10 novembro 2024

VIMIANÇO

VIMIANÇO

Concelho da comarca da Terra de Soneira, Costa da Morte, Galiza.

O topónimo deriva do latín uimen / vimine, «vime», «vímbio». 

O nome na ortografia oficial é Vimianzo.

(https://minerva.usc.es/xmlui/bitstream/10347/2870/1/9788498875782_content.pdf)

BARRANCOS

BARRANCOS

Concelho e freguesia do Alentejo, Portugal, na fronteira com as regiões espanholas da Extremadura e Andaluzia.

A sede do município era na vila de Noudar, mas esta foi-se despovoando desde 1825 e a população e sede do concelho deslocou-se para a vila de Barrancos.

Barrancos é um dos raros concelhos com uma única freguesia. No concelho fala-se barranquenho, uma língua ou dialeto português alentejano com influência dos falares castelhanos da Andaluzia e Extremadura.

Barranco: «1. sulco feito no solo pelas enxurradas; barroca. 2. ravina; precipício. De origem pré-romana».

«De barranco, 'cova alta'. Tem os derivados Barracosa, Barranca, Barrancas, Barrancais, Barrancão, Barranco, Barrancões e Barrancosas.» (infopedia.pt)

Barranco: «Do baixo latim barrancus. Barranco: lugar cavado por enxurradas ou por outra causa; escavação natural; escavação provocada pelo Homem; quebrada de terreno alta e de forte pendente; precipício; obstáculo.» (https://www.dosalgarves.com/revistas/N17/8rev17.pdf)

Barranco: «origem controvertida; tido como proveniente de radicais múltiplos convergentes; provavelmente de uma base pré-romana de latinização tardia barrancus (1094, citada por Du Cange), ocorre em várias línguas românicas, cf. espanhol barranco (1285) 'local de depósito' (Houaiss, ed. eletrônica, 2003)». (https://agendapos.fclar.unesp.br/agenda-pos/linguistica_lingua_portuguesa/945.pdf)

Barrancos: «algar; baianca; barroca; barroco; batoco; biboca; carcavão; carva; córrego; dano; despenhadeiro; embaraço; erro; esbarroudeiro; estorvo; forjoco; fosso; impedimento; infortúnio; miséria; mururé; obstáculo; precipício; quebrada; ravina; ribeiro; runa; sepultura; sulco feito no solo pelas enxurradas.» (https://www.terrasquentes.pt/?page_id=299)

 

QUEENS, New York City

QUEENS

Condado (county) do estado de Nova Iorque e uma das cinco divisões ou distritos (borough) da Cidade de Nova Iorque (New York City), na parte ocidental da Long Island, Estados Unidos da América. Os aeroportos John F. Kennedy e La Guardia situa-se em Queens.

O nome de Queens"Rainhas" em português — é uma homenagem à rainha Catarina de Bragança (Catherine of Braganza, em inglês), consorte do rei Carlos II da Inglaterra (Charles II). Catarina (1638-1705) foi uma princesa portuguesa, filha de D. João IV e de Dª. Luísa de Gusmão. O casamento como Carlos II reforçou a aliança de Portugal com a Inglaterra, à custa de um valioso dote, que incluiu as possessões portuguesas de Tânger e Bombaim. Entre outros costumes, Dª. Catarina introduziu na Inglaterra o consumo de chá.

A estátua de Dª. Catarina no Parque das Nações em Lisboa (na imagem) é uma réplica da que foi feita em Nova Iorque, mas que foi destruída antes de exposta, devido a protestos movidos por preconceitos racistas.

MURÇA

MURÇA

Vila, concelho e freguesia de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

«Correia de Azevedo refere que o nome de Murça dado à própria vila, vem de algum mouro chamado Muça que a tivesse povoado, ou que o seu nome lhe fosse dado pelos Muçauns, árabes–africanos, que algumas vezes invadiram a Lusitânia, antes da ocupação da Península Hispânica pelos mouros entre 713 e 716.

Por outro lado, David Lopes diz que Murça é o nome próprio entre os hebreus, referindo as formas antigas de Moisés, Musa, Muza e Muça.

Pedro Machado apresenta a palavra Murça, como sendo um vocábulo de origem nebulosa, se bem que pertence à abundante família de palavras românicas, entre as quais o castelhano muceta que J. Corominas, (Dicionário Crítico Etimológico de la Lengua Castellana, S.V.), liga ao "b.lat. almucia ou almucium, de origem incierto".

Segundo alguns etimologistas o nome deriva de Ursa, nome antigo que está ligado à lenda da Porca.*

Pela análise dos forais e outros documentos régios, verifica-se que a palavra aparecia nas várias formas: Muça, Muçam e Mussa

(https://www.cm-murca.pt/visitar/concelho/terra-de-historia/a-palavra-murca)

«Do antropónimo árabe Musa, bastante vulgar na época moçárabe; o -r- intercalado deve ter-se estabelecido por volta do século XIV. Em Espanha existe um topónimo correspondente, Murcia. Tem o derivado Murças.» (infopedia.pt)

* - A famosa Porca de Murça, na foto, é uma estátua de um berrão, da cultura dos vetões, um povo celta.

JOU

JOU

Freguesia do concelho de Murça, Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal.

«De origem incerta, mas poderá vir do genitivo latino Jovis, 'de Júpiter', possível referência ao estanho que havia na região e que era tradicionalmente consagrado a Júpiter. Há topónimos semelhantes em Espanha (Jou, Jove) e em França (Jeugny, Juigné, Jougne, etc., formas dialetais do mesmo étimo).» (infopedia.pt)

Jou pertenceu ao extinto concelho de Carrazedo de Montenegro até 1835, sendo integrado no concelho de Valpaços, do qual foi desanexado em 1895, passando então para o concelho de Murça.

 

09 novembro 2024

PEÑÓN DE VÉLEZ DE LA GOMERA

PEÑÓN DE VÉLEZ DE LA GOMERA — حجر بديس

Pequeníssimo território sob domínio espanhol na costa de Marrocos. É uma das anacrónicas possessões espanholas denominadas plazas de soberanía

O penedo (peñón) foi uma ilhota até 1930 quando um terramoto e temporal a uniu ao continente através dum tômbolo (istmo arenoso). O penedo tem apenas 260 metros de comprimento e a fronteira com Marrocos, de apenas 85 metros, no areal, é a mais pequena do mundo. O Peñón de Vélez de la Gomera está permanentemente guarnecido por militares do Grupo de Regulares de Melilla Nº 52, do Exército Espanhol.

O nome árabe do penedo é حجر بديس (Hajar Badis), ou seja «Penedo de Badis». Badis ou Badès é a localidade próxima, na costa. Vélez é a forma castelhana a que chegou o topónimo Badis, tendo sido também grafado Bélez, Beles, Belis, Bades, Badès, Bâdis. Esta localidade corresponde a Parietina no Itinerário Antonino. La Gomera é o nome da região onde se encontra Badis, povoada pelo povo rifenho berbere (amazigh) chamado gomera, gomara ou ghumara (غمارة). (A Ilha de La Gomera, nas Canárias, tem provavelmente a mesma etimologia.)

Como as outras plazas de soberanía, este pequeno território é reivindicado por Marrocos.

☛ Ver também:

Plazas de soberanía.

https://www.tifraznarif.net/pdf/livres/Livres%20esp/PENON%20DE%20VELEZ%20DE%20LA%20GOMERA.pdf
https://web.archive.org/web/20230320190422/https://journals.openedition.org/encyclopedieberbere/1923

 

DUME

DUME

Antiga freguesia do concelho de Braga, Minho, Portugal.

«O seu topónimo, Dume, vem porventura do germânico dom, que significa igreja, basílica ou catedral.»(1) De facto, em países de língua alemã existe o topónimo Dom, derivado do latim domus ecclesiae ou domus (dei) episcopalis (igreja episcopal ou, literalmente, casa de culto episcopal). Em italiano a palavra duomo também significa catedral.

No século VI, quando Braga era capital do reino suevo, Dume foi sede episcopal e Martinho da Panónia (c.510-580) o seu primeiro bispo. Depois conhecido como São Martinho de Dume, ou São Martinho de Braga, destacou-se na conversão dos suevos do arianismo ao catolicismo. Desenvolveu uma obra eclesiástica e literária importante para a cultura galego-portuguesa. Martinho de Dume substituiu os nomes pagãos dos dias da semana pelo sistema de segunda a sexta-feira, que só existe em galego-português. 

O território da diocese de Dume foi posteriormente incorporado na de Braga.

1 - https://www.ufrds.pt/freguesia.dume.php

 

PARÁ

PARÁ

Rio e estado da Região Norte do Brasil, na Amazónia. A sua capital é Belém.

O nome Pará deriva do tupi-guarani pa'ra, que significa «mar», «rio-mar» ou «rio do tamanho do mar». O Rio Pará é uma ligação do Amazonas até à foz do Tocantins, a sul da Ilha de Marajó, no complexo do delta amazónico. Em alguns pontos é tão largo que não se vê a margem oposta, parecendo o mar.

A partir das duas Capitanias Gerais do Maranhão e do Grão-Pará, no século XVII foi estabelecido o Estado Colonial do Maranhão. Foi depois denominado Estado do Maranhão e Grão-Pará, reestruturado, no século XVIII, como Estado do Grão-Pará e Maranhão, que abrangia o território atual dos estados do Maranhão, Amapá, Amazonas, Pará, PiauíRoraima. Em 1772 foram criados os Estado do Maranhão e Piauí e o Estado do Grão-Pará e Rio Negro. Em 1821 as Capitanias passam a ser denominadas Províncias. Em 1823 a Província do Grão-Pará integrou-se no Brasil, que se tornara independente no ano anterior. A província, depois estado, passou a chamar-se apenas Pará em 1889.

☛ Ver também:
Estados e Regiões do Brasil.
Amazônia.

06 novembro 2024

CORNUALHA em córnico e inglês

TOPÓNIMOS DA CORNUALHA EM CÓRNICO E EM INGLÊS

☛ Ver também:

- Cornualha.

 

DANÚBIO

DANÚBIO 

Danubius vel Danuvius sive Ister est flumen in Europa, quod circiter 2800 chiliometra patet. Danubius oritur in Germania ex fluviolis confluentibus Breg et Brigach. Postremo in Pontum Euxinum influit.

As diversas formas do nome do Rio Danúbio derivam do nome de um deus dos rios, Danu ou Don, por sua vez do proto-indo-europeu *dānu: "rio", "corrente" ou "divindade dos rios".

Os nomes de outros rios europeus que podem vir da mesma raiz indo-europeia são: Donets, Dnieper, Dniester, Don (na RússiaInglaterraEscócia e Bretanha), Dunaj, Dzvina/Daugava, Dysna, Tana/Deatnu, Dão (em Portugal, embora também tenha outras explicações). O nome em grego antigo é Ἴστρος (Ístros).


 

CUADONGA — COVADONGA

CUADONGA — COVADONGA

Paróquia do concelho de Cangues d'Onís / Cangas de Onís, nas Asturies / Astúrias.

Uma explicação para o nome é do latim Cova Dominica, a "cova da senhora", em referência à Virgem Maria. (Ver o texto referido por Dolores González no comentário: https://mas.lne.es/toponimia/index.php?leer=303)

Outra explicação é a origem céltica em Cova d'Onnica, "a cova da fonte".

A mítica Batalha de Covadonga teria ocorrido em 722, vencida por D. Pelágio (Pelayu) e marcando a reconquista cristã da Península, que fora invadida pelos árabes omíadas em 711.

 

BOLIBAR — BOLÍVAR

BOLIBAR — BOLÍVAR

Localidade do município de Ziortza-Bolibar (Cenarruza-Puebla de Bolívar, em castelhano), na província de Bizkaia (Biscaia), Euskadi (País Basco). O topónimo Bolibar significa em basco «veiga do moinho».

Também existem povoações com o nome Bolibar nas províncias bascas de Araba (Álava) e Gipuzkoa (Guipúscoa).

Indiretamente, Bolibar / Bolívar deu origem ao nome da Bolívia, porque Simón Bolívar, El Libertador, líder da independência de vários países sul-americanos, tinha antepassados oriundos desta localidade basca. A Venezuela tem, desde 1999, o nome oficial de República Bolivariana de Venezuela.

 

INSALDE

INSALDE

Freguesia do concelho de Paredes de Coura, Minho, Portugal.

«Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições desse ano, Santa Maria de Insalde é citada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui. Neste documento, cujo original encontra-se na Torre do Tombo, denomina-se "Ecclesia de Meca". Meca é hoje um dos lugares compreendidos por esta freguesia. Em 1320 (…) Insalde, então denominada "Santa Maria de Exaudi". (…) Em princípios do século XVI (…) "Emsalde"».
(http://www.insalde-porreiras.com/?m=historia&id=2665)

Do baixo-latim [Villa] Ansaldi, 'a quinta de Ansaldo'. Existe na Galiza sob a forma Ensalde.

 

WIPPERFÜRTH

WIPPERFÜRTH

Cidade do Oberbergischer Kreis, no estado da Renânia do Norte-Vestfália (Nordrhein-Westfalen), Alemanha.

O nome é devido a um vau (Furt) no Rio Wipper, que é o nome do Wupper no curso superior. Este rio é um afluente do Reno. O nome Wipper ou Wupper deriva de Wippen, que é o ressalto da água nas pedras do rio. 

Wipperfürth foi uma cidade hanseática.

 

UCHA

UCHA

Freguesia no concelho de Barcelos, Minho, Portugal.

1. Do latim ustula, 'ucha', no sentido de 'queimada do mato em terrenos de pousio'. Também se encontra na Galiza, e tem os derivados Uchada, Ucharia, Uchas, Uchinha e Uchinhas.

Ucha: 2. Queimada de mato ou urze; fogueira. Do latim usta-, particípio passado feminino de urere, «queimar».

3. Arca ou compartimento onde se guardam alimentos. Do latim vulgar hutica-, «arca», pelo francês huche, «idem». 
"Ficar à ucha": ficar sem nada. (infopedia.pt)

 

TRAMANDAÍ

TRAMANDAÍ Cidade e município do estado do  Rio Grande do Sul , Brasil. O nome da cidade é o do rio e deriva do tupi-guarani, com diversos po...