15 novembro 2024

PORTOVIEJO

PORTOVIEJO
San Gregorio de Portoviejo

Cidade e cantão na República do Equador. Considerada como a Ciudad de los Reales Tamarindos.

Foi fundada em 1535, junto à costa, como Villa Nueva de San Gregorio de Puerto Viejo. Foi depois mudada mais para o interior. O nome teve as grafias Puerto Viexo, Puerto Biejo, Puerto Viejo e Puertoviejo. A estranha mudança para Porto Viejo ou Portoviejo é explicada deste modo na Wikipedia espanhola:

«La última reforma ortográfica del nombre Portoviejo corresponde al cambio de la palabra castellana puerto por la denominación itálica porto de la cual se argumenta deriva de una posible y dudosa combinación que el cronista y viajero milanés proveniente de la Italia española Girolano Benzoni hizo al contrastar los términos en dos lenguas latinas diferentes transcribiendo el sustantivo puerto en castellano por el italiano porto que provenía de la traducción Porto Vecchio y conservando el mismo adjetivo en lengua castellana, cuestión que derivó en el resultado de la combinación de la palabra ítalo-castellana de Portoviejo, proveniente de sus similares Puerto Viejo en castellano y Porto Vecchio en italiano.»

 

BRENHA / BRENHAL

➤ A BRENHA, no concelho de Vigo, Galiza.

➤ O BRENHAL, no concelho de Riós, Galiza. (toponimia.xunta.es).

Brenhas em Portugal:

➤ BRENHA é o nome de localidades nos concelhos de Penafiel, Figueira da Foz e Leiria;

➤ RIO BRENHAS, no concelho de Moura; 

➤ PEDRA BRENHA, no concelho de Monchique; 

➤ PICO DAS BRENHAS, nos concelhos da Calheta e das Velas, Ilha de São Jorge, Açores.

Brenha significa o mesmo que fraga ou também mata ou matagal espesso, matagal em terreno quebrado. Do céltico *brigna, derivação de briga, «monte; outeiro». (infopedia.pt, estraviz.org)

 

BRASFEMES

BRASFEMES

Freguesia do concelho de Coimbra, Beira Litoral, Portugal.

«Em 1139 a palavra Brasfemes, aparece nos Documentos Medievais Portugueses, publicados pela Academia Portuguesa de História e nas Chancelarias Medievais Portuguesas como Brafemes.

Recuando até à invasão árabe, que se iniciou em 711, encontramos um registo árabe na zona da actual Brasfemes. Assim, as terras de Brasfemes tiveram como primeiro nome Creixemires / Creixemoil, nome do árabe que conquistou toda a área de Coimbra até Lorvão.(…)

Em 1064 Fernando o Magno reconquista Coimbra e faz-se o consequente repovoamento, tão necessário para a defesa dos territórios. É dado a Alvito Abrafemes a tarefa do repovoamento desta zona.(…)

Numa doação datada de 23 de Abril de 1102, Brasfemes figura com o nome de Abraheme.(…)

Sabe-se ainda que Brafemes, Brasfemes ou Brafemeas antigamente tinha juiz ordinário, escrivão e procurador, postos pela comarca de Coimbra».(1)

«Derivado do antropónimo árabe Ibrahim, 'Abraão'. Um documento de 1102 refere-se a Abrahemes. Existe ainda um lugar chamado Bráfemes, com a mesma etimologia mas com deslocação do acento.»(2)

 

LISBOA

LISBOA

Capital e maior cidade de Portugal, situada na antiga província da Estremadura, na foz do Rio Tejo. A Área Metropolitana de Lisboa engloba municípios a norte da cidade e os localizados a sul entre o Estuário do Tejo e o Estuário do Sado.

O nome de Lisboa tem origem discutível. Chamava-se Olisipo quando foi conquistada pelos romanos, posteriormente alterado para Olisippo e em latim vulgar Olissipona. Após a conquista da Lusitânia, os romanos concederam-lhe o título de Felicitas Julia (Felicitas Iulia Olisipo), recebendo a qualidade de municipium e a cidadania romana para os seus habitantes. Os visigodos chamaram-lhe Ulishbon. Os mouros muçulmanos adaptaram o nome de Ulishbon ou Olissipona para al-Ushbuna ou al-Lixbuna.

A lenda que atribuiu a fundação de Olisipo/Olissipo ao herói grego Ulisses não tem fundamento documental. Também sem registo comprovativo, Samuel Bochart considera que Olisipo deriva de Allis Ubbo, «Porto Seguro» em fenício. Para Francisco Villar, Olissipo seria uma palavra de origem tartessa.

«De Olisipona, acusativo de Olisipo, nome talvez de origem ibérica, através das formas Ulixbona e Lixbona(infopedia.pt)

 

13 novembro 2024

BELMONTE

BELMONTE

Vila e concelho da Beira Baixa, Portugal.

«Contração de belo monte. Encontra-se também em Espanha (Belmonte), França (Beaumont), Alemanha (Schönberg) e outros países.» (infopedia.pt)

«Tudo indica que o nome Belmonte tem a ver com monte e, julga-se igualmente, com belo. (...) Há quem lhe atribua a origem de belli monte (monte de guerra).» (João Fonseca, Dicionário do Nome das Terras)

Belmonte é a vila onde nasceu Pedro Álvares Cabral, o navegador que oficialmente achou o Brasil.
A vila é também famosa pela sua população judaica.

 

DORRA

DORRA

Paróquia do concelho de Antas de Ulha, Galiza.

«O topónimo unicum Dorra é de origem pré-latina e destaca-se pela sua importância histórica, pois deu nome ao Comitatus Durriensis no ano 569, documento no que se menciona Durria como limite do condado. A sua motivação é duvidosa para nós. Ares Vázquez tem em conta a variante antiga Durria para ligar o topónimo com o antropónimo Durrius, variante de Durius, que ademais de nome pessoal foi também nome de rio (gal., port. Douro, cast. Duero) através dum radical indo-europeu *dheu- ‘correr, fluir’. 

Ademais desta atestação, a mais antiga do concelho, Dorra é registada no testamento do bispo Odoario do ano 747, em 1038-1047, em 1216 e outros. No CME e no DGEHE também figura e na GEG menciona-se a paróquia de Dorrea

Texto com adaptação ortográfica de:
Santiso Arias, Andrea (2021). Toponomástica, documentación histórica e estudo lingüístico: unha aproximación á toponimia maior do concello de Antas de Ulla (PDF) (traballo de fin de grao). Universidade de Santiago de Compostela.

 

12 novembro 2024

EDINBURGH — DÙN ÈIDEANN

EDINBURGH — DÙN ÈIDEANN

Capital da Escócia (Scotland / Alba).

Edin deriva de Eidyn, o nome em língua cúmbrica (celta) da região cujo centro era o Din Eidyn, «Forte de Eidyn». O nome evoluiu em gaélico escocês (celta) para Dùn Èideann. Na língua ânglica escocesa (da família germânica, como o inglês) din foi substituído por burh, burg, transformando-se Din Eidyn em Edinburgh, que é a forma também usada em inglês. A origem de Eidyn é desconhecida.

Edingburgh também é chamada Dunedin, adptando o galélico Dùn Èideann. Nos dialetos escoceses encontram-se variantes como Embra, Embro e Edinburrie.

O nome é normalmente aportuguesado para Edimburgo.

 

BORDEIRA e BORDIGHERA

Os dois nomes podem não ter qualquer relação, mas o lígure fez-me lembrar o algarvio.

➤ BORDEIRA — Freguesia do concelho de Aljezur, na "borda ocidental" do Algarve, Portugal.

➤ BORDIGHERA — Comuna da Ligúria, na República Italiana.

 

SABUGAL

SABUGAL

Cidade da Beira Alta, Portugal.

«De sabugal, 'terra abundante em sabugos'. Tem os derivados Sabugais, Sabugo, Sabugosa, Sabugueira, Sabugueiro e Sabugueses.»

Sabugo ou sabugueiro (Sambucus nigra): 

1. planta de porte arbóreo ou arbustivo, da família das Caprifoliáceas.

2. substância leve e esponjosa que se encontra no interior de certos caules, como o do sabugueiro.

3. parte da espiga (do milho) onde os grãos estão alojados; carolo.

4. parte do dedo a que a unha está ligada.

5. parte pouco resistente dos chifres dos animais.

6. medula dos ossos do porco.

7. parte da cauda dos animais onde nascem as sedas.

Do latim vulgar sabucu. (infopedia.pt)

 

VICTORIA e QUEENSLAND

VICTORIA e QUEENSLAND são dois estados da Austrália (Commonwealth of Australia).

Ambos os topónimos são homenagem à rainha Victoria do Reino Unido (1819-1901).

 

NOIA

NOIA

Concelho costeiro da Galiza

O nome deriva provavelmente de Noega, talvez relacionado com o celta *nouika ou o indoeuropeu *neigw. Entretanto há a etimologia popular, replicada no brasão: 

«Según la leyenda popular, esta villa fue fundada por Noé quien arribó a estas tierras al finalizar el diluvio universal, bautizándola con el nombre de su hija, Noela o Noega. Así el escudo del municipio representa el Arca con Noé asomado a una ventana y la paloma llegando con el ramo de olivo.»

Em português, "noia" é um vocábulo de uso coloquial que significa «paranoia, afetação». (infopedia.pt)

MADAGASIKARA — MADAGÁSCAR

MADAGASIKARA — MADAGÁSCAR

República da África Oriental, a este do Canal de Moçambique; é a quarta maior ilha do mundo.

O nome de Madagáscar não é de origem malgaxe, a língua do país. Os árabes chamaram-lhe Malai Jazaira, «ilha malaia», o que condiz com a origem da população, o que por alteração fonética pode resultar no nome que em latim deu Madagascaria. Outra possível origem para o nome está nos relatos do explorador veneziano Marco Polo (1254-1324), foi o primeiro europeu a referir Madageiscar ou Mandegascar, sendo o nome uma corrupção de Mogadíscio, o porto somali que ele confundiu com uma ilha desconhecida.

O primeiro europeu que teve contacto com a ilha foi o navegador português Diogo Dias, irmão de Bartolomeu Dias, em 10 de agosto de 1500, na segunda armada à Índia, na mesma viagem que aportou ao Brasil com Pedro Álvares Cabral. Sendo dia de São Lourenço, foi este o nome que Diogo Dias deu à ilha.

O nome de Madagáscar em língua malgaxe é Madagasikara. A primeira república (1960-1975), após a independência da França, chamou-se Repoblika Malagasy / République Malgache, em malgaxe e francês, as duas línguas oficiais; a segunda república (1975-1992) foi a Repoblika Demôkratika Malagasy / République démocratique malgache. Desde 1992 o nome oficial é Repoblikan' i Madagasikara / République de Madagascar.

BARRETOS

BARRETOS

Cidade do norte do estado de São Paulo, Brasil.

«A origem de Barretos remete à história dos bandeirantes. Os primeiros chegaram pelos estados de São PauloParanáMato Grosso, e pelo Triângulo Mineiro, seguindo os mananciais dos rios Grande, Tietê e Paranapanema. Os mineiros na primeira metade do século XIX. Desgostosos com a lida na mineração do ouro e das pedras preciosas, abandonaram a batéia e o carumbé, e seguindo as quebradas do Rio Grande, acompanhados da família, de criados e de agregados, desceram pelos vales do Rio Grande e seus afluentes, até o Sertão da Farinha Podre (Uberaba), Arraial Bonito do Capim Mimoso (Franca) e Campos de Batataes. (...)

Dentre inúmeros nomes, (...) destaca-se a figura de Francisco José Barreto, fundador de Barretos e doador de seu patrimônio.

Segundo os registros, Francisco José Barreto tinha sido capataz da comitiva que levou o tenente Francisco Antonio até o Sul de Minas para tomar posse das terras da Barra do Pitangueiras. Após a expedição, o tenente orientou Barreto que seguisse em direção às cabeceiras daquele ribeirão e, após uma certa distância, tomasse posse para si das terras.  

A origem de Francisco José Barreto, no entanto, é historicamente incerta. Uns dizem que era de Carmo dos Tocos (atual Paraguaçu), outros que era natural de São José da Campanha e outros que ele teria nascido em Caldas Velha (hoje Caldas). O certo é que era de origem mineira, de onde saiu com toda família em 1831.

Francisco Barreto e sua esposa Ana Rosa, acompanhados pelos filhos, genros e noras, além de seu irmão Antônio, Simão Antonio Marques, o “Librina”, e sua esposa Joana Maria de Azevedo, filhos, um irmão, e ajudantes andaram por dias a fio, percorrendo longos caminhos e abrindo picadas à força do braço e do facão.

Antes de chegar a Barretos, passaram por São Bento de Aracoara, Arraial Bonito do Capim Mimoso (atual Franca), Mato Grosso de Batatais e Morro do Chapéu (atual cidade de Morro Agudo). Atingiram a barranca do Rio Pardo, alcançando o córrego Cachoeirinha, improvisando canoas para realizarem a travessia do caudal.

Finalmente assentaram-se à beira do Ribeirão das Pitangueiras, num local denominado por “Fazendinha”. Com o passar do tempo, a sede da então Fazenda Fortaleza foi transferida para as proximidades do antigo sanatório Mariano Dias, local onde hoje existe o “Marco Histórico”.

A posse foi registrada em 1845, sendo instalado no local um engenho de cana, onde eram fabricados pinga e rapadura, que eram levados aos vilarejos mais distantes em cargueiros. Francisco Barreto faleceu em 1848 e sua esposa Ana Rosa em 1852.»

https://barretos.sp.gov.br/barretos/historia

 

ENTRADAS

ENTRADAS

Vila e freguesia do concelho de Castro Verde, Alentejo, Portugal.

As explicações para o nome segundo a Junta de Freguesia:

«O nome de Entradas está intimamente ligado aos tempos da transumância dos grandes rebanhos, que desciam das terras frias das Beiras e aqui vinham passar as invernias. Era a porta de entrada para as grandes pastagens dos Campos de Ourique.

No imaginário popular, a vila de Entradas tem o seu nome associado a D. Afonso Henriques, que, quando dela se aproximou para saber o melhor caminho para os Campos de Ourique, onde o aguardava a mítica batalha, foi informado que era ali que começavam, pelo que o soberano rei ordenou que o lugar se passasse a chamar Entradas.

Situada em pleno Campo Branco, peneplanície de solos finos e claros, a vila de Entradas mantém uma organização urbana tradicional (…).

Entradas recebeu foral de D. Manuel I, em 1510, e foi sede do concelho até 1836, passando depois a integrar o concelho de Castro Verde. Historicamente, este território assume também um papel estratégico importante, por aqui ter passado a antiga via que ligava o porto fluvial de Mértola ao interior do Baixo Alentejo.»

https://www.jfentradas.pt/historia/

 

11 novembro 2024

PAÏSOS CATALANS — PAÍSES CATALÃES

PAÏSOS CATALANS — PAÍSES CATALÃES

Territórios de língua e cultura catalã. O termo surgiu no século XIX e é também usado em sentido político, nomeadamente pelo independentismo pan-catalão. Na Comunidade Valenciana a língua catalã é chamada valenciana.

Os Países Catalães estão repartidos por quatro estados soberanos: Andorra, Espanha, França e Itália.

➤ No Reino de Espanha: comunidades autónomas da Catalunha (Catalunya), Comunidade Valenciana (Comunitat Valenciana / País Valencià) e Ilhas Baleares (Illes Balears); Faixa ou Franja de Poente (Franja de Ponent / Franja d'Aragó, na comunidade de Aragão); comarca de El Carxe (na Região de Múrcia).

➤ Na República Francesa: Catalunha do Norte (Catalunya del Nord), no departamento dos Pirenéus Orientais (Pirineus Orientals / Pyrénées-Orientales), em grande parte da antiga província do  Rossilhão (Rosselló / Roussillon), na Occitânia.

➤ Na República Italiana: cidade e comuna de Alghero (L'Alguer), na Sardenha (Sardenya / Sardigna).

➤ Todo o território de Andorra (Principat d'Andorra); a única língua oficial de Andorra é o catalão. Andorra é um estado membro da ONU desde 1993.

☛ Ver também:

Catalunha.

GALEUSCA.

 

TRAMANDAÍ

TRAMANDAÍ Cidade e município do estado do  Rio Grande do Sul , Brasil. O nome da cidade é o do rio e deriva do tupi-guarani, com diversos po...