30 novembro 2024

PRAÇA DOS RESTAURADORES, Lisboa

PRAÇA DOS RESTAURADORES, freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, Portugal.

Esta praça, com o monumento, homenageia os heróis da Restauração da Independência, de 1 de dezembro de 1640, e da Guerra da Restauração que se seguiu. A revolta, iniciada pelos Conjurados, pôs fim a 40 anos de domínio da dinastia filipina dos Habsburgo, da Coroa de Castela, e levou à instauração da dinastia de Bragança, com a aclamação de D. João IV.

A Praça dos Restauradores situa-se entre a Rua 1.º de Dezembro e a Avenida da Liberdade, onde antes se localizava o Largo do Passeio Público. A praça foi criada em 1884 e o Monumento aos Restauradores foi inaugurado em 1886.

29 novembro 2024

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO

Cidade no extremo sudeste do Algarve, Portugal, na foz do rio Guadiana.

Em 1513 já existia neste sítio a vila chamada Santo António da Arenilha. Em 1773 o Marquês de Pombal promoveu neste local a criação duma nova cidade, que veio a chamar-se Vila Real de Santo António. Vila Real refere-se à criação por Carta Régia. A cidade tem algumas características semelhantes à Baixa Pombalina em Lisboa.

Apesar da conservação de Santo António no nome da nova Vila Real, a padroeira da cidade é Nossa Senhora da Encarnação e o feriado municipal é a 13 de maio, um mês antes do dia de Santo António noutras povoações, como Lisboa.

 

CAMARATE

CAMARATE

Vila e freguesia do concelho de Loures, Estremadura, Portugal.

O topónimo Camarate parece derivar do facto de, em tempos, aqui se ter cultivado uma casta de videira chamada camarate ou, em alternativa, pelo facto de, na Idade Média, aqui se situar a Camarata Real, onde pernoitavam os nossos reis, quando se dirigiam para o norte do país. Mais provável é que o nome derive, porém, do nome de uma família berbere que aí se destacou sob a ocupação mourisca: os Banu Qamaratti.

Na imagem, cruzeiro e Igreja de Santiago.

 

GRÉCIA — ΕΛΛΑΔΑ

GRÉCIA — ΕΛΛΑΔΑ
Ελληνική Δημοκρατία — República Helénica

País do sudeste da Europa, com capital em Atenas (Αθήνα).

O nome da Grécia na língua grega moderna (demótico) é Ελλάδα (Elláda). Em grego antigo e katharevousa é Ἑλλάς (Hellás). Hélade é uma forma histórica, em alfabeto latino. O nome oficial completo do estado grego é Ελληνική Δημοκρατία (Ellinikí Dimokratía, "Democracia Elénica"), geralmente traduzido como República Helénica ou República Grega. O gentílico da Grécia é grego ou heleno.

O nome grego do país (Ελλάδα, Ἑλλάς) deriva dos Helenos (Έλληνες, "Éllines"), originalmente uma tribo da Tessália (Θεσσαλία). Na mitologia Heleno (Έλενος) foi filho do rei Príamo (Πρίαμος) e da rainha Hécuba (Εκάβη), de Troia.

Em várias línguas, como em português, Grécia deriva do latim Graecia (em grego Γραικία), ou seja a «Terra dos Gregos». O nome dos Gregos em latim é Graeci, derivado do grego antigo Γραικός, Γραικοί (Graikós), povo oriundo da Beócia (Βοιωτιά). Provavelmente a palavra tem origem numa raiz proto-indo-europeia *ǵerh₂- que significa «velho» ou «envelhecer».

A região do sul da Itália, incluindo Sicília, onde se estabeleceram os Gregos antigos foi chamada Magna Grécia (em latim Magna Graecia, em grego Μεγάλη Ἑλλάς). Na região ainda há populações que falam um dialeto grego, chamado localmente grico.

 

SESIMBRA

SESIMBRA

Vila e concelho da Estremadura, Portugal.

«Do latim sisymbrium, nome de uma erva.» (infopedia.pt)

«Até ao século XV, inícios do XVI, a vila localizava-se no interior do Castelo, tendo-se, com os alvores da modernidade, deslocado progressivamente para a frente marítima, passando a denominar-se Póvoa da Ribeira de Cezimbra.

Segundo João Fonseca (Dicionário do Nome das Terras), a tese mais provável parece ser a que se apoia num documento do século IV que refere o nome dos povos que habitavam a região — os Cempsos. Sesimbra derivará de Cempsibriga ou Censibriga, «burgo dos Cempsos».

 

VILNIUS

VILNIUS

Capital da Lituânia.

> The name of the city originates from the Vilnia River (or Vilnelė), from the Lithuanian word for "ripple", or from vilnis ("a surge") or vilnyti ("to surge"). The city has also had many derivative spellings in various languages throughout its history: Vilna was once common in English. The most notable non-Lithuanian names for the city include Polish: Wilno, Belarusian: Вiльня (Vilnia), German: Wilna, Latvian: Viļņa, Ukrainian: Вільно (Vilno), Yiddish: ווילנע (Vilne). A Russian name from the time of the Russian Empire was Вильна (Vilna), although Вильнюс (Vilnyus) is now used. The names Wilno, Wilna and Vilna were also used in older English-, German-, French- and Italian-language publications when the city was one of the capitals of the Polish–Lithuanian Commonwealth and an important city in the Second Polish Republic. The name Vilna is still used in Finnish, Portuguese, Spanish, and Hebrew: וילנה. Wilna is still used in German, along with Vilnius.

> Vilniaus pavadinimas kilęs nuo Vilnios upės, kuri teka pro miestą. Upėvardis Vilnia sietinas su bendriniu lietuvių kalbos žodžiu vilnia (bendrinėje kalboje įsigalėjęs variantas vilnis). Senoji Vilniaus vardo forma Vilnia žinoma rytų Lietuvos tarmėse. Apie XV a. įsigalėjo vardo forma Vilnius, kuri padaryta pagal tą patį modelį kaip Alyta (upės vardas) ir Alytus (miesto vardas). Vardo Vilnius formos yra užrašytos XVI amžiaus lietuviškuose raštuose. Lotynų kalboje yra išlikusi senoji Vilniaus vardo forma Vilna. Upėvardis Vilnia kildinamas nuo žodžių vilnis („vandens kauburys, banga“), vilnyti („kilti vilnims, banguoti, gūsiais lieti“).

Na foto a Gedimino pilis (Torre do castelo de Gediminas) e Rio Neris.

 

ITÁLIA

ITALIA — REPUBBLICA ITALIANA

País do sul da Europa, no centro da região do Mediterrâneo, constituído pela Península Itálica e pelas ilhas da Sicília, Sardenha e outras menores. A sua capital é Roma. A unificação do estado moderno ocorreu em 1861. San Marino e Vaticano são estados independentes e enclaves no interior da Itália. A Córsega (Corsica) foi anexada pela França em 1769.

Na antiguidade o nome Itália designava só o sul da península, nomeadamente a região da Calábria, estendendo-se posteriormente para norte. Há numerosas propostas para a etimologia do nome da Itália, tanto históricas como mitológicas, entre as quais as seguintes:

- De Ítalo (em latim Italus; em grego Ἰταλός), rei lendário dos Enótrios, no sul da península.

- De uitelus / vitulus em latim ou uitlu / vitlu em osco-umbro, ou seja vitelo (touro, bezerro ou novilho).

- Do grego Ουιτουλια (Ouitoulía), que significaria «Terra dos Vituli», isto é dos vitelos ou touros. No sul da península encontram-se de facto vários topónimos ligados a "touros" e a "bovinos", assim como uma localidade chamada Itala. 

- Do grego Ἰταλόί (Italói), o povo que habitava a atual Calábria. Por outro lado os Gregos que se estabeleceram no sul da península, a região chamada Magna Grécia (Magna Graecia, Μεγάλη Ἑλλάς), referiam-se a si mesmos como Italiotas (em grego antigo Ἰταλιώτης ou Ἰταλιῶται, Italiotai), ou seja "da Itália", porque viviam na terra dos Italói.

- Do grego Αιθαλεια (Aithàleia), «ardente, fumegante», em referência às manifestações vulcânicas no sul da Itália, incluindo ilhas.

- Segundo Frederik Poulsen, a palavra Vitulus relativa aos símbolos de vitelos ou touros perdeu o V com a chegada dos Gregos, tornando-se apenas Itulus, donde teria origem a palavra Italia.

 

DAR ES SALAAM

DAR ES SALAAM

Maior cidade e antiga capital da Tanzânia.

O nome em árabe é دار السلام e significa «Casa de Paz» ou «Morada de Paz».

 

28 novembro 2024

EIRA DA BOUÇA

EIRA DA BOUÇA

Lugar da freguesia de Piódão concelho de Arganil, Beira Litoral, Portugal.

«De bouça, 'terreno inculto' (do latim vulgar baltea). É muito frequente em Portugal e na Galiza, onde aparece sob a forma Bouza. Tem os derivados Boição, Boiças, Boiçó, Bouçã, Bouçal, Bouçães, Boução, Bouças, Bouceiras, Bouceiro, Bouceiros, Boucela, Boucelha, Boucelhas, Boucilhos, Boucinha, Boucinhas, Boucinho, Bouço, Bouçó, Bouções, Bouços e Bouçós.»

«1. terreno delimitado em que se criam pinheiros, eucaliptos, carvalhos e mato. 2. terreno inculto. Do latim baltea, neutro plural do adjetivo balteu-, "que cinge"». (infopedia.pt)

«(1) Terreno cercado em que crescem árvores de várias classes, como pinheiros, castanheiros, carvalhos, e por debaixo tojos, urzes, matas, etc. (2) Terreno que está a monte. Devesa. Terra inculta convertida em matorral e cheia de maleza. (3) Terreno de monte preparado para segmentar centeio.» (estraviz.org)

Eira: «1. terreno liso e duro ou lajeado, onde se desgranam e secam os cereais e os legumes. 2. terreiro onde se junta o sal que se tira das marinhas. 3. lugar onde se seca a cana-de-açúcar. 4. espécie de gato-bravo. Do latim area-, "espaço livre; eira"». (infopedia.pt)

«Outro elemento de primeira importância para a fertilidade das terras amanhadas é o mato dos chãos de bravio constituindo a bouça complementar de toda a propriedade rústica.»

- Ramalho Ortigão, As Farpas, 1887.

 

BRAMAPUTRA — BRAHMAPUTRA — ब्रह्मपुत्र

BRAMAPUTRA — BRAHMAPUTRA — ब्रह्मपुत्र

> Rio do Tibete (China), Índia e Bangladesh. Significa “Filho de Brama”, em sânscrito.

> “Son of Brahma” in Sanskrit.

 

GULBENE

GULBENE

Cidade e município (Gulbenes novads) da região de Vidzeme / Vidūmō, Letónia.

O nome deriva de gulbis, «cisne». O seu nome alemão Schwanenburg também se refere a cisne (Schwan).

 

BORBA / BORBÉM

> BORBA, Alentejo, Portugal. «De origem discutida, mas talvez do termo céltico borba, 'nascente de águas termais'.» (infopedia.pt)

> BORBA DE MONTANHA, freguesia do concelho de Celorico de Basto, Minho, Portugal.

> BORBA DE GODIM, freguesia do concelho de Felgueiras, Douro Litoral, Portugal. «Borba é a designação primitiva do local: Godim a do seu possuidor, godo. Segundo Martins Sarmento, Leite de Vasconcelos e Joseph Piei, o termo Borba é uma curiosa reminiscência toponímica do antigo deus romano, “cujo culto testemunham duas inscrições conservadas hoje em Guimarães e procedentes ambas das termas sulfurosas de Vizela”, o termo é celta e significa “nascente”. Godim tem origem em Gondint, do nome germânico Godinos que aparece no OM, já em 951. O termo indica possuidor duma vila rústica medieval; a raiz god significa bom. Portanto, temos que Godim foi um bom proprietário de Borba.» (http://vilacovadalixaeborbadegodim.pt/site/toponimia-de-borba-de-godim/). «O seu nome deriva dos nomes do deus celta das águas, Borba, e do nome do seu proprietário suevo, Goodwin.» (pt.wikipedia.org)

> PAÇOS DE BORBÉM, concelho da comarca de Vigo, Galiza.

 

ALCÂNTARA, Maranhão

ALCÂNTARA

Município da região metropolitana de São Luís, estado do Maranhão, Brasil.

A povoação colonial foi criada na antiga aldeia tupinambá de Tapuitapera. Em 1648 o povoado foi elevado à categoria de vila, com o nome de Santo António de Alcântara. Em 1836 Alcântara foi elevada a cidade.

O Centro Espacial de Alcântara, da Agência Espacial Brasileira, localiza-se neste município.

O nome da cidade, que significa «ponte» em árabe, está provavelmente ligado à freguesia de Alcântara em Lisboa, Portugal.

☛ Ver também:

- Alcântara, Lisboa, Portugal.


https://docomomobrasil.com/wp-content/uploads/2022/06/MODERNIDADES-EM-ALCANTARA-MA.pdf

REPUBLIKA SRPSKA — РЕПУБЛИКА СРПСКА

РЕПУБЛИКА СРПСКА — REPUBLIKA SRPSKA — REPÚBLICA SÉRVIA

Entidade de maioria étnica sérvia na Bósnia e Herzegovina. A outra entidade é a Federação da Bósnia e Herzegovina (Federacija Bosne i Hercegovine), de etnia bosníaca (muçulmana) e croata. As duas entidades resultaram do fim da guerra em 1995, após a desagregação da Jugoslávia.

Em língua sérvia, Srpska é um substantivo derivado do etnónimo do povo sérvio, os Срби / Srbi na sua língua. Rigorosamente, em línguas estrangeiras o nome deveria ser ou só Srpska (ou equivalente, como Serpska) ou República de Srpska. Contudo é comum a forma Republika Srpska ou República Srpska.

O nome da Republika Srpska / Република Српска não deve ser confundido com o vizinho estado soberano da Republika Srbija / Република Србија, em português República da Sérvia.

Antes da escolha do nome Republika Srpska, a entidade teve os nomes de República do Povo Sérvio da Bósnia e Herzegovina e depois República Sérvia da Bósnia e Herzegovina. O nome da Republika Srpska foi criado pelo escritor e ministro da cultura Ljubomir Zuković (1937-2019).

Durante a guerra de independência da Croácia existiu neste país, entre 1991 e 1995, a República Sérvia de Krajina (Republika Srpska Krajina / Република Српска Крајина).

☛ Ver também:

- O nome da Sérvia e dos sérvios.

Povos eslavos.

 

ALCÂNTARA, Lisboa

ALCÂNTARA

Freguesia da zona ocidental de Lisboa, Portugal.

Do árabe al-qantara, «ponte». A palavra alcântara designava especificamente uma ponte de pedra.

A zona de Alcântara chamava-se Horta Navia no tempo dos romanos. Tinha uma ponte sobre a ribeira, no agora chamado Vale de Alcântara. Durante o domínio mouro a zona foi chamada Alcântara, ou seja a designação árabe da referida ponte.

A freguesia foi criada em 1770, com o nome de São Pedro em Alcântara por se transferir para esta zona aquela que era até então a freguesia de São Pedro em Alfama. Durante algum tempo, parte da freguesia pertenceu ao extinto concelho de Belém.

A Ermida ou Igreja de Santo Amaro, no centro da foto superior, foi iniciada no século XVI. A sua construção é atribuída aos galegos de uma barca que naufragou à entrada da barra. Outra hipótese é um grupo de frades da Ordem de Cristo. Santo Amaro é o padroeiro dos galegos que vivem em Portugal.

A Ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966, na margem norte amarra em Alcântara e é prolongada por um viaduto sobre os edifícios.

☛ Ver também:

- Alcântara, Maranhão, Brasil.

26 novembro 2024

VIA DOLOROSA, Jerusalém

VIA DOLOROSA

Nome latino do caminho percorrido por Jesus Cristo em Jerusalém carregando a cruz, conforme os relatos dos Evangelhos canónicos. Também é chamada Via Sacra, Via Crucis («Caminho da Cruz», em latim) ou Caminho do Calvário. O trajeto é marcada por 14 etapas chamadas Estações da Cruz ou estações da Paixão de Cristo. A peregrinação ao longo da Via Dolorosa em Jerusalém é uma tradição dos cristãos em romagem na Terra Santa (Palestina / Israel).
 

VALADAS OCCITANAS

VALADAS OCCITANAS — Vales Occitanos

Território de língua occitana, parte da região cultural da Occitânia ou Païses Occitans, situado nos vales alpinos do oeste do Piemonte e pequena parte da Ligúria, na República Italiana.

As minorias linguísticas, occitanas e outras, estão protegidas por lei nestes vales.

 

OCCITÀNIA — OCCITANIE

OCCITÀNIA — OCCITANIE — OCCITÂNIA

Região histórica e cultural, também considerada nação, localizada nas regiões tradicionais de língua occitana, principalmente no sul da República Francesa, na zona geográfica também chamada Midi em francês, Miègjorn em occitano, mas inclui o Val d'Aran (na Catalunha, Espanha), o Principat de Mónegue (Mónaco) e as Valadas Occitanas (parte do Piemonte e da Ligúria, na República Italiana). Por vezes a comuna de La Gàrdia, na Calábria, é igualmente incluída.

O nome da Occitània (Occitânia) foi registado em latim Occitania desde o século XIII. Occ- deriva de òc, que significava "sim", palavra usada na expressão lenga d'òc (língua de oc), em oposição à língua francesa a norte, que era chamada langue d'oïl, com o mesmo significado de "língua de sim". A terminação -itània deriva provavelmente do nome da Aquitània, uma das regiões occitanas. 

As províncias tradicionais da Occitânia — também chamada Païses Occitans ou País d'Òc — são as seguintes, com os nomes em occitano, francês e português:

- Auvèrnhe — Auvergne — Auvérnia.

- Daufinat — Dauphiné — Delfinado.

- Gasconha — Gascogne — Gasconha.

- Guiana (ou Aquitània) — Guyenne (Aquitaine) — Guiena (Aquitânia).

- Lemosin — Limousin — Limusino.

- Lengadòc — Languedoc — Languedoque.

- Provença — Provence — Provença.

- Principat de Mónegue — Principauté de Monaco — Principado do Mónaco (estado independente, na costa da Provença).

- Valadas Occitanas — Vales Occitanos (República Italiana).

- Val d'Aran — Vale de Arão (Reino de Espanha), considerado culturalmente parte da Gasconha.

As maiores cidades occitanas são Marselha (Marseille), Tolosa (Toulouse), Niça (Nice), Montpelhièr (Montpellier), Bordèu (Bordeaux), Tolon (Toulon), Nimes (Nîmes), Clarmont (Clermont-Ferrand), Ais de Provença (Aix-en-Provence) e Limòtges (Limoges).

Na República Francesa, a Occitânia não inclui o norte do País Basco (Euskal Herria em basco; Bascoat em occitano; Pays basque em francês), ou seja a parte ocidental do departamento dos Pirenèus Atlantics (Pyrénées-Atlantiques). Também não inclui a maior parte do departamento dos Pirenèus Orientals (Pyrénées-Orientales), a qual culturalmente faz parte da Catalunha do Norte (Catalunya del Nord em catalão; Catalonha del Nòrd em occitano; Catalogne du Nord em francês), dentro dos Países Catalães (Països Catalans).

Desde 2016 a região administrativa francesa chamada Occitânia (Occitanie) agregou as anteriores regiões de Lengadòc-Rosselhon (Languedoc-Roussillon) e Miègjorn-Pirenèus (Midi-Pyrénées). No entanto, esta região administrativa abrange só a parte central da Occitânia histórica. 

A língua occitana também é conhecida como provençal e outras designações, conforme as regiões. Tem semelhanças com o catalão e usa as letras Ç, LH e NH como em português.

 

CAERDYDD — CARDIFF

CAERDYDD — CARDIFF

Capital de Cymru / Wales / País de Gales, Reino Unido.

O nome deriva do galês Caer + -dyf, «Forte do Rio Taf».

 

PRAÇA MARTIM MONIZ, Lisboa

PRAÇA MARTIM MONIZ, freguesia de Santa Maria Maior, Lisboa, Portugal.

«MARTIM MONIZ. Fidalgo e capitão do exército de Afonso Henriques, autor de feitos notáveis na Batalha de Ourique, teve acção preponderante na conquista de Lisboa em 1147. Segundo a lenda, ter-se-á atravessado numa das portas e, com a ajuda do machado, terá permitido aos companheiros a entrada no castelo. Trespassado pelas lanças mouriscas, morreu por Lisboa cristã.» 

(Texto na placa do monumento na praça.)

 

24 novembro 2024

RUA ELIAS GARCIA, Cacilhas, Almada

RUA ELIAS GARCIA  — Político e jornalista, 1830-1891  — Antiga Calçada da Pedreira. Cacilhas, Almada, Estremadura, Portugal. Textos originais nas inscrições: 

«Justiça ao civismo. Os conterraneos e admiradores de José Elias Garcia fixam n'esta lapide á memoria eterna do illustre cidadão. N'esta casa nasceu o grande educador do povo em 30 de dezembro de 1830. Collocada em 8-5-910.»

«Em 30 de Dezembro de 1976 por vontade expressa dos democratas de Cacilhas e com o apoio da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Almada foi descerrada esta lápide que assinala o local da velha casa, já demolida, onde nasceu José Elias Garcia.»

«A José Elias Garcia (1830-1891). Homenagem da J.F. Cacilhas. 24-6-92.»


RUA GENERAL TABORDA, Lisboa

RUA GENERAL TABORDA, freguesia de Campolide, Lisboa, Portugal.

Não tenho muitas informações sobre quem foi este general, mas creio que estava entre os Bravos do Mindelo, que é o nome dado ao desembarque das tropas liberais no Mindelo, a norte do Porto, em 8 de Julho de 1832, durante as Guerras Liberais.

RUA DAS PRETAS, Lisboa

RUA DAS PRETAS, antiga freguesia de São José, freguesia de Santo António, Lisboa, Portugal. 

É «uma transversal à Avenida da Liberdade. Pouco se sabe sobre a origem [ deste topónimo ]. Contudo, no que toca à Rua das Pretas, "conhecem-se referências já do século XVII" (nº6, 2001, p.211), possivelmente relacionadas com um grupo de mulheres negras que geriam alojamentos para forasteiros naquele local.» (https://maislisboa.fcsh.unl.pt/africa-no-feminino-ruas-lisboa/)

 

RUA DA MATA DA BICHA, Ovar

Rua da Mata da Bicha, Furadouro, concelho de Ovar, Beira Litoral, Portugal.

RUA DO POÇO DOS NEGROS, Lisboa

RUA DO POÇO DOS NEGROS

Rua da antiga freguesia de Santa Catarina, freguesia da Misericórdia, Lisboa, Portugal.

Um topónimo com duas explicações.

«A Rua do Poço dos Negros interliga a Calçada do Combro com o bairro da Madragoa. As explicações históricas sobre o topónimo foram investigadas, principalmente, por Isabel Castro Henriques, especialista em História da África, e pelo olisipógrafo José Sarmento de Matos, que chegaram a duas divergentes conclusões. De um lado, o nome é justificado pela ordem dada por D. Manuel I, em 1515, de escavar um poço onde colocar os corpos dos escravizados falecidos, recém-chegados a Portugal, visando travar a prática de os atirarem pelas encostas de Santa Catarina e evitar, desta forma, miasmas e pestilências. Do outro lado, o topónimo é explicado pela presença de um poço de água pertencente aos Beneditinos, chamados ‘padres Negros’ por causa do traje, ao qual o povo de Lisboa tinha livre acesso. Nas interpretações dos dois autores emerge a evidência do tema sensível, que toca cordas ligadas à maneira de reconhecer e elaborar o passado colonial português, em particular, no que diz respeito ao tráfego negreiro atlântico.

Na última década, a toponímia das cidades europeias tem vindo a ser questionada.(...)»

(https://echoes.ces.uc.pt/expo-lisboa/rua-do-poco-dos-negros/)

«A Rua do Poço dos Negros tem origem do seu topónimo possivelmente ligado à existência de uma carta régia de D. Manuel I, datada de 13 de Novembro de 1515, escrita em Almeirim e dirigida à cidade de Lisboa, sobre a necessidade de se construir um poço para depositar os corpos dos escravos mortos, sobretudo aquando de surtos epidémicos.

Diz a carta que os escravos eram mal sepultados e muitos seriam mesmo lançados "na lixeira que está junto da Cruz da Pedra a Santa Catarina (actual Rua Marechal Saldanha) que está no caminho que vai da porta de Santa Catarina para Santos", ou para a praia onde ficavam à mercê da voracidade dos cães.

Para evitar as deletérias consequências de tantos cadáveres não sepultados, achava o Rei "que o melhor remédio será fazer-se um poço, o mais fundo que pudesse ser, no lugar que fosse mais conveniente, no qual se lançassem os ditos escravos" e para ajudar a decomposição dos corpos dizia ainda que se deitasse "alguma quantidade de cal virgem" de quando em quando.

Tal medida seria cumprida pela Câmara, que o teria mandado fazer no referido caminho para Santos (descendo a actual Calçada do Combro, conhecido por Horta Navia - nome de uma divindade indígena após a ocupação Romana).

A actual localização perdeu-se, mas a aproximação geográfica do antigo Largo do Poço Novo (actual Largo Dr. António de Sousa de Macedo) ao fundo da Calçada do Combro, nome que já nos aparece na segunda metade de Quinhentos em substituição da designação primeva, comodamente parece ajudar na sua localização.»

(https://aps-ruasdelisboacomhistria.blogspot.com/2010/06/rua-do-poco-dos-negros-i.html)

«Antes de se esmiuçar a origem do topónimo, convirá lembrar que a primeira preocupação com os escravos era baptizá-los, percebessem ou não o significado, e só depois eram trazidos para servir em Lisboa. Portanto, os escravos eram membros da comunidade cristã. Ora, como é sabido, todo o cristão tinha de ser sepultado em terreno sagrado, ou seja, então dentro das igrejas, quando havia posses para tal, ou nos adros respectivos, para os mais carenciados. Logo atirar corpos de cristãos para poços não era prática legitimada, pelo que tal ideia não tem qualquer fundamento.

No entanto, no século XVI, por exemplo, quando Lisboa era assolada por epidemias de peste, sabe-se que o rei D. Manuel mandou abrir valas comuns para recolher cadáveres pestíferos, quer por as igrejas estarem sobrelotadas, quer para evitar contágios. Sabe-se mesmo que uma dessas valas foi aberta não longe desta zona do actual Poço dos Negros, então área erma na periferia da cidade.

Após o concílio de Trento, os dois ramos dos beneditinos, ordens até então cingidas ao mundo rural, instalaram conventos dentro das cidades. Os cistercienses, ditos os Brancos dada a cor da capa, abrem no convento do Desterro uma "sucursal" da casa-mãe de Alcobaça. Quanto aos cluniacenses, chamados os Negros, por ser dessa cor a sua larga capa, vieram de Tibães e Santo Tirso para a capital. Adquiriram uma enorme propriedade na encosta que hoje chamamos a Estrela, limitada em baixo pelo vale que rapidamente se chamou de São Bento. (...)

Acontece que os padres Negros, como todos lhes chamavam, dispunham, no limite sul da propriedade, de um poço farto que rapidamente - talvez até para ganhar simpatias - puseram à disposição da vizinhança. Daí, agradecidos, os beneficiários usufruíam a água preciosa que os padres lhes ofereciam, chamando-lhe por isso o Poço dos Padres Negros, ou, para encurtar, o Poço dos Negros.

É esta, simplesmente, a origem do topónimo que tanta indignação tem gerado em espíritos por certo pesarosos pelas práticas menos humanas dos seus antepassados. Só que neste caso não há razão para tal, pois os Negros são meros padres disponíveis a ajudar o próximo.»

(https://www.publico.pt/2012/09/16/jornal/o-poco-dos-negros-25249089)

OUGUELA

OUGUELA

Povoação da freguesia de São João Baptista, concelho de Campo Maior, Alentejo, Portugal.

«Do latim vulgar aquella, 'aguazinha'.» (infopedia.pt)

Teve foral dado por D. Dinis a 5 de Janeiro de 1298 e foi vila sede de concelho até 1836.

MONTRÉAL

MONTRÉAL

Principal cidade do Québec. É a segunda maior cidade do Canadá e a maior cidade francófona das Américas.

O primeiro nome do povoamento francês foi Ville-Marie. O explorador francês Jacques Cartier, em 1535, chamou Mont Royal a uma das montanhas da zona. Este nome foi depois transformado em Montréal e atribuído à ilha no Rio São Lourenço e à cidade de Montréal localizada nesta ilha e outras adjacentes, substituindo o nome de Ville-Marie a partir do século XVII.

VILVESTRE

VILVESTRE
Vilviestri de la Rivera

Localidade e município do antigo reino de Leão, atual comunidade autónoma de Castela e Leão, no Reino de Espanha. Situa-se na comarca da Ribera, também chamada Les Arribes em leonês, no Parque Natural de Arribes del Duero, na raia com Portugal. Do lado português encontra-se o Parque Natural do Douro Internacional. O centro de Vilvestre fica a cerca de 7 km da vila portuguesa de Freixo de Espada à Cinta.

«En la época romana también hubo varios asentamientos en el término municipal, pero es a partir del siglo X cuando verdaderamente conocemos la existencia de una población estable en Bilbestre (que así se llamaba entonces).»(1)

«La terminación de este topónimo nos hace pensar en un genitivo latino de carácter posesivo (...). Pero no es posible encontrar un nombre personal latino cuyo genitivo haya podido evolucionar hasta convertirse en Vilvestre, y, además, la primera parte de la palabra parece relacionada con Vilvís, topónimo salmantino que a pesar de las explicaciones tradicionales para formas muy próximas, como Belvis, Bellver, etc., y de las afirmaciones de A. Montenegro, creo no es de origen latino y sí, por el contrario, de carácter prerromano. Estoy convencido de que Vilvís no tiene nada que ver con el latín ni con la romanización, pero no me atrevería a asegurar lo mismo de Vilvestre.»(2)

BRUÇÓ

BRUÇÓ

Freguesia do concelho de Mogadouro, Trás-os-Montes, Portugal. 

«A origem do nome Bruçó perde-se nas memórias seculares, com os historiadores a apontarem uma série de degenerações de um topónimo original, provavelmente Braçó, diminutivo de braço que seria popularmente aplicado à vegetação, ou Braceosa, com base num vocábulo de origem pré-românica.» (http://bruco.jfreguesia.com/historia.php)

Vila Chã de Braciosa no vizinho concelho de Miranda do Douro e outra Braciosa no concelho de Coruche, no Ribatejo.

GLARUS

GLARUS

Comuna e cidade capital do cantão do mesmo nome (Kanton Glarus), no centro da Suíça, de língua alemã.

O topónimo Glarus remonta provavelmente a uma forma básica latina *ad claronam «perto do ponto brilhante», no sentido figurado «desflorestação, clareira na floresta». Clarona é uma derivação do latim clarus, clara, «brilhante», com o sufixo coletivo -ona.

Os exónimos nas outras línguas oficiais suíças são: Glaris em francês, Glarona em italiano, Glaruna em romanche. Em língua alemã suíça (alemânico) também se diz Glaris. Em português é usada a forma Glarona.

https://search.ortsnamen.ch/fr/record/802001632

23 novembro 2024

CAMAQUÃ

CAMAQUÃ

Município do estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

«Dentre os diversos significados dados ao município de Camaquã o mais adequado segundo o autor Antonio Cândido Silveira Pires é o de rio correntoso ou rio forte. Camaquã vem de Icabaquã e na língua tupi-guarani i significa rio, água e cabaquã quer dizer velocidade, correnteza. Então podemos concluir que o nome de nosso município vem do rio Camaquã que passa em nossa cidade.» (https://www.camaqua.rs.gov.br/portal/servicos/1003/historia-de-camaqua/)

FOLQUES

FOLQUES

Freguesia do concelho de Arganil, Beira Litoral, Portugal.

A junta de freguesia dá uma explicação de origem visigótica para o nome, baseada no alemão Wolkes (sic) ou Volkes, genitivo de Volk, «povo». 

Fr. João de Sousa, em 1789, escreveu o seguinte:

Do árabe Falque. «Freguezia na Provincia da Beira, Bispado de Coimbra. Significa Divisão. Deriva-se do verbo falaca dividir pelo meio.»

(In "Vestigios da lingoa arabica em Portugal, ou Lexicon etymologico das palavras, e nomes portuguezes, que tem origem arabica, composto por ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa, por Fr. João de Sousa, Correspondente de Numero da mesma Sociedade, e interprete de S. Magestade para a língua Arabica. Anno MDCCLXXXIX")

22 novembro 2024

JUTLÂNDIA — JYLLAND

JYLLAND — JÜTLAND — JÜTLUN — JUTLÂNDIA

Península do oeste da Dinamarca e do norte da Alemanha.

O nome deriva dos jutos, uma tribo germânica. Em dinamarquês medieval era Iutland; iut deriva do dinamarquês medieval iuthær, correspondendo ao nórdico jótar ou iotar, provavelmente ligado ao nórdico ýtar, «homens». Em dinamarquês o nome é Jylland, em alemão Jütland e em frísio do norte Jütlun. Não há unanimidade sobre os limites geográficos da península: entre a foz do rio Eider (Ejderen) e Kiel; entre a foz do Elbe (Elba) e a foz do Trave; ou até ao rio Elbe no limite do Schleswig-Holstein com a Baixa Saxónia.

A parte sul da península, povoada por dinamarqueses e alemães, teve conflitos de soberania envolvendo os ducados de Schleswig / Slesvig / Sønderjylland e Holstein / Holsten.* Os referendos de 1920 estabeleceram a fronteira atual. O Nordslesvig / Nordschleswig (Norte do Schleswig), também chamado Sønderjylland / Süderjütland (Jutlândia do Sul), ficou na Dinamarca. O Südschleswig / Sydslesvig (Schleswig do Sul) ficou na Alemanha e posteriormente ficou integrado no atual estado federado de Schleswig-Holstein. Com a partição, permaneceu uma minoria alemã no sul da Jutlândia dinamarquesa e uma minoria dinamarquesa no lado alemão. A Frísia do Norte (Nordfraschlönj / Nordfriesland), com a sua língua própria, situa-se no noroeste do Schleswig-Holstein, ou seja na costa ocidental do Südschleswig e ilhas adjacentes.

Desde a reforma administrativa da Dinamarca em 2007 a Jutlândia foi repartida em três regiões: Region Nordjylland (Jutlândia do Norte), Region Midtjylland (Jutlândia Central) e Region Syddanmark / Region Süddänemark (Dinamarca do Sul). Esta região meridional inclui a Sønderjylland / Süderjütland (Jutlândia do Sul) e a ilha de Fyn (Funen ou Fiónia) e outras ilhas vizinhas.

* - O Schleswig e o Holstein também são chamados em português Eslésvico e Holsácia.

https://www.etymonline.com/word/jute 

 

GALIZUELA

GALIZUELA

Pedanía do município de Esparragosa de Lares, comarca de La Siberia, comunidad autónoma da Extremadura, Reino de Espanha.

«Galizuela, pequeña pedanía que aun con escasos habitantes, se mantiene viva. Sin bares ni tiendas ni ayuntamiento propio, tranquila y pintoresca en su soledad. Se cree que fue fundada por gentes que procedían de Galicia, de ahí lo curioso de su nombre.»(1)

A povoação foi também chamada Galizuela de Lares, por se localizar na Serra de Lares, sendo os lares os deuses protetores do lar e da família, entre os antigos romanos.(2)

FYN — FIÓNIA

FYN — FIÓNIA

Ilha da Dinamarca, localizada entre a Jutlândia e o resto do arquipélago dinamarquês. A sua maior cidade é Odense.

O nome é Fyn em dinamarquês, Fünen em alemão, Funen inglês; em latim é Fionia e em português Fiónia. A etimologia de Fyn refere-se a um lugar ventoso e chuvoso. 

(https://denstoredanske.lex.dk/Fyn, https://names.ku.dk/place-names/meaning/)

Administrativamente, a ilha de Fyn faz parte da Region Syddanmark / Region Süddänemark (Dinamarca do Sul), que inclui a Sønderjylland / Süderjütland (Jutlândia do Sul) e pequenas ilhas vizinhas.

FLORES, Indonésia

ILHA DAS FLORES — PULAU FLORES

Além de nome de ilha açoriana, entre outros casos, Flores é o nome duma ilha da Insulíndia — o arquipélago malaio-indonésio. Pertence à República da Indonésia e faz parte do subarquipélago das Pequenas Ilhas de Sonda (Kepulauan Nusa Tenggara), onde também se inclui Timor. Sob domínio holandês e após na Indonésia independente, a ilha das Flores manteve o nome português: Pulau (ilha) Flores. Com 13.540 km², a ilha das Flores é a segunda maior do grupo que inclui Timor, Alor, Solor e Pantar. A ilha das Flores foi uma das possessões portuguesas na região, entre os séculos XVI e XIX. O nome da ilha deriva do que foi dado ao Cabo das Flores, na parte oriental da ilha. O nome original terá sido Nusa Nipa (Ilha das Serpentes). O Mar das Flores, entre as Pequenas Ilhas da Sonda e as Celebes (Sulawesi), também manteve o nome português na nomenclatura indonésia: Laut Flores.

Em 1840, no reinado de D.ª Maria II, o intendente da Marinha e do Arsenal em Goa, José Joaquim Lopes de Lima, foi nomeado governador interino da Índia Portuguesa. O seu governo foi tirânico, criou impostos à revelia do governo nacional e, ainda assim, duplicou a dívida da colónia. Em 1842, após enfrentar uma revolta, foi obrigado a fugir para Bombaim, onde nem os ingleses o ajudaram. 

Apesar de tudo, em 1851, o ex-governador da Índia foi nomeado governador de Timor, que na altura incluía as ilhas vizinhas. Ignorando mais uma vez o governo nacional, Lopes de Lima repete a receita de endividamento das colónias à revelia de Lisboa. Para remediar a situação decidiu vender aos holandeses as ilhas das Flores, Alor, Solor e Pantar, por cerca de 200 mil florins, sem dar conhecimento do governo do reino. Só não vendeu Timor, mas esta ilha acabaria por ser dividida com os holandeses pelo Tratado de Lisboa de 1859.

Devido à sua ação, Lopes de Lima foi demitido e o seu substituto foi para Timor com ordens para prendê-lo e mandá-lo para Lisboa. O ex-governador acabou por falecer antes de regressar a Portugal, mas o mal estava feito e a venda das ilhas não foi revogada. Pelo tratado de 1859 com os holandeses, Portugal ficou com a sua presença na região reduzida a metade de Timor.

A ilha das Flores foi ocupada pelos japoneses durante a Segunda Guerra mundial, tal como outras ilhas do arquipélago. A República da Indonésia tornou-se independente dos Países Baixos após a guerra e incluiu nos seus domínios a ilha das Flores, as ilhas vizinhas e a metade holandesa da ilha de Timor.

Os habitantes ilha das Flores têm influência genética, religiosa e cultural malaio-indonésia, melanésia e portuguesa. A Indonésia é o país muçulmano mais populoso do mundo, mas na ilha das Flores manteve-se a religião católica deixada pelos missionários portugueses. É a única ilha indonésia com maioria católica: dos cerca de um milhão de habitantes das Flores, 85% são católicos. A Semana Santa é celebrada como em Portugal e ainda há a tradição de rezar em português. Subsiste alguma influência da língua portuguesa, para além do próprio nome da ilha; por exemplo a Confraria de Nossa Senhora do Rosário, que mantém as tradições religiosas, chama-se Confreria Reinha Rosari; o arcebispo de Ende, nas Flores, de 1996 a 2006, foi o indonésio Longinus da Cunha; o bispo de Maumere, também na ilha, chama-se Gerulfus Kherubim Pareira.

O Homo floresiensis foi um hominídeo que viveu nas Flores há cerca de 13 mil anos. Os seus restos foram descobertos em 2003 nesta ilha.

(Texto publicado originalmente em https://salvador-nautico.blogspot.com/2015/05/ilha-das-flores-indonesia.html)

 

CIDADE

CIDADE é o inesperado nome para uma aldeia da freguesia de Serra de Bouro, concelho de Caldas da Rainha, Estremadura, Portugal.
 

RATES

> RATES, concelhos de Carnota e Outes, Galiza.

> São Pedro de RATES, concelho da Póvoa de Varzim, Douro Litoral, Portugal.

> Macieira de RATES, concelho de Barcelos, Minho, Portugal.

«Macieira de Rates (da palavra latina Ratis que significa remo, conjunto de remos ou barco), assim designada por estar perto de uma antiga vila com esse nome, San Pedro de Rates, foi conhecida outrora por Macieira(https://www.jf-macieiraderates.pt/freguesia/historia)

PALHAÇA

PALHAÇA

Vila e freguesia do concelho de Oliveira do Bairro, Beira Litoral, Portugal.

«A antiga povoação foi um lugar que pertenceu à freguesia de Soza. No Censo da população da Estremadura, realizado em 1527, figura a Palhaça (Vila Nova das Palhoças) e a Pedreira, respectivamente com 11 e 12 vizinhos. Daqui se pode concluir sobre a existência da Palhaça, no séc. XVI.(…)

Sobre a origem do nome de Palhaça, dado à actual freguesia, tomando por base a tradição, diz-se que o mesmo teve origem no facto de, em Vila Nova, se ter começado a fabricar uma espécie de capas com tabúa e bajunça, que se denominavam de «palhoças». (In A FREGUESIA DA PALHAÇA, pág. 55, 1969 – Manuel Simões Alberto).

O mesmo material podia ser também utilizado na cobertura das habitações.

Do fabrico e venda dessas capas de palha, no lugar dos Quatro Caminhos, a primitiva povoação começou a ser conhecida por Vila Nova das Palhoças.» (https://www.freguesiadapalhaca.pt/freguesia/historia)

«De palhaça, 'casa coberta de palha'.»  Palhaço: «feito ou vestido de palha». (infopedia.pt)

 

BOMBARRAL

BOMBARRAL

Vila da Estremadura, Portugal.

O nome tem origem em Mom Barral, Monte Barral, «monte de terra de barro», segundo José Hermano Saraiva. (https://arquivos.rtp.pt/conteudos/historia-de-uma-vila/)

«Variante contracta de Monte Barral, 'monte de solo barrento', atestado por um documento de 1259.» (infopedia.pt)

 

CISPLATINA

 

CISPLATINA

Província sul-americana do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1817-1822) e depois do Império do Brasil (1822-1828). Corresponde à posterior independente República Oriental do Uruguai.

O nome junta cis-, «aquém de, do lado de cá de, deste lado de», e platina, relativo ao Rio da Prata. Portanto, o nome referia-se ao Rio da Prata do ponto de vista brasileiro. Pelo Tratado do Rio de Janeiro de 1828 entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata (nome que teve a futura República Argentina) teve lugar a independência da República Oriental do Uruguai, cujo nome Oriental refere-se à posição a este do Rio Uruguai.

21 novembro 2024

IMPÉRIO OTOMANO — OSMANLI İMPARATORLUĞU

OSMANLI İMPARATORLUĞU — دَوْلَتِ عَلِيَّهٔ عُثْمَانِیّه

DEVLET-I ALIYYE-I OSMÂNIYYE

IMPÉRIO OTOMANO — SUBLIME ESTADO OTOMANO

Império localizado na Ásia Ocidental (principalmente Anatólia), Sudeste da Europa e Norte de África, de 1299 a 1922, sucedido pela República da Turquia (Türkiye Cumhuriyeti).

O Império Otomano e a Dinastia ou Casa de Osmã tiveram início com Osmã I (عثمان بك, Osman Gazi, I. Osman). A designação Otomano (em turco Osmanlı), é usada nas línguas ocidentais e deriva da forma do nome de Osmã em turco Atman ou Ataman, em grego Ἀτουμάν (Atouman) ou Ἀτμάν (Atman). O seu nome original teria sido mudado para o equivalente arábico ʿOsman

Kostantiniyye / قسطنطينيه / Constantinopla / İstanbul foi a capital do Império Otomano. O nome da cidade foi oficialmente mudado para İstanbul em 1930.

A língua turca otomana usava o alfabeto turco otomano, uma versão do alfabeto perso-árabe. Em 1928 a língua turca passou a usar o alfabeto de base latina.

SALCEDA / SALZEDAS / SALSETE

SALCEDA, SALCEDAS, SALCEDO, SALZEDAS, SARZEDO, SARCEDO, são topónimos na Galiza, Portugal, Brasil e outros países.

A freguesia de Salzedas, no concelho de Tarouca: «O nome de Salzedas provém do latim que significa salgueiral, vegetação muito abundante no rio Varosa. (http://www.mosteirosalzedas.com/)

Salgueiral: terreno onde abundam os salgueiros; sinceiral; seiçal. Salgueiro: do latim vulgar *salicariu-, derivação de salice-, «salgueiro».

Na Índia, onde estiveram os portugueses, existe Salcete (em Goa) e Salsete (em Bombaim). Não sei se são coincidências na semelhança com Salceda. No concelho de Salcete, em Goa, corre o Rio Sal.

 

CONNACHT

|> Tá CÚIGE CHONNACHTCONNACHTA in iarthar na hÉireann.

|> CONNACHT é uma província histórica do oeste da Irlanda.

|> CONNACHT or CONNAUGHT, is one of the four historical provinces of Ireland. The name comes from the medieval ruling dynasty, the Connacht, later Connachta, whose name means "descendants of Conn", from the mythical king Conn of the Hundred Battles.

BROMLEY

BROMLEY

London Borough of Bromley, England.

«Bromley was ‘Bromleag’ in 862, from Old English words meaning ‘the heath where broom grows’.»

(https://hidden-london.com/gazetteer/bromley/)

MAZAGÃO — الجديدة — ⵊⵊⴷⵉⴷⴰ — EL JADIDA

MAZAGÃO — الجديدة — ⵊⵊⴷⵉⴷⴰ — EL JADIDA

Cidade de Marrocos.

Mazagão (مازاغان em árabe, ⵎⴰⵣⵉⵗⴻⵏ em amazigh) foi uma possessão portuguesa entre os séculos XV e XVIII, uma das mais importantes do Algarve d'Além-Mar. Em 2004 as construções portuguesas da cidade foram inscritas na lista do Património Mundial da UNESCO. O seu nome moderno é El Jadida, em árabe الجديدة, em amazigh ⵊⵊⴷⵉⴷⴰ.

«No início do século XVI, os portugueses ali encontraram os restos de uma pequena torre abandonada, primitivamente utilizada como posto de vigia, denominado "El Brija", diminuitivo de "Borj" [«torre»]. Durante a construção da primeira cidadela, os portugueses aproveitaram-na, denominando a nova estrutura de "Castelo Real". A cidadela ao seu abrigo foi colocada primitivamente sob a invocação de São Jorge. A origem da toponímia "Mazagão" é controversa. João de Sousa afirma que o nome provem da expressão em língua árabe "El ma Skhoun", com o sentido de "água quente", enquanto André Privé supõe que a palavra é de origem portuguesa. A versão mais plausível é que o nome seja de origem berbere [amazigh] uma vez que se encontra registado pelo geógrafo Muhammad Al-Idrisi, no século XI, o nome original pronunciado como "Mazergan" com o significado de "amolar". Após a sua destruição, em meados do século XVIII foi denominada de "Al Mahdouma", ou seja "a demolida" [ou "as ruínas"], e mais tarde reconstruída vindo a ser denominada de "El Jadida" ("a nova").»

Em 1770 o Marquês de Pombal decidiu abandonar Mazagão e transferir a população portuguesa para a Amazónia, sendo assim fundada Nova Mazagão, atual Mazagão no estado do Amapá, Brasil.

Mazagão (Mazagaon, माझगाव), na Índia, foi uma das sete Ilhas de Bom Baim, atualmente parte da cidade de Bombaim (Mumbai, मुंबई). Supõe-se que o nome tem também origem na Mazagão marroquina.

https://www.ruipires-photography.com/PORTUGAL-HERITAGE/Morocco-El-Jadida

SARAJEVO — САРАЈЕВО

SARAJEVO — САРАЈЕВО — SARAIEVO Capital e maior cidade da Bósnia e Herzegovina . É também a capital das duas entidades territoriais bósnias: ...