império do Gana ter existido fora dos limites da colónia britânica da Costa do Ouro (Gold Coast), o líder nacionalista Kwame Nkrumah recuperou o nome africano para o novo país, que em 1957 foi o primeiro da África subsaariana a alcançar a soberania. Nkrumah e o moderno Gana influenciaram os processos de independência das outras colónias na década seguinte. Também a bandeira ganesa, com as cores pan-africanas da bandeira da Etiópia independente e a estrela negra, influenciou muitas outras bandeiras dos novos países africanos.

No período colonial europeu, a região do atual Gana foi chamada Costa do Ouro pelos portugueses, que estabeleceram em 1482 a feitoria e castelo de São Jorge da Mina (na atual cidade de Elmina). As possessões portuguesas foram posteriormente tomadas pelos holandeses e britânicos. O castelo ou fortaleza da Mina é o edifício europeu mais antigo da África subsaariana continental (a Cidade Velha, na Ribeira Grande de Santiago, Cabo Verde, é mais antiga).

As outras potências europeias na zona traduziram o nome português: Goudkust em neerlandês, Gold Coast em inglês, Guldkyst em dinamarquês, Guldkysten em sueco, Goldküste em alemão (com uma colónia brandemburgo-prussiana chamada Groß Friedrichsburg).

QUILOMBO DOS PALMARES

QUILOMBO DOS PALMARES O mais importante quilombo da era colonial no Brasil . Localizava-se na Serra da Barriga , na então Capitania de Pern...