27 dezembro 2024

ILHA DO FAIAL

ILHA DO FAIAL

Ilha do grupo central do arquipélago e Região Autónoma dos Açores, Portugal. A sua única cidade e município é a Horta.

A palavra faial significa mata ou bosque de faias. Nas ilhas dos Açores e da Madeira, a faia (Myrica faya) é uma pequena árvore, da família das Miricáceas, que pode atingir mais de dez metros de altura. Os seus frutos são comestíveis, carnosos, de cor escura quando maduros. Também é chamada faia-das-ilhas, faia-da-terra, samoco e samouco. O nome deriva do latim fagea, de fagus, «faia».

Um faial é também um local escarpado, alto, alcantil, um despenhadeiro entre rochedos.

Faial é igualmente uma freguesia do concelho de Santana, Ilha da Madeira. Faial da Terra é uma freguesia do concelho da Povoação, Açores.

A zona mais ocidental da ilha é a terra portuguesa mais nova (na foto inferior esquerda), visto que foi criada pela erupção do Vulcão dos Capelinhos, em 1957-58.

26 dezembro 2024

TOPÓNIMOS SUEVOS EM VILA VERDE

VILA VERDE

Vila e concelho do Minho, Portugal.

O mapa destaca as freguesias, cerca de metade, com topónimos suevos, segundo mapa de Xicodaponte.

 

VILA POUCA

|> Galiza: VILAPOUCA - lugares dos concelhos da Estrada, Forcarei e Tui.

|> Portugal: VILA POUCA, lugares dos concelhos de Póvoa de Varzim, Oliveira do Hospital, Coimbra, Mafra, Mortágua, Fafe, Marco de Canaveses, Castro Daire, Cinfães, Resende, Pombal, Santa Comba Dão, Ansião, Amares.

Concelho de VILA POUCA DE AGUIAR, em Trás-os-Montes

«Vila por ter origem duma antiga Villa romana ou seja uma quinta de gente abastada; Pouca vem da palavra pauca do latim que significa pouca, parca, pequena; Aguiar por ser lugar rochoso e inóspito, povoado de muitas águias, aquila em latim (...) 

Sobre a origem do actual topónimo Vila Pouca há outras opiniões. Assim, o Abade de Miragaia (Enciclopédia Portuguesa e Brasileira) diz que o nome Pouca "de modo nenhum minimiza a terra ou as suas gentes, antes, pelo contrário, as eleva e exalta". Quer com isto afirmar (embora periclitantemente) que, Vila Pouca foi a célebre cidade romana Cauca, que se sabe ter existido na Península Hispânica, onde teria nascido o imperador Teodósio I o Grande (...) P.e Carvalho, não é da mesma opinião (...) "Pouca, nada tem a ver com Cauca e isso prova-o sem qualquer dúvida, a fonética, por ser impossível tal fenómeno Cauca dar Pouca e, até por ser inexplicável e incompreensível a ligação ao substantivo Vila". O Dr. Leite de Vasconcelos (...) afirma, sem margem de dúvida, que a origem de Pouca vem do adjectivo latino pauca. Talvez que um argumento forte seja o facto de os romanos classificarem as cidades de grandes, pequenas e médias. Desta feita, teríamos a grande cidade de Aquae Flaviae (Chaves); a cidade média, Vila Meã pequeno burgo junto das Pedras Salgadas e, a cidade pequena, Vila Pouca de Aguiar.» (http://concelhos.dodouro.com/jornal/vilapoucadaguiar.asp)

 

CHARLOTTETOWN

CHARLOTTETOWN

Capital da província da Ilha do Príncipe Eduardo (Prince Edward Island), Canadá.

O nome da cidade é homenagem a Charlotte of Mecklenburg-Strelitz (Carlota de Meclemburgo-Strelitz, 1744-1818), rainha consorte da Grã-Bretanha e Irlanda, mulher do rei George III (Jorge III).

 

CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA, Lisboa

CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA — CAMPO DE SANT'ANA

Lugar da antiga freguesia da Pena, antes também chamada freguesia de Santana, atual freguesia de Arroios, no centro de Lisboa, Portugal.

Esta praça é um dos vários lugares em Lisboa onde perdura um nome antigo a par do oficial. O antigo Campo de Sant'Ana (ou Santana) em 1879 passou a ser designado por Campo dos Mártires da Pátria, em homenagem aos onze companheiros do general Gomes Freire de Andrade que foram aqui enforcados, suspeitos de conspiração contra o general inglês William Beresford. O Visconde Beresford foi comandante-em-chefe do Exército Português e na prática governador de Portugal durante o exílio da Corte no Rio de Janeiro.

No Campo de Santana situa-se a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, no edifício da Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa criada em 1836. Em frente ao edifício encontra-se a estátua do Dr. Sousa Martins (na foto), que é popularmente considerado e cultuado como um santo, apesar de laico, como mostram os inúmeros ex-votos que rodeiam a estátua. O Dr. Sousa Martins, falecido em 1897, é muito mais conhecido que os Mártires da Pátria.

O jardim neste Campo tem o nome de Braamcamp Freire, um historiador e político do fim da monarquia e início da república. No seu tempo tinha a invulgar característica de ser simultaneamente republicano e católico.

No jardim está a placa, do lado esquerdo da imagem, cujo texto, na ortografia da época, é o seguinte:

«Em 18 de outubro de 1817 foram supliciados neste campo por defenderem a liberdade e a integridade da patria os heroicos companheiros do general Gomes Freire de Andrade cujos nomes se recordam á posteridade.

José Joaquim Pinto da Silva, José Campelo de Miranda, José Ribeiro Pinto, Manoel Monteiro de Carvalho, Henrique José Garcia de Moraes, José Francisco das Neves, Antonio Cabral Calheiros Furtado e Lemos, Pedro Ricardo Figueiró, Manoel de Jesus Monteiro, Manoel Inacio de Figueiredo, Μaximiano Dias Ribeiro.

Honra á sua memoria.

Esta lapida significa a homenagem da Câmara Municipal de Lisboa na comemoração do centenario da morte dos gloriosos extinctos. 18 de outubro de 1917.»

 

25 dezembro 2024

IRUN

IRUN

Cidade da província de Guipúscoa (Gipuzkoa), País Basco (Euskal Herria), Reino de Espanha. Situa-se junto ao Rio Bidasoa, que faz a fronteira com o País Basco Norte (Ipar Euskal Herria), República Francesa.

«Uma teoria 'romana' sugere na raiz 'Iru' esconde-se o conceito de cidade ('hiri'), atribuindo a este facto que as cidades 'bascas' da época partilham hoje uma base toponímica que em nada se relaciona com a sua denominação romana: Irun (Oiasso), Iruña (Pompaelo) e Iruña de Oca (Veleia). Entre aqueles que consideram que não faria sentido chamar Cidade a uma cidade, há quem defenda 'ir' como uma variante antiga de 'ur', água. Com o sufixo locativo '-un', Irun seria um 'lugar de água', definido pelo Bidasoa, pelos seus extensos sapais e pela quantidade de rios e afluentes que condicionavam todo o território. Outros apostam em 'Villabuena' como resultado de 'Iri' e 'hun', que nos dialetos do basco navarro, disse o próprio Loidi, é usado em vez de 'on' com o significado de bom.

Há linhas de argumentação que defendem uma toponímia com origem na flora da região. Junco é traduzido hoje para o basco como 'ihi', mas existe outra versão antiga como 'yun' ou 'iyun' (donde deriva que o nome próprio Juncal diz-se Yune). A extensão desta planta na parte de sapais de Irun justifica esta tese. Há outra teoria equivalente baseada nas zonas mais secas deste território que, antes da ação humana, eram povoadas por fetos, 'ira' em basco. Daí que 'iraun' poderia ser considerado feteira.

Outros associaram-na à questão do três ('hiru' em basco), traduzindo-a alegremente como 'Trindade' ou dando ao 'n' final condição locativa: 'em três'. As explicações posteriores (de que havia três caminhos, três ilhas, três águas, três picos em Aiako Harria...) são descartadas por Loidi, recordando que "qualquer falante basco que queira dizer 'em três' nunca dirá 'irun' mas sim 'irutan'". E como aventurar-se exige mais ousadia do que justificação, acumulam-se em publicações de todos os tipos traduções de Irun como 'Ferro' (do inglês 'iron'), 'Belavista' (que se encontra num dicionário enciclopédico sem qualquer explicação), 'Vila de Fiandeiras' (por tradução direta do verbo basco 'irun'), 'Desfiladeiro' (?), 'Último' (devido a uma palavra árabe com este significado)...»

Traduzido parcial de "Irun, una palabra envuelta en brumas", por Iñigo Morondo, em:
https://www.diariovasco.com/bidasoa/201604/17/irun-palabra-envuelta-brumas-20160417013008-v.html

 

HENDAIA

HENDAIA — HENDAYE

Cidade do País Basco Norte (Ipar Euskal Herria, Pays basque), República Francesa. Situa-se junto ao Rio Bidasoa, que faz a fronteira com a Comunidade Autónoma Vasca (Euskal Autonomia Erkidegoa), Reino de Espanha.

A etimologia do nome basco Hendaia é incerta. Uma hipótese sugere que provém das palavras handi, «grande» e ibaia, «rio», portanto «grande rio», embora a ordem não corresponda com as regras da língua basca.

 

SAN-PÉDRO

SAN-PÉDRO

Cidade da Costa do Marfim (Côte d'Ivoire). É a capital da subprefeitura, departamento e região de San-Pédro e capital do distrito de Bas-Sassandra

No fim do século XV, o navegador português Soeiro da Costa foi o primeiro europeu que alcançou a região, dando-lhe o nome do santo do dia: São Pedro. O poder colonial francês e o país independente mantiveram o nome aportuguesado.

 

CÉLTIGOS

CÉLTIGOS ou CÉLTICOS ?

Oficialmente, San Xulián de Céltigos (São Julião de Céltigos) é uma paróquia no concelho de Ortigueira, no norte da Galiza.

«A forma "Céltigos" realmente é un semi-cultismo, a forma "enxebre" era Céltegos. No final do século XVI aparece atestado (a freguesia do concello de Ortigueira) como "Celtegos": "La iglesia de S. Xillao de Celtegos".» (Xose Gonzalez, https://www.facebook.com/share/p/4uVWaBvCkzJry6Qg/)

GALIZES

GALIZES — VENDA DE GALIZES

Aldeias da freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, Beira Alta, Portugal.

O nome é certamente mais uma referência a galegos ou à Galiza, por origem dos povoadores. É de notar igualmente a existência da aldeia Ribeira de Santiago nas imediações, que também poderia ser uma referência a Santiago de Compostela.

Galizes aparece documentada na Carta de Couto de Lourosa de 1132. Galizes foi uma freguesia do concelho de Nogueira do Cravo até este ser extinto em 1836.

Travels Through Portugal and Spain, During the Peninsular War, por William Graham, em 1820:

«25 de dezembro. Para Galizes, dez milhas, dia de Natal, uma estrada encantadora, mas por chover incessantemente, estávamos tão frios quanto alguma vez senti num mês de dezembro na Irlanda. A estrada é uma das melhores de Portugal; ao lado há bosques de abetos, repletos de lobos. Vimos alguns exemplos deles destruindo tudo o que fosse comestível que aparecesse em seu caminho. (...) Não havia alojamento em Galizes, por isso fomos mandados para Villa Poco [ Vila Pouca da Beira ], onde fomos alojados, parte na aldeia e parte num grande convento. Aqui passámos o dia de Natal, no meio de um conjunto de florestas, conventos, montanhas, rios, lobos, etc. O frio aqui era intenso, com uma chuva miudinha incómoda, mais penetrante que um aguaceiro forte. Jantamos uma sopa miserável, feita de carne dura como couro, e nenhuma fervura a tornaria mais macia. Conseguimos, porém, um pouco de aguardente, que serviu em parte para nos proteger do frio. (...)
No dia 3 [ de março ] chegámos todos a Galizes, um lugar pobre, e aqui conseguimos rações para quatro dias. Já era tão tarde quando chegamos que não conseguimos alojamentos e, por isso, éramos obrigados a entrar em qualquer casa que pudéssemos.»

Galizes é uma das muitas povoações em Portugal com referência a galegos ou à Galiza.

 

SANTA MARTA DE PORTUZELO

SANTA MARTA DE PORTUZELO

Freguesia do concelho de Viana do Castelo, Minho, Portugal.

«Do latim vulgar portucellus, 'passagem do curso de um rio entre duas elevações', derivado de portus, 'porto'. Também se encontra na Galiza.» (infopedia.pt)

«Há notícia desta freguesia no ano de 1136, segundo anota o Padre Avelino Jesus da Costa: per portum de Portuzelu.

Em 1258, na relação das igrejas, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, Santa Marta de Portuzelo aparece entre as pertencentes ao bispado de Tui, sob a designação de Sancta Marta.(...)

O Censual de D. Frei Baltasar Limpo (1551-1580) identifica-a, denominando-a Santa Marta de Riba de Lima, situada no termo de Viana. Dois terços da igreja eram da apresentação do mosteiro de São Romão de Neiva.» (https://www.santamartadeportuzelo.pt/freguesia/historia) 

LESBOS — ΛΕΣΒΟΣ

ΛΕΣΒΟΣ — LESBOS

Ilha na região do Egeu Setentrional (Περιφέρεια Βορείου Αιγαίου), Grécia.

A origem do nome de Lesbos é obscura, podendo significar originalmente «florestada» ou «arborizada». Em hitita era Lazpa.

Segundo a mitologia grega, o nome da ilha é uma homenagem a Lesbos, filho de Lápites, que casou com Mitilene (Μυτιλήνη), que é o nome da capital.

O termo lésbica deriva de Lesbos, por associação à poetisa Safo de Mitilene (Ψάπφω, Σαπφώ, Sappho,  630-570 a.C.), natural da ilha.

 

FEODOSIA — ФЕОДОСІЯ / ФЕОДОСИЯ

ФЕОДОСИЯ — ФЕОДОСІЯ / ТЕОДОСІЯ
KEFE — کفه — ΘΕΟΔΟΣΙΑ FEODOSIA / THEODOSIA

Cidade da Crimeia, a península na Ucrânia disputada pela Federação Russa.

A cidade foi fundada pelos gregos com o nome Θεοδοσία (Theodosía). Os genoveses chamaram-lhe Caffa. No período otomano chamou-se Kefe, assim como em língua tártara da Crimeia. O Império Russo ocupou a região no século XVIII e os russos interpretaram o antigo nome grego como Феодосия (Feodosiya). Os ucranianos chamam-lhe Феодосія (Feodosiya) ou Теодосія (Teodosiya). A maioria da população da Crimeia fala russo.

 

DÍLI

DÍLI

Capital da República Democrática de Timor-Leste.

A primeira capital colonial de Timor foi Lifau, no agora enclave de Oecusse. Em 1769, os portugueses começaram a construir a nova capital na baía de Díli.

"O étimo de Díli parece ser um cognato da palavra zili, «penhasco», em língua búnaque, uma referência à impressionante escarpa que se ergue atrás da cidade." (https://web.archive.org/web/20170214220045/http://www.anps.org.au/documents/June_2006.pdf)

 

24 dezembro 2024

CARTAGENA

CARTAGENA

Cidade da Região de Múrcia, Reino de Espanha.

A cidade foi fundada pelos cartagineses com o nome de Qart Hadasht, que significa Cidade Nova, o mesmo nome da Cartago na atual Tunísia, em África. Os romanos chamaram-lhe Carthago Nova. O nome de Cartagena deriva do acusativo latino Carthaginem, através do árabe Qartayanna.

 

PALESTINA (Equador)

PALESTINA Cidade e cantão homónimo na província de Guayas , República do  Equador . Durante o período colonial, esta povoação era conhecida ...