31 outubro 2025

COMPOSTELA — SANTIAGO DE COMPOSTELA

COMPOSTELA — SANTIAGO DE COMPOSTELA

Capital da Galiza, país do noroeste da Península Ibérica, que constitui administrativamente uma comunidade autónoma do Reino de Espanha, desde 1978, com o estatuto de nacionalidade histórica.

O topónimo tem origem incerta. Entre as explicações mais divulgadas encontram-se as seguintes:
– Do latim compositum tella ou composita tella, «terras bem ajeitadas», «terras formosas», ou seja eufemismo para «cemitério», com o termo latino composita, particípio passivo feminino do verbo componere, tendo o sentido de «arranjado, disposto, adornado».
– De componere, «arrumar, colocar um morto num túmulo», e o substantivo verbal compositum > compostum, no diminutivo compostella, «pequeno arranjo», com o significado de «sepultura» ou «cemitério».
– Da expressão latina Campus Stellarum ou Campus Stellae, «campo de estrelas», referente à lenda da sepultura de Santiago Maior encontrada graças a estrelas sobre o local. Esta hipótese é considerada etimologia popular.
– Hipocorístico do antropónimo Composta

Santiago refere-se ao apóstolo Santiago Maior (em latim Sanctus Iacobus, em grego Ἰάκωβος), um dos doze apóstolos de Jesus Cristo. Em português o nome também foi grafado Sant'Iago, Santo Iago, São Tiago e Tiago, entre outras formas. O nome hebraico יעקב (Ya'akov) foi latinizado para Iacobus, dando origem a Iago, Tiago, Diogo, Jabob (Jacó), Jaime e outras variantes em diversas línguas europeias. Na Idade Média na Península Ibérica, Sant'Iago também era chamado Santiago Mata-Mouros.

A cidade de Santiago de Compostela também foi chamada no exterior como Santiago de Galiza.(1)

O topónimo Santiago, simples ou composto, é usado em grande número de localidades dos países de língua portuguesa e castelhana, para além de outras com as suas versões.

O gentílico de Santiago de Compostela é «santiaguês», «compostelam» ou, mais popularmente, «picheleiro».

O Dia Nacional da Galiza é 25 de julho, dia de Santiago Maior.

Os Caminhos de Santiago são rotas de peregrinos de toda a Europa até Compostela, para venerar as relíquias de Santiago Maior que se encontram na Catedral de Santiago de Compostela. Estes itinerários estão inscritos na lista do Património Mundial da UNESCO.

1. https://toponymytoponimia.blogspot.com/2024/08/santiago-de-galiza.html

CASCAIS

CASCAIS

Vila, freguesia e concelho da Estremadura, Portugal.

«A origem do topónimo Cascais perde-se no tempo, ainda que na opinião do etimologista José Leite de Vasconcelos deva provir do substantivo cascal, remetendo-nos, assim, para a existência de montes de conchas e detritos calcários de crustáceos nas imediações da pequena aldeia de pescadores que veio depois a dar o nome ao concelho.»(1)
«O topónimo Cascais parece derivar (...) do plural de cascal (monte de cascas), que se deve relacionar com a abundância de moluscos marinhos aqui existentes.»(2) «No entanto, mais recentemente, tem-se associado a este topónimo o nome do navegador/almirante muçulmano Khashkhash (século IX). (...) Mantendo à mesma o elemento cascal, é possível pensar noutras hipóteses. Em árabe, khashkhash é a palavra sinónima do português papoila-dormideira, enquanto que no léxico do catalão existe a palavra árabe cascall, significando precisamente papoila-dormideira(3)
«Do baixo-latim cascales, 'amontoado de cascas ou conchas'. Tem os derivados Cascaréu, Cascaria, Cascas, Casquedo, Casqueira, Casqueiro e Casqueiros.»(4)

30 outubro 2025

VILA FRANCA DO CAMPO

VILA FRANCA DO CAMPO

Vila e concelho da Ilha de São Miguel, Região Autónoma dos Açores, Portugal.

A povoação foi fundada em meados do século XV. Foi elevada a vila em 1472, tornando-se a primeira capital da ilha. Com a destruição provocada pelo terramoto de 1522, a capital foi mudada para Ponta Delgada.

O Ilhéu de Vila Franca, em frente à vila, é uma reserva natural.

Explicação do nome, segundo o cronista Gaspar Frutuoso (1522–1591) em Saudades da Terra:

«(...) a antiga e nobre Vila Franca do Campo com seus ricos pomares de muitas frutas, de que está rodeada, chamada Franca porque, segundo dizem, logo no princípio, tirando os dízimos que somente se pagam a El-Rei, era franca de todas as mais coisas e direitos, para melhor ser povoada esta ilha e chamou-se do campo por ser situada em um formoso campo.»

 

29 outubro 2025

TERRA DE MIRANDA — TIERRA DE MIRANDA

TERRA DE MIRANDA — TIERRA DE MIRANDA
Planalto Mirandês — Praino Mirandés

Região histórica entre os rios Sabor e Douro, com base no concelho de Miranda do Douro (Miranda de l Douro). É o extremo oriental de Trás-os-Montes e Alto Douro e de Portugal.

A Terra de Miranda inclui os concelhos de Miranda do DouroMogadouro e Vimioso (Bumioso) e algumas povoações dos concelhos de Freixo de Espada à Cinta (Frezno de Spada a la Cinta), Bragança (Bergança) e Macedo de Cavaleiros (Macedo de Cabalheiros).

Nesta região fala-se português e mirandês. Esta língua, uma variedade da língua asturo-leonesa, tem estatuto oficial no concelho de Miranda do Douro e freguesias vizinhas no concelho de Vimioso e é ensinada nas escolas.

O nome de Miranda pode ser interpretado como «atalaia» ou «miradouro».(*)

Ver também:
Miranda do Douro.

* - https://www.cm-mdouro.pt/guia-pratico-do-municipio; infopedia.pt; FONSECA, João, Dicionário do Nome das Terrashttps://toponymytoponimia.blogspot.com/2025/10/miranda-do-douro-miranda-de-l-douro.html

MIRANDA DO DOURO — MIRANDA DE L DOURO

MIRANDA DO DOURO — MIRANDA DE L DOURO

Cidade, freguesia e concelho da Terra de Miranda ou Planalto Mirandês, no extremo oriental de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal. A cidade situa-se na raia, junto ao Rio Douro.

«O nome Miranda do Douro tem origem no termo Miranda, que significa "vista maravilhosa" ou "lugar de onde se avista uma paisagem extensa e variada", e Douro, que se refere ao rio que atravessa a região. Portanto, o nome pode ser interpretado como "Miranda com vista para o Douro".»(1)
«Do latim miranda, 'que deve ser admirada' e por extensão 'atalaia'. (...) Miranda do Douro indica a sua localização.»(2)
«A proveniência do nome é, certamente, latina e provirá de "mirandus", que quer dizer atalaia ou miradouro.»(3)

Na Terra de Miranda fala-se português e mirandês. Esta língua, uma variedade da língua asturo-leonesa, tem estatuto oficial no concelho de Miranda do Douro e freguesias vizinhas no concelho de Vimioso e é ensinada nas escolas. O nome da cidade em mirandês é Miranda de l Douro.

Por estrada, Miranda do Douro fica a 506 km de Lisboa e a 309 km de Madrid.

Ver também:
Terra de Miranda.

1. https://www.cm-mdouro.pt/guia-pratico-do-municipio
2. infopedia.pt
3. FONSECA, João, Dicionário do Nome das Terras.

27 outubro 2025

COCHABAMBA

COCHABAMBA

Capital do departamento homónimo e da província de Cercado, no centro da Bolívia. É a quarta maior cidade do país.

O nome Cochabamba tem origem nas palavras quechuas q'ucha, «poça, charco», e panpa, «lugar plano, planície», o que se traduz por «pampa ou vale plano com muitos charcos».

Antes da presente castelhanização, os nomes de Cochabamba foram: Kanata, devido ao povo Kana; Q'ochapanpa ou Kochaj-pampa no período inca; Villa Real de Oropesa, como parte do Vice-Reino do Peru, porque o vice-rei Francisco de Toledo (1515-1582) era natural de Oropesa, em Toledo, Castela.

Kanata mantem-se no nome da Región metropolitana de Kanata, que agrega Cochabamba e seis municípios vizinhos.

 

CAMINHA

CAMINHA

Vila, freguesia e concelho do Minho, Portugal. Situa-se na foz do Rio Minho, na fronteira com a Galiza.

«Na organização paroquial suévia do século V aparecem os topónimos Camenae ou Camina.(...) Em 1060 Magno de Leão designa Caminha como sede de um condado que denominou Caput Mini [«Cabeça do Minho»].»(1)

«Não é conhecida qualquer explicação plausível sobre a origem da designação da povoação, a não ser a que aponta para um nome pessoal ou dele derivado.»(2)

«Do baixo-latim Caminia, talvez relacionado com caminho. O mesmo topónimo encontra-se na Galiza, de onde deve ter vindo».(3)

Haverá alguma relação entre Caminha, Camos (Galiza), Camanhos e Camões?(4)

26 outubro 2025

MONTIJO

MONTIJO

Cidade, freguesia e concelho da Estremadura, Portugal.

A antiga Aldeia Galega — também registada como Aldea Galega, Aldeia Gallega, Aldegallega ou Aldegalega — pertenceu, desde o século XII até final do século XIV, a um concelho chamado Ribatejo ou Riba Tejo. Daí deriva o nome completo de Aldeia Galega do Ribatejo, cuja freguesia era designada Espírito Santo de Aldeia Galega do Ribatejo. O concelho do Ribatejo, que incluía também Sabonha (na atual freguesia de São Francisco, concelho de Alcochete) e Alhos Vedros, foi extinto no século XV com a criação dos concelhos de Alhos Vedros e de Santa Maria da Sabonha. 
Entre os séculos XV e XVI, a Aldeia Galega pertenceu ao concelho de Santa Maria da Sabonha. Tornou-se depois um concelho separado da Sabonha. Em 1838 o concelho da Aldeia Galega do Ribatejo expandiu-se com a criação e anexão da freguesia de Canha, antigo concelho, territorialmente separada. Em 1930 a vila e concelho da Aldeia Galega do Ribatejo passou a denominar-se Montijo. Este topónimo teve origem num lugar da freguesia do Espírito Santo, a Quinta da Póvoa do Montijo. A vila foi elevada a cidade em 1985.
A sede do concelho localiza-se junto ao Estuário do Tejo, numa pequena área de 56,3 km², que compreende as freguesias de Montijo, Afonsoeiro, Sarilhos Grandes, Atalaia e Alto Estanqueiro-Jardia. Na parte oriental, com 291,7 km², territorialmente separada pelos concelhos de Alcochete e Palmela, situam-se as grandes freguesias de Canha e Pegões
No princípio da Segunda Guerra Mundial, foi instalado na Península de Montijo o Centro de Aviação Naval "Comandante Sacadura Cabral", o qual em 1954 tornou-se a Base Aérea N.º 6 da Força Aérea Portuguesa. Situa-se também nesta base, desde 1993, a Esquadrilha de Helicópteros da Marinha Portuguesa.

No decreto de 1930 que oficializa a mudança de nome indicava que «nada há que justifique o actual nome de Aldeia Galega do Ribatejo» e que o nome de Montijo «melhor condiz com as suas tradições históricas».(1)
Segundo Paulo Castro Garrido, o topónimo Montijo deriva do árabe منتج (muntiǧ), que significa «criar [animais]».
Como vocábulo comum, montijo alude a um pequeno monte ou montículo de forma cónica. A palavra montijo deriva de montículo, «pequeno monte, outeiro», do latim monticulu-, com o mesmo significado.

A cidade do Montijo, na Extremadura espanhola tem o nome derivado de «pequeno monte» ou do árabe «Mentesa»:
«Los Caballeros Santiaguistas nombran el lugar de Montejo, por nacer al pie de un cerrito o montecillo que le da el nombre y concede fueros y privilegios para que la zona sea repoblada. Aunque, según Bernabé Moreno de Vargas en su «Historia de la ciudad de Mérida» (1632), fueron los moros de Jaén quienes repoblaron Montijo, y le pusieron este nombre porque llamaban «Mentesa» a Jaén, de donde procedería el nombre de Montijo.»(2)

Ver também:
Canha.
Pegões.
- Montijo, Extremadura, Espanha.


24 outubro 2025

NEW SOUTH WALES — NOVA GALES DO SUL

NEW SOUTH WALES — NOVA GALES DO SUL

Estado do sudeste da Austrália. A sua capital é Sydney, que é também a maior cidade australiana.

Em 1770, James Cook explorou todo o litoral leste do continente da Nova Holanda (New Holland, Nieuw-Holland), como era chamada a Austrália, e reivindicou o território para a Grã-Bretanha. Cook deu-lhe inicialmente o nome de Nova Gales (New Wales), mas depois decidiu-se por Nova Gales do Sul.

A Colónia da Nova Gales do Sul (Colony of New South Wales) foi criada em 1788 como uma colónia penal britânica. Originalmente abrangia mais de metade da Austrália, a este do meridiano 129º E, incluindo a TasmâniaNova Zelândia e outros territórios; não incluía o atual estado da Austrália Ocidental (Western Australia). A original Nova Gales do Sul foi depois repartida, dando origem a vários estados e territórios da Austrália.

O territórios federais da Capital Australiana (Australian Capital Territory, onde se situa a capital federal Canberra) e da Baía Jervis (Jervis Bay Territory) são enclaves na Nova Gales do Sul.

Ver também:
- Wales / Cymru / País de Gales, Grã-Bretanha.

 

MORTÁGUA

MORTÁGUA

Vila, freguesia e concelho da Beira Alta, Portugal.

Três explicações para a origem do topónimo:

1. «A explicação mais consensual que se encontra para a origem da palavra Mortágua, é a de "Terra das Lagoas", "Águas Dormentes" ou "Lameiros". Todas estas denominações indicam a presença de água estagnada em grande quantidade. A palavra como se escreve actualmente resultou da reforma ortográfica de 1911.»(1)

2. «O nome "Morta Água" refere-se a um lago com cerca de 30 km² de superfície, extinto, no século I, pelo corte de uma das gargantas de um monte a sul da vila. Em documentos dos séculos IX e X a povoação é mencionada por Mortalago.»(2)

3. «Do topónimo medieval Mortalagua, de origem incerta.»(3)


WAGGA WAGGA

WAGGA WAGGA

Cidade da região de Riverina, estado de Nova Gales do Sul (New South Wales), Austrália.

Os habitantes originais da região de Wagga Wagga, o povo Wiradjuri, têm a palavra wagga, considerada como significando «corvo». Assim, Wagga Wagga significaria «lugar de muitos corvos». Outra interpretação é que wagga significa «cambaleante» ou «dançar, deslizar ou moer». Em agosto de 2019, a cidade de Wagga Wagga abandonou a definição de «corvo» e adotou o significado aborígene da cidade como «dança e celebrações».

 

22 outubro 2025

CUIABÁ

CUIABÁ

Cidade, município e rio do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do Brasil.

Os primeiros indícios de Bandeirantes paulistas na região, onde hoje fica a cidade de Cuiabé, datam de 1673 e 1682, quando da passagem do bandeirante Manoel de Campos Bicudo pela região. Ele fundou o primeiro povoado da região, no ponto onde o rio Coxipó deságua no rio Cuiabá, localidade batizada de São Gonçalo

Em 8 de Abril de 1719, Pascoal Moreira Cabral assina a ata da fundação de Cuiabá, no local conhecido como Forquilha, às margens do rio Coxipó. No dia 1º de janeiro de 1727, Cuiabá é elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

Há várias versões para a origem do nome Cuiabá. Uma delas é de que o nome tem origem na palavra bororo Ikuiapá que significa «lugar da ikuia», sendo ikuia «flecha-arpão, flecha para pescar», feita de uma espécie de cana brava, e pá, «lugar». Outra explicação é que Cuiabá seria uma aglutinação de Kyyaverá, que em guarani significa «rio de lontra brilhante». Uma terceira hipótese baseia-se no facto de existirem árvores produtoras de cuia à beira do rio e assim Cuiabá significaria «rio criador de vasilha».

(Baseado no texto de https://turismo.cuiaba.mt.gov.br/cidade)

BESANÇON

BESANÇON

Capital da região histórica do Franche-Comté (Fraintche-Comtè, Franco-Condado), sede do conselho regional de Bourgogne-Franche-Comté (desde 2016) e capital do departamento de Doubs, no leste da França.

O nome galo-romano da cidade era Vesontio, registado Vesentionem, Visontione, Besantionem, depois Besontio ou Bisontion e, desde 1243, Besançon.

A origem e significado de Vesontio ou Vesontios tem várias interpretações. Uma é a raiz pré-céltica *ves-, associada à ideia de «altura», como em Vesúvio e Monte Viso. Outra liga o nome do deus Vesontios ao meandro do rio Doubs, que rodeia a cidade; Jacques Lacroix sugere a raiz gaulesa *ves-, da indo-europeia *veis, que significa «dobrar, virar, serpentear», enquanto Pierre-Henri Billy sugere «fluir» para a mesma raiz.

 

21 outubro 2025

BARREIRO

BARREIRO

Cidade, freguesia e concelho da Estremadura, Portugal. O concelho localiza-se na margem sul do Estuário do Tejo, a maior parte a leste do Rio ou Ribeira de Coina.

O topónimo Barreiro ou Barreiros, em geral, relaciona-se com barreira, pela morfologia do solo, ou com barra, pelo local onde se pescava. O segundo significado é o mais provável para este Barreiro junto ao Tejo.(1)

Outra explicação identifica o topónimo com barreiro, como lugar de onde se extrai barro. Existem os derivados Barreira, Barreiras, Barreirão, Barreirinha, Barreirinhas, Barreiró, Barreirosa, Barrela, Barrelas, Barrelejo e Barrelo.(2)

Barreiro: terreno argiloso, de onde se retira barro; barreira; lamaçal; lodaçal. Derivado de barreira.(2)
Barreira: lugar de onde se tira barro; terreno argiloso; (regionalismo) terra alta e seca. Derivado de barro + -eira.(2)
Barro: «De origem obscura.»(2) «Latim baru(5) «Ibero-romano *barrum(3) «De origem possivelmente pré-romana.» «Talvez do latim hispânico *barrum(3). Pode ter origem celta: confrontar com o irlandês médio broch, «lixo», e o galo barros, «matagal».(4)
Bairro: «Do árabe barrî, "exterior".»(2) «Árabe barri(5)(3) «Latim Barrium, ou do árabe Barri (de fora, exterior).»(3) «Do árabe barrî ‘exterior’, ‘arrabal’.»(3)

Ver também:
- Barro / Bárrio / Bairro.

20 outubro 2025

SÃO TOMÉ

SÃO TOMÉ

Ilha e cidade capital da República Democrática de São Tomé e Príncipe.

A cidade de São Tomé pertence ao distrito de Água Grande, do qual é também capital. Localiza-se no nordeste da ilha, junto à  Baía de Ana Chaves. A sul da ilha situa-se o Ilhéu das Rolas, que é atravessado pela linha do Equador.

As Ilhas de São Tomé e Príncipe foram descobertas por navegadores Portugueses no século XV. João de Santarém chegou à Ilha de São Tomé a 21 de dezembro de 1470, dia de São Tomé (o Apóstolo).

Ver também:
São Tomé e Príncipe.

 

NANTUCKET

NANTUCKET

Ilha do estado do Massachusetts, Estados Unidos da América, situada a sul da Península do Cabo Cod.

O nome de Nantucket deriva provavelmente duma palavra na língua do povo Wampanoag, com significado incerto, talvez «ilha distante» ou «solo arenoso e estéril que não tenta ninguém».

Nos séculos XVIII e XIX a ilha foi um grande centro de caça à baleia, sendo inclusive referida por Herman Melville na sua obra Moby Dick.

No século XIX os navios baleeiros norte-americanos levaram tripulantes de Cabo Verde, que se estabeleceram em Nantucket e cidades da Nova Inglaterra. Em meados do século, mais de 40% dos caçadores de baleias da ilha eram cabo-verdianos.

 

19 outubro 2025

RHODE ISLAND

RHODE ISLAND

O estado mais pequeno dos Estados Unidos da América, situado na região da Nova Inglaterra (New England). A sua capital e maior cidade é Providence.

O estado teve origem na Colónia de Rhode Island e Plantações de Providence. A própria Rhode Island, também chamada Aquidneck, é a maior ilha na Baía de Narragansett. As Plantações de Providence referem-se aos povoamentos de Providence e Warwick no território continental. A colónia tornou-se um dos treze estados originais da união, com o nome de State of Rhode Island and Providence Plantations. Em 2020 o nome foi reduzido para State of Rhode Island porque a palavra Plantations foi encarada como associada ao período da escravatura.

O nome da Rhode Island tem origem mais provável no neerlandês Roodt Eilandt, «Ilha Vermelha». Já em 1625 o explorador holandês Adriaen Block descrevia een rodlich Eylande, «uma ilha avermelhada». Esta designação deve-se ao barro vermelho da costa ou à folhagem avermelhada do outono.

Outra explicação para o nome da ilha é que o explorador florentino Giovanni da Verrazzano encontrou na Baía de Narragansett uma ilha que achou semelhante à ilha grega de Rodes. Povoadores posteriores não conseguiram identificar qual a ilha, podendo ser esta.

Rhode Island é o estado com maior percentagem de população de ascendência portuguesa nos EUA.

Ver também:
- Ilha de Rodes, Grécia.

18 outubro 2025

PENÍNSULA IBÉRICA — PENÍNSULA HISPÂNICA — IBÉRIA

PENÍNSULA IBÉRICA — PENÍNSULA HISPÂNICA — IBÉRIA

Península do sudoeste da Europa, entre o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo. Tradicionalmente o seu limite e ligação ao resto do continente é a nordeste pela Cordilheira dos Pirenéus. Geograficamente o istmo situa-se a norte dos Pirenéus, em território francês. Para além da zona francesa do istmo, os estados soberanos em que se reparte a Península Ibérica são Andorra, EspanhaPortugal. No sul da Península situa-se o território ultramarino britânico de Gibraltar. A Punta de Tarifa, na Andaluzia, Espanha, é o ponto mais meridional da Península Ibérica e do continente europeu. O Cabo da Roca, em Portugal, é o ponto mais ocidental da Península Ibérica e do continente europeu.

A Península Ibérica, também é ou foi conhecida por outros nomes ao longo da História, tais como Ibéria (em grego Ιβηρία, Iviría), Hispânia (em latim Hispania), Península Hispânica, Al-Andalus (الأندلس, no período islâmico), Sefarad (ספרד, nome hebraico), Península Pirenaica. O termo Península Ibérica foi criado pelo geógrafo francês Jean-Baptiste Bory de Saint-Vincent em 1823. No entanto o nome Ibéria já era usado na antiguidade e deriva do grego Ἴβηρ (Íber), latim Hiber ou Iberus, relativo ao Rio Ebro e aos povos Iberos.

Em latim, os Romanos chamaram Hispania à Península Ibérica. Hispânia deu origem ao nome castelhano España, em português Hespanha ou Espanha. O topónimo España para designar o moderno reino com capital em Madrid, no centro de Castela (Castilla), foi uma apropriação do nome da Península Hispânica por parte da coroa castelhana, o que chegou a ser contestado por Portugal. 

Ibéria ou Hiberia, do grego Ἰβηρία (Ibería), também chamada Cártlia (ქართლი, Kartli), foi um reino e região histórica no Cáucaso, em particular no território da atual Geórgia.

☛ Ver também:
- Rio Ebro.
Espanha (Hispânia).

PATOS

PATOS

Cidade e município do estado da Paraíba, na Região Nordeste do Brasil.

Foi antes conhecida como Fazenda Patos, Imperial Vila dos Patos, Vila dos Patos, Vila de Patos e finalmente cidade de Patos. É conhecida como Capital do Sertão da Paraíba e Morada do Sol.
«No século XVII (...) no encontro dos rios: Cruz, cuja nascente está localizada no sopé do Pico do Jabre e Farinha, originado na Serra da Viração, numa encruzilhada de caminhos, onde os tropeiros faziam parada, atraídos pela água corrente e os seus animais se deliciavam com a fartura das pastagens, estava o cenário escolhido para a implantação das primeiras fazendas de gado. Com a união desses cursos de água natural veio a formação do terceiro rio, o qual fora denominado pelos índios de Pinharas e traduzido para a língua dos brancos como Espinharas, levando-se em consideração os inúmeros arbustos espinhentos que existiam no local, a exemplo de xique-xique, unha de gato, coroa de frade, urtiga e faveleira. Bem ao lado encontrava-se uma lagoa onde muitos patos fizeram o seu habitat natural, aves que seriam fonte de inspiração para a denominação do lugarejo.»

☛ Ver também:

- Patos de Minas, Minas Gerais;
- Patos do Piauí, Piauí.

https://patos.pb.gov.br/governo_e_municipio/cidade

17 outubro 2025

RÍO EBRO — RIU EBRE

RÍO EBRO — RIU EBRE

O segundo ou terceiro maior rio da Península Ibérica. É o maior inteiramente dentro do estado espanhol. Nasce na Cordilheira Cantábrica, na região da Cantábria, e desagua no Mar Mediterrâneo, na Catalunha. O seu nome é Ebre em catalão e Ebro noutras línguas da Península.

O nome do Ebro deriva do latim Hiber (Hiberus flumen) ou Iberus, com origem no grego Ἴβηρ (Íber). Esta é também a origem do etnónimo dos povos Iberos, dando igualmente nome à Península Ibérica ou Ibéria (Ιβηρία em grego, Hiberia o Iberia em latim).

Outra hipótese para a origem do hidrónimo Ebro são as palavras bascas ibar, «vale, ribeira, margem do rio», e ibai, «rio».

 

SOFALA

SOFALA

Província do centro de Moçambique, com capital na cidade da Beira.

No período colonial no século XX foi constituído o Distrito da Beira, que passou a ser denominado Distrito de Manica e Sofala em 1947. Em 1970 este distrito foi dividido no Distrito de Sofala e no Distrito de Vila Pery (atual Chimoio, capital da província de Manica). Com a independência o distrito passou a província de Sofala.

A feitoria e Fortaleza de São Caetano de Sofala foi o primeiro estabelecimento dos Portugueses na costa moçambicana e primeira capitania. Desde os finais do século XVI deixou de ser a sede da capitania em favor da Ilha de Moçambique. No fim do século XIX perdeu importância com a criação da cidade da Beira mais a norte.

«Sofala – também conhecida pelo nome local de Boani e árabe de Zafar – era um lugar já referenciado pelos roteiros árabes em período anterior à chegada dos portugueses como a porta natural para a saída do ouro do interior. Será com o xeque árabe Zufe (ou Çufe = Issufo) que Pêro de Anaia negociará o terreno para a fixação da feitoria, conforme determinação do rei D. Manuel em 1500, destinando-se o ouro ali resgatado a financiar o comércio das especiarias na Índia(1)

Hoje em dia Sofala e Nova Sofala são localidades no litoral entre o lugar do antigo Forte de São Caetano de Sofala (a Velha Sofala) e a foz do Rio Búzi. Em mapas antigos o Rio Búzi é assinalado como Rio de Sofala.

Para além dos nomes Cefala, Zufar, Sofara, Sofar e Sfar, outra explicação indica que o nome Sofala deriva do árabe sufalah, que significa «terra baixa».(2)

O famoso Parque Nacional da Gorongosa localiza-se na província de Sofala.

Sofala é também o nome duma povoação no estado de Nova Gales do Sul, Austrália.

14 outubro 2025

MADRID

MADRID — VILLA DE MADRID

Capital do Reino de Espanha. Apesar de ser a maior cidade, conserva a categoria histórica de villa.

Em 1983 a província de Madrid, antes pertencente a Castela-a-Nova (Castilla la Nueva), tornou-se uma das comunidades autónomas do Estado Espanhol.

Existem várias teorias sobre a origem do nome de Madrid, entre as quais as seguintes:
• do árabe Maŷrīt, de maŷrà, «lugar por onde corre a água», «condutas» ou «canalizações água», acrescido do sufixo latino -etum, no sentido de «abundância»; o termo híbrido significaria «lugar de abundância de correntes de água» ou «lugar de abundância de água subterrânea».
• do árabe Maŷrīt, como híbrido árabe-berbere, sendo a junção do árabe maŷrà e do diminutivo de influência berbere -tit (ito, ita), significando «pequenos canais».
• de Matrich > Matrit, do latim matrice(m), «matriz», que em moçárabe seria *Matrice, significano «matriz de águas», «arroio madre» ou «manancial».
• do latim *Macerietum, «lugar abundante em muros de pedra».
• de Mantua, relativo ao período romano.
• do celta *Magetoritum.
• do topónimo latino Miaccum.

A forma árabe andaluzi Maŷrīt ou romance Matrice(m) deu origem a variantes como Matric, Magerit, Matrit e Madrit, até chegar a Madrid.
O cronista Sampiro, bispo de Astorga, no início do século XI, no seu relato do ataque à cidade pelo rei leonês Ramiro II em 932 refere «la ciudad que llaman Magerit».


 







12 outubro 2025

RUA PRIOR DO CRATO, Lisboa

RUA PRIOR DO CRATO 

Rua na freguesia da Estrela, na antiga freguesia dos Prazeres, em Lisboa, Portugal.

O nome da rua, antes de 1922, era Rua do Livramento, devido à proximidade do Convento de N.ª Senhora do Livramento. Situa-se entre a Praça da Armada e o fim da Avenida de Ceuta, no antigo Largo de Alcântara, onde existiu a Ponte de Alcântara antes do encanamento da Ribeira de Alcântara. O nome da Rua Prior do Crato foi aprovado com a legenda «O Glorioso vencido da Ponte de Alcântara em 25 de Agosto de 1580», embora tal não conste na placa toponímica.

D. António de Portugal, Prior do Crato (1531-1595), sobreviveu à Batalha de Alcácer-Quibir em 1578. Era neto de D. Manuel I, por isso reclamou o trono mas perdeu para o seu tio D. Henrique. Com a morte deste, D. António chegou a ser aclamado rei, mas foi derrotado na Batalha de Alcântara, no dia 25 de agosto de 1580, pelo Duque de Alba, o que abriu caminho ao reinado de Filipe II de Espanha em Portugal. D. António partiu para Inglaterra e França, em busca da ajuda que não conseguiu. Em 1582 desembarcou na Ilha TerceiraAçores. A 25 de julho de 1581 as suas forças derrotam os espanhóis na Batalha da Salga. Em 1583 as forças de D. Álvaro de Bazán conseguiram finalmente dominar a ilha. D. António morreu exilado em Paris em 1595.


 

11 outubro 2025

BANCO GORRINGE

BANCO GORRINGE

Grupo de montes submarinos na Zona Económica Exclusiva (ZEE) de Portugal continental, cujo ponto central localiza-se a cerca de 115 milhas náuticas (213 km) a sudoeste do Cabo de São Vicente, nas coordenadas 36°34'40"N, 011°20'32"W.

O Banco Gorringe foi descoberto em novembro de 1875 por Henry Honychurch Gorringe, comandante do navio USS Gettysburg, do United States Coast Survey. Também é conhecido por Gettysburg, devido ao nome de um dos picos.

Situa-se entre duas superfícies abissais profundas: a norte e noroeste, a Planície Abissal do Tejo, de profundidades superiores a 5000 m, e a sul, a Planície Abissal da Ferradura, a cerca de 4500 m de profundidade. Eleva-se até próximo da superfície, sendo os dois picos menos profundos o Ormonde, a 48 m, e o Gettysburg, a apenas 25 m. Faz parte da cadeia de montes submarinos da Ferradura, num alinhamento que se prolonga do Arquipélago da Madeira até ao Algarve (sudoeste de Portugal continental), na zona de convergência das placas tectónicas africana e euro-asiática, no extremo este da zona de fratura conhecida como Açores - Gibraltar. Na zona localizaram-se os epicentros dos sismos mais violentos ocorridos em Portugal e Norte de África, incluindo o de 1755.

No Banco Gorringe predomina a tipologia de habitat recife. O relevo submarino da área apresenta grandes dimensões e vertentes de acentuados e imponentes declives, estendendo-se desde a zona eufótica até à zona abissal, possibilitando a ocorrência de uma imensa gama de habitats e espécies, desde as fotossintéticas às abissais, que vivem em plena escuridão. A par da presença de luz, as camadas superficiais também beneficiam de fenómenos de afloramento que fazem ascender à superfície massas de água ricas em nutrientes, favorecendo uma elevada produtividade biológica. A coluna de água é caracterizada pela presença de numerosos cardumes de peixes pelágicos de grandes dimensões, cetáceos, tubarões e acima da coluna de água é frequentado por aves marinhas, que utilizam esta zona para alimentação. Entre os montes submarinos estudados até à data, o Banco Gorringe é dos que apresenta maior biodiversidade e número de habitats, sendo rico em diversas espécies de fauna marinha, que inclui a tartaruga-comum (Caretta caretta) e o roaz (Tursiops truncatus).

O Banco Gorringe tem sido objeto de diversos estudos científicos, desde o Príncipe Alberto I do Mónaco, o Instituto Hidrográfico português ou a organização Oceana. As características naturais de elevada relevância presentes no Banco Gorringe justificaram a sua inclusão na Lista Nacional de Sítios, no âmbito da Rede Natura 2000 no Meio Marinho. O sítio ocupa uma área marítima de 2.288.782,11 ha, inteiramente na ZEE portuguesa, no domínio público marítimo.

Os montes submarinos, como o Gorringe, são formações conspícuas nos oceanos e encontram-se na lista de habitats ameaçados ou em declínio da Convenção OSPAR (Convenção para a Proteção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste) e qualificam-se como Ecossistema Marinho Vulnerável, de acordo com os critérios internacionais para a gestão das pescarias em alto mar, em áreas fora de jurisdição nacional.

Em inglês, a área do Banco Gorringe, ou Banco de Gorringe, é chamada Gorringe Bank ou Gorringe Ridge.

Texto baseado no publicado em https://salvador-nautico.blogspot.com/2020/01/oceano-atlantico.html

 

09 outubro 2025

MAR EGEU

ΑΙΓΑΊΟ ΠΈΛΑΓΟΣ — EGE DENİZİ — MAR EGEU

Mar interior e subdivisão do Mar Mediterrâneo situado entre a Grécia e a Turquia, englobando a maior parte das ilhas gregas. A sul é limitado principalmente pelas ilhas de Creta e Rodes.

O nome em grego é Αιγαίο Πέλαγος (Eiêo Pélaghos). Em turco é Ege Denizi ou Adalar Denizi («Mar de Ilhas»). Em latim é Mare Aegaeum. Nas línguas eslavas do sul é chamado «Mar Branco», como por exemplo Бяло море (Byalo more) em búlgaro; por outro lado, em turco o "Mar Branco" (Akdeniz) é o Mar Mediterrâneo.

Entre as várias explicações para o nome do Mar Egeu, pode derivar da palavra grega αἶγες (aiges), «ondas». Para além disso, Αἰγεύς (Aigeús), em latim Aegeus, em português Egeu, que é uma figura mitológica, um dos reis de Atenas, pai de Teseu (Θησεύς); o nome do mar derivaria deste personagem.

Os Venezianos, que governaram muitas ilhas gregas na Idade Média, popularizaram o nome deste mar com Arcipelago, da deformação do grego  Αιγαίον Πέλαγος (Aigaion Pélagos), «Mar Egeu», ou do grego αρχιπέλαγος (ἄρχι- + πέλαγος, archipelagos), que significa «mar principal». Este nome do Mar Egeu (Arcipelago / Arquipélago) manteve-se em muitos países europeus até ao início da época moderna. A palavra arquipélago passou depois a designar o conjunto de ilhas do Egeu ("Arquipélago") e posteriormente qualquer conjunto de ilhas. 

08 outubro 2025

VERMONT

VERMONT

Estado da região da Nova Inglaterra (New England) dos Estados Unidos da América. A sua capital é Montpelier e a maior cidade é Burlington.

A República de Vermont foi um estado independente entre 15 de janeiro de 1777 e 4 de março de 1791. A independência foi declarada com o nome de República de Nova Connecticut (Republic of New Connecticut), conhecida também como República das Montanhas Verdes (Republic of the Green Mountains). Posteriormente, a meio de 1777, por sugestão de Thomas Young, o nome foi alterado para Vermont, do francês verts monts, com o mesmo significado de Green Mountains, «Montanhas Verdes».

Vermont foi admitido como 14.º estado dos EUA em 1791.

 

07 outubro 2025

PATOS DE MINAS

PATOS DE MINAS

Cidade e município do estado de Minas Gerais, Brasil. Está situado na Mesorregião do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.

«O processo de colonização da região ocupada hoje pelo município de Patos de Minas e distritos vizinhos teve início, provavelmente, na metade do século XVIII, período que antecede à descoberta do ouro nas regiões das minas, com o movimento das entradas e bandeiras rumo às terras de Paracatu.

A cidade de Patos de Minas surgiu na segunda década do século XIX em torno da Lagoa dos Patos, onde, segundo descrições históricas, existia uma enorme quantidade de patos silvestres. Os primeiros habitantes foram lavradores e criadores de gado, sendo muito visitados por tropeiros. O povoado, à beira do rio Paranaíba, cresceu, virou arraial e depois vila, a devota vila de Santo Antônio dos Patos.»(1)

Patos de Minas teve os seguintes nomes: 1828 - povoado de Santo Antônio da Beira do Rio Paranaíba; 1832 - distrito de Santo Antônio dos Patos da Beira do Rio Paranaíba; 1866 - Vila Santo Antônio dos Patos; 1892 - elevada à condição de cidade, com a denominação de Patos; 1943 - o Governo de Minas Gerais muda o nome para Guaratinga, provocando insatisfação na população. 1945 - denomina-se o município como Patos de Minas. Os sete distritos do município são: Patos de Minas, Bom Sucesso de Patos, Chumbo (Areado), Major Porto, Pilar, Pindaíbas e Santana de Patos.(1)

Ver também:
- Patos, Paraíba;
- Patos do Piauí, Piauí.

1. https://www.patosdeminas.mg.gov.br/portal/servicos/1001/a-cidade/

MOITA

MOITA

Vila, freguesia e concelho da Estremadura, Portugal, na margem esquerda do Estuário do Tejo.
«O lugar de Mouta, situado na margem esquerda do lendário rio Tejo, foi em tempos remotos um dos muitos lugares que pertenceu ao antigo concelho de Ribatejo [ ou Riba Tejo ], compreendido entre a região do rio de Coina, e a ribeira das Enguias, a oriente.
Não se sabe quem fundou o lugar de Mouta, o que se sabe é que o lugar já existia logo após a nacionalidade portuguesa.

A etimologia do lugar deriva da palavra mouta que segundo a sua semântica significa uma zona encovada, com altos e baixos, cheia de matagal, de árvores de várias espécies e formada por vegetação rasteira; tal facto, estará na origem da designação do lugar de Mouta, nome que mudou mais tarde para Moita do Ribatejo (...) Por o concelho de Ribatejo se ter extinguido já há muito (séc. XV), o nome caiu em desuso, ficando somente o topónimo de Moita, nome que ainda hoje se mantém.»(1) No entanto, popularmente ainda se diz Moita do Ribatejo. Pelo mesmo motivo o vizinho Montijo chamava-se Aldeia Galega do Ribatejo.
A freguesia de Alhos Vedros foi sede de concelho, mas foi integrada definitivamente no concelho da Moita em 1898.
«O nome indica uma terra onde existiam moitas. Tem a variante Mouta e os derivados Moitada, Moitadas, Moitadeira, Moital, Moitalinos, Moitalonga, Moitas, Moitedo, Moitelas, Moitinha, Moitinhal, Moitinhas, Moitinho, Moitinhos, Moutas, Moutela, Moutido, Moutinha, Moutinho e Moutosa.»(2)

Nossa Senhora da Boa Viagem (monumento na foto) é a santa padroeira da Moita e de grande devoção dos viajantes do mar e pescadores.

06 outubro 2025

MAR MEDITERRÂNEO — MARE NOSTRUM

MAR MEDITERRÂNEO — MARE NOSTRUM

O maior mar interior do Mundo, adjacente do Oceano Atlântico, com o qual tem ligação através do Estreito de Gibraltar.

O nome do Mar Mediterrâneo, em diversas línguas, deriva do latim Mare Mediterraneum, «mar entre as terras» ou «no meio da terra», visto localizar-se entre a Europa, a África e Ásia. Os antigos Romanos chamavam-lhe, em latim, Mare Nostrum, «Mar Nosso». Isidoro de Espanha, em Etymologiae, no século VII, mencionou o Mar Mediterrâneo com este nome:

«Mare Magnum sive Mediterraneum, quod medium terram disterminat, sicut in libris diximus Veteribus. Medi enim terraneum ideo vocatum, quia medium terram percurrit.» Ou seja: «O Grande Mar ou Mediterrâneo, que divide o meio da terra, como dissemos nos Livros Antigos. Pois foi chamado Mediterrâneo porque corre no meio da terra.»

Em várias línguas é também chamado «Mar do Meio» ou «Mar do Meio da Terra», como Mittelmeer em alemão, Middellandse Zee em neerlandês, Middelhavet em norueguês, Μεσόγειος Θάλασσα em grego, Morze Śródziemne em polaco, Sredozemno more em croata, Deti Mesdhe em albanês, Средоземно море em sérvio, ou הים התיכון em hebraico. O nome árabe é البحر الأبيض المتوسط (al-Baḥr al-Abyaḍ al-Mutawassiṭ), «Mar Branco do Meio». Em turco chama-se Akdeniz, que também significa «Mar Branco», talvez por oposição ao Mar Negro (Karadeniz) a norte.

A bacia do Mar Mediterrâneo é subdividida em vários mares menores, sendo os principais o Mar Adriático, o Mar Egeu, o Mar Tirreno e o Mar Jónico.

O clima mediterrânico — de invernos chuvosos e verões secos — é típico das regiões à volta do Mar Mediterrâneo.

 

NEW ENGLAND — NOVA INGLATERRA

NEW ENGLAND — NOVA INGLATERRA

Região mais setentrional do Nordeste dos Estados Unidos da América (Northeastern United States) constituída por seis estados: Connecticut, Maine, Massachusetts, New Hampshire, Rhode Island e Vermont. A maior cidade da região é Boston. Situa-se a nordeste do Estado de Nova Iorque.

O explorador inglês John Smith criou o nome New England em 1616. Os Pilgrim Fathers partiram de Plymouth, Inglaterra, em 1620 e estabeleceram a Colónia de Plymouth (Plymouth Colony), no futuro estado de Massachusetts. Foi a primeira colónia britânica na Nova Inglaterra.

Ver também:

Inglaterra.

 

05 outubro 2025

TALLINN

TALLINN

Capital e maior cidade da Estónia.

O nome da cidade desde o século XIII foi Reval, derivado do nome do antigo condado de Revälä que a rodeava. Através dos alemães foi difundido para outras línguas e foi o nome oficial até à independência da Estónia em 1918. 

O nome Tallinn ou Tallinna significava «castelo dinamarquês» e surgiu pela primeira vez em 1536.

 

SAYA DE MALHA

SAYA DE MALHA

O maior banco oceânico, parte do planalto submarino do Arquipélago das Mascarenhas, no Oceano Índico. O banco da Saya de Malha localiza-se a nordeste de Madagáscar, sudeste das Seychelles e a norte dos atóis de Cargados Carajos da Maurícia: 08º30’ - 12º0’ S, 59º30’ - 62º30’ E. A terra mais próxima é a ilha mauriciana de Agalega. A República da Maurícia reclama a administração do banco, que se encontra em parte na sua Zona Económica Exclusiva.

O banco foi descoberto pelos navegadores portugueses na rota entre o Cabo da Boa Esperança e a Índia, dando-lhe o nome Saya de Malha ou Sahia de Malha ("saia de malha" em grafia moderna). Internacionalmente, nas diversas línguas, é usada a denominação Saya de Malha.

«Indo pela derrota acima dita se ha de governar de modo que se passe por entre a Saya de Malha, e os Baixos de Pero dos Banhos, mas mais chegados a Saya de Malha, que aos Baixos, de modo que se passe a Leste das Sette Irmaãs, (que he huma Ilha que está em 4 gr. da banda do Sul) affastado della 30, ou 40 legoas, fazendo por aqui o caminho do Nornordeste até a Linha.»(1)

Pela sua estrutura, o banco da Saya de Malha está relacionado com os atóis submersos. As duas partes do banco ocupam uma área de 40.808 km². A parte norte, também chamada banco Ritchie, é muito menor; localiza-se aí um projeto de ilha artificial, chamado Autopia, promovido pelo falecido cientista Wolf Hilbertz. A República da Maurícia reclama qualquer ilha que emerja no banco.

1. PIMENTEL, Manuel – Arte de navegar. Lisboa: Off. de Francisco da Silva, 1746.
Texto e imagem publicados originalmente em: https://salvador-nautico.blogspot.com/2019/05/saya-malha.html

04 outubro 2025

RODES — ΡΌΔΟΣ

RODES — ΡΌΔΟΣ

A maior das ilhas do Dodecaneso (Δωδεκάνησα), no Mar Egeu (Αιγαίο Πέλαγος), Grécia, perto da costa da Ásia Menor (Μικρά Ασία). A principal cidade da ilha também se chama Rodes (Ρόδος).
Rodes foi chamada "a ilha das rosas" (το νησί των ρόδων). Em grego antigo, ῥόδον (rhódon) significava «rosa». Em grego, tanto o nome Ρόδος (Rodes) como a palavra ρόδο («rosa») provavelmente têm origens pré-helénicas. Em grego moderno ρόδι (ródi) ou ρόιδο (róido) significam «romã».
O nome da ilha também pode derivar do fenício erod, «cobra».

Ver também:
- Estado de Rhode Island, EUA. 

03 outubro 2025

GUIANE — GUIANA FRANCESA

GUIANE — GUIANA FRANCESA

Território pertencente à República Francesa localizada no norte da América do Sul, na região natural das Guianas. Tem fronteira a oeste com o Suriname e a leste e sul com o brasileiro do Amapá. A sua capital é Cayenne.

Desde 2015 a região e departamento ultramarino constitui a Coletividade Territorial da Guiana (Collectivité territoriale de Guyane). É a segunda maior região francesa e a maior região ultraperiférica da União Europeia. A Guiana faz parte da chamada França Ultramarina.

O nome das Guianas tem várias explicações, entre as quais «terra de muitas águas» em língua aruaque.

O nome oficial da Guiana francesa é apenas Guyane em francês. Fora da França é normalmente acrescentado o qualificativo "francesa". O nome em crioulo guianês é Lagwiyann.

 Ver também:
- França Ultramarina.
Guianas

ALVAIÁZERE

ALVAIÁZERE Vila, freguesia e concelho do  Beira Litoral , Portugal. Há duas ou três explicações para o nome de Alvaiázere, entre as quais o ...