27 outubro 2024

VISEU / VISEO

 VISEU, cidade da Beira Alta, Portugal. «Do topónimo latino vulgar Viseum, documentado deste o século VI. É possível que esteja relacionado com o ibérico ves, 'montanha' (que aparece em vários topónimos europeus, como Vesúvio). Existe o derivado Viseus.» (infopedia.pt)

«Pode provir de Veseo, de origem latina. (...) Não é de rejeitar a hipótese de a cidade ter tomado a designação do nome pessoal de origem germânica Visói ou Visoy». (João Fonseca, Dicionário do Nome das Terras.)

 VISEU, cidade do estado do Pará, Brasil.

 VISEO, lugar da paróquia de Morquintián, concelho de Muxía, Galiza (segundo as grafias oficiais), Reino de Espanha.

 

AMAZONAS — AMAZÔNIA

AMAZONAS — AMAZÔNIA / AMAZÓNIA

O Rio Amazonas tem o maior caudal e a maior bacia hidrográfica do Mundo. Conforme o critério usado, disputa com o Nilo a maior extensão, com cerca de 7000 km entre a nascente na Cordilheira dos Andes, no Peru, e a foz no Brasil, entre os estados do Pará e Amapá.

O rio tem vários nomes ao longo do seu percurso, entre os quais Amazonas, Solimões e Marañón / Maranhão. No século XVI a expedição do espanhol Francisco de Orellana percorreu o rio e terá sido atacada por uma tribo de guerreiras que lhes fez lembrar as amazonas da mitologia grega. Então passaram a chamar ao Marañón o Río de las Amazonas, depois reduzido para Amazonas, sem preposição e artigo.

O Amazonas dá nome ao maior estado do Brasil, ao segundo maior estado da Venezuela, ao maior departamento da Colômbia e a um departamento do Peru.

AMAZÔNIA / AMAZÓNIA* é a região natural ou bioma que engloba a maior parte da bacia do hidrográfica do Rio Amazonas, com cerca de 7.000.000 km². Mais de 60% da Amazónia situa-se no norte do Brasil e o restante nos países vizinhos: Peru (mais de 11%), Colômbia, Bolívia, VenezuelaGuiana, SurinameEquador, Guiana francesa. Por outro lado, a floresta ou bioma amazónico ocupa 96% da Guiana francesa, 62% do Peru e 40% do Brasil.

AMAZÓNIA LEGAL é a denominação da área dos estados brasileiros do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, RondôniaRoraima, Tocantins e parte do Maranhão. O conceito foi instituído pelo governo brasileiro para o desenvolvimento da região.

AMAZÔNIA AZUL é o nome dado pela Marinha do Brasil às áreas marítimas brasileiras: mar territorial, Zona Económica Exclusiva (ZEE) e a da extensão da plataforma continental. A expressão alude à comparação com a Amazônia (terrestre) como última fronteira explorada e as suas riquezas, assim como à dimensão semelhante das duas, sendo a Amazônia Azul um pouco menor.

* - A grafia usada no Brasil é Amazônia; em Portugal é Amazónia.

☛ Ver também:
Estados e Regiões do Brasil
- Estado do Amazonas.

 

BALUGÃES

BALUGÃES

Freguesia do concelho de Barcelos, Minho, Portugal. 

«Para a origem do seu topónimo têm-se duas hipóteses conhecidas. A primeira é balugães, ou balugões, espécie de borzeguins, indicando que na terra se faziam muitas balugas, borzeguins ou botas altas com atacadores. A segunda é Balugães a derivação de um genitivo gótico Anis-baluganis

«Balugães era uma abadia da apresentação da Mitra de Braga, por concurso sinodal. As inquirições de D. Afonso III, de 1258 dizem que Balugães fazia parte do julgado de Aguiar, 1ª Alçada e relata: “In Judicato de Aguiar – in parrochia Sancti Martini de Barugaes – el Rey nom est padrom. Item dixerunt que os omees desta collatione pactam voz et caomia al Rey, se fazem; et vam in anuduva et ao castelo e a introviscada; et dam senos frangos por Samcto Johanne da cada fogo, e por Pascua 2 ovos; dam cada mês vida ao Mayrdomo del rey cada um per si de qual vida acabar”

(http://www.balugaes.maisbarcelos.pt/?vpath=/inicio/heraldica/)

 

26 outubro 2024

CÁCERES

CÁCERES

Cidade da Extremadura, Reino de Espanha. O nome em língua extremenha é Caçris

«La tesis que mayor aceptación tiene en la actualidad entre los investigadores, que ya fue apuntada por Solano de Figueroa en el siglo XVII y seguida con posterioridad por Ramón Menéndez Pidal, acepta la procedencia del nombre de Cáceres de Qasras o Qasr As, topónimos con los que era denominada Cáceres en época musulmana, es decir entre los siglos X y XI.

Ambos topónimos provendrían etimológicamente de la voz Castris, un sustantivo latino que, al parecer, fue arabizado bajo las formas Qasras o Qasr As, y que haría alusión particular en este contexto histórico, en su denominación abreviada, a Castris, es decir, a la antigua Castra Caecilia.

Nosotros también creemos, siguiendo la opinión autorizada de Callejo Serrano que la voz Cáceres procede de su antigua denominación onomástica de época árabe: Qasras o Qasr As. Ambos topónimos provendrían, ya arabizados, presumiblemente del sustantivo latino castra, en su derivación o acepción del ablativo Castris. Y en este contexto histórico haría alusión a Castris de los Itinerarios de Antonino y Ravenna, es decir, a la antigua Castra Caecilia, contributa de Norba Caesarina y mansio de la Via Lata.

En efecto, la forma Castris está atestiguada tanto en el Itinerario de Antonino como en el de Ravenna. En el primero de ellos, que cabe situar hacia el siglo III d. C, aparece representada esta mansio como Castris Caecilis, mientras que en el segundo, cuya versión más antigua se remonta al menos al siglo IV d. C., se denomina simplemente como Castris. Aparentemente la reducción onomástica del topónimo Castris Caecilis a la sola mención Castris, respondería, probablemente, a una cierta familarización por parte de las gentes hacia la única mansio de la Via Lata que llevaba este nombre en aquel entonces.

A nuestro juicio, los árabes que conquistaron el pequeño núcleo de población asentado en la actual Ciudad Monumental de Cáceres respetaron su antiguo nombre latino, Castris, arabizándolo bajo las formas Qasras o Qasr As. Sería una adaptación del nombre latino a la fonética árabe. La evolución lingüística del nombre sería quizá: Castra Caecilia < Castris < Qasras < Cázres < Cáceres.

(https://dialnet.unirioja.es/descarga/articulo/58857.pdf)

 

BALTEIRO

 BALTEIRO

➤ Galiza: lugares dos concelhos de Boiro, Cedeira, Gomesende, Maside, Mos, Ribeira, Vila Boa.

➤ Portugal: lugares dos concelhos de Vieira do Minho, Vila Nova de Gaia, Ribeira de Pena, Vila Nova de Poiares, Armamar, Santa Maria da Feira.

Do antropónimo germânico Baltarius ou Baldarius. «Baldeiro. Do antropónimo germânico Baldarius, 'Baldeiro'. Tem a variante Balteiro.» (infopedia.pt)

VILLAFRANCA DE LOS BARROS

VILLAFRANCA DE LOS BARROS

Povoação e município da comarca de Tierra de Barros, no centro da província de Badajoz, Extremadura, Reino de Espanha.

O nome da Terra de Barros é devido aos solos argilosos avermelhados.

A Autovía Ruta de la Plata (A-66) tem a saída com o número 666 em Villafranca de los Barros.

«La localidad pacense de Villafranca de los Barros es conocida como ‘ciudad de la música’. Un nombre que le viene desde tiempos atrás cuando se impuso como costumbre entre los vecinos, congregarse los días señalados y fiestas de guardar, para asistir y participar en espectáculos particulares y públicos cuyo hilo de unión era la música, una costumbre que hoy aún continúa desarrollándose.»

 

PIRESCOXE

PIRESCOXE — PIRESCOUXE

Povoação da freguesia de Santa Iria de Azóia, concelho de Loures, Estremadura, Portugal.

O nome da localidade é registado como Pirescoxe, Pirescouxe, Peres Couche, Pêro Escouche e outras variantes. A câmara municipal e a junta de freguesia organizam o Mercado Medieval de Pero Escouche no Castelo de Pirescouxe. Em placas toponímicas vemos Pirescoxe.

A origem do topónimo é incerta, eventualmente de alguém chamado Pero Escouche ou Pedro Escachia. Outra etimologia, talvez popular, dá a hipótese de alguém coxo chamado Pires, portanto Pires o Coxo.

O castelo de Pirescoxe teve origem a partir de 1442 quando Nuno Vasques de Castelo Branco e sua mulher Joana Zuzarte instituíram um morgadio neste local.

 

SCHENGEN

SCHENGEN

Localidade e comuna no sul do Luxemburgo, junto ao Rio Mosela (Musel, Moselle, Mosel), no ponto da tripla fronteira luxemburguesa, francesa e alemã. Schengen faz parte do cantão de Remich (Réimech). Em 2012 a comuna de Schengen fundiu-se com Wellenstein (Welleschten) e Burmerange (Biermereng).

O nome da povoação apareceu no século IX como Sceidingas. Tem origem na palavra celta scen, relacionada com juncos.

Schengen tornou-se famosa em 1985 por ser o local da assinatura do Acordo e da Convenção de Schengen, que criou o Espaço Schengen. Esta área, sem controlos fronteiriços internos, inclui os países da União Europeia, exceto Irlanda, e os países da Associação Europeia de Comércio Livre: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. Os microestados do Mónaco, San Marino e Vaticano estão na prática incluídos no Espaço Schengen.

http://www.etymologie.info/~e/l_/lu-__gr__.html

 

24 outubro 2024

BURGAU

BURGAU

Povoação e praia na freguesia de Burdens, concelho de Vila do Bispo, Algarve, Portugal.

«Deve o seu nome ao molusco gastrópode marinho, um caracol do mar também conhecido como caramujo ou burrié».

A palavra também significa seixo ou cascalho.

(https://www.cm-viladobispo.pt/pt/menu/211/burgau.aspx)

 

666

666 — Este número na tradição cristã, conforme o livro bíblico do Apocalipse, é o sinal ou número da Besta, a representação do Mal. Por coincidência, em Espanha a Autovía Ruta de la Plata (A-66) tem uma saída com o número 666, em Villafranca de los Barros, região da Extremadura.

«Aqui é preciso sabedoria: o que é inteligente decifre o número da Besta, que é um número de homem; o seu número é seiscentos e sessenta e seis (Apocalipse 13:18)

☛ Ver também:

Villafranca de los Barros.

CABINDA

CABINDA

Enclave e província angolana, separada do resto de Angola pelo Rio Congo ou Zaire e pelo Território de Moanda, uma faixa de 40 km de largura no litoral, que é o acesso da República Democrática do Congo ao mar. A capital de Cabinda é a cidade com o mesmo nome.

Segundo o historiador Joaquim Martins, o nome Cabinda tem origem na aglutinação da última sílaba de Mafuca com Binda, nome de um cavalheiro e dignitário do rei de Ngoio. Mafuca nos antigos reinos de Loango, Cacongo e Angoio-Nagoio era uma espécie de intendente-geral do comércio e dignitário do rei que, em nome deste último, tratava de todas as transações comerciais. Binda era o nome do Mafuca naquela época. Alberto Oliveira Pinto nega a explicação da origem do nome: «a palavra Cabinda designava, por isso, toda a baía onde se situava o porto africano pré-colonial de Tchioua, chamado Porto Rico pelos europeus no período subsequente do tráfico de escravos para o continente americano.» (https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-AKBH5P)

Os movimentos separatistas e independentistas de Cabinda surgiram em meados do século XX, reclamando a separação de Angola com base formal no Tratado de Simulambuco, de 1885, que colocou Cabinda sob protetorado português. Em 1962 foi formada a Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), que continua reclamando a independência do território. A FLEC proclamou em 1 de agosto de 1975 a República de Cabinda, antes da independência de Angola, mas não foi reconhecida e as forças angolanas do MPLA passaram a controlar Cabinda.

«De 1827 a 1830, a Armada Imperial Brasileira estabeleceu a base naval da Divisão Naval do Leste no território de Cabinda, fazendo deste efetivamente o único território colonial brasileiro fora da América do Sul.» (https://medicareclub.ao/index.php?route=club/guide/province&province_id=11)

No período colonial, para além do Congo Francês e do Belga, o território de Cabinda também foi chamado Congo Português.

O Pau-de-Cabinda (Pausinystalia macroceras) é uma árvore africana de cuja casca é feita uma infusão conhecida pelo seu efeito afrodisíaco.

 

23 outubro 2024

BARCARENA

BARCARENA — Freguesia do concelho de Oeiras, Estremadura, Portugal.

BARCARENA — Município do estado do Pará, Brasil.

- Barcarena, Portugal: do árabe Barr Carreina. «He nome composto de Barr, terra, e carra, habitar, e do afixo na, nós, e vem a ser, terra da nossa habitação.» (Vestigios da Lingua Arabica em Portugal, por Fr. João de Sousa, 1789). «Segundo outros, a terminação em ena, invulgar no português, sugeria uma relação com uma origem estranha, associada à ocupação da zona por estrangeiros, no povoamento que se segue à reconquista cristã de Lisboa. Mas na verdade, estas são meras especulações, porque na realidade o nome ancestral de Barcarena foi Barquerene ou Barquerena, talvez resultante de uma expressão mais aportuguesada da provável e original Barrcarreina(https://portugaltorraonatal.blogspot.com/2011/09/freguesia-de-barcarena.html

«De origem incerta, mas parece ser uma variante dialetal de Alcanena.» (?) (infopedia.pt)

- Barcarena, Pará, Brasil: «a origem do nome Barcarena, que remete à influência portuguesa, um reflexo da colonização. Assim como vários outros municípios paraenses, Barcarena tem um nome homônimo a localidades e municípios em Portugal. Na terra lusitana, Barcarena (...) desempenhou um papel crucial no grande império português, sendo o local de engenhos de fabricação de pólvora, um material vital nas conquistas portuguesas na Ásia, África e América. (...) Lugar de tradições, moradores mais antigos contam uma história um tanto diferente sobre a origem do nome do município. Nessa história, o nome Barcarena se originou da presença, no assentamento populacional, de uma grande embarcação (uma barca) que havia sido batizada como “Arena”. A junção das duas palavras fez com que a localidade ficasse conhecida como Barcarena.»

 

VERMOIM

VERMOIM

Freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão, Minho, Portugal.

Originalmente Vermoim teve o nome de Vermudo, Vermudi ou Vermui, derivado do conde galego Forjaz Vermuiz ou Vermuis, filho de Bermudo I Forjaz de Tastâmara, que viveu no Condado Portucalense. Forjaz Vermuiz, vitorioso no combate contra os árabes, acabaria por construir o castelo de Vermoim. Do nome de Vermuiz terá derivado o nome do castelo e posteriormente o da freguesia.(1)

«Do baixo-latim [Villa] Vermudini, 'a quinta de Vermudino'. Tem a variante Vermoil.»(2)

 

BRINDISI — BRINNISI

BRINDISI — BRINNISI

Cidade do Salento ou Península Salentina, na região da Apúlia (Puglia), sul da Itália. A cidade situa-se junto ao Canal de Otranto, que separa a Itália da Albânia. Em Brindisi localiza-se o término da importante estrada romana antiga chamada Via Appia.

O topónimo deriva do latim Brundisium, por sua vez derivado, através do grego antigo Brentesion, do messápio Brention, traduzível por «cabeça de veado». Segundo o linguista Giovanni Alessio as suas origens seriam na verdade pré-indo-europeias.

O nome no dialeto brindisino é Brinnisi.

(http://emeroteca.provincia.brindisi.it/Archivio%20Storico%20Pugliese/1955/Archivio%20Storico%20pugliese%20A.8%201955%20fasc.1-4%20articoli%20PDF/Sul%20Nome%20di%20Brindisi.pdf)

BLANSKO

BLANSKO

Cidade da Morávia do Sul (Jihomoravský kraj), na Chéquia (Česko).

O nome da cidade é originalmente a forma nominativa do adjetivo blanský derivado do antigo substantivo  blana ou bláně, que significa prado pantanoso, surgindo normalmente no local de uma zona desflorestada.

O nome alemão da cidade era Blanz.

https://regiony.rozhlas.cz/blansko-7413116

 

IDANHA

IDANHA ➤ IDANHA-A-NOVA — Vila, freguesia e concelho da  Beira Baixa , Portugal. ➤ IDANHA-A-VELHA — Vila e freguesia do concelho de Idanha-...